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quarta-feira, junho 18, 2025

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Arfoc-SP abre nova sede

Crédito: Reprodução/Arfoc-SP

A Associação de Repórteres Fotográficos e Cinematográficos no Estado de São Paulo (Arfoc-SP) inaugurou em 1/3 uma nova sede. O espaço, localizado no Conjunto Zarvos, na avenida São Luiz, região central dacapital paulista, busca promover estudos e exposições do fotojornalismo brasileiro.

Com 100 m2, o local conta com uma galeria inaugurada com a exposição fotográfica coletiva Do Crível ao Incrível, mostrando diferentes ângulos da produção de imagens jornalísticas no Brasil.

Além de trazer visibilidade aos trabalhos, o ambiente inclui um núcleo de estudos que oferecerá palestras, oficinas, workshops e cursos teóricos, técnicos e práticos, para estimular o desenvolvimento de estudantes e profissionais. O objetivo da iniciativa é contribuir na formação e troca de experiências que reforçam a credibilidade da profissão.

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ABI pede para atuar como “amicus curiae” na ação de Breno Altman no STF

ABI pede para atuar como “amicus curiae” na ação de Breno Altman no STF
Breno Altman (Reprodução/Causa Operária)

A Associação Brasileira de Imprensa (ABI) solicitou o papel de “amigo da corte” na ação de Breno Altman no STF que pede a suspensão das decisões judiciais em processos movidos pela Confederação Israelita do Brasil (Conib). O escritório Nicodemos Associados é autor do pedido ao ministro André Mendonça, em nome da ABI.

Além da exclusão de reportagens que criticam Israel, a Confederação Israelita pediu a suspensão das redes sociais do comunicador bem como a proibição de novas manifestações ou publicações de mesmo teor, sob pena de prisão preventiva. Em dezembro, a ABI já havia emitido uma nota em que classificava como intimidação os constantes ataques judiciais sofridos pelo profissional.

No pedido, a entidade, que atua em defesa da liberdade de imprensa, democracia, direitos humanos e direito à informação, argumenta que acredita também na liberdade de expressão. E destaca a proteção dela em tentativas de supressão, com assédios judiciais que prejudicam o exercício da profissão.

O texto cita que “as decisões objeto da presente demanda foram proferidas no contexto de uma verdadeira perseguição judicial pela qual vem passando o Reclamante, deflagrada por parte da Conib e empreendida em razão de suas críticas ao sionismo, à extrema direita, ao governo de Benjamin Netanyahu, ao Estado de Israel e ao massacre genocida israelense contra o povo palestino, com mais de 25 mil assassinatos, na maioria mulheres e crianças”.

A ABI também argumenta que a “presente temática possui relevância da matéria e repercussão social da controvérsia”, uma vez que aborda tema de relevância e impacto para todos os profissionais da função jornalística. E encerra justificando o pedido de participação devido à sua representatividade na luta pela liberdade de expressão e imprensa.

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Morre Claudio Tognolli, aos 60 anos, em São Paulo

Claudio Tognolli (Crédito: SBT/YouTube)

Morreu na manhã do domingo (3/3) o jornalista Claudio Tognolli, aos 60 anos, em São Paulo. Ele estava internado no Hospital Albert Einstein devido a complicações após uma cirurgia de transplante de coração, realizada em janeiro.

Formado em Jornalismo pela ECA-USP, fez doutorado em Ciência da Comunicação na mesma universidade e tinha livre docência em história. Trabalhou em veículos como Estadão, Veja, Folha de S.Paulo, Consultor Jurídico e Jornal da Tarde, além das rádios CBN e Eldorado. Foi também professor de Jornalismo nas Faculdades Integradas Alcântara Machado (Fiam) e na ECA-USP.

Tognolli foi um dos fundadores da Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji). Integrou a primeira diretoria da entidade, que venceu o Prêmio Esso na categoria Melhor Contribuição à Imprensa, em 2003.

Tognolli venceu o Prêmio Jabuti com o livro O Século do Crime, que aborda as origens políticas e sociais de algumas das principais organizações criminosas ao redor do mundo. Escreveu ainda Lobão 50 Anos a Mil, Bem-Vindo ao Inferno, A Falácia da Genética, Traidores da Pátria, A Sociedade dos Chavões, Mídia Máfias, Rock’N’Roll, entre outros.

Além de jornalista, tinha talento e era apaixonado por música. Exímio guitarrista, participou dos primórdios da banda RPM, antes de o grupo ganhar fama.

O Poder360 reuniu depoimentos de amigos e entidades que prestaram homenagens a Claudio Tognolli, que reproduzimos na íntegra a seguir:

Rosental Calmon Alves, jornalista e diretor do Centro Knight de Jornalismo: “Fico com as boas lembranças e lições do Claudio Tognolli, repórter investigativo, da virada do século e dos primeiros anos de formação da Abraji. Um jornalista com enorme curiosidade intelectual, professor de jornalismo que influenciou gerações de repórteres em São Paulo e colaborou em grandes reportagens investigativas transnacionais”.

Márcio Chaer, jornalista e publisher da revista Consultor Jurídico: “Tognolli sintetizava os extremos do jornalismo. Intenso, agitado, exagerado, tinha capacidade única de se relacionar com figuras improváveis, como o maestro Hans Joachimm-Koellreutter, o psicólogo Timothy Leary e o jornalista Phillip Knightley. Nunca se economizou. Vivia uma semana por dia”.

Fernando Rodrigues, jornalista e publisher do Poder360: “Tognolli era um amigo fraterno. Generoso. Tinha uma cultura enciclopédica. Sempre aprendi em todas as conversas que tivemos ao longo de 40 anos de convivência. Era maior do que a vida. Um vulcão de energia e imaginação. Sua criatividade era imbatível. Lutou muito no final. Apesar da distância (ele em São Paulo; eu em Brasília), sempre que pude estive por perto para tentar incentivá-lo. Recebi com muita tristeza sua partida. Espero que descanse em paz e deixo meu abraço para sua família. Que sua memória seja preservada”.

Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji): “Tognolli foi um nome marcante no jornalismo brasileiro, atuante como profissional de redação e na formação de jovens jornalistas, como professor da USP. Foi fundador e diretor da Abraji, contribuindo para o debate sobre a função social da profissão. Prestamos solidariedade à família e aos amigos e lamentamos essa perda”.

Há 70 anos, neste 4 de março, começava a nascer a ABRP

Foi no dia 4 de março de 1954, sete décadas atrás, que se deu o primeiro passo efetivo para a formalização da atividade de Relações Públicas no País. Era uma profissão ainda incipiente, mas pouco a pouco avançava e dava mostras da importância e benefício para as poucas organizações que então se valiam desse serviço e dos seus conceitos para zelar por reputações por meio de estreitar e manter bom relacionamento com os vários públicos de interesse.

Foi exatamente nesse dia que o sonho de alguns idealistas que atuavam nessa atividade ganhou forma e consistência, entrando para a história ao fomentar e implementar a criação da primeira instituição oficial da atividade, a Associação Brasileira de Relações Públicas – ABRP, como mostra, aliás, o próprio site da entidade, em citação do professor, escritor, estudioso e profissional de RP Candido Teobaldo de Souza Andrade:

“Com tantos acontecimentos favorecendo as atividades da profissão no início da década de 50, a necessidade de uma associação que zelasse pelos objetivos da categoria era fundamental para organizar a classe e manter a valorização profissional. Eis que na cidade de São Paulo, no dia 4 de março de 1954, reuniu-se, pela primeira vez, o chamado Grupo de Relações Públicas, integrado por profissionais paulistas, com a finalidade de se discutir a criação de uma associação de Relações Públicas”.

 

A História da Comunicação Empresarial no Brasil

Neste ano, em que se completam os 70 anos da ABRP, a Mega Brasil Comunicação vai lançar o livro A História da Comunicação Empresarial no Brasil, de autoria do jornalista e escritor Dario Palhares e curadoria dos jornalistas Eduardo Ribeiro e Marco Rossi. A obra, que vai ao Século XIX e chega aos dias atuais, vai se debruçar sobre todo o ciclo histórico, que começa já de forma intensa lá nos anos 1800, com a comunicação de empresas do comércio e de venda de remédios, em especial os almanaques, que fizeram imenso sucesso por décadas a fio.

Dario Palhares dá uma palhinha sobre esse primeiro encontro, ocorrido em 4 de março de 1954, com informações que obteve das muitas pesquisas que tem realizado para a obra (que, aliás, já segue em seu quarto capítulo):

 

Idort, berço da ABRP

A realização, em março de 1953, do primeiro curso de relações púbicas (RP) no País pela Escola Brasileira de Administração Pública da Fundação Getulio Vargas (EAP-FGV), com a colaboração da Organização das Nações Unidas (ONU), deu ideias ao Instituto de Organização Racional do Trabalho (Idort). Criada em 1931 por um grupo de industriais paulistas, a sigla promoveu em parceria com a Light, de 6 a 10 de julho daquele ano, três palestras do americano Eric Carlson, consultor da ONU, que dera aulas no curso da FGV. Mais de 300 pessoas assistiram às apresentações de Carlson, que tiveram como temas: Importância das RP na racionalização do trabalho; RP e suas responsabilidades na administração organização e administrativa; Criação e um clima de opinião pública sobre a administração – Trabalho de equipe e produtividade.

O assunto seguiu em pauta na casa. Em julho, a diretoria do Idort comunicou que estava “à disposição de todos os estudiosos e profissionais de relações públicas que queiram colaborar com ela nesta oportuna fiscalização e valorização de tão valioso instrumento de entendimento e paz social (…)”. O comprometimento com a causa foi comprovado com a realização, entre julho e agosto, de mais três palestras sobre RP, duas delas proferidas por brasileiros – Ignácio Penteado da Silva Telles, diretor de RP do Banco Nacional Interamericano, que cedera o auditório da sua sede, no centro de São Paulo, para os eventos com Carlson; e Murilo Mendes, da Panam Propaganda. A dupla, por sinal, participaria, mais à frente da formação do Grupo de Relações Públicas do Idort, que se reuniu pela primeira vez há 70 anos, em 4 de março de 1954.

Tinha início a gestação da primeira sigla do RP nacional, sob a liderança do engenheiro Aníbal Bomfim, executivo da Philips e diretor do Idort. O processo resultou na fundação da Associação Brasileira de Relações Públicas (ABRP), cujo estatuto foi registrado em 17 de agosto daquele ano. Onze dias depois, a criação da entidade era anunciada por seu presidente eleito, Hugo Barbieri, titular do departamento de RP da Esso Standard do Brasil, em assembleia geral ordinária do Idort.

“O sr. Hugo Barbieri registrou o apreço e os agradecimentos da Associação Brasileira de Relações Públicas, que acaba de ser fundada no seio do Idort, liderada pelo dr. Aníbal Bomfim, reunindo elementos que trabalham em relações públicas. Eleita a primeira diretoria e aprovados os estatutos dessa entidade, como primeiro presidente cumpria-lhe agradecer o apoio que o Idort emprestou a essa iniciativa, prometendo tudo fazer para que a nova entidade se torne digna das tradições do Idort”, informou O Estado de S. Paulo na edição de 30 de julho.

A ABRP foi instalada em 10 de setembro de 1954. Composta por dez nomes, sua primeira diretoria contava com dois acadêmicos e apenas uma mulher, May Nunes de Souza, do Instituto de Administração da Universidade de São Paulo (IA-USP), que teria longa passagem na área de relações públicas da Metal Leve. Em 1956, a entidade ganharia um conselho superior e três novas seções estaduais, no Distrito Federal, em Minas Gerais e no Estado do Rio de Janeiro.

 

Primeira diretoria da ABRP

Presidente: Hugo Barbieri, Esso Standard do Brasil

Vice-presidente: Ubirajara Martins, Light

Secretária-geral: May Nunes de Souza, Instituto de Administração da USP

Secretário: Álvaro Roberto Mendes Gonçalves, Comissão do IV Centenário de São Paulo

Tesoureiros: Jonas Znyder, Organização Brasilatlântica; e Nélson Ramos Nóbrega, Distribuidora Vemag

Conselho consultivo: Aníbal Bomfim, Philips do Brasil; Ignácio Penteado da Silva Telles, Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP); e Murilo Mendes, Panam Propaganda

Diretor do Serviço de Informações: J. B. Martins Ramos

Davi Alcolumbre processa jornalista após reportagem sobre escândalo de saúde pública

O senador Davi Alcolumbre (UB-AP) está processando o jornalista Heverson Castro, do Portal do Amapá, após uma reportagem sobre o envolvimento do político no Programa Mais Visão, em Macapá, que teve mais de 100 pacientes infectados por um fungo durante cirurgias de catarata.
Davi Alcolumbre (Crédito Marcelo Camargo/Agência Brasil)

O senador Davi Alcolumbre (UB-AP) está processando o jornalista Heverson Castro, do Portal do Amapá, após uma reportagem sobre o envolvimento do político no Programa Mais Visão, em Macapá, que teve mais de 100 pacientes infectados por um fungo durante cirurgias de catarata.

Alcolumbre dizia ser idealizador e viabilizador do programa, que foi amplamente citado pelo político em sua campanha eleitoral. O Ministério Público do Amapá chegou a pedir a suspensão do programa por falta de licença sanitária da empresa responsável pelas cirurgias.

Na ação, apresentada na Justiça do Distrito Federal, Alcolumbre diz que a reportagem tem informações inverídicas, e pede indenização por danos morais no valor de R$ 30 mil, além de uma liminar que proíba Castro de publicar mais matérias sobre o assunto.

Para a Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji), a atitude de Alcolumbre tenta cercear a liberdade de imprensa: “O senador da República não pode se furtar ao escrutínio público, tentando cercear o exercício do jornalismo de um profissional de seu estado, sob o risco de calar não só esse profissional, mas de intimidar a imprensa local e regional. Que a Justiça do Distrito Federal garanta ao jornalista o direito de não se calar e garanta também à sociedade o direito de se informar sobre esse episódio que abalou a vida de mais de uma centena de amapaenses”.

Autoesporte promove Raphael Panaro e André Paixão

Autoesporte promove Raphael Panaro e André Paixão

Dois meses após anunciar mudanças em seu comando, com a chegada de Leonardo Felix para assumir o cargo de diretor de Redação em substituição a Marcus Vinicius Gasques, a Autoesporte tem novas movimentações, desta vez envolvendo seus editores.

Raphael Panaro é o novo editor-chefe, assumindo assim a vaga que era ocupada por Ulisses Cavalvante, que também deixou a casa no corte promovido pela Editora Globo no final de 2023. Para o lugar de Raphael, como editor executivo, foi promovido o editor André Paixão.

Na Autoesporte desde 2019, Panaro foi contratado inicialmente como repórter, após passagens por Car and Driver, Auto Fácil e Auto Press. Na publicação, acumulou promoções, sendo a primeira em 2021, quando assumiu uma vaga de editor, e a segunda em dezembro de 2022, quando se tornou editor executivo.

André chegou à publicação em 2021, contratado como repórter. Com a promoção de Raphael em dezembro de 2022 ele também foi puxado, assumindo então a vaga de editor. Antes da AE, foi estagiário na Quatro Rodas e repórter do g1.

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Darwin no Brasil une história da ciência e aventura

Estátua de Darwin no Museu de História Natural de Londres (Crédito: Bruno Martins/Unsplash)

Pedro Alencastro é o organizador, e redator de textos complementares, de Darwin no Brasil, sobre a viagem do naturalista ao Brasil e suas contribuições para a teoria da evolução. A versão editada e comentada dos relatos de Charles Darwin sobre sua viagem pelo mundo, com destaque para a passagem dele pelo Brasil, inclui 24 ilustrações coloridas de espécies que encontrou na jornada.

As observações de Darwin registradas em seu diário de viagem ao Hemisfério Sul – que durou cinco anos, a serviço da Coroa Britânica – são intercaladas por textos baseados em outras obras de sua autoria (como Diário do Beagle e A origem das espécies), além de correspondência, artigos e notas que escreveu ao longo da vida. Alencastro permite ao leitor entender como a experiência brasileira de Darwin contribuiu para a Teoria da Evolução, sem perder o clima de aventura característico nas narrativas de viagem do século XIX.

O gaúcho Pedro Alencastro é fundador da Duas Aspas, editora de Porto Alegre que se dedica a livros sobre ciências e estreia este ano com o lançamento acima. Bacharel em Jornalismo pela UFRGS, passou 17 anos na agência Due, de publicidade, entre outros trabalhos em assessoria, antes de ser editor.

Repórter é roubado ao fazer reportagem sobre casos de assalto em Fortaleza

Repórter é roubado ao fazer reportagem sobre casos de assalto em Fortaleza
Crédito: Reprodução/Encontro com Patrícia Poeta

O repórter Nathan Gomes, da TV Metrópole, foi assaltado ao vivo em 26/2 enquanto fazia com sua equipe uma reportagem sobre a falta de segurança em Fortaleza, no Ceará. Os profissionais haviam ido ao bairro Cidade dos Funcionários para falar sobre os assaltos que aconteciam na região e acabaram sofrendo um.

Durante a filmagem, os profissionais foram surpreendidos pela chegada de dois assaltantes armados em uma moto, que roubaram o celular do repórter. O crime foi registrado pelo cinegrafista, que após ameaças abaixou a câmera, mas a pedido de Nathan filmou a fuga dos criminosos.

“O garupeiro foi logo puxando o revólver, anunciando o assalto e pedindo o celular”, relatou Nathan Gomes ao g1. “O cinegrafista falou que não tinha, aí ele [suspeito] olhou para mim e disse que se eu não entregasse eu iria levar um tiro. Eu entreguei e depois ele disse: ‘não olha para a gente, senão eu atiro’”.

No dia seguinte ao episódio, a Policia Militar localizou e apreendeu uma dupla de adolescentes com uma motocicleta de mesmas características da utilizada no ato e o celular do comunicador.

Ainda de acordo com o g1, ambos foram encaminhados para a Delegacia da Criança e do Adolescente (DCA), onde foi registrado um ato infracional análogo ao crime de receptação. A polícia permanece investigando a participação dos envolvidos no ataque aos profissionais.

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Com vocês os +Admirados da Imprensa Automotiva 2023

Começa nesta quinta-feira (29/2) o primeiro turno da eleição dos +Admirados da Imprensa Automotiva 2024. Em sua sexta edição, a iniciativa reconhecerá os profissionais e publicações mais respeitados do segmento automotivo pela visão de jornalistas, profissionais de comunicação e público em geral.

Dentre as principais novidades desta edição está uma reformulação nas categorias destinadas aos veículos, que ficaram mais enxutas. O novo formato unificou as categorias Jornal/Caderno e Revista, agora apenas Impresso; Podcast e Programa de Rádio, transformados em Áudio; e Canal de Vídeo e Programa de TV, que se tornaram Vídeo. As novas categorias se juntam à de Site, que se manteve como nos anos anteriores

“Dois fatores motivaram essas mudanças”, explica Fernando Soares, editor da coluna J&Cia Auto, que promove a iniciativa. “No caso da nova categoria dedicada aos impressos, a mudança é uma resposta ao próprio mercado, que infelizmente viu muitas de suas tradicionais revistas e cadernos automotivos fecharem as portas nos últimos anos. Já no caso das categorias Áudio e Vídeo, a razão foi muito mais técnica, porque grande parte das publicações estavam concorrendo nas duas categorias destinadas à sua plataforma, ocorrendo assim uma sobreposição de homenageados a partir de um mesmo produto”.

“Com essa mudança, a expectativa é que aumente a concorrência pelo prêmio, valorizando ainda mais a iniciativa e aumentando o desejo dos profissionais em levar este cobiçado troféu para casa”, complementa Vinicius Ribeiro, diretor de Projetos da Jornalistas Editora.

As mudanças não impactaram as categorias destinadas aos profissionais, que seguem sendo quatro. Além da geral, entregue para o +Admirado Jornalista, também serão concedidas premiações para os mais votados nas categorias Colunista, Jornalista Especializado em Veículos Comerciais e Jornalista Especializado em Duas Rodas.

Fase de indicações

Assim como nos anos anteriores, o primeiro turno da eleição dos +Admirados da Imprensa Automotiva será de livre indicação. Nele, o eleitor poderá sugerir até cinco profissionais ou publicações em cada uma das oito categorias do prêmio. Os nomes mais citados serão classificados para a segunda fase, que terá início em 20 de março. Para participar, basta acessar o link e preencher um rápido cadastro.

Os TOP 25 +Admirados Jornalistas e os TOP 3 mais votados nas categorias temáticas serão anunciados em uma edição especial, que circulará em 1º de abril. A cerimônia de premiação, onde serão conhecidos os TOP 5 Jornalistas e o vencedor de cada categoria acontecerá em maio.

Patrocínio

A eleição dos +Admirados da Imprensa Automotiva 2024 tem patrocínio de Abraciclo, Bosch, Honda e Volkswagen Caminhões e Ônibus, e apoio de Scania, Volkswagen, Press Manager e Portal dos Jornalistas.

Ainda há cotas disponíveis para empresas e entidades que queiram associar suas marcas à premiação. Mais informações com Vinicius Ribeiro (vinicius@jornalistasecia.com.br).

Relatório internacional mostra jornalismo ambiental e climático under fire

Imagem: ELG21/Pixabay

Por Luciana Gurgel

Luciana Gurgel

Ao mesmo tempo em que cresce a consciência sobre o impacto das mudanças climáticas e de práticas ambientais predatórias, aumenta também o risco para jornalistas que cobrem esses temas.

Essa é a conclusão de um relatório produzido pelo International Press Institute (IPI), de autoria da jornalista italiana Barbara Trionfi, ex-diretora da instituição.

Climate and Environmental Journalism Under Fire é resultado de entrevistas com 40 jornalistas em 21 países, traçando um quadro sombrio, que vai além dos riscos pessoais. Ele mostra como a liberdade de expressão é comprometida por essas ameaças, afetando negativamente os esforços para reverter a crise do clima.

Barbara Trionfi (Crédito: IPI World Congress 2018)

A lista de problemas é longa: prisões, assédio legal; assédio online e campanhas de ódio nas redes; restrições à liberdade de circulação e obstáculos no acesso à informação − e é claro, a violência.

O caso do jornalista Dom Philips, assassinado na Amazônia junto com o indigenista Bruno Pereira, é um exemplo citado no trabalho. Ele documentava a situação no Vale do Javari para um livro, que até hoje não saiu.

A família e amigos conseguiram apoio para levar a obra até o fim, o que é uma exceção. Outros repórteres desistem de pautas ou morrem após denúncias, situação comum na América Latina e que afeta sobretudo jornalistas cidadãos ou de veículos comunitários, sem a proteção de grandes organizações.

Jornalistas atacados em suas comunidades

Este é um dos aspectos destacados no relatório. Trionfi aponta que muitos desses profissionais são freelancers e acabam atacados por membros de suas próprias comunidades envolvidos em atividades ilegais.

O estudo salienta ainda as ligações políticas, o poder econômico de atores ligados a atividades prejudiciais ao meio ambiente, a polarização em torno de questões climáticas, gerando hostilidade contra jornalistas, o envolvimento do crime organizado com essas atividades e a impunidade, que estimula a violência.

Os problemas acontecem em países com baixo grau de liberdade de imprensa, mas também em nações avançadas como a França.

Um dos cases apresentados no relatório narra a união de jornalistas ambientais na Bretanha para desafiar o que foi chamado de “lei do silêncio” na região, cobrando das autoridades a liberdade de expressão e acesso a informações sobre questões relacionadas ao agronegócio. Mais de 450 jornalistas e organizações de mídia subscreveram a carta.

O jogo é pesado. A jornalista investigativa Morgan Large personifica a extensão das ameaças: a rádio onde ela trabalhava foi invadida e perdeu propaganda de prefeituras locais. Seu cachorro foi envenenado. Ela foi alvo de assédio nas redes sociais e as rodas de seu carro foram afrouxadas duas vezes depois de reportagens críticas. Mesmo assim, pediu proteção e não conseguiu.

Morgan Large

Hostilidades e ativismo

Barbara Trionfi observa que a hostilidade contra os jornalistas está ligada ao ativismo de duas formas, sobretudo na Europa e na América do Norte.

Em primeiro lugar, os jornalistas ambientais e climáticos dão voz a fontes críticas, incluindo cientistas que apontam verdades que os negacionistas não querem ouvir, seja por ideologia ou por contrariar interesses. E assim viram objeto de ataques.

Mas os próprios profissionais de imprensa acabam sendo vistos como ativistas da causa ambiental, mesmo quando são independentes e seguem as boas práticas jornalísticas.

Assim como a lista de problemas, a de soluções também é longa e não traz nada diferente do que já se sabe.

Aos jornalistas e empresas o relatório recomenda cuidados como avaliar os riscos de uma cobertura, a aliança com repórteres locais familiarizados com a região (no caso de matérias em locais remotos) e busca de colaboração entre veículos, inclusive transfronteiriça.

Os Estados são instados a garantir acesso às informações, prover segurança para os jornalistas ambientais e combater a impunidade.

O estudo também pede aos grupos de apoio ao jornalismo atenção à formação em segurança, fomento de redes de contato e suporte jurídico para defesa de profissionais que sofrem assédio judicial.

Embora não sejam conselhos novos, são vitais para apagar a fogueira que ameaça o jornalismo climático e ambiental.

O relatório completo pode ser visto aqui.


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