Gloria Maria, repórter e apresentadora da Globo, será a entrevistada do Roda Viva na próxima segunda-feira (14/3). O programa vai ao ar na TV Cultura, redes sociais e site da emissora, a partir das 22 horas. A apresentação é de Vera Magalhães.
Gloria fez reportagens sobre diversos assuntos para os principais telejornais da Globo, como Jornal Nacional, Jornal Hoje, RJTV e Fantástico. Cobriu a Guerra das Malvinas, a invasão da embaixada brasileira no Peru por um grupo terrorista em 1996, os Jogos Olímpicos de Atlanta, também em 1996, e a Copa do Mundo na França em 1998. Atualmente, apresenta o Globo Repórter, ao lado de Sandra Annenberg.
Pelo Fantástico, viajou por mais de 100 países, da Europa à África e Oriente Médio. Ao longo da carreira, fez também entrevistas marcantes com celebridades internacionais como Michael Jackson, Harrison Ford, Nicole Kidman, Leonardo DiCaprio e Madonna.
Funcionários da RedeTV denunciaram más condições de trabalho na redação da emissora, que inclui ar-condicionado desligado, de modo a não conseguir manter a temperatura normal de um escritório em São Paulo, batendo quase 30ºC em dias de calor.
Segundo o Sindicato dos Jornalistas de São Paulo (SJSP), “desde segunda-feira, 7 de março, os jornalistas da RedeTV estão trabalhando em um ambiente insalubre”. Entre os empregados, o comentário é que as multinacionais milionárias Endemol e Netflix, clientes da RedeTV, reclamaram da temperatura em 5 de março. A solução foi direcionar o fluxo de ar para eles, “que pagam mensalmente cerca de R$ 1 milhão e meio para Marcelo de Carvalho e Amilcare Dallevo Jr, e tirar da redação”.
O sindicato entrou em contato com a RedeTV e solicitou a adoção de medidas que garantam condições de trabalho dignas aos profissionais. Leia a nota do SJSP aqui.
Em nota, a RedeTV negou as acusações:
“Com relação às alegações inverídicas a respeito, a RedeTV! informa que o sistema de ar-condicionado está funcionando normalmente. Ocorre evidentemente que, como parte das medidas de segurança e protocolos sanitários preventivos à Covid-19 adotados desde o início da pandemia, portas e janelas estão mantidas abertas para favorecer a circulação do ar natural em ambientes fechados, o que pode comprometer o funcionamento efetivo do equipamento em algumas áreas.“
O Portal dos Jornalistas foi um dos veículos selecionados para a fase de mentoria e fundos de inovação do programa Acelerando a Transformação Digital, de Associação de Jornalismo Digital (Ajor) e Centro Internacional para Jornalistas (ICFJ, em inglês), com o apoio de Meta Journalism Project.
Um comitê do ICFJ selecionou projetos de 15 organizações, que receberão financiamento de até US$ 15 mil, que pode ser utilizado para desenvolver um projeto, produto ou implementar melhorias nas empresas. O Portal dos Jornalistas produzirá um hub de conteúdo racial para o mercado de comunicação.
As propostas foram elaboradas durante a primeira fase do programa, de treinamentos com especialistas em empreendedorismo e jornalismo digital. Além dos recursos, o programa cobrirá despesas com mentoria e coaching estratégico e tático. Os projetos foram selecionados com base em critérios como viabilidade da proposta e de que forma os veículos poderiam impulsionar a transformação digital em suas organizações.
Além do Portal dos Jornalistas, foram selecionadas propostas de Agência Tatu (AL), Fauna News (SP), Instituto Alma Preta Jornalismo (SP), Jornal Plural (PR), Matinal Jornalismo (RS), Mobile Time (RJ), Nexo Jornal (SP), O GRITO! (PE), Periferia em Movimento (SP), Ponte Jornalismo (SP), Projeto #Colabora (RJ), Rádio Guarda-Chuva (SP), Rádio Novelo (RJ) e Regra dos Terços (PR).
O programa Manhattan Connection voltará ao ar em 31 de março no canal My News, de Mara Luquet e Antônio Tabet, no YouTube. Comandado por Lucas Mendes e com Caio Blinder direto de Nova York, terá uma nova versão, que irá ao ar às quintas-feiras, a partir das 21 horas.
O programa estava fora do ar desde setembro do ano passado, quando o contrato com a TV Cultura foi encerrado por falta de financiamento. Foi exibido por 18 anos no canal GNT, por nove anos na GloboNews e quase um ano na Cultura.
Diogo Mainardi, que deixou o programa em maio de 2021 após xingar ao vivo um convidado, participará da edição de estreia, mas não tem previsão de voltar à bancada. Felipe Nunes, que participava da temporada na TV Cultura, continuará fazendo parte do elenco fixo, e Mara Luquet, sócia-fundadora do My News, atuará nos dois primeiros meses.
A nova versão será gravada em um estúdio da Associated Press em Nova York.
Repórteres da Band Minas foram hostilizados e agredidos a bombas durante protesto de policiais de Minas Gerais, nessa quarta-feira (9/3). A repórter Laura França teve um trauma auditivo após uma bomba estourar ao seu lado na Praça da Estação.
“A explosão não me atingiu, porém como eu estava muito perto o barulho fez com que eu perdesse temporariamente a audição do lado direito, além da dor”, explicou Laura ao UOL. Ela estava acompanhada do cinegrafista Niconor Mendes.
O repórter Caio Társia, da Rádio Band News FM e TV Band Minas, também foi hostilizado e alvo de uma bomba lançada contra ele durante a cobertura do protesto em direção à Praça Sete, no centro de Belo Horizonte. Ele contou que a bomba explodiu a poucos centímetros: “Estou com bastante dor no ouvido direito, muita dor de cabeça, fui pro hospital e medicado por lá, agora vou ter que passar por alguns exames nos próximos dias”. Ele terá que ficar afastado do trabalho por causa do trauma auditivo.
Segundo informações da Bandeirantes, ambos os profissionais passaram por exames e tiveram perda temporária da audição, “sem lesões permanentes”. O Grupo repudiou o ocorrido e cobrou providências das autoridades responsáveis, destacando que, “além das bombas, vários policiais, contrariando decisão da Justiça, protestavam armados”. Colegas de profissão também se solidarizaram com os repórteres.
A Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo classificou o ocorrido como preocupante: “Além do flagrante e inconstitucional cerceamento à liberdade de imprensa, ataques dessa natureza colocam sob risco a integridade física e mesmo a vida de profissionais que apenas cumprem seu papel de informar”.
O Sindicato dos Jornalistas de Minas Gerais e a Federação Nacional dos Jornalistas escreveram que “é inaceitável que as forças de segurança do estado ajam com violência e hostilidade para impedir o trabalho da imprensa”.
Ela enfrentou o extremismo do Talibã duas vezes. Na primeira, teve que se vestir de menino para estudar. Na segunda, exilou-se em Londres e daqui continua comandando seu site com notícias sobre a situação das mulheres afegãs, em um país onde o jornalismo foi dizimado.
É uma boa notícia que não compensa outras não tão boas assim nesta semana em que se comemora o Dia Internacional da Mulher.
A quantidade de mulheres jornalistas processadas, presas ou objeto de assédio online e offline cresce sem parar.
A Federação Internacional de Jornalistas publicou o resultado de duas pesquisas, feitas entre membros de sindicatos afiliados e profissionais de redação, constatando que há um longo caminho a percorrer para solucionar o problema do abuso online − e cobrou das empresas jornalísticas mais engajamento.
Enquanto isso, a ascensão profissional continua sendo uma barreira difícil de transpor.
O levantamento anual do Instituto Reuters para Estudos do Jornalismo deste ano mostrou queda de 1 ponto percentual na quantidade de mulheres como editoras principais nos veículos de maior circulação e audiência em vários países, incluindo o Brasil.
Apenas 21% dos 179 líderes nas 240 redações pesquisadas são mulheres, apesar de, em média, 40% dos jornalistas serem do sexo feminino, segundo o Reuters.
Em 11 dos 12 países pesquisados pelo instituto, homens mandam em mais da metade da grande mídia.
O Brasil foi um dos países que andou para trás. Jornalistas mulheres ocupavam 12% dos cargos de chefia há um ano, e agora detêm 7%.
Os resultados mostram que o acesso ao topo da cadeia de comando continua desigual, prejudicando carreiras.
Para a sociedade, o efeito é um noticiário editado majoritariamente por homens, sem as experiências de vida das jornalistas mulheres.
Isso não quer dizer que homens não tenham sensibilidade para tratar de questões que envolvem mulheres. Mas o equilíbrio de visões em decisões editoriais ajuda a oferecer ao público uma cobertura plural.
Os pesquisadores do Reuters afirmam que o ‘quem’ da frase ‘quem decide o que será notícia’ importa tanto na prática quanto simbolicamente.
“As pessoas que ocupam cargos de liderança na mídia exercem poder e influência, representando tanto sua organização em particular como a indústria como um todo. Elas moldam a cobertura e as redações.”
A pesquisa identificou uma grande variação de país a país na quantidade de pessoas que acessam notícias de veículos liderados por uma mulher. No Quênia, o percentual é de 81%. Na África do Sul é de 80%. Na outra ponta estão o Brasil, com 24%, e o Japão, com míseros 5%.
Nomeações de estrelas não refletem indústria
Ironicamente, algumas grandes redações globais nomearam mulheres para o comando em tempos recentes, dando a (falsa) impressão de que a situação mudara.
Foi o caso da Reuters, que entregou o bastão à italiana Alessandra Galloni. Além de ser a primeira mulher a liderar a agência de notícias britânica em 170 anos, ela não tem o inglês como língua materna.
O Washington Post escolheu Sally Buzbeecomo editora executiva, a primeira em 144 anos.
Na Associated Press, Daisy Veerasingham tornou-se CEO, em um triplo pioneirismo: é a primeira mulher, não branca e nascida fora dos EUA a dirigir a agência.
Em 2020, Roula Khalaf havia sucedido o lendário editor Lionel Barber no Financial Times.
Contudo, examinando um conjunto mais amplo de empresas, a realidade constatada pelo Reuters foi bem diferente: dos 51 novos editores nomeados em um ano, somente 23% eram mulheres.
Para quem estiver em busca de inspiração, os modelos a seguir são Espanha, Reino Unido e EUA.
Nos três mercados, a metade ou mais dos novos chefes de redação nos últimos 12 meses foram jornalistas do sexo feminino, uma prova de que é possível aumentar o equilíbrio e equalizar as oportunidades.
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A Comissão de Mulheres da Fenaj homenageou profissionais da categoria que foram pioneiras no feminismo e no Jornalismo.
Em comemoração ao Dia Internacional da Mulher (8/3) a Comissão de Mulheres da Fenaj homenageou com uma campanha virtual profissionais da categoria que foram pioneiras no feminismo, no Jornalismo, no sindicalismo e na luta por direitos.
A trajetória delas foi abordada em oito cards que começaram a ser divulgados na última terça-feira (8/3) através das redes sociais. O objetivo da Comissão é demonstrar para a categoria e para a sociedade que a luta das jornalistas não é recente e que só se tornou possível pela atuação individual de mulheres muitas vezes invisibilizadas nas narrativas predominantemente masculinas.
As homenageadas são: Nísia Floresta, primeira mulher a publicar textos em jornais no País e que também atuou como educadora, escritora e poeta, além de defensora dos ideais abolicionistas, republicanos e feministas; Josephina Álvares de Azevedo, fundadora de A Família, em 1888, periódico que tinha como objetivo a educação e os direitos das mulheres; Júlia Medeiros, pioneira no jornalismo, na educação e na política, que teve participação destacada na vida pública e na política do Rio Grande do Norte; Almerinda Farias Gama, uma das primeiras mulheres negras a atuar no sindicalismo e na política, numa época em que o machismo e o racismo eram ainda mais escancarados; Antonieta de Barros, primeira deputada estadual negra eleita no Brasil e também a primeira deputada mulher em Santa Catarina; Eneida de Moraes, repórter e cronista autora de 11 livros, um deles, História do carnaval carioca, primeira grande obra sobre o assunto; Patrícia Galvão; presa política 23 vezes, musa do Modernismo, romancista, poetisa, desenhista, militante política e produtora cultural; e Beatriz Nascimento, mulher negra que atuou na imprensa e no movimento negro, mas teve sua trajetória pessoal e profissional interrompida por um feminicídio.
Para Samira de Castro, segunda vice-presidenta da Fenaj e integrante da Comissão de Mulheres, essa é uma maneira de “promover um resgate histórico dessas companheiras e celebrar a memória das que vieram antes de nós, ajudando a construir o Jornalismo e a luta por igualdade de direitos entre homens e mulheres”.
Dulce Tupy, representante do Sindicato dos Jornalistas do Estado do Rio de Janeiro na Comissão, foi responsável pela pesquisa biográfica que acompanha cada publicação.
O ex-deputado federal cassado Paulo Marinho ameaçou na semana passada uma equipe de reportagem do Sistema Guanaré de Comunicação, afiliada da RedeTV no interior do Maranhão, que apurava uma denúncia de que Marinho teria agredido uma funcionária pública no prédio da Secretaria Municipal de Finanças, Planejamento e Administração. Testemunhas gravaram o ocorrido em Caxias (MA).
A repórter Mari Barros e o repórter cinematográfico Romualdo de Oliveira foram ameaçados com gritos e xingamentos na tentativa de os intimidar. Em seguida, Marinho pegou a câmera da equipe, que estava presa em um tripé, e a jogou no chão. Segundo o Sistema Guanaré de Comunicação, a emissora gastará cerca de R$ 40 mil para substituir o aparelho danificado. A produtora Daniele Damasceno acompanhava a equipe na ocasião e também presenciou o ataque.
A servidora pública Aida Morais Aragão, que teria sido agredida pelo ex-deputado, registrou boletim de ocorrência, afirmando que foi difamada com os termos “corrupta” e “prevaricadora”. O Sistema Guanaré de Comunicação também registrou boletim de ocorrência.
O blogueiro Marcos Silva, da cidade de Codó (MA), noticiou as agressões de Marinho contra mulheres no prédio da repartição pública. Após a publicação da reportagem, o ex-deputado ameaçou o jornalista. No WhatsApp, o político disse que Silva se arrependeria de ter publicado a matéria.
Em nota, Soyara Almeida, diretora de Jornalismo do Sistema Guanaré de Comunicação, escreveu que “essa não é a primeira vez que esse mesmo cidadão agride a imprensa. Essa retórica não impedirá o trabalho legítimo da imprensa. É dever do jornalismo profissional cobrir os fatos, sejam eles quais forem”.
Segundo o levantamento, 127 jornalistas e meios de comunicação foram alvos de 119 casos de violência de gênero.
A Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji) divulgou nessa terça-feira (8/3) um estudo inédito sobre violência de gênero contra jornalistas, realizado com apoio do Global Media Defence Fund, da Unesco, em 2021. Segundo o levantamento, 127jornalistas e meios de comunicação foram alvos de 119casos de violência de gênero, dos quais mulheres jornalistas (cis e trans) representam 91,3%das vítimas.
O relatório Violência de gênero contra jornalistas aponta ainda que, em 2021, profissionais da imprensa e veículos foram alvos de 45 ataques direcionados, utilizando gênero, sexualidade ou orientação sexual como argumentos para a agressão. “Discursos estigmatizantes”, narrativas que utilizam agressões verbais com o intuito de hostilizar e descredibilizar jornalistas, representam 75% dos episódios identificados pela Abraji.
Outro dado revela que 71,4% dos insultos tiveram origem ou foram repercutidos em ambientes virtuais, como a rede social Twitter. Os principais agressores identificáveis foram homens, correspondendo a95% dos abusos dentro e fora da internet.
O relatório da Abrajimonitorou redes sociais como propagadoras de agressões a profissionais de imprensa e registrou 57 ataques sistemáticos envolvendo usuários. Dentro da análise, constatou-se que 59,9% dos casos de discursos estigmatizantes foram iniciados por publicações de autoridades de Estado e outras figuras proeminentes no campo político brasileiro. Como reflexo, em60% dos alertas, a vítima cobria ou comentava questões relacionadas a política. Confira a íntegra.
O portal Terra está lançando o Terra Nós, nova vertical da empresa para debater temas relacionados à diversidade e despertar reflexões para combater discriminações. Priorizando um jornalismo plural, inclusivo e acessível, o hub de conteúdo pretende dar visibilidade a pautas de pessoas que sofrem discriminação por serem quem são.
O projeto abordará os desafios diários de grupos discriminados, com foco em mulheres, pessoas negras, indígenas, pessoas com deficiência, LGBTQIAP+ e 50+. Claudia Caliente, diretora do Terra, explica que a ideia é “amplificar o que se fala sobre o tema, com a promoção de debates profundos, que levem à reflexão sobre os preconceitos e que contribuam para que as pessoas falem disso com propriedade em qualquer conversa, seja em família ou amigos”.
Formado por um grupo representativo de colunistas ligados à diversidade, Terra Nós terá forte presença nas redes sociais, com conteúdos escritos, artigos, vídeocolunas, webséries, stories e podcasts. Entre os colunistas estão Txai Suruí, fundadora do Movimento da Juventude Indígena de Rondônia; as escritoras Cris Guerra e Joice Berth; o influenciador digital Luã Andrade, criador da página Escurecendo Fatos; Márcia Rocha, primeira advogada trans a ter o nome social reconhecido pela Ordem dos Advogados do Brasil; e Natália dos Santos, primeira apresentadora de TV com deficiência visual do Brasil.