Mauro Cezar Pereira (Crédito: Canal Mauro Cezar Pereira/YouTube)
A Justiça de São Paulo rejeitou um pedido de indenização por danos morais do técnico do Palmeiras Abel Ferreira contra o comentarista Mauro Cezar Pereira. A ação refere-se a uma fala do jornalista de 2022, na qual chamou o treinador de “colonizador”.
Em julho de 2022, durante entrevista coletiva, Abel Ferreira comentou sobre a mentalidade e formação de atletas brasileiros, e disse que eles tinham “muito que evoluir a nível de educação, a nível de formação enquanto homens. Eles não têm essa formação. Eles, às vezes, não têm noção do que estão a fazer, não tem noção nenhuma e apostar na formação é isto”.
Sobre o comentário de Abel Ferreira, Mauro Cezar disse que as declarações do técnico do Palmeiras eram “papo de colonizador”.
“Então europeu não bebe, não faz bobagem, é todo mundo disciplinado. Eu não gosto quando os portugueses vêm para cá com esse papo furado. Abel fala em tom professoral, como se estivesse ensinando para nós brasileiros como a gente deve se comportar. Não, não é assim”, disse o jornalista.
Abel entrou na Justiça contra Mauro Cezar, pedindo indenização em R$ 50 mil por danos morais por causa da fala do jornalista. Segundo o treinador, as afirmações de Mauro foram injuriosas e xenofóbicas, e que, “em razão da paixão futebolística, muitas vezes ele emite comentários parciais desprovidos de caráter informativo”.
Na decisão de rejeitar a indenização, a juíza Renata Carvalho entendeu que Mauro Cezar não cometeu nenhum ato ilícito e que “uma das finalidades da liberdade de expressão é a crítica”. Abel terá que pagar R$ 10 mil em honorários aos advogados de Mauro e da Jovem Pan. O técnico do Palmeiras declarou que vai recorrer da decisão.
Os documentaristas Renaud Philippe e Ana Carolina Mira Porto foram vítimas de pistoleiros encapuzados no município de Iguatemi, em Mato Grosso do Sul. O episódio de violência ocorreu após os profissionais tentarem registrar os ataques sofridos por indígenas durante a retomada de seu território.
Em 18/11, cerca de 30 indígenas tentaram retomar a área tradicionalmente demarcada como deles, mas ocupada por fazendas. A tentativa resultou em dez indígenas feridos e três desaparecidos. De acordo com a Agência Pública, a iniciativa foi rapidamente interrompida por pistoleiros da região. Além de sofrerem agressões, os indígenas ficaram encurralados, em cárcere privado, sem acesso a água e comida.
Na mesma semana, os documentaristas estavam cobrindo a assembleia indígena Aty Guasu, em Caarapó, quando souberam dos ataques e foram até o local. Ao lado deles, estava o engenheiro florestal Renato Farac Galata.
Em publicação de Leandro Barbosa, o trio relata que durante o ataque uma viatura da Polícia Militar passou pelo local e presenciou o crime, porém ignorou os pedidos de socorro feitos pelo grupo. Os agressores também roubaram os documentos, celulares, equipamentos, anotações e cartões de memória das vítimas.
Em nota conjunta, entidades como Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji) e o Sindicato dos Jornalistas Profissionais de Mato Grosso do Sul (Sindjor-MS) prestaram solidariedade aos profissionais e cobraram a punição dos responsáveis.
Foram divulgados nesta segunda-feira (27/11) os resultados do prêmio +Admirados da Imprensa de Economia, Negócios e Finanças 2023. A iniciativa, que homenageou 51 profissionais e 25 publicações especializadas do setor, reconheceu nesta edição Thais Herédia, analista de Economia da CNN Brasil, como a +Admirada Jornalista do Ano.
“Eu já me considero uma privilegiada de estar entre os 50”, celebrou Thais Herédia em seu discurso de agradecimento, onde também fez um agradecimento especial às jornalistas mulheres e a sua mãe, que está completando 84 anos também nesta segunda-feira. “As mulheres jornalistas no Brasil são vilmente atacadas. As jornalistas de economia, de política e de todas as áreas. Nós não seremos intimidadas. Nunca fomos, não seremos e não cederemos nenhum milímetro na apuração, no profissionalismo e na seriedade. E a gente vai ocupar cada vez mais estes palcos, assim como a gente está ocupando cada vez mais as redações. Então mulheres, parabéns e vamos juntas. Vamos continuar, porque ninguém tira este lugar da gente”.
Thais Herédia e Eduardo Ribeiro (Foto: Jurandir Santana)
Presença constante entre os TOP 50 e TOP 10 +Admirados nas edições anteriores do concurso, esta foi a primeira vez que a jornalista ocupou o lugar mais alto do pódio. Em 2022 o prêmio havia sido entregue a Miriam Leitão, que também foi a campeã em 2016, 17, 18 e 19. Também já ergueram o troféu Carlos Alberto Sardenberg, empatado com Miriam em 2019, Nathalia Arcuri (2020) e Thiago Salomão (2021).
Entre as publicações, os prêmios foram entregues a Agência Estado (Agência de Notícias), Valor Investe (Canal Digital), Educação Financeira/g1 (Podcast), Jornal da CBN (Programa de Rádio), Estúdio i/GloboNews (Programa de TV), UOL Economia (Site/Blog), Exame (Revista) e Valor Econômico (Jornal).
Esta foi a oitava edição do concurso realizado por Jornalistas&Cia. Assim como nas anteriores, foram dois turnos de votação para chegar aos resultados. No primeiro, de livre indicação, os eleitores podiam sugerir até cinco profissionais ou veículos em cada categoria. No segundo, após a compilação dos resultados, 122 jornalistas e 72 veículos foram classificados para a final, saindo deste grupo os eleitos +Admirados do ano.
“Dentre os prêmios da série +Admirados, o de Economia, Negócios e Finanças é o que tem maior tempo de estrada”, lembra Eduardo Ribeiro, diretor de Jornalistas&Cia e idealizador do projeto. “É interessante notar que, embora nomes consagrados e reconhecidos sempre estejam entre os finalistas e vencedores, o índice de renovação é estimulante, mostrando que o jornalismo especializado, sobretudo desse universo editorial, cresce e se fortalece ano a ano, sempre revelando novos talentos”.
Mulheres dominam os TOP 10
Maioria entre os TOP 50 jornalistas homenageados, com 29 indicações, as mulheres também dominaram os TOP 10, que este ano foram TOP 11, em função de um empate, sendo nove mulheres.
Uma das exceções coube justamente ao segundo lugar, que neste ano foi ocupado por Vicente Nunes, do Correio Braziliense. Katherine Rivas, que recentemente deixou o InfoMoney, completou o pódio na terceira colocação.
As demais posições foram ocupadas por Miriam Leitão (O Globo/GloboNews), em 4º lugar; Thais Carrança (BBC News), em 5º; Raquel Brandão (Exame), em 6º; Mara Bianchetti (Diário do Comércio − MG), em 7º; Valéria Bretas (E-Investidor), em 8º; Lu Aiko Otta (Valor Econômico), em 9º; e empatados na décima posição, Letycia Cardoso (O Globo) e Leonardo Levatti (TC).
(Foto: Jurandir Santana)
A eleição dos +Admirados da Imprensa de Economia, Negócios e Finanças 2023 contou com patrocínios de BTG Pactual, Deloitte, Gerdau, Nexcom, Vale e Vivo, apoio do Portal dos Jornalistas e da Press Manager, e apoio institucional do Instituto Brasileiro de Relações com Investidores (IBRI).
O Correio Braziliense estreou em 18/11 o especial Memória CB, uma homenagem do jornal à Capital Federal. Os fatos históricos foram resgatados pelo Centro de Documentação e ficarão disponíveis por meio de reportagens, vídeos e podcast. “A história do Correio confunde-se com a de Brasília, e isso representa um orgulho para nós”, afirma o presidente do CB, Guilherme Machado. “Nada melhor que o jornal da capital, com um acervo exclusivo em textos, fotos e vídeos, para tornar esse conteúdo acessível e atrativo”.
Com o projeto, nasce também o podcast Memória CB, que revisitará histórias da cidade em produções de áudio disponíveis nos principais tocadores. O especial será o ambiente para relembrar reportagens históricas publicadas no jornal ao longo dos 63 anos de história. “A Redação dedicou-se por mais de cinco meses à produção desse especial”, informa a editora do site, Mariana Niederauer. “Contar as histórias emblemáticas da cidade é uma missão que assumimos e que, agora reunidas em um só lugar, espero que possam contribuir para a memória de Brasília”.
O trabalho foi selecionado pelo programa Acelerando Negócios Digitais, uma parceria da Meta com o International Center for Journalists, entre milhares de candidatos inscritos em todo o País. O objetivo da iniciativa é ajudar o ecossistema de mídia brasileira a aprender mais sobre como desenvolver veículos e projetos de mídia sustentáveis. A equipe do CB passou por treinamento e contou com a mentoria de Julio Gomes Filho durante a produção, além de ser contemplada com uma bolsa oferecida pelos parceiros.
A TV Cultura lançará uma série documental inédita sobre o fundador de Brasília, Juscelino Kubitschek. Denominada JK, O Reinventor do Brasil, faz parte de um projeto da emissora que, além da produção, incluirá o lançamento de uma fotobiografia e exposições em várias capitas sobre o ex-presidente.
Com quatro episódios semanais, a minissérie narra a trajetória do responsável por governar o País entre 1956 e 1961, contando a história desde o nascimento dele até momento de sua morte trágica num acidente, em agosto de 1976.
Segundo Fábio Chateaubriand Borba, idealizador da série, a produção busca se destacar pela abordagem atual: “Apostamos numa linguagem pop, com narração em estilo de podcast, com o intuito de chamar a atenção dos mais jovens, que ainda não conhecem Juscelino”.
O primeiro episódio irá ao ar neste sábado (25/11), às 22h30. A direção é de Jarbas Agnelli, com roteiro de Fernando Rodrigues.
Danúbia Braga (Crédito: Reprodução/Youtube/CNN Brasil Economia)
A CNN Brasil realizou uma nova onda de cortes em 22/11 e demitiu pela segunda vez em menos de um ano a repórter Danúbia Braga. Os cortes fazem parte do processo de reestruturação interna. As informações são do F5, da Folha de S.Paulo.
Danúbia havia sido recontratada em junho após ser dispensada durante os cortes de 2022, quando saíram profissionais como Monalisa Perrone e Sidney Rezende.
Nessa nova mudança, Anne Barbosa também deixa o time de funcionários. Foram igualmente realizados desligamentos nas áreas de editoria de vídeo, técnica e de produção. Segundo o canal, as dispensas estão ligadas à troca de estrutura de trabalho.
Com a reestruturação, as redações de TV e digital uniram-se e o comando direto do Jornalismo será dividido em dois: em São Paulo, com o executivo Givanildo Menezes, e em Brasília, que continuará comandada por Daniel Rittner. O objetivo da CNN é unificar as informações, mas os profissionais desligados alegaram que as mudanças geraram sobrecarga de funções.
A cerimônia de premiação dos +Admirados Jornalistas Negros e Negras da Imprensa Brasileira, realizada em 13 de novembro, em São Paulo, e que reconheceu Zileide Silva (TV Globo) como a campeã da premiação, ficará para sempre marcada como importante capítulo na luta por um jornalismo com mais diversidade, equidade e inclusão.
Mais do que enaltecer o trabalho de excelência de jornalistas e publicações empenhados na luta antirracista, a celebração foi marcada por muita alegria, confraternização e uma profusão de mensagens emocionadas, quase que gritos entalados por séculos na garganta, e que foram colocados para fora pelos mais de 60 profissionais que subiram ao palco da Unibes Cultural.
Conduzida pelos mestres de cerimônia Eliane Almeida e Luiz Claudio Alves, a cerimônia contou na abertura com uma apresentação do poeta, contista, músico, roteirista, diretor e educador Akins Kintê. Importante nome cultural da luta antirracista, ele deu o tom de que aquele encontro seria, sim, de muita alegria, mas também de cobrança para que os espaços e oportunidades para a população negra sejam ampliados.
Akins Kintê
“Exijo mais pente afro, menos ferro, menos favela, mais terra e condição. Que duro não é o cabelo, são as escolas e suas deixas. O sistema e suas brechas. O crespo é toda uma vida, quando livre as madeixas”, destacou em um trecho do poema apresentado ao vivo. E acrescentou no final de sua apresentação, encerrada com o pulso erguido: “Duro não é o cabelo, é o sistema. Não alisa, quebra na emenda. Entenda a persistência de mantê-lo crespo na essência. É bonito, é político, é resistência!”.
Projeto que vinha sendo maturado já há alguns anos pela Jornalistas Editora, responsável por este Jornalistas&Cia e pelo Portal dos Jornalistas, a eleição dos +Admirados Jornalistas Negros e Negras da Imprensa Brasileira saiu finalmente do papel em 2023 graças à união com outras três organizações empenhadas na luta por um jornalismo mais diverso: 1 Papo Reto, Rede de Jornalistas Pela Diversidade na Comunicação (Rede JP) e Instituto Neo Mondo.
Eduardo Ribeiro
“É a nossa modesta contribuição na permanente luta antirracista em prol da diversidade no jornalismo, que, esperamos, um dia nem mais faça sentido existir”, destacou Eduardo Ribeiro, diretor da Jornalistas Editora em seu discurso de abertura. Ele ainda alertou sobre a desigualdade nas redações brasileiras: “Negros e negras ocupam cerca de 20% das vagas existentes nas redações, a despeito de serem 56% da população brasileira. Nosso prêmio valoriza a presença e o talento negro e busca desse modo incentivar a diversidade nelas”.
Marcelle Chagas
Visivelmente emocionada, Marcelle Chagas, coordenadora da Rede JP, destacou o processo que levou à criação da organização em 2018 e todas as conquistas ocorridas desde então: “Hoje é só mais uma parte da nossa caminhada, mas, assim como com o Jornalistas&Cia, temos parcerias com todas as organizações comprometidas em discutir o futuro da comunicação, discutir inovações, e nós levamos sempre a nossa perspectiva a partir dos grupos subrepresentados. A gente está falando também de diversidade, pluralidade e qualidade da informação, que é essencial pra gente no momento em que vemos o aumento do discurso de ódio, bullying e todas essas coisas”.
Rosenildo Ferreira
Editor-chefe do portal 1 Papo Reto, Rosenildo Ferreira aproveitou a cerimônia para fazer um chamamento aos presentes: “Não estou aqui para tentar pautar parte de meus ídolos, mas queria colocar uma reflexão para vocês. Antes de cada reunião de pauta, antes de cada encontro com um editor, com o chefe, pensem em colocar o talento e o poder de suas canetas, câmeras e microfones para pressionar os agentes públicos para atender com qualidade e rapidez a pauta dos quilombolas, porque, afinal, se estamos todos aqui, é porque eles lutaram muito por nós”.
Oscar Porto
“Como grande defensor da maior diversidade na comunicação é com muito orgulho que participo como organizador desta iniciativa”, acrescentou Oscar Porto, publisher e presidente do Instituto Neo Mondo. “Hoje é dia de celebração, por isso quero dar meus parabéns aos profissionais, que, independentemente de colocação, já são todas, todos e todes vencedores. Também quero agradecer aos patrocinadores, que nos ajudaram a transformar essa importante iniciativa em realidade, mostrando que a luta antirracista é de responsabilidade de todos os setores da sociedade”.
Lançado em 30 de novembro de 2022, o ChatGPT vai completar um ano de vida, mas a data acabou ofuscada pela demissão de Sam Altman, CEO da OpenIA − sem explicação sobre o que ele teria escondido do conselho para merecer um tratamento incomum no mundo corporativo, gerando uma novela na mídia e alvoroço no Vale do Silício até a sua recondução.
As especulações sobre se a demissão da principal estrela da IA estaria relacionada à segurança foram inevitáveis, o que é consistente com as incertezas em torno da tecnologia.
Embora ela não tenha sido inventada pela OpenIA, o ChatGPT foi o divisor de águas e provocou a concorrência. O Google entrou na briga com o Bard. Agora, Elon Musk chega com seu Grok, que parece inspirado no dono, respondendo aos prompts dos usuários com ironias.
Mas muitos questionamentos sobre privacidade, direitos autorais e desinformação continuam sem resposta. E as regulamentações ainda não saíram do papel na maioria dos países.
No meio dessa confusão, a Repórteres Sem Fronteiras deu um passo importante. Na semana passada, a organização publicou uma carta de princípios para guiar o uso da IA generativa pelo jornalismo.
O texto foi elaborado por uma comissão de notáveis de vários países − nenhum do Brasil −, liderada pela filipina Maria Ressa, detentora do Nobel da Paz de 2021.
Ressa tem credenciais para falar sobre o tema que vão além de seu prêmio. Ela é uma crítica feroz das redes sociais e de sua dificuldade em controlar desinformação e discurso de ódio, riscos também associados à IA.
Ao apresentar a chamada Carta de Paris, ela destacou que a inteligência artificial pode prestar serviços notáveis à humanidade, “mas tem claramente o potencial de ampliar a manipulação das mentes em dimensões sem precedentes na história”.
Para a jornalista, a evidência factual, a distinção clara entre conteúdo autêntico e sintético, a independência editorial e a responsabilidade humana serão as principais garantias para o direito a notícias e informações confiáveis na era da IA.
A carta tem dez princípios:
A ética jornalística deve guiar o uso da IA por empresas de mídia e profissionais, sendo colocada a serviço dos valores essenciais da atividade, como veracidade, precisão, justiça, imparcialidade, independência, não-lesão, não-discriminação, responsabilização e respeito pela privacidade e pelo sigilo das fontes.
Os meios de comunicação priorizarão os seres humanos ao usarem a IA, tanto na tomada de decisões sobre estratégias de longo prazo quanto nas escolhas editoriais diárias.
Os sistemas de IA utilizados no jornalismo devem ser submetidos a avaliações independentes por parte de entidades do setor − como a própria RSF.
As empresas jornalísticas assumirão a responsabilidade pelo conteúdo resultante do uso da IA em apuração, produção ou distribuição de notícias.
Os meios de comunicação deverão ser transparentes, divulgando ao público se a IA teve participação significativa no conteúdo − ainda falta definir a extensão de “significativa”.
Ferramentas de última geração devem ser adotadas para garantir a autenticidade de origem de conteúdos veiculados, minimizando o risco de conteúdos falsos.
O jornalismo deve estabelecer uma linha clara entre conteúdo real e sintético, e evitar o uso de recursos que simulem situações ou pessoas reais.
A personalização de conteúdos deve ser orientada pela ética, promovendo perspectivas diferenciadas sobre vários temas e dando aos usuários a opção de desativar preferências para ter acesso a conteúdo não filtrado.
Empresas jornalísticas e associações devem ter papel na governança e regulamentação da IA.
O jornalismo deve preservar sua base ética e econômica no engajamento com organizações de IA, assegurando acordos que garantam a sustentabilidade econômica e os diretos autorais.
Como toda carta de princípios, o documento da comissão criada pela Repórteres Sem Fronteiras é cheio de boas intenções, e algumas de suas propostas não dependem apenas de jornalistas, redações ou empresas de mídia.
Mas é um bom começo − e muito melhor do que não fazer nada, especialmente quando nem os líderes da IA estão se entendendo.
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Crédito: X (Twitter)/Cristiano Siqueira (@crisvector)
Em cerimônia realizada na terça-feira (21/11), no Palácio do Itamaraty, o presidente Lula concedeu a insígnia da Ordem de Rio Branco ao indigenista brasileiro Bruno Pereira e ao jornalista britânico Dom Phillips, assassinados em junho de 2022, no Vale do Javari, no Amazonas.
A Ordem de Rio Branco é uma das mais altas condecorações do governo brasileiro, que tem o objetivo de “distinguir serviços meritórios e virtudes cívicas” e “estimular a prática de ações e feitos dignos de honrosa menção”. O governo federal concedeu a Bruno e Dom a insígnia pela categoria de Comendador.
Na cerimônia, estavam presentes Alessandra Sampaio, viúva de Dom Phillips, e Beatriz Matos, viúva de Bruno Pereira, que receberam as homenagens. Outras personalidades também receberam a condecoração, como a primeira-dama Janja e outros ministros do governo federal.
Bruno Pereira e Dom Phillips foram executados a tiros em junho de 2022, enquanto investigavam pesca ilegal na Amazônia. Eles teriam sido emboscados por causa de seus trabalhos investigativos na região. O caso, que é monitorado pela Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) e pelo Programa Tim Lopes, da Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji), segue sem muitas respostas.
Pelo oitavo ano consecutivo os colegas especializados na cobertura de Economia, Negócios e Finanças serão homenageados por este J&Cia e pelo Portal dos Jornalistas por terem sido eleitos por seus próprios pares e pelos colegas de comunicação corporativa como os +Admirados dessa área do jornalismo brasileiro.
O evento de premiação está marcado para esta segunda-feira (27/11), no Hotel Renaissance, em São Paulo, a partir das 11h30, com apresentação dos mestres de cerimônia Fátima Turci e Joaquim Botelho, repetindo a dobradinha de 2022.
Entre os eleitos aos TOP 50 − que em verdade passaram a ser TOP 51 em função de empate − há muitos nomes novos, ao lado de outros consagrados e referências nessa área do jornalismo. Também serão homenageados os veículos TOP 3 nas oito categorias temáticas: Agência de Notícias, Canal Digital, Jornal, Podcast, Programa deRádio, Programa deTV, Revista e Site. Como nas outras edições, destaque para a maioria feminina entre os profissionais eleitos: 29 mulheres, do total de 51 jornalistas.
O Grupo Estado liderou a eleição dos profissionais, com oito representantes de três de seus veículos entre os +Admirados do Brasil, sendo três da Agência Estado, três do Estadão e dois do e-Investidor. Na sequência aparecem Valor Econômico, com sete jornalistas entre os TOP 51, sendo seis do Valor e um do Valor Invest; e a revista Exame, com cinco representantes.
No ano passado, Miriam Leitão, do Grupo Globo, foi eleita a +Admirada Jornalista da Imprensa de Economia, Negócios e Finanças de 2022. Ela é a recordista nessa premiação, com cinco troféus conquistados nos anos de 2016, 17, 18, 19 e 22. Carlos Alberto Sardenberg dividiu o título com Miriam em 2019, e nas outras edições os vencedores foram Nathalia Arcuri (2020) e Thiago Salomão (2021). Dos quatro, apenas Miriam foi eleita novamente entre os +Admirados do País na cobertura de economia.