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sexta-feira, julho 25, 2025

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Jornalistas de SP farão em 11/8 caminhada em defesa de eleições livres

Associados da Associação Brasileira de Imprensa (ABI) e do Sindicato dos Jornalistas de SP (SJSP) decidiram como será a participação dos profissionais de imprensa de São Paulo no ato público previsto para esta quinta-feira (11/8), nas Arcadas da Faculdade de Direito do Largo de São Francisco, em defesa de eleições livres.

Os jornalistas vão se reunir às 9h30 na sede do Sindicato e partirão de lá para uma caminhada pelo centro de São Paulo até a Faculdade de Direito, onde será lida a Carta às Brasileiras e Brasileiros em defesa do Estado Democrático de Direito, que já superou 730 mil assinaturas de apoio.

Também serão chamadas outras entidades jornalísticas, como Associação Profissão Jornalistas (Apjor), Associação de Repórteres Fotográficos e Cinematográficos (Arfoc-SP), Geração 68, entre outras, além de profissionais de cidades fora da capital. Serão bem-vindos quaisquer outros que queiram fazer parte da caminhada.

Para facilitar a convocação para o evento, um convite será divulgado nas redes sociais das entidades participantes. E para marcar a participação dos jornalistas no ato, será confeccionada uma faixa com a frase “Jornalistas pela Democracia”.

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TV Cultura lança site Planeta Cultura

TV Cultura lança site Planeta Cultura

A TV Cultura lançou na semana passada o site Planeta Cultura, que oferecerá aos leitores reportagens sobre diversos temas, em especial ciência, tecnologia, saúde, comportamento, cultura e economia.

O site terá também reportagens dos jornais americanos The New York Times e Washington Post, além de serviço de fotos da Associated Press. Segundo comunicado sobre o lançamento, repórteres e editores “vão acompanhar os estudos e pesquisas realizados em universidades e institutos dos Estados Unidos e Europa, bem como do Brasil, para assegurar que os leitores possam estar informados sobre as mais recentes descobertas do mundo científico”.

O projeto faz parte do posicionamento multiplataforma da emissora e priorizará editorialmente os principais assuntos comentados nas redes sociais, com o objetivo de conquistar o público jovem e refletir “o que eles andam pensando e comentando no mundo digital”.

Vale lembrar que, também com o objetivo de aumentar a presença da TV Cultura no mundo digital, a emissora estreou recentemente o programa Esta Manhã, apresentado por Eduardo Campos, que vai ao ar de segunda a sexta-feira, das 7h às 7h30, na TV, nas rádios Cultura Brasil e Cultura FM, e nos perfis da emissora em YouTube, Twitter, Facebook e TikTok, além de uma versão em podcast disponível nas principais plataformas de áudio.

RedeTV, Metrópoles e O Antagonista realizarão debate presidencial em 2 de setembro

RedeTV, Metrópoles e O Antagonista realizarão debate presidencial em 2 de setembro

RedeTV, Metrópoles e O Antagonista formaram um pool para a realização de um debate entre os candidatos à Presidência da República em 2 de setembro, nos estúdios da RedeTV, em Osasco (SP).

O evento será mediado por Luís Ernesto Lacombe e Amanda Klein, com transmissão simultânea na TV e nas plataformas digitais dos veículos da parceria. Em caso de segundo turno, será realizado um novo debate, em 17 de outubro.

Vale lembrar que o Consórcio de Veículos de Imprensa, formado por Folha de S.Paulo, G1, O Estado de S.Paulo, O Globo, UOL e Valor Econômico, também formaram um pool para a realização de um debate presidencial, em 14 de setembro, em São Paulo. O evento reunirá os quatro candidatos que estiverem nas primeiras posições da pesquisa DataFolha ou Ipec da semana que antecede o debate.

E em 24 de setembro, outro pool, formado por CNN Brasil, SBT, Estadão, Veja e NovaBrasilFM realizará mais um debate entre os presidenciáveis, nos estúdios do SBT, também em São Paulo.

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Ajor lança segunda temporada do podcast Como Cobrir, com dicas para a área de ciência

Ajor lança segunda temporada do podcast Como Cobrir, com dicas para a área de ciência

A Associação de Jornalismo Digital (Ajor) lançou a segunda temporada do podcast Como Cobrir, que traz dicas para jornalistas sobre a cobertura de temas relevantes para a sociedade. A nova temporada foca na cobertura da área de ciência.

A ideia é mostrar a importância de inserir a ciência e a metodologia científica no debate público. Os episódios abordam temas importantes nas áreas de saúde e ciência, como alimentação, novas e velhas epidemias, educação, Amazônia e desmatamento, mudanças climáticas, vacinas e oceanos. A escolha dos temas teve o apoio de Ana Morales e Nathália Flores, da Agência Bori, responsáveis também pela supervisão e revisão do conteúdo.

Para Géssika Costa, coordenadora de projetos da Ajor e uma das apresentadoras do podcast, “a ciência pode e deve ocupar as diversas editorias do jornalismo. O rigor científico, que preza pela riqueza de dados e pela busca por fontes e pesquisas consolidadas, deve se refletir no dia a dia de trabalho de todo jornalista, independentemente de seu foco de cobertura”.

Além das dicas, cada episódio tem links com materiais de referência, estudos, guias, manuais e bancos de fontes com contatos de especialistas sobre o assunto. Ouça o podcast aqui.

Memórias da Redação: As bolachinhas da madame Wright

Memórias da Redação: As bolachinhas da madame Wright
Alma e James Wright em 1990

Por Marco Antonio Zanfra

Esta historinha tem mais a ver com amenidades na vida de um repórter do que com memórias épicas de redação. Mas não deixa de ser, por sua própria localização histórica, digna de lembrança. Principalmente pelo sabor de aveia e melado de cana.

Pois bem. Era repórter da revista Manchete em São Paulo, em 1985, no tempo em que a redação ainda ocupava a suntuosa mansão da esquina da avenida Europa com a rua Groenlândia, nos Jardins. Fiquei ali por menos de seis meses, e, tirando uma matéria séria e profunda sobre suicídio infantil, não fiz nada digno de constar de meu inexistente arquivo pessoal.

Foi nessa época que a Editora Vozes lançou Brasil: nunca mais, um marco na luta contra a ditadura. A obra esmiuçou cerca de 700 processos políticos que, ao rés do chão ou nos subterrâneos do sistema, frequentaram os escaninhos da Justiça Militar e denunciou os abusos até então obnubilados. Prefaciado por dom Paulo Evaristo Arns, o livro trazia “um relato doloroso da repressão e tortura que se abateram sobre o Brasil” entre 1964 e 1979, segundo apresentava a própria editora.

Não me lembro se era para a própria Manchete ou para a Fatos&Fotos, mas o caso é que fui designado a ir conversar com o reverendo presbiteriano Jaime Wright, integrante do projeto Brasil: nunca mais, sobre o lançamento do livro. Wright, morto 14 anos depois, morava com a esposa Alma numa rua tranquila do bairro do Campo Belo, alguns quilômetros abaixo das pistas do aeroporto de Congonhas.

Alma e James Wright em 1990

Claro que o enfoque político da conversa foi marcante, mas minha lembrança mais forte ficou por conta da paz, calma e simpatia do casal. Nunca me senti tão à vontade para falar de um assunto tão sério, e jamais vou me esquecer de um biscoitinho feito com aveia e melado de cana que dona Alma ofereceu ao grupo. Tão macio, saboroso e inesquecível que deixei de lado por instantes minha pauta e pedi-lhe a receita.

Além de um exemplar autografado do livro, saí de lá com a fórmula mágica das bolachinhas, que me arrisquei a fazer uma vez em casa. Não ficou ruim, mas claro que as mãos de dona Alma tinham mais jeito para cumprir a tarefa.

Lembrei-me dessa história há alguns dias, ao deparar-me no armário de casa com uma garrafinha de melado que havia sido comprada havia pelo menos uns dois anos, com a intenção de transformar-se numa nova fornada das “bolachinhas da madame Wright”.

Mas onde diabos foi parar a receita?


Marco Antonio Zanfra

A história desta semana é novamente de Marco Antonio Zanfra, que atuou em diversos veículos na capital paulista e em Santa Catarina. Em Florianópolis, onde reside, trabalhou em O Estado e A Notícia, na assessoria de imprensa do Detran e do Instituto de Planejamento Urbano, além de ter sido diretor de Apoio e Mídias na Secretaria de Comunicação da Prefeitura. É também escritor.

Nosso estoque do Memórias da Redação continua baixo. Se você tem alguma história de redação interessante para contar mande para baroncelli@jornalistasecia.com.br.

Coletivo Entre Becos lança newsletter com foco nas periferias de Salvador

Na busca de ampliar a diversidade de informações, o coletivo Entre Becos lançou a newsletter gratuita e quinzenal Entre Becos
Na busca de ampliar a diversidade de informações, o coletivo Entre Becos lançou a newsletter gratuita e quinzenal Entre Becos

Um conteúdo:

Na busca de ampliar a diversidade de informações, o coletivo Entre Becos lançou a newsletter gratuita e quinzenal Entre Becos, iniciativa que irá contribuir para o preenchimento dos desertos de notícias dos bairros populares de Salvador.

Com uma equipe de nove comunicadores espalhados pela cidade, a newsletter tem como objetivo contar as histórias dos bairros periféricos da capital baiana a partir do ponto de vista de seus moradores. A assinatura pode ser feita pelo site.

O projeto contou com o apoio do Programa Acelerando a Transformação Digital, de Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo, Meta Journalism Project e International Center for Journalists.


O #diversifica é um hub de conteúdo multiplataforma sobre Diversidade, Equidade e Inclusão (DEI) do Portal dos Jornalistas e da newsletter Jornalistas&Cia. Ele conta com os apoios institucionais da Associação de Jornalismo Digital (Ajor), International Center for Journalists (ICFJ), Meta Journalism Project, Imagem Corporativa e Rádio Guarda–Chuva.

Novo veículo de comunicação global pretende “bater de frente com gigantes”

Novo veículo de comunicação global Semafor pretende “bater de frente com gigantes”

Dois veteranos da mídia nos Estados Unidos, Justin Smith, ex-CEO da Bloomberg Media, e Ben Smith, ex-editor chefe do BuzzFeed e ex-colunista de mídia do New York Times, lançarão em breve o Semafor, novo veículo de comunicação global que pretende “bater de frente” com gigantes do setor, como New York Times, BBC e CNN. O lançamento está marcado para outubro.

Os dois Smiths acabaram de levantar cerca de US$ 25 milhões com investidores como o brasileiro Jorge Paulo Lemann; Sam Bankman-Fried; John Thornton, apaixonado por mídia sem fins lucrativos, que fundou o Texas Tribune; e David Bradley, ex-controlador da revista The Atlantic. Com o dinheiro, o Semafor já contratou 60 pessoas, sendo 30 jornalistas.

Segundo declarou Ben em entrevista recente, a ideia é que o Semafor seja lido “pelas 200 milhões de pessoas que têm ensino superior, que leem em inglês, mas que ninguém está tratando como uma audiência. Nossos grandes competidores, que dominam as notícias globais, foram criados no século 20. Eles estão exportando notícias de Londres ou de Atlanta ou de Nova York. A gente está tentando construir uma forma de fazer notícia muito mais em rede e para um momento totalmente diferente”.

O Semafor vai focar em furos de reportagem e produzir as matérias de forma que, em uma seção, o repórter narre os fatos, e em outra, faça uma análise. O veículo pretende mostrar também uma visão crítica àquela retratada no texto, e uma outra visão sobre o mesmo tema vinda de outra região do mundo. Um diferencial da iniciativa é que sua primeira editoria internacional será dedicada à África.

O veículo vai começar com um site e um app gratuitos, utilizando publicidade e eventos para as receitas. Depois de um ou dois anos deve adotar um sistema de assinaturas.

Com informações do Brazil Journal.

O caso “Wagatha Christie” e a insanidade de celebridades nas redes sociais

O caso “Wagatha Christie” e a insanidade de celebridades nas redes sociais

Por Luciana Gurgel

Luciana Gurgel

Na última sexta-feira (29/7), o Reino Unido aguardava ansioso o veredito de um julgamento que mobilizou o país nos últimos três anos, com um enredo que parece de filme. TVs estavam a postos para entrar ao vivo.

As partes eram as mulheres de dois astros do futebol, Rebekah Vardy e Coleen Rooney, melhores inimigas de infância depois que uma acusou a outra de vazamento de informações pessoais para o tabloide The Sun − sempre ele.

O caso expôs práticas discutíveis no relacionamento de famosos com a mídia, mostrando como é fácil manipular uma parte da imprensa para atingir um objetivo. Basta alimentar a sua fome insaciável por notícias exclusivas − mesmo que obtidas de forma pouco elogiável.

Coleen é casada com Wayne Rooney, que brilhou no Manchester United. O enlace, na sofisticada Portofino, na Itália, foi “vendido” à revista OK! por £ 2,5 milhões. Ela já trabalhou como colunista de celebridades e na TV, entende do riscado.

Rebekah é a mulher de Jamie Vardy, do Leicester. Os atletas eram da seleção inglesa de futebol, e as duas apareciam juntas em eventos e em arquibancadas. Até que Coleen notou que informações postadas em sua conta fechada no Instagram apareciam seguidamente no The Sun.

Em um lance de espionagem, postou três informações falsas e ajustou as configurações para que só fossem vistas pela “amiga”, que caiu na armadilha. As três histórias apareceram no jornal.

Devido ao estratagema, o caso ficou conhecido como “Wagatha Christie”, em alusão à escritora de livros de mistério e à expressão Wag (de wives and girlfriends), cunhada pelos tabloides para se referir às companheiras de jogadores.

E aí começa a diferença de condução de uma situação dessas, que se tivesse ocorrido com uma pessoa “normal” possivelmente não teria tido o mesmo desfecho.

Em outubro de 2019, Coleen Rooney tuitou contando a história. Não acusou a ex-amiga diretamente, mas revelou que a única conta que viu aqueles posts era a de… Rebekah Vardy, naquela altura grávida de oito meses.

Para quem não queria ter sua vida exposta, foi um movimento questionável. A mídia não deixou o caso esfriar, e intimidades acabaram reveladas.

Poderia ter parado ali e hoje poucos lembrariam da história. Entretanto, a acusada resolveu desafiar a acusadora com um processo de difamação.

Quem trabalha com administração de crises já deve ter tido que avaliar o risco de abrir um processo desses. Mesmo vencendo, a sangria pode não compensar.

Rebekah Vardy e Coleen Rooney

No caso de Vardy, havia evidências de que ela tinha vazado diretamente ou por meio da agente e amiga Caroline Watt, que dificilmente faria isso sem consentimento.

A baixaria foi total, com acusações de traição e destruição de provas. Para provar que a amizade não era sincera, a defesa conseguiu uma mensagem de WhatsApp em que Vardy referiu-se a Coleen como uma “vadia desagradável”. Elegância pura.

Na sexta-feira, a autora foi derrotada, saindo de sua bravata £ 3 milhões mais pobre.

Para a juíza Karen Steyn, Rooney provou que a essência da causa era “substancialmente verdadeira”. E as alegações de Vardy foram consideradas ”inconsistentes, evasivas ou implausíveis”.

Um dos aspectos mais debatidos, antes e depois do veredito, foi por que Rebekah Vardy encarou uma briga com poucas chances de vencer.

Mais do que o dinheiro perdido, ela se tornou um mau exemplo e foi abandonada por amigos.

A história, que está sendo preparada para virar filme, levanta também o tema de excessos nas redes sociais, mesmo que em grupos privados. Quem se arrisca a contar tudo o que se passa em sua vida está sujeito a vazamentos, intencionais − como nesse caso − ou acidentais.

No meio da confusão, o The Sun foi o menos afetado. Assim como os outros tabloides, ele vive de vazamentos muito antes de as redes sociais existirem. Mas elas podem estar facilitando um pouco o trabalho e exacerbando as insanidades em torno da notoriedade e do jogo de influência.


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