Sem brasileiros inscritos até o momento, programa corre o risco de não contar com representante do País em 2018
Um dos mais tradicionais programas de bolsas de jornalismo do mundo, o World Press Institute chega em sua fase final de inscrições com um alerta: até a manhã desta sexta-feira (9/2) não havia nenhum jornalista brasileiro inscrito.
“Por algum motivo, não há nenhum concorrente brasileiro este ano e pouquíssimos da América Latina. As chances de alguém concorrer e ganhar, portanto, são grandes”, diz Nely Caixeta, que já participou da bolsa, a exemplo de Caio Blinder, Lucas Mendes e Gabriel Baldocchi, entre outros.
O programa inclui visitas às principais redações dos EUA, viagens a diversos estados e uma imersão na cultura americana. “Um dos grandes méritos do programa é compor um grupo bastante diversificado”, explica Baldocchi, editor-assistente da IstoÉ Dinheiro, que participou em 2017. “Dividir as reuniões nos maiores veículos americanos de imprensa com nove jornalistas de outras partes do mundo permite-nos aprender em dobro, entender como cada um tira diferentes conclusões baseado nas suas realidades. Outro lado nada convencional torna a experiência mais rica: não se trata só de jornalismo. Ao incluir eventos tão diversos como visitas a famílias de cidades agrícolas minúsculas e a escolas em áreas violentas de grandes metrópoles, como Nova York, a bolsa promove uma verdadeira imersão na cultura e no pensamento americanos. Trata-se de algo extremamente valioso para qualquer jornalista no mundo, em especial na Era Trump, como tivemos o privilégio de experimentar”.
As inscrições terminam em 16 de fevereiro. Mais informações no worldpressinstitute.org.