Levantamento da Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji) detectou 504 casos de ataques à imprensa entre 1º de janeiro e 17 de novembro de 2022. Os números representam um aumento de 11,3% em relação a todo o ano passado, que registrou 453 casos.

A Abraji chama atenção para o aumento no número de casos graves. A entidade registrou 153 episódios de agressões físicas, intimidações, ameaças e apreensão e/ou destruição de equipamentos, além dos dois casos de assassinato em decorrência do trabalho jornalístico – de Givanildo Oliveira, em fevereiro, e o de Dom Phillips, em junho. Esses dados mostram um aumento de 89% no número de casos graves de ataques à imprensa, em comparação a 2021.

Cerca de 30% dos ataques totais estão relacionados às eleições. Entre os últimos dias de outubro e as primeiras semanas de novembro, foram detectados 50 casos de agressões, intimidações e hostilidade à imprensa, a maioria conectada aos atos antidemocráticos contra a vitória de Lula.

Segundo o monitoramento da Abraji, 2022 tornou-se o ano mais violento para a imprensa desde quando o levantamento começou a ser feito. Em 2019, ano da primeira coleta sistemática de dados, foram registrados 130 ataques. Houve um aumento de 287,7% entre aquele período e 2022.

Confira mais dados do monitoramento aqui.

0 0 votes
Article Rating
Subscribe
Notify of
guest
0 Comentários
Inline Feedbacks
View all comments