Márcio Stéfani assume o comando e Vicente Alessi, filho e S. Stéfani deixam o dia a dia, mas permanecem no Conselho Editorial A Autodata Editora, que tem como carros-chefes a revista Autodata e a Agência AutoData de Notícias, está anunciando a reestruturação de suas operações, fruto da chegada de um novo investidor (mantido em sigilo) e da decisão dos três sócios atuais de concentrar a gestão da empresa em apenas um deles, Márcio Stéfani, o mais jovem. Com isso, seu irmão S. Stéfani e Vicente Alessi, filho, fundadores do negócio, deixam o dia a dia da editora já a partir deste mês, mas permanecem no Conselho Editorial. Sobre as mudanças, disse Vicente Alessi ao Portal dos Jornalistas: “Há quase dois anos vimos conversando internamente a respeito da minha retirada, e do Stéfani, do dia a dia da Editora e de suas atividades. Foram conversas frutuosas e, ao mesmo tempo, desgastantes – como é natural acontecer nesses casos. Da mesma forma temos procurado sócio ou investidor que nos faça expandir os negócios de maneira sustentada. Sempre visando ao nosso bem-estar, de um lado, e de outro, à vida saudável da editora e de seus negócios, depois de quase 24 anos de profunda presença na vida do setor automotivo brasileiro, sempre do ponto de vista da economia, dos negócios e da política. Mas nem de longe vamos nos despedir dessa linha de carreira de pouco mais de quatro décadas. Continuaremos presentes, com artigos e reportagens, tanto nas páginas da revista AutoData quanto nos bites da Agência AutoData de Notícias. Mais: temos toda a disposição de colocar tanta experiência acumulada a serviço de quem dela requeira, pois não nos limitam, mais, laços de exclusividade com a editora”. Quanto ao novo perfil da empresa, assinala: “Márcio Stéfani assumirá novas e importantes funções, já este mês, como o responsável final, agora, pelos interesses de investidor recente e pelos destinos dessa criação coletiva chamada AutoData – e cada vez mais coletiva, com o passar dos anos, pela colaboração de tantos e tantas companheiros e companheiras que dividiram conosco a tarefa de manter a bandeira insinuantemente de pé, petulantemente meio virada de lado. Das lembranças que traz desse período, Vicente cita as duas que considera mais relevantes, pelo alcance que tiveram no mercado automotivo: “Fomos responsáveis, nos anos 1990, como interlocutores privilegiados nos bastidores, pela volta das boas relações dos atores da cena automotiva, as montadoras e os produtores de autopeças e componentes e os concessionários e os trabalhadores; a outra lembrança é a nossa condição de termos sido dos primeiros a entender o fenômeno da globalização, e dos primeiros a conseguir explicar, com alguma exatidão e sucesso, que diabos era aquilo”.