O pernambucano Patrício Macedo é o novo gerente de Jornalismo da RedeTV/TV Brasília. Aos 46 anos, ele tem foco em produção de conteúdo em nova linguagem jornalística e busca a integração das plataformas de comunicação, bem como a convergência das mídias sociais. Ultimamente era editor-chefe do DF Alerta, programa vespertino da emissora, apresentado por Nikole Lima. Sua nova função é lidar com os produtos jornalísticos da TV Brasília, além de administrar a relação do canal com a coluna CB Poder e com a Clube FM Brasília.
Formado em Administração de Empresas e especialista em gestão de cidades pela Fundação Armando Alves Penteado (Faap), Patrício deu os primeiros passos profissionais como assessor do ex-ministro Ricardo Fiúza durante o governo Collor. Ao longo de duas décadas, trabalhou com lideranças do Congresso Nacional. Em 2012, iniciou no DF Alerta. “Há felicidade maior na carreira que suceder quem inspira você e foi capaz de revolucionar a linguagem audiovisual de onde você vive?”, pergunta ele. “Simone Souto (ex-gerente) fez isso com maestria e a dimensão do meu desafio é imensa”.
Estão abertas até 31/7 as inscrições para a 30ª edição do Prêmio Europa de Comunicação, direcionado a profissionais de Comunicação do Brasil que produzem conteúdo sobre turismo na Europa. Os inscritos deste ano concorrerão em três categorias e o vencedor de cada uma ganhará uma viagem com acompanhante para a Europa, a países a serem anunciados em breve.
O conteúdo inscrito deve encaixar-se em uma das categorias disponíveis de acordo com o canal em que a mensagem é transmitida, sendo: Categoria Melhor Matéria Impressa, em que o material produzido pode ter sido publicado em jornal, revista ou folhetim impressos; Categoria Melhor Matéria Audiovisual, com materiais inscritos veiculados exclusivamente na televisão; Categoria Melhor Matéria Online, em que os conteúdos inscritos devem estar disponibilizados em veículos online em forma de posts, vídeos ou ensaio fotográfico.
O conteúdo inscrito deve ter sido produzido entre 1º de julho de 2018 e 30 de junho de 2019. Mais informações e inscrições no site do prêmio.
Marco Antonio Zanfra lança em São Paulo na próxima quarta-feira (24/4) seu terceiro romance policial, O beijo de Perséfone (Editora Unisul), e encerra o que ele mesmo chama de trilogia Marlowe, trazendo pela última vez à cena o personagem criado no livro As covas gêmeas (Editora Brasiliense, 2010).
Na obra, o personagem Marlowe – um policial afastado das funções enquanto responde a uma sindicância por ter provocado, supostamente bêbado, um acidente de trânsito que confinou seu parceiro de trabalho a uma cadeira de rodas – cumpre sua derradeira missão, desta vez como investigador particular, já que se exonerou da polícia no livro anterior,A rosa no aquário (também da Editora Unisul).
Zanfra acha que Marlowe cumpriu sua quota de heroísmo e chegou a hora de “mandar nosso personagem para os arquivos da literatura. Chegou a hora de sair da vida e entrar para a história”.
O lançamento será no bar Canto Madalena (rua Medeiros de Albuquerque, 471 – Vila Madalena), a partir das 19 horas. Com 244 páginas, está à venda por R$ 40.
Também em São Paulo, Luís Nassif vai lançar na próxima terça-feira (23/4) o livro Walther Moreira Salles – O banqueiro-embaixador e a construção do Brasil, a partir das 18h30, na Livraria Martins Fontes (av. Paulista, 509).
A obra conta a história a partir de uma convivência privilegiada de três anos com o biografado, além de entrevistas com os principais personagens da história brasileira dos anos 1940 a 1980. Pelos olhos de Moreira Salles e seus sócios, o livro também descreve a passagem do Brasil do café para as primeiras sociedades informais de capitalistas, a criação do sistema bancário nos anos 1930, a saga do petróleo nos anos 1940, o rodoviarismo nos anos 1950, o mercado de capitais nos anos 1960, o nióbio, o papel e a celulose. Com 448 páginas, o livro da Companhia Editora Nacional está a venda por R$ 74,90.
Kyaw (à frente) e Wa estão presos em Mianmar há 490 dias
A Reuters venceu na última segunda-feira (15/4) dois prêmios Pulitzer, um de reportagem internacional pela investigação que revelou a execução de dez muçulmanos rohingyas por camponeses budistas e forças de segurança de Mianmar; e outro relativo a fotografias de migrantes na fronteira dos Estados Unidos.
Os prêmios marcam o segundo ano consecutivo em que a Reuters vence dois Pulitzers .Dois dos premiados neste ano estão presos há 490 dias em Mianmar por seu papel na revelação dos assassinatos, que são os jovens repórteres Wa Lone e Kyaw SoeOo, ambos cidadãos de Mianmar. Eles encontraram uma cova coletiva repleta de ossos que saíam pela superfície e passaram a reunir depoimentos de executores, testemunhas e familiares das vítimas. A dupla obteve com aldeões três fotografias devastadoras: duas delas mostravam os dez rohingyas ajoelhados; a terceira mostrava os corpos mutilados e baleados dos mesmos dez homens na cova rasa.
Na categoria de fotografia breaking news, 11 fotógrafos da Reuters, incluindo o brasileiro Ueslei Marcelino, que trabalharam no projeto Na trilha de migrantes à América, fizeram um pacote de imagens de imigrantes da América Central à fronteira dos EUA.
A TV Brasil muda o foco da sua programação e estreia este mês o programa Agro nacional. Semanal, logo cedo, às 6h, traz reportagens e entrevistas sobre os assuntos do campo. Apresentado por Tâmara Freire, a produção tem na pauta inovações tecnológicas, atrações turísticas de cidades ligadas à produção agrícola, cobertura de feiras e festas pecuárias, além do destaque à culinária das regiões.
A emissora recicla também sua grade, com novas temporadas de programas tradicionais. No mundo da bola, mesa-redonda apresentada por Sérgio du Bocage aos domingos, ganha uma edição extra toda segunda-feira, às 22h, e mais os comentários de Mauricio Costa. Márcio Guedes e a entrevista com um convidado continuam nas duas edições.
O Trilha de letras, talvez o único programa sobre literatura da tevê aberta, estreia a terceira temporada, sempre às terças-feiras às 23h30. Agora apresentado por Katy Navarro, vai receber, entre outros convidados, Elvira Lobato e Joaquim Ferreira dos Santos.
Viralizando entra na segunda temporada, aos domingos às 19h30. O apresentador Alan Ribeiro conduz a conversa bem-humorada com criadores de conteúdo para internet. A quinta temporada do programa Partituras, também aos domingos às 12h30, tem 26 edições inéditas, e destaca as grandes orquestras brasileiras, os artistas nacionais reconhecidos e as personalidades estrangeiras da música de concerto.
OEspecial comemora 15 anos no ar com nova temporada, nos sábados às 12h30. Dedicado à inclusão social da pessoa com deficiência e apresentado por Fernanda Honorato, a primeira repórter com Síndrome de Down do País, aborda com naturalidade a acessibilidade em todas as suas dimensões. E o Sem censura – que chegou a ser ameaçado de extinção – vem na nova temporada com formato, cenário, identidade visual e vinheta atualizados. Em novo horário, às 17h, continua a ser apresentado por Vera Barroso.
Premiação é dirigida
aos profissionais que atuam no município de São Paulo, por ser uma iniciativa
da Câmara Municipal da cidade
Por iniciativa do vereador Eliseu Gabriel (PSB), com o apoio deste J&Cia e de Hamilton Almeida, biógrafo do padre-cientista gaúcho Roberto Landell de Moura, inventor brasileiro do rádio, a Câmara Municipal de São Paulo abrirá em 29/4 as indicações ao 2º Prêmio Landell de Moura de Radiojornalismo. Profissionais que receberem o link de votação poderão escolher livremente até 13/5 seus preferidos no jornalismo do rádio paulistano nas categorias Âncora, Repórter, Comentarista e Programa de Radiojornalismo. Cada eleitor poderá fazer até três indicações por categoria, mas só poderá votar uma única vez. Quem não receber o link e quiser votar deverá solicitá-lo pelo e-mail premiolandelldemoura@jornalistasecia.com.br, pelo qual também podem ser pedidos esclarecimentos.
O objetivo do prêmio é reconhecer, anualmente, os profissionais que mais se destacaram em suas respectivas categorias de radiojornalismo e prestar a devida homenagem ao inventor do rádio, o brasileiro padre Roberto Landell de Moura, ainda desconhecido em sua própria terra.
Em 14/5, uma comissão integrada por representantes de Js&Cia e da Câmara Municipal fará a apuração dos votos e definirá a lista tríplice de finalistas, que será divulgada em 15 de maio. A Comissão Julgadora, formada por profissionais de renome, reúne-se em 20/5 para apontar os vencedores, que só serão conhecidos na cerimônia de entrega do 2º Prêmio Padre Landell de Moura de Radiojornalismo, em 10/6, no Plenarinho da Câmara, com a presença de todos os finalistas e convidados. Os finalistas receberão Diploma e os vencedores, o troféu Ondas Landellianas, criado pelo designerNelson Graubart.
Um dia antes, unifica canais público e estatal. Entidades protestam
Roni Baksys Pinto
Roni Baksys Pinto assumiu em 10/4 a diretoria-geral da EBC. Desde o início do ano ele chefiava a assessoria da Presidência da empresa. Roni é graduado pela Academia Militar de Agulhas Negras e é especialista em planejamento estratégico, governança e gestão. Sirlei Batista também foi nomeada a nova diretora de Jornalismo, em substituição a Estevão Damázio.
Com experiência de mais de 35 anos na Administração Pública, Roni atuou em diversas funções de gestão, militares e civis, em órgãos como Ministério da Defesa, Hemobrás e Presidência da República. Na EBC, exerceu, entre 2015 e 2016, a Gerência Executiva da Regional Sudeste, retornando à empresa em 2018, como chefe de gabinete da Diretoria de Administração, Finanças e Pessoas.
Sirlei Batista
Graduada em Jornalismo, Sirlei integrou o quadro de funcionários da TV Nacional em 1978, transformada em Radiobras e, posteriormente, na EBC. Exerceu funções de repórter, editora, chefe e assessora. Entre 2016 e 2018, foi gerente executiva de Serviços.
Um dia antes (9/4) a empresa formalizou a unificação da TV Brasil – principal canal público de televisão do País – com a emissora estatal NBR, que veicula atos e informações do Governo Federal. A medida consta na Portaria nº 216, assinada pelo presidente da empresa, Alexandre Graziani Jr.
O ato, que já havia sido anunciado pelo governo há algumas semanas, teve ampla repercussão entre entidades do setor por constituir-se, segundo nota publicada em 11/4, “uma violação do princípio constitucional da complementaridade entre os sistemas público, privado e estatal de comunicação, expresso no artigo 223 da Constituição”. No documento, elas afirmam que ao juntar as duas emissoras o governo Bolsonaro enterra o projeto de comunicação pública com foco no cidadão e pautado pela pluralidade, diversidade e independência de conteúdo. Além disso, dizem, a portaria desrespeita a própria lei da EBC em vigor, que prevê a “autonomia em relação ao Governo Federal para definir produção, programação e distribuição de conteúdo no sistema público de radiodifusão” (inciso VIII, parágrafo 2º, da Lei 11652/2008). Elas também criticam no documento a nova programação anunciada pela TV Brasil (ver nota a seguir). E denunciam que “as emissoras da EBC vêm sofrendo com fechamento de retransmissoras em diversos estados, além de sucateamento de equipamentos, censura de matérias ou conteúdos que desagradam o governo, entre outras arbitrariedades que atentam contra o direito à comunicação e ao exercício da liberdade de expressão, garantias básicas da democracia”.
De acordo com a EBC, “na TV de todos os brasileiros, o agronegócio, as fabricações brasileiras, a ciência, a engenharia, o turismo nacional são exemplos de temas que terão destaque na tela. Sétima TV mais vista do País, entre canais abertos e fechados, segundo o Kantar IBOPE, a emissora vai mostrar o Brasil a partir de novos olhares […]. Surge com a integração de equipes, recursos, meios e instalações da empresa, agregando conteúdos produzidos pelo núcleo NBR. Responsável pela cobertura de atos e matérias do Governo Federal, a NBR fará novas produções, mantendo a prestação de serviço de distribuição de conteúdo do Governo para veículos de comunicação de todo o País, como coberturas das agendas presidenciais e entrevistas coletivas dos ministros.
Iniciativa foi proposta em café da manhã de lançamento, em 29/3, e aceita pelo Conselho Deliberativo do Gecom
Foi ampliado o período válido de realização de trabalhos para inscrição no Prêmio Jatobá PR deste ano. Em vez de aceitar inscrições de cases produzidos de 1º/10/2018 a 23/9/2019, o prêmio aceitará os que forem feitos de 1º/1/2018 a 23/9/2019.
A proposta foi feita por Claudia Rondon, presidente do Conselho Diretivo da Abracom, no lançamento da premiação, em café da manhã realizado em 29/3, no Hotel Renaissance, em São Paulo, e aceita pelo Conselho Deliberativo do Grupo Empresarial de Comunicação (Gecom), organizador do prêmio. Com isso, o período total a ser considerado na produção de cases com perspectivas de inscrição no Jatobá PR é de quase 21 meses, um ganho de nove meses em relação à proposta original. Há, porém, uma exigência: a de que sejam cases inéditos no âmbito do Jatobá PR, ou seja, não podem ter concorrido em edições anteriores, conforme determina o novo regulamento da premiação. O pleito levou em consideração a própria dinâmica de trabalho das agências, que utilizam, no geral, o ano “cheio” para seu planejamento e consolidação dos projetos.
“Entendemos”, diz Hélio Garcia, sócio-fundador do Gecom, “que a premiação se fortalece ainda mais com essa mudança, inclusive por permitir que bons cases que eventualmente tenham perdido o prazo na última edição, muitas vezes por pequenos detalhes, tenham novamente a chance de concorrer. E se o objetivo principal do Jatobá PR é dar vida e relevância aos melhores projetos de PR da América Latina, nada melhor do que ampliar as chances de participação”.
As inscrições ao Prêmio Jatobá PR foram abertas no último dia 2 de abril e podem ser feitas diretamente no www.jatobapr.com.br. Nessa mesma data entrou no ar o novo site do Banco de Cases do prêmio, que põe à disposição do mercado os cerca de 250 cases inscritos nas duas primeiras edições do Jatobá PR, por mais de cem agências, entre grandes e butiques.
Sem meias palavras, entidades
denunciam que iniciativa do STF é pura censura à revista Crusoé e ao site O Antagonista
O Brasil, como mostra a ampla repercussão do tema, sobretudo na mídia, assiste estarrecido aos embates de Brasília envolvendo a PGR e o STF, com respingos em várias outras instituições e setores da sociedade. A censura determinada pelo ministro Alexandre Moraes, a pedido do colega e presidente do STF, Dias Tofolli, mostrou-se um tiro no pé, não necessariamente deles, mas de todo o País, que vê na falta de compostura de vários de seus “líderes” um cenário de terra de ninguém e de desesperança.
A censura à revista Crusoé e ao site O Antagonista foi prontamente denunciada por entidades jornalísticas como ABI, Abraji, Aner e ANJ, que classificaram a decisão como atentado à liberdade de imprensa. A ABI chamou a medida de “teratológica”. A Abraji afirmou ser “grave acusar quem faz jornalismo com base em fontes oficiais e documentos de difundir fake news, independentemente de o conteúdo estar correto ou não”. Aner e ANJ declararam em nota conjunta que “a decisão configura claramente censura, vedada pela Constituição, cujos princípios cabem ser resguardados exatamente pelo STF”. A OAB também emitiu nota condenando a decisão.
A mídia, de um modo geral, está cumprindo o seu papel de defender a liberdade de imprensa, não como uma atitude corporativista, mas sim no interesse maior da sociedade. E certamente estará mais atenta ainda aos próximos passos dessa barafunda em que se meteram atores institucionais que deveriam ser exemplo e farol da nação. E não o contrário.