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+Admirados da Economia: BTG Pactual, Deloitte, Captalys e Gerdau confirmam apoio

Jornalistas homenageados entre os +Admirados da Economia de 2018

Votação começa no próximo dia 18 de setembro e festa de premiação será em 25 de novembro, no Renaissance

Quatro organizações confirmaram apoio ao Prêmio Os +Admirados da Imprensa de Economia, Negócios e Finanças, organizado por J&Cia e Portal dos Jornalistas, em parceria com a Maxpress. Ao BTG Pactual, Deloitte e Gerdau, que já haviam patrocinado as três primeiras edições do prêmio, soma-se a Captalys, plataforma de crédito e serviços de crédito, fundada em 2010. O prêmio conta ainda com o apoio institucional de Abracom, Abrasca e Ibri.

O primeiro turno de votação será realizado entre os dias 18/9 e 2/10, junto a um colégio eleitoral de aproximadamente 58 mil profissionais, entre jornalistas e executivos de comunicação corporativa de todo o País. Nele, serão apontados, por livre indicação, os mais admirados profissionais e os veículos das categorias Jornal, Revista, Programa de Rádio, Programa de Televisão, Blog/Site e Agência de Notícia.

Os mais votados passam ao segundo turno, que elegerá, entre 11 e 25/10, os TOP 50 das Redações e os veículos campeões. A festa de premiação será em 25/11, num almoço para 120 convidados no Renaissance Hotel, em São Paulo. Organizações interessadas em apoiar o projeto podem entrar em contato com Silvio Ribeiro, pelo 11-3861-5280 ou [email protected].

Daniela Salerno deixa a Globo e assina com a Record

Daniela Salerno

A repórter Daniela Salerno deixou em 4/9 a equipe da Globo, para assinar com a Record TV, como reforço para o projeto Jornal da Record 24 Horas da emissora. Ela fará reportagens e entradas ao vivo nos boletins diários.

Será o retorno de Daniela à emissora, onde permaneceu por oito anos, de 2008 a 2016. No Instagram, a repórter escreveu uma mensagem de despedida, em que afirmou não gostar de seguir o “cômodo”: “Nunca fui boa em seguir o provável. O cômodo. O aparente garantido.  Aprendi que desafiar o ‘não vai dar certo’ pode dar num belo caminho. E gosto quando os ventos mostram que outra direção pode ser bem-vinda também”.

O novo formato do Jornal da Record entra no ar a partir da próxima segunda-feira (9/9), às 21h30.

Marcelo Parada anuncia saída do SBT

Marcelo Parada

Marcelo Parada anunciou em 4/9 sua saída do SBT. Na emissora desde 2012, ele ocupou o cargo de diretor de Jornalismo até 2017 e desde então vinha respondendo pela Diretoria Comercial. Segundo o Observatório da Televisão, sairá de férias e retornará para fazer a transição. Após isso, deixará de vez o cargo. 

Com mais de 30 anos de mercado, Parada começou a carreira na Rádio Jovem Pan, em 1984. Passou por Folha de S.Paulo e IstoÉ, mas foi no Grupo Bandeirantes, onde trabalhou entre 1997 e 2009, que começou a ser reconhecido como executivo. Por lá, foi diretor de Jornalismo da Rádio Bandeirantes (1997 a 2003) e vice-presidente da TV (2003 a 2007), período marcado pela contratação de profissionais reconhecidos no meio jornalístico, tais como José Luiz DatenaRicardo Boechat e Joelmir Beting

Depois de um período no meio corporativo, foi contratado pela emissora de Silvio Santos, onde também cuidava do relacionamento com as emissoras regionais e afiliadas. 

Gecom prepara reta final para o Jatobá PR-2019

Logo Prêmio Jatobá

Além da ampla campanha de divulgação do prêmio e dos cases, grupo mostra os benefícios da premiação para o mercado

A menos de um mês para o final das inscrições para a edição 2019 do Prêmio Jatobá PR, o Gecom – Grupo Empresarial de Comunicação, integrado por Business News, Jornalistas Editora, Maxpress e Mega Brasil, prepara ampla campanha sobre a premiação. O objetivo, segundo Decio Paes Manso, sócio do Gecom, é levar o máximo de informações sobre o certame e sensibilizar as agências e os clientes sobre os benefícios de estarem presentes e disputarem o prêmio, que já se consolidou como um dos mais representativos de PR do mundo.

Segundo ele, uma das coisas importantes de ressaltar é a oportunidade que a premiação gera para as agências de fazerem RP com os próprios clientes: “O cliente sempre ficará grato e satisfeito ao ver o esforço da agência em valorizar o trabalho realizado. Transformar, portanto, um projeto – por mais simples que seja – em case, é valorizar ainda mais a relação comercial e de parceria com o cliente”. Além disso, segundo ele, “a participação numa premiação mostra a confiança no domínio do estado da arte da atividade e sinaliza modernidade, contemporaneidade; mais do que isso, mostra que em casa de ferreiro o espeto é de ferro”.

Marco Rossi, também diretor do Gecom, completa: se cliente e agência olharem para os projetos que realizaram desde janeiro de 2018 certamente vão encontrar um ou mais que podem e merecem concorrer à premiação. “São 16 categorias”, diz ele, “11 por especialidades e cinco por áreas de atuação. E um mesmo case pode ser inscrito em até três categorias diferentes, aumentando as chances de figurar na shortlist e mesmo de conquistar troféu”. Rossi lembra ainda que todos os trabalhos inscritos no Jatobá vão automaticamente para o Banco de Cases, iniciativa de PR inédita: “Ele é permanente, permite múltiplas consultas, é aberto democraticamente ao mercado e reúne todos os cases inscritos na premiação. E as agências não pagam nada por isso”.

A história da agência em novo patamar

A produção de cases é, para uma agência, uma forma de construir memória, de sistematizar conhecimento e de agregar qualidade ao planejamento do negócio. “Quanto mais cases ela produz”, ressalta Hélio Garcia, também sócio do Gecom, “mais ágil sua atuação, maior sua visibilidade e crescentes as oportunidades de mercado”. Garcia ressalta que o Jatobá PR é o único prêmio no mundo exclusivo para as agências de comunicação e o único que premia, de forma igual, as grandes e as butiques: “Nele, as agências são as protagonistas”. Para Garcia, outro aspecto que salta aos olhos é a certificação que nasce para uma agência que vence ou chega à finalíssima da premiação: “O Jatobá PR tem hoje uma forte penetração no mercado cliente, beneficiário direto das conquistas das agências. Virou, portanto, sinônimo de certificação de qualidade. A conquista de um troféu ou de um certificado de finalista traduz-se em prestígio, reputação e oportunidades de negócios”.

Eduardo Ribeiro, diretor deste J&Cia e que também integra o Gecom, lembra outros aspectos da premiação que fazem a diferença: “A perspectiva de participar e de ganhar o Jatobá PR engaja as equipes e os clientes e o faz em torno dos valores maiores da atividade e do negócio. Gera prestígio e relevância para as marcas, para as equipes e – por que não? – para as respectivas carreiras”. Ribeiro até exagera, dizendo que cada cliente mereceria ao menos um case inscrito: “Se a agência tem dez, 15 ou 20 clientes, certamente terá dez, 15 ou 20 potenciais cases a serem inscritos no Jatobá PR. Tudo é uma questão de envolvimento e motivação. O desafio é olhar detalhadamente os projetos para neles encontrar os marcantes diferenciais, as pequenas inovações, os resultados que obteve, o legado que deixa para o cliente e para o mercado. Aí é só embalar numa apresentação honesta e convincente e ficar na torcida por um bom desempenho”.

As inscrições ao Prêmio Jatobá PR 2019 vão até 30 de setembro e devem ser feitas diretamente no site do prêmio. A festa de premiação, para 200 convidados, será realizada em 2 de dezembro, no Renaissance Hotel, em São Paulo. Outras informações com Mayumi, pelo [email protected].

Jornal Nacional comemora meio século no ar

Festa 50 Anos Jornal Nacional - Renata Vasconcellos, Alice Maria, Cid Moreira, William Bonner, Patricia Poeta, Fatima Bernardes e Sergio Chapellin

Por Cristina Vaz de Carvalho, editora de Jornalistas&Cia no Rio de Janeiro

O Jornal Nacional completou 50 anos em 1º de setembro. Desde 1969, quando Cid Moreira e Hilton Gomes anunciaram o primeiro telejornal em rede do País, a atração permanece no ar ininterruptamente. Alguns profissionais que fizeram parte dessa história foram reunidos pela emissora num restaurante no bairro do Jardim Botânico, onde fica a sede da Globo, em clima de confraternização. Entre eles, estava Alice Maria, uma das criadoras do JN ao lado de Armando Nogueira, que morreu em 2010.

Festa 50 Anos Jornal Nacional – Renata Vasconcellos, Alice Maria, Cid Moreira, William Bonner, Patricia Poeta, Fatima Bernardes e Sergio Chapellin

Ali Kamel, o diretor-geral de Jornalismo, abriu a fala de João Roberto Marinho, vice-presidente do Grupo Globo, seguida da exibição de um vídeo com as reportagens mais marcantes nesse meio século. Carlos Henrique Schroder, o diretor-geral da Globo, agradeceu o trabalho de todos.

A Editora Globo lançou o livro JN – 50 anos de telejornalismo, com 457 páginas, contendo depoimentos de fundadores da Globo, de diretores e jornalistas, não apenas dos que aparecem no vídeo, mas dos que trabalham atrás das câmeras. Há relatos dos bastidores de reportagens especiais e exclusivas, e a conquista do Emmy, em 2011, com a cobertura da ocupação do Complexo do Alemão, no Rio.

Para a comemoração do aniversário, jornalistas de todos os estados estão se revezando na apresentação do telejornal. Entre 31/8 e 30/11, aos sábados, um rodízio levará para a bancada do JN apresentadores de afiliadas dos 26 estados e do Distrito Federal. Na estreia, os convidados foram Cristina Ranzolin, do Rio Grande do Sul, e Márcio Bonfim, de Pernambuco.

Márcio Bonfim e Cristina Ranzolin

Esta semana, até 6/9, a série JN 50 anos aborda temas que foram objeto de grandes matérias ao longo do último meio século. Trechos do acervo, com os repórteres e apresentadores que deram voz às notícias, relembram como os relacionamentos, a educação, as cidades, o trabalho e a saúde se transformaram, avançaram ou regrediram nesse período.

XCom passa a integrar a PR World Alliance

A XCom passou a integrar a PR Word Alliance, rede global de agências que atua em 11 países. Assim, tornou-se a única do Hemisfério Sul a fazer parte da aliança, criada há 30 anos na Bélgica, e com isso atenderá a clientes em diversos países e terá acesso a dados e ferramentas internacionais. 

O comunicado ao mercado foi assinado por Marianne van Barneveld, presidente da PR World Alliance e fundadora da Marcommit, da Holanda, e pelos sócios-diretores da XCom Viviana Toletti e Daniel Bruin

Viviana lembra a importância do passo internacional da agência: “Em um mundo cada vez mais interconectado, sentimos a necessidade de fazer parte de uma organização global, a fim de oferecer aos nossos clientes a opção de continuar trabalhando conosco por meio de uma valiosa rede de agências respeitadas e conhecidas em todo o mundo”. “Agora a XCom é parte de um time global de agências”, diz Daniel,. “Com isso, vamos nos tornar ainda mais ágeis e eficientes, com acesso a dados e know how de outros países e, ainda, a possibilidade de oferecer soluções e projetos já testados em outros mercados. Além disso, poderemos atender a nossos clientes em outros dez países”.

Record anuncia cinco edições diárias do Jornal da Record

Em coletiva realizada em sua sede comercial nesta quinta-feira (5/9), a Record TV anunciou uma reformulação em sua programação, incluindo quatro novas edições do Jornal da Record e um novo cenário para o telejornal, com direito a grande interatividade com os telespectadores por meio das redes sociais. Com isso, transmitirá diariamente 14 horas de conteúdo ao vivo. Além disso, o portal R7 e a plataforma PlayPlus receberão conteúdo inédito e diferente do que é veiculado na TV.

Estavam presentes no evento o vice-diretor de Jornalismo Antonio Guerreiro, o vice-diretor comercial Walter Zagari, os apresentadores do Jornal da Record Celso Freitas e Adriana Araújo, e os novos apresentadores dos boletins diários Janine Borba (que apresentava o Domingo Espetacular) e Sérgio Aguiar (que estreou recentemente na Record com a série especial A floresta protegida).

As novas edições irão ao ar na segunda-feira (9/9). Serão boletins curtos ao longo do dia, priorizando a interação com os telespectadores pelas redes sociais. O primeiro será de manhã, depois mais dois à tarde e o último, da meia-noite até 0h45, apresentado por Sérgio Aguiar. Para evitar repetições e monotonia, os boletins não conterão matérias pré-produzidas, mas sim conteúdo ao vivo, com repórteres e correspondentes internacionais.

Dentre as várias novidades e mudanças apresentadas no evento, destaca-se a grande interação entre os jornalistas e os telespectadores, que será utilizada nos boletins. Além disso, segundo o vice-diretor de Jornalismo Antonio Guerreiro, houve um investimento em jornalismo de dados, trazendo para a equipe cientistas de dados que trabalharão com a interatividade com o público, analisando como o conteúdo veiculado chega aos telespectadores e vice-versa, além da instalação de um cenário vertical, adaptando os jornais ao modelo de mídia muito utilizado na internet, no sentido vertical.

Adriana Araújo reiterou a importância dessa interação com os telespectadores para o jornalismo como um todo: “O telespectador não quer só receber a informação. Ele quer fazer parte dela. E as tecnologias hoje permitem isso. Muitas vezes um telespectador pode chegar perto de um fato, de coisas que estão acontecendo, antes de uma equipe de televisão. E essa informação que ele tem, desde que seja checada e apurada, tem que ir ao ar de forma valorizada. E é isso que devemos buscar. É cada vez mais produzir um Jornal da Record para os telespectadores, mas queremos que eles nos ajudem a produzi-lo, contribuindo conosco, com sugestões de pautas, críticas para nos ajudar a melhorar”. Adriana citou também um jornalismo mais “conversado”: “O jornalismo deve ser visto como uma conversa. Não sou só eu que digo o que é notícia, mas o telespectador também, e juntos podemos debater e conversar sobre essa notícia. Eu sou adepta desse jornalismo, mais informal, sem TPs, mais conversado e mais humanizado”.

O novo formato da Record vai ao ar na segunda-feira dia 9/9, durante o Jornal da Record, às 21h30, e o primeiro boletim diário será à 0h30, com apresentação de Sérgio Aguiar.

Estadão avança em transformação digital

O Grupo Estado iniciou em 2/9 uma nova fase em sua trajetória de quase 145 anos de jornalismo: uma transformação na forma de produzir e de distribuir conteúdos, em diálogo permanente com o leitor que vive em uma sociedade em rede.

A inovação ocorre após um ciclo de três anos de planejamento e preparação da empresa, batizado de projeto Estadão 21, e de investimentos de mais de R$ 60 milhões em tecnologia, ferramentas, pessoas e novos produtos digitais. Segundo a empresa, o processo teve como norte reafirmar o jornal impresso como pilar fundamental, com mais profundidade e análises, e expandir a presença digital do Grupo em todas as plataformas.

A mudança contou com a consultoria da espanhola Prodigioso Volcán, que liderou projetos semelhantes em veículos internacionais. Foi precedida também de visitas de profissionais do Estadão a dez jornais, nos Estados Unidos e na Europa.

A nova redação multiplataforma passa a funcionar com as equipes em operação reforçada desde as primeiras horas da manhã, com foco na jornada do leitor e em suas necessidades informativas. A produção do noticiário será feita observando a distribuição nos diversos canais de consumo de informações dos usuários, como celular, site estadão.com.br, podcastsnewsletters e redes sociais, buscando o diálogo com a audiência durante todo o dia.

O jornal criou um Núcleo de Fechamento Impresso com quase 20 pessoas para preparar as reportagens que estarão, no dia seguinte, nas páginas da edição impressa. Na dança das cadeiras, Eduardo Kattah assume como editor de Politica/Internacional, duas editorias que se fundem. Os cadernos Metrópole (com o Caderno 2) e Esporte ficam sob o comando de Daniel FernandesMarta Curi assume a editoria de Política. Adriana Ferraz deixa de ser pauteira e volta para reportagem. Bruno Ribeiro deixa Metrópole e se muda para Política, onde vai cobrir administração municipal. Fábio Leite deixou a editoria de Política e o jornal a caminho da Crusoé. Da coluna Direto da FontePaula Reverbel foi para Política, e foram contratadas Cecilia Ramos e Marcela LoureiroMarília Neustein deixou a casa. Bia Reis segue como editora de Metrópole e Ubitaran Brasil no Caderno 2. (Veja+)

Os contatos de Jair Bolsonaro com a imprensa

(Brasília - DF, 03/01/2019) Presidente da República, Jair Bolsonaro, durante entrevista para o jornal do SBT. Foto: Alan Santos/PR
(Brasília – DF, 03/01/2019) Presidente da República, Jair Bolsonaro, durante primeira entrevista exclusiva, para o jornal do SBT. Foto: Alan Santos/PR

Presidente concedeu 31 entrevistas exclusivas em oito meses de governo

Desde que assumiu a Presidência da República em janeiro, Jair Bolsonaro concedeu 31 entrevistas exclusivas à imprensa. Falou a 22 veículos e quatro canais do YouTube. As empresas de comunicação que mais tiveram acesso a ele foram: SBT (5), Record (5), Band (4), Globo (2) e Jovem Pan (2).

O presidente também se reuniu com cinco jornalistas no Planalto – o mais recebido foi Alexandre Garcia, ex-Globo, que esteve com ele quatro vezes. Recebeu ainda 16 executivos e donos de mídia, além de 114 jornalistas em cafés e mais de 50 representantes da mídia do Sul.

Os dados foram coletados pela repórter Sabrina Freire e publicados em 2/9 no Poder360. O portal preparou um infográfico com os principais dados sobre as entrevistas, a relação dos jornalistas e seus respectivos veículos, o número de vezes que estes estiveram com o presidente desde a posse e outros detalhes que marcaram a cobertura da imprensa e a presença dos meios de comunicação no Palácio do Planalto.

Sem mudanças profundas, jornalismo poderá ficar à margem das novas gerações

* Por Luciana Gurgel, especial para o Portal dos Jornalistas

Luciana Gurgel

Ainda que a disputa pelo furo continue sendo parte da vida de qualquer jornalista, as mudanças que a imprensa enfrenta acrescentaram novos inimigos ao roteiro. E a união pode fazer a diferença no final deste filme.

Essa é a tese de Sue Brooks, diretora de produto e estratégia da Reuters: “Competição sempre vai existir, e isso é bom, mas muitos já compreenderam que o mais importante neste momento é transmitir informação confiável para o público, em vez de perdermos tempo e energia brigando entre nós, pois isso não vai ajudar em nada a melhorar o cenário”.

Brooks refere-se ao pesadelo das fake news e à mudança de hábitos dos consumidores, principalmente aqueles abaixo dos 30 anos. No Reino Unido há várias iniciativas colaborativas entre veículos, como o que une a BBC a uma rede de jornais regionais para a produção de conteúdo local.

A Reuters também está nesse jogo. Em 2017 criou a Reuters Connect, que se propõe a ser uma one-stop-shop de conteúdo, oferecendo aplicativos de parceiros externos que vão de grandes corporações jornalísticas, como CNN e BBC, a especializados como Variety, National Geographic e Weather Channel.

Sue admite que no início a equipe da agência viu com preocupação a ideia de permitir a competidores o acesso ao seu público. Mas é enfática ao defender a colaboração:  “Se nós mesmos não formos disruptivos, alguém será por nós”. E sinalizou que a rede poderá ser expandida para um mecanismo de colaboração entre jornalistas produzindo matérias ou checando fatos mundo afora.

O que os jovens querem? – Essa pode ser uma das fórmulas para contornar os desafios que afetam o jornalismo, que são reais. Um novo estudo do Instituto Reuters, que funciona na Universidade de Oxford, reconfirma as preocupações que vêm dominando o debate sobre o futuro da imprensa.

O objetivo do trabalho foi mapear como os jovens consomem notícia e o que os veículos tradicionais devem fazer para conquistá-los. Concluiu que se trata mesmo de uma questão geracional: o público jovem difere dos grupos maduros não apenas na maneira como se informa, mas também em suas expectativas em relação ao noticiário, mais alinhadas ao desejo de progresso e diversão em suas vidas.

Foram pesquisados jovens de Reino Unido e Estados Unidos, divididos em dois grupos: 18-24 anos e 25-35 anos. Eles tiveram a atividade dos smartphones acompanhada, preencheram questionários e foram entrevistados sobre os hábitos e percepções.

Segundo o trabalho, os jovens têm sede de notícias que conectem seu próprio mundo com o mundo exterior, mas não veem a imprensa tradicional como a melhor fonte para obter tal conteúdo. De forma simplificada, o Instituto Reuters aponta que as empresas jornalísticas veem as notícias como “aquilo que o leitor precisa saber”, enquanto os jovens vão além: não apenas aquilo que precisam saber, mas que também seja útil, interessante e divertido.

Uma das conclusões mais impressionantes é a atitude diante das fake news. Para a faixa etária pesquisada, são vistas como um “inconveniente” e não como uma ameaça ao jornalismo ou à democracia.

O estudo é longo, detalhado e pode servir como base para a definição de estratégias de longo prazo destinadas a capturar as novas gerações. Elas foram resumidas em três recomendações.

A primeira é que as organizações de mídia tradicionais precisam facilitar o acesso por meio de sites e aplicativos destinados a grupos mais jovens, simples e intuitivos como Facebook e Netflix, tornando as notícias mais fáceis de consumir. Isso se traduz em linguagem mais clara, narração mais interativa e conteúdo de interesse dessa faixa etária.

A segunda é que os veículos precisam dar a notícia de forma mais alinhada ao momento em que o público jovem está aberto a recebê-la, empregando formatos adequados às plataformas móveis e mídias sociais, sem perder a associação com a legitimidade de suas marcas.

O estudo recomenda ainda que a maneira de cobrir notícias seja revista no que diz respeito a questões como negatividade, estereótipos e diversidade. Os autores afirmam que os jovens não querem que a mídia deixe de abordar temas difíceis ou sérios, mas gostariam de ver mais matérias que inspirem mudança e indiquem caminhos positivos. E que tenham utilidade pessoal ou contribuam para o seu próprio desenvolvimento.

Parece uma boa receita, e não tão difícil de ser seguida. Mas o Instituto Reuters não é muito otimista sobre o futuro. Destaca que, mesmo que a imprensa tradicional adote as sugestões do relatório, não há garantia de sucesso, pois vai ser cada vez mais difícil engajar essa turma. Será que ficou tarde demais para mudar?

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