Levantamento do Poder360 mostrou que a versão impressa de jornais brasileiros segue a tendência de queda. Todas as 15 publicações tradicionais escolhidas pela pesquisa registraram queda de circulação em suas versões impressas no primeiro semestre de 2022.

Segundo dados do Instituto Verificador de Comunicação (IVC), somadas, as publicações tiveram um total de quase 434 mil exemplares, o que representa uma retração de 7,7% em relação a dezembro de 2021. Para efeito de comparação, em 2015, há sete anos, o total era de 1.335.373 exemplares.

Entre os impressos, o jornal mineiro Super Notícia foi o que teve maior tiragem, fechando o 1º semestre de 2022 com a média de 70.570 exemplares e queda de 8,5% em relação a dezembro de 2021. Na sequência aparecem O Globo (65 mil exemplares e retração de 2,9%), Estadão (quase 64 mil exemplares e retração de 9,6%), e Folha de S.Paulo (com quase 56 mil exemplares e retração de 15,6%, a maior detectada).

Em relação à circulação digital, o resultado foi mais equilibrado, com algumas publicações aumentando seu número de assinantes e outros em retração. O Globo lidera a lista, com pouco mais de 302 mil assinaturas digitais pagas e uma retração de 1,1%. A Folha também teve 1,1% de queda, e em 2022 tem cerca de 296 mil assinaturas digitais.

A pior retração foi do Extra, de quase 72%, passando de pouco mais de 6 mil assinaturas em 2021 para menos de duas mil no primeiro semestre de 2022. Já o jornal mineiro O Tempo avançou 105,6%, passando de 27 mil para 56 mil assinaturas digitais.

Na somatória de ambas as versões digital e impressa, o total chega a aproximadamente 1.530.000, com O Globo, Folha e Estadão no Top 3, e O Tempo (+69,5%) e Zero Hora (+16%) com os maiores avanços.

Para o Poder360, os número mostram que “a indústria de mídia tradicional no Brasil segue ainda sem uma solução definitiva para seu modelo de negócios. A queda na circulação impressa era esperada. É algo inexorável. No caso da versão digital, os números seguem modestos para garantir uma velocidade de cruzeiro do ponto de vista financeiro”.

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