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quinta-feira, abril 25, 2024

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O adeus a Ronaldo Junqueira

Ronaldo Junqueira. Crédito: Rafael Ohana/CB/D.A. Press

Morreu na manhã de 9/12, aos 72 anos, Ronaldo Junqueira, que foi diretor de Redação do Correio Braziliense e fundador dos jornais BSB Brasil, da Comunidade e Coletivo. Ele manteve os negócios até 2015, quando os cuidados com a saúde falaram mais alto. Há cerca de quatro anos passava por tratamento de problemas neurológicos, diabetes e hipertensão. O quadro piorou nos últimos dois meses. Durante a última internação, a situação evoluiu para um quadro de infecção generalizada. Ronaldo deixa quatro filhos. O velório ocorreu nesta quinta-feira (12/12), no cemitério Campo da Esperança, em Brasília.

Nascido em Buriti Alegre (GO), Ronaldo começou como repórter da sucursal Brasília da Última Hora. Passou pelo Diário de Brasília e, no fim da década de 1970, chegou ao Correio Braziliense, pelas mãos de Evandro de Oliveira Bastos, diretor de Redação à época. Em 1982, assumiu a Diretoria de Jornalismo do jornal. Levou ao diário profissionais como Gilberto Dimenstein e Josias de Souza. Com Evandro, foi responsável pela ida do cineasta Glauber Rocha ao CB.

Por sua atuação no jornalismo da Capital Federal, ganhou a admiração dos ex-presidentes José Sarney, Fernando Collor de Mello e Fernando Henrique Cardoso. Para os amigos, ele é o exemplo de que postura firme e humanidade podem conviver numa mesma pessoa: “Ele teve uma carreira extraordinária […] Fez grandes amigos e também cultivou alguns inimigos poderosos, porque tinha a pena e a caneta, emplacados como jornalista”, lembra o melhor amigo Marco Aurélio Nunes Pereira. Collor disse “lamentar profundamente o falecimento” dele. Marco Antônio Pontes conta: “Foi um dos primeiros amigos que fiz aqui. Cheguei a Brasília quase exilado […] porque era perseguido pelos militares”. Renato Riella relembra:  “Ele tinha muita coragem […]. Como diretor de Redação permitiu que uma equipe apurasse o assassinato do repórter Mário Eugênio, em 11 de novembro de 1984 […]. Foram tempos de terror. A gente saía juntos da redação pra não ser morto […]”. O material produzido rendeu o Prêmio Esso ao veículo.

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