Pesquisa realizada pela Federação Internacional de Jornalistas (FIJ) mostrou que quase 60% das mulheres jornalistas da imprensa na América Latina e no Caribe sofrem violência de gênero por parte de colegas do sexo masculino. Além disso, cerca de 60% das entrevistadas declarou que seus locais de trabalho não possuem ferramentas para lidar com essas situações.

A pesquisa, feita com o apoio da Union to Union (UTU), entrevistou 300 jornalistas em 15 países das regiões citadas, entre setembro e novembro de 2023. Outros dados relevantes do levantamento são que quase 67% das entrevistadas precisam ter outros fora da área do jornalismo para complementar sua renda, e mais da metade das participantes ganham menos que colegas homens que ocupam os mesmos cargos que elas.

Outro problema detectado pelo levantamento refere-se a agressões sofridas pelas mulheres. Mais de dois terços das entrevistadas disseram que foram questionadas sobre seu trabalho de forma diferente dos colegas homens. Pouco menos de 40% das participantes sofreram ameaças de gênero online em decorrência de seus trabalhos.

“É necessário reconhecer a existência da violência contra as mulheres jornalistas e suas consequências como um problema que afeta a pluralidade de vozes e, portanto, as democracias como um todo”, diz o relatório. “Tanto as associações como os sindicatos profissionais devem oferecer a estas mulheres espaços de trabalho seguros e garantir seu desenvolvimento profissional, que é afetado pela autocensura e outras estratégias adotadas diante dos ataques”.

Confira mais detalhes do levantamento aqui.

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