Eu nunca soube dos gostos musicais do antropólogo pernambucano Gilberto Freyre, inclusive porque ele não me deixou saber. Nos fins dos anos 1970, entrevistei o estudioso da cultura popular Luís da Câmara Cascudo, em Natal, RN. Eu era repórter da Folha. Depois segui a Recife para também entrevistar o autor de Casa Grande & Senzala, mas antes de qualquer diálogo ele perguntou: – Meu filho, você conhece a minha obra? Toda, não, eu tentei lhe dizer, mas ele interrompeu: – Quando você ler a minha obra, me procure que lhe darei uma entrevista. E ele morreu sem que eu o entrevistasse.
De papo pro ar ? Lição de mestre
Por Redação
0
542
Artigo anteriorLíbero Badaró divulga vencedores
Próximo artigoMemórias da Redação: A vingança do Cabral