Em comemoração ao Dia Internacional da Mulher (8/3) a Comissão de Mulheres da Fenaj homenageou com uma campanha virtual profissionais da categoria que foram pioneiras no feminismo, no Jornalismo, no sindicalismo e na luta por direitos.

A trajetória delas foi abordada em oito cards que começaram a ser divulgados na última terça-feira (8/3) através das redes sociais. O objetivo da Comissão é demonstrar para a categoria e para a sociedade que a luta das jornalistas não é recente e que só se tornou possível pela atuação individual de mulheres muitas vezes invisibilizadas nas narrativas predominantemente masculinas.

As homenageadas são: Nísia Floresta, primeira mulher a publicar textos em jornais no País e que também atuou como educadora, escritora e poeta, além de defensora dos ideais abolicionistas, republicanos e feministas; Josephina Álvares de Azevedo, fundadora de A Família, em 1888, periódico que tinha como objetivo a educação e os direitos das mulheres; Júlia Medeiros, pioneira no jornalismo, na educação e na política, que teve participação destacada na vida pública e na política do Rio Grande do Norte; Almerinda Farias Gama, uma das primeiras mulheres negras a atuar no sindicalismo e na política, numa época em que o machismo e o racismo eram ainda mais escancarados; Antonieta de Barros, primeira deputada estadual negra eleita no Brasil e também a primeira deputada mulher em Santa Catarina; Eneida de Moraes, repórter e cronista autora de 11 livros, um deles, História do carnaval carioca,  primeira grande obra sobre o assunto; Patrícia Galvão; presa política 23 vezes, musa do Modernismo, romancista, poetisa, desenhista, militante política e produtora cultural; e Beatriz Nascimento, mulher negra que atuou na imprensa e no movimento negro, mas teve sua trajetória pessoal e profissional interrompida por um feminicídio.

Para Samira de Castro, segunda vice-presidenta da Fenaj e integrante da Comissão de Mulheres, essa é uma maneira de “promover um resgate histórico dessas companheiras e celebrar a memória das que vieram antes de nós, ajudando a construir o Jornalismo e a luta por igualdade de direitos entre homens e mulheres”.

Dulce Tupy, representante do Sindicato dos Jornalistas do Estado do Rio de Janeiro na Comissão, foi responsável pela pesquisa biográfica que acompanha cada publicação.

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