Repórteres da Band Minas foram hostilizados e agredidos a bombas durante protesto de policiais de Minas Gerais, nessa quarta-feira (9/3). A repórter Laura França teve um trauma auditivo após uma bomba estourar ao seu lado na Praça da Estação.

“A explosão não me atingiu, porém como eu estava muito perto o barulho fez com que eu perdesse temporariamente a audição do lado direito, além da dor”, explicou Laura ao UOL. Ela estava acompanhada do cinegrafista Niconor Mendes.

O repórter Caio Társia, da Rádio Band News FM e TV Band Minas, também foi hostilizado e alvo de uma bomba lançada contra ele durante a cobertura do protesto em direção à Praça Sete, no centro de Belo Horizonte. Ele contou que a bomba explodiu a poucos centímetros: “Estou com bastante dor no ouvido direito, muita dor de cabeça, fui pro hospital e medicado por lá, agora vou ter que passar por alguns exames nos próximos dias”. Ele terá que ficar afastado do trabalho por causa do trauma auditivo.

Segundo informações da Bandeirantes, ambos os profissionais passaram por exames e tiveram perda temporária da audição, “sem lesões permanentes”. O Grupo repudiou o ocorrido e cobrou providências das autoridades responsáveis, destacando que, “além das bombas, vários policiais, contrariando decisão da Justiça, protestavam armados”. Colegas de profissão também se solidarizaram com os repórteres.

A Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo classificou o ocorrido como preocupante: “Além do flagrante e inconstitucional cerceamento à liberdade de imprensa, ataques dessa natureza colocam sob risco a integridade física e mesmo a vida de profissionais que apenas cumprem seu papel de informar”.

O Sindicato dos Jornalistas de Minas Gerais e a Federação Nacional dos Jornalistas escreveram que “é inaceitável que as forças de segurança do estado ajam com violência e hostilidade para impedir o trabalho da imprensa”.

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