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sábado, abril 20, 2024

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Apesar de cortes, Editora Globo nega demissão em massa

A Editora Globo está promovendo desde a última semana um ajuste em seus quadros de pessoal, com várias demissões e alguns remanejamentos, sem no entanto emitir qualquer comunicado oficial sobre as medidas. Ao optar pelo silêncio, a direção da empresa, liderada por Frederic Zoghaib Kachar, deixou que as versões se sobrepusessem aos fatos. Alguns rumores dão conta de que poderia chegar a 300 (de 1.000 empregados da empresa) o número de demitidos, ou seja, 30% da atual força de trabalho. Pelo que conseguiu apurar, individualmente, Jornalistas&Cia, com pessoas inclusive de fora da empresa, essa informação não procede. Em conversa com o presidente do Sindicato dos Jornalistas de São Paulo Guto Camargo, a diretora de RH da Editora Globo Vânia Weber, que não retornou as ligações de nossa equipe, disse que esse número era um exagero e que os cortes estavam longe de significar demissão em massa, razão que levou a empresa a optar por não se manifestar e por não emitir qualquer comunicado oficial. Sabe-se que o corte atingiu algumas redações, não atingiu outras e se espalhou por outras áreas da empresa, como Publicidade, RH, Serviços, TI e Cedoc. Nesta 3ª.feira (29/11) pela manhã o chamado ?corredor press? (ou ?rádio peão?) andava à toda. Já se sabiam dos cortes na 6ª.feira no Cedoc e logo cedo foi anunciado o corte de sete na Publicidade. Vânia garantiu a Guto que os cortes paravam nesta 3ª. A alegação, longe de citar prejuízos ou perspectivas econômicas ruins, é de que ?a medida faz parte de um programa de reestruturação da empresa visando a reorganização dos trabalhos para o próximo ano?, como citou nota publicada pelo site do Sindicato. A entidade, aliás, deverá continuar em negociações com a empresa já nesta 4ª.feira. Guto cita os dados do projeto Inter-Meios para repudiar o que ele considera uma onda de demissões despropositadas às vésperas do Natal, como tem acontecido sistematicamente, como lembra, ano a ano. Segundo o Projeto Inter-Meios, feito em parceria entre o Meio & Mensagem e a PriceWaterhouseCoopers, do faturamento publicitário total de R$ 17,6 bilhões nos oito primeiros meses deste ano os jornais participaram com 12,3% (crescimento de 2,03%) e as revistas vieram em seguida, com 6,94% (alta de 5,22%). No caso da Editora Globo, revistas consideradas enxutas, como Autoesporte, Quem, Galileu, Casa & Jardim, Crescer e Pequenas Empresas Grandes Negócios, até onde se sabe, não sofreram baixas. Já outras, como Globo Rural, Monet e Época Negócios e edições para tablets, foram atingidas. De Época Negócios, por exemplo, de uma equipe de 22 pessoas, duas foram cortadas, duas foram substituídas sem redução de salário e uma foi promovida. Deixaram a revista a editora-executiva Karla Spotorno e a assistente de Redação Debora dos Santos Pedro. Também saíram Janice Kiss, repórter da Globo Rural; Dafne Sampaio (editor), Itaici Brunetti Perez (repórter) e Giovanna Miranda Gomes (assistente de Redação), da Monet; David Michelson (editor de Multimídia), Sergio Ludke Boechi (editor de Online) e Mariana de Paula (diagramadora), de Época; Denerval Ferraro Jr. (editor), Márcio Cruz (repórter), Daniele Doneda (diretora de Arte) e Luciano Marsiglia (editor do site), de Época São Paulo; e Lívia Deodato, editora de Marie Claire. O diretor de Infografia e Multimídia Alberto Cairo fez um acordo para sair. Outro que também preferiu deixar a empresa foi Saulo Ribas, que havia sido contratado inicialmente como diretor de Criação da EG e ultimamente era diretor de Entretenimento (cuidava de games e outros produtos). Demissões se antecipam ao NatalO segundo semestre, apesar do bom desempenho da economia em geral e do segmento de mídia, em particular, não foi bom para o mercado profissional e tudo faz crer, pelos vários rumores, que isso continuará. O primeiro veículo a promover demissões foi o iG, com 30 cortes, seguido da MTV, do Grupo Abril, com 43. Também a Folha de S.Paulo promoveu cortes, sem que ainda se tenha o número exato, mas que pode chegar a 40. Nesta semana, a Editora Globo fez o mesmo, mas, como a Folha, deixou no ar a incógnita sobre o número de cortes. Há fortes rumores de que duas outras grandes empresas de São Paulo estariam preparando reduções significativas ainda este ano. A conferir!

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