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terça-feira, junho 10, 2025

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Entidades se mobilizam contra ataque de Bolsonaro a repórter do Estadão

A Abraji e a OAB, a ABI e entidades de classe como ANJ (Jornais), Aner (Revistas) e Abert (Rádio e Televisão) repudiaram o recente ataque promovido no Twitter pelo presidente Jair Bolsonaro contra a repórter Constança Rezende, do Estadão.

A ofensiva aconteceu após o site Terça Livre, que reúne ativistas conservadores e simpatizantes de Bolsonaro, publicar no domingo (10/3) um texto que falsamente atribui à repórter uma declaração que teria como intenção “arruinar Flávio Bolsonaro e o governo”, ao tratar da cobertura jornalística das movimentações suspeitas de Fabrício Queiroz, ex-motorista do senador e filho do presidente. A publicação também falsamente atribuiu à repórter a publicação da primeira reportagem sobre as investigações do Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras) sobre a movimentação atípica de R$ 1,2 milhão nas contas do ex-assessor de Flávio Bolsonaro. O autor dessa primeira reportagem foi Fábio Serapião, também do Estado.

Com base nas falsas informações, Jair Bolsonaro publicou em seu Twitter, às 20h51 também do domingo, o seguinte texto: “Constança Rezende, do ‘O Estado de SP’ diz querer arruinar a vida de Flávio Bolsonaro e buscar o Impeachment do Presidente Jair Bolsonaro. Ela é filha de Chico Otavio, profissional do ‘O Globo’. Querem derrubar o Governo, com chantagens, desinformações e vazamentos”.

Em nota conjunta, ANJ, Aner e Abert lamentaram o fato de o presidente da República reproduzir pelas rede sociais informações deturpadas e deliberadamente distorcidas com o sentido de intimidar a jornalista e a liberdade de expressão.

“Os ataques à repórter têm o objetivo de desqualificar o trabalho jornalístico, fundamental para os cidadãos e a própria democracia”, destacou a nota, que completou: “A tentativa de produzir na imprensa a imagem de inimiga ignora o papel do jornalismo independente de acompanhar e fiscalizar os atos das autoridades públicas”.

Para a Abraji e a OAB, “quando um governante mobiliza parte significativa da população para agredir jornalistas e veículos, abala um dos pilares da democracia, a existência de uma imprensa livre e crítica”. Juntas, OAB e Abraji garantiram ainda sempre darão apoio a jornalistas que sofram qualquer tentativa de intimidação por fazer seu trabalho”.

Já a ABI lembrou ao presidente em sua nota “que a liturgia do cargo que ocupa exige equilíbrio, serenidade, linguagem moderada e altivez. Ao contrário do que Bolsonaro supõe, governos não são derrubados ‘com chantagens, vazamentos e desinformações’, como enfatizou no Twitter. A história ensina que a erosão do poder começa sempre por dentro, quando desidrata as expectativas daqueles que o fizeram depositário das suas melhores esperanças”.

Um ataque a cada três dias – Segundo reportagem publicada pelo portal Terra, desde que assumiu o governo, o presidente Jair Bolsonaro usou sua conta no Twitter 29 vezes para publicar ou compartilhar mensagens nas quais critica, questiona ou ironiza o trabalho da imprensa brasileira. O número representa uma média de uma vez a cada quase três dias na rede social que o presidente tem utilizado como principal meio de comunicação com a população.

Quase metade das críticas e acusações contra a imprensa que aparecem na conta de Bolsonaro é feita por meio de retuíte de aliados e familiares, como dos filhos Carlos e Eduardo e as páginas que costumam reunir simpatizantes do presidente.

Propósitos e Causas abrirá a segunda temporada do ciclo Empresa Cidadã

Logo Empresa Cidadã

Edição está a cargo de Martha Funke

Propósitos e Causas é o tema que abrirá o ciclo de especiais de J&Cia Empresa Cidadã em 2019, com circulação programada para 26 de março. Em sua segunda temporada, o projeto é uma iniciativa de branded content da Jornalistas Editora que a cada bimestre abordará também Compliance (maio), Melhores práticas com empregados/Melhores empresas para trabalhar (julho), Responsabilidade social e corporativa (setembro) e Voluntariado (novembro).

O objetivo é criar uma agenda positiva para as boas práticas empresariais, com circulação para públicos estratégicos como imprensa, comunicadores e influenciadores, numa audiência estimada em 100 mil profissionais. A primeira rodada do ciclo, no ano passado, teve como focos Diversidade e inclusão social, Fake news, Inteligência artificial, Redes sociais e Sustentabilidade.

Jornalista e gestora de comunicação pela ECA-USP, Martha Funke aceitou convite de J&Cia para pilotar a edição de estreia desta temporada, sobre Propósitos e Causas. Ela atuou em cargos de direção em editoras como Meio & Mensagem, Padrão Editorial e Segmento. Foi assessora de relações institucionais da Editora Abril e gerente de grupo de contas em agências de comunicação. Atualmente, colabora com publicações como Valor Econômico e Anuário da Comunicação Corporativa, além de desenvolver projetos pela sua Funke Comunicações.

Outras informações pelo 11-3861-5280 com Silvio Ribeiro (silvio@jornalistasecia.com.br).

Denúncias de racismo e islamofobia põem autorregulação da imprensa britânica sob suspeita

Tabloides

Especial Reino Unido

Luciana Gurgel

Por Luciana Gurgel, especial para o J&Cia

A cobertura da imprensa sobre assuntos que envolvem minorias étnicas e a comunidade islâmica está provocando um acalorado debate sobre limites da liberdade de expressão aqui no Reino Unido. Esta semana um grupo de 26 parlamentares divulgou uma carta aberta, respaldada por mais de 20 organizações de direitos humanos, acusando um dos dois órgãos reguladores da mídia impressa, o Ipso (Independent Press Standards Organisation), de complacência com racismo e islamofobia na imprensa.

Segundo o grupo, o Ipso estaria sendo leniente com reclamações sobre excessos a ele levadas. Esse órgão, assim com o “concorrente” Impress, tem como atribuição garantir que padrões éticos sejam respeitados, com autoridade para punir no caso de desrespeito ao código de conduta endossado pelos associados. E até de promover arbitragens quando há pedido de reparação.

Duas entidades para controle da imprensa – Esse sistema de controle da mídia impressa, bem diferente do que temos no Brasil, surgiu a partir do escândalo de escutas telefônicas feitas pelo jornal News of The World, em 2011, que levou ao seu fechamento. O caso resultou em uma investigação sobre ética na imprensa, liderada pelo juiz Lord Leveson, dando origem ao Leveson Inquiry.

Entre as medidas recomendadas estava a criação de um órgão regulador independente e de adesão voluntária, supervisionado pelo PRP (Press Recognition Panel), dedicado a fiscalizar a independência e adesão aos princípios do Relatório Leveson. Mas acabaram sendo cridos dois órgãos. Um é o Ipso, o maior, que reúne os principais veículos. O outro é o Impress, com menos adesões, limitado a veículos locais.

Alguns jornais importantes, como The Guardian e Financial Times, praticam a autorregulação, por discordarem do sistema. O Impress clama ser o único a ter aderido integralmente aos princípios do Levenson Inquiry, enquanto o Ipso não assinou embaixo, ficando portanto livre para não seguir integralmente os princípios. Por isso é considerado não reconhecido.

Carta-bomba – Na carta aberta – na verdade um documento eletrônico exibindo exemplos escabrosos extraídos de vários jornais – o grupo aponta que racismo e ataques com base na fé religiosa contra comunidades tornaram-se comuns na imprensa, encorajando discriminação e violência.

Eles sustentam que, embora a imprensa seja livre para atuar, mesmo os mais flagrantes casos de discriminação por parte da imprensa não têm sido considerados como quebra de código de conduta pelo Ipso.

O chairman da entidade, Sir Alan Moses, defendeu-se afirmando que as decisões são tomadas com base na quebra do Código Editorial, sem que isso implique concordância com o conteúdo em questão. E coloca o dedo na ferida: “A questão real é como encontrar o equilíbrio entre a liberdade de expressão e a proteção do interesse público”.

O alvo principal desse movimento é a chamada red top media – os famosos tabloides sensacionalistas britânicos. Eles deixaram de ser chamados de tabloides porque outros jornais adotaram esse formato. E passaram a ser conhecidos como red top por usarem o vermelho nos títulos.

São jornais de enorme circulação, para leitores tradicionais, conservadores, nem sempre abertos a minorias raciais ou sociais. Alguns articulistas pegam mesmo pesado. Dois deles chegam a ser citados na carta aberta ao Ipso. Mas não é apenas na página de opinião que o nacionalismo exacerbado se manifesta. É comum ver manchetes fortes destacando, por exemplo, um crime cometido por um imigrante de recursos limitados.

Partidos políticos entraram na dança – Acusações de racismo e islamofobia estão atingindo também os dois principais partidos políticos por aqui. O Trabalhista vem enfrentando uma crise, e já perdeu importantes parlamentares que saíram atirando por acharem que o líder, Jeremy Corbyn, endossou discurso antissemita de alguns membros. E esta semana foi a vez do Partido Conservador, da primeira-ministra May, que enfrenta uma onda de protestos de membros por posições consideradas islamofóbicas.

Um bom debate sobre liberdade de expressão e de imprensa, que ainda deve render muita discussão por aqui.

Bruno Paes Manso fala em podcast sobre violência e projeto anticrime

Bruno Paes Manso
Bruno Paes Manso

Bruno Paes Manso, também pesquisador do Núcleo de Estudos da Violência, da USP, foi ouvido pelo podcast Rio Bravo, sobre o projeto anticrime do ministro Sérgio Moro, que, para ele, deixa a desejar porque não contempla as possibilidades que a agenda da segurança pública tem demandado: “O ministro precisa olhar toda a complexidade dos instrumentos com os quais ele trabalha, que passa pela inteligência policial, pelas prisões e pelos investimentos nesses sistemas”.

Em outro momento da entrevista, Paes Manso analisa o atual momento da organização criminosa Primeiro Comando da Capital, cuja cúpula recentemente foi transferida para presídios federais: “O PCC nunca esteve tão forte economicamente como hoje e a minha impressão é de que a transferência não muda muito o cotidiano da ampla rede de venda de drogas que vem se consolidando”.

O adeus à Larissa Bortoni, “a nossa Frida Khalo”

Larissa Bortoni
Larissa Bortoni

Larissa Bortoni, 50 anos, morreu em 4/3, em casa, vítima de mal súbito. Graduada pela UnB, trabalhava desde 1998 na Rádio Senado, onde ingressou por meio de concurso público.

Pela rádio, fazia a cobertura diária das atividades legislativas e produzia reportagens especiais – várias delas reconhecidas em premiações nacionais, como o Prêmio Roquette Pinto e a menção honrosa no Vladimir Herzog, em 2011, com Adultos autistas: onde eles estão?

Em Crônica da Cidade, do Correio Braziliense, escreveu Taís Bragasob o título Larissa Bortoni era a nossa Frida Khalo: “Ela é a menina do meu coração, dos nossos corações. Larissa, eu, Cláudia Carneiro e Isabel Braga temos um clube. O Clube da Felicidade e da Sorte, inspirado no filme homônimo. (…) No estatuto do clube estava escrito que nós ficaríamos velhinhas juntas. Mas Larissa era sempre a mais indisciplinada. Ela nos deixou antes. Inesperadamente, sem despedida (…)”.

O corpo dela foi velado na em 5/3 no crematório Jardim Metropolitano em Valparaíso. Larissa deixa os filhos Lucas e André.

Inscrições de trabalhos para Encontro Nacional de Professores de Jornalismo encerram em 11/3

Logo do Encontro

Terminam nesta segunda-feira (11/3) as inscrições de trabalhospara o 18º Encontro Nacional de Professores de Jornalismo. O evento, marcado para de 25 a 27 de abril, em Ponta Grossa (PR), tem a finalidade de reunir docentes e discentes para refletirem, trocarem experiências e resultados de pesquisa e extensão com o objetivo de proporcionar um jornalismo de maior qualidade para o Brasil.

Para o envio dos trabalhos é obrigatória a inscrição do autor ou autores. Pesquisadores e professores pagam R$ 170, estudantes de pós-graduação, R$ 80, e acadêmicos de Jornalismo, t R$ 30. Sócios da Associação Brasileira de Ensino de Jornalismo, em dia, estão isentos. Inscrições e mais informações no site do evento.

Rozalia Gaudio deixa a C&A

Rozalia Del Gadio

Cláudia Santos, a CDI 

Rozalia Del Gaudio

Finalista do TOP Mega Brasil 2019, Rozalia Del Gaudio deixou no início de março a área de Comunicação da C&A. Ela estava na companhia havia nove anos e antes passou por Votorantim, Vale e Novelis.

”Foram anos muito felizes e de muitas realizações por aqui, mas nesse momento optei por orientar minha carreira para alguns projetos pessoais sobre os quais vinha refletindo já há algum tempo”, explica a executiva. Enquanto não define seus novos desafios, atende pelos rozalia.delgaudio@uol.com.br e 19-998-315-334.

Cláudia Santos

Cláudia Santos deixou, a pedido, a CDI, em que estava há 20 anos, os dez últimos como diretora. Na agência, atuou sobretudo na vertical de agronegócio, atendendo a clientes como Monsanto, John Deere, Yara e Tereos, além de associações do setor.

Também esteve à frente de trabalhos nas áreas de saúde com AACD, Apae (SP), Hospital Infantil Sabará, Hospital Santa Catarina e Sigvaris; educação, Pearson e FEI; e ONGs, como Transparência Internacional e Fundação Tide Setúbal. Nesse período, a agência conquistou, entre outras premiações, o Aberje nacional e regional, o POP (de relações públicas) e o JatobáPR.

Antes da CDI, Cláudia atuou na grande imprensa em veículos como Diário Popular (quase dez anos) e TV e Rádio Record. Formada pela FIAM, tem pós-graduação em Gestão de Marketing pela ESPM. Os novos contatos dela são claudiasantoscomunicacao@gmail.com e 11-976-634-001.

Mariana Kotscho comanda na Rádio Capital programa sobre direitos da mulher

Mariana Kotscho
Mariana Kotscho

Mariana Kotscho, que divide com Roberta Manreza na TV Cultura o Papo de Mãe, apresenta a partir deste sábado (9/3) na Rádio Capital o programa Capital Mulher, que vai abrir espaço para temas ligados principalmente aos direitos da mulher. A edição de estreia, no dia do quarto aniversário da lei do feminicídio, terá uma entrevista exclusiva com Maria da Penha, que lhe dá nome. O tema será violência doméstica.

“O programa terá entrevistadas, música, quadros e a participação das ouvintes”, diz Mariana. “Ele é fruto do trabalho (voluntário) que venho há 20 anos realizando com vítimas de violência doméstica. Sigo com o Momento Papo de Mãe na TV Cultura, que em abril estreia nova temporada”.

Capital Mulher será semanal, ao vivo, aos sábados, das 11h ao meio dia, e terá boletins diários ao longo da programação da semana. A assistente de produção é Gabriela Tornich, ex-produtora do Jornal da Cultura.

Projeto Sem Sigilo pretende revelar teor de documentos sigilosos do governo

Logo Sem Sigilo

Segundo o site Fiquem Sabendo, entre junho de 2017 e maio de 2018, mais de 73 mil documentos foram colocados sob sigilo pelo governo brasileiro, mas há pouca transparência em relação aos motivos dessa classificação. Por esse motivo, os jornalistas do site se propuseram a hercúlea tarefa de revelar qual o teor de documentos que tiveram o sigilo levantado nos últimos anos – e descobrir qual a justificativa dada por funcionários para reservar essas informações do olho público.

Com o Projeto Sem Sigilo, eles vão se debruçar sobre informações que estavam classificadas como “reservadas” – o nível mais baixo de sigilo, que garante cinco anos de segredo. Para ter acesso a esses documentos, é necessário fazer numerosos requerimentos à administração pública por meio da Lei de Acesso à Informação (LAI), ministério por ministério, segundo o Fiquem Sabendo. Os jornalistas voluntários também vão requisitar os Termos de Classificação de Informação (TCI), em que o governo explica a razão para tornar informações secretas.

Fundado por Léo Arcoverde, o Fiquem Sabendo também montou uma campanha de crowdfunding para cobrir alguns custos da operação. Com a contribuição mensal, pretende pagar um estagiário e um advogado para dar suporte aos jornalistas. Além de revelar documentos anteriormente sob sigilo, o grupo quer trazer mais conscientização a respeito da transparência no Brasil. Outro projeto que o Fiquem Sabendo tem é a newsletter Don’t LAI to me, com dicas sobre a Lei de Acesso à Informação.

Foca Econômico do Estadão inscreve até 13/3

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Estão abertas as inscrições para o 9º Curso Estado de Jornalismo Econômico, mais conhecido como Foca Econômico, promovido pelo Grupo Estado em parceria com a Escola de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV). O curso tem duração de três meses, de 8/4 a 5/7, em período integral.

O processo seletivo tem duas fases. A primeira é online e os candidatos devem enviar seus currículos e justificativa de interesse no curso pelo site de inscrição, além de fazer provas de português, inglês e conhecimentos econômicos. Entre 19 e 21/3, os selecionados devem fazer provas de conhecimentos econômicos e português, e escrever uma reportagem sobre economia.

Estudantes do último semestre de jornalismo ou profissionais que se formaram há dois anos podem se candidatar ao treinamento até 13/3 pelo site.

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