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Menos é mais: menos conteúdo gera mais leitores para jornais europeus

Uma pesquisa feita pelo site especializado em comunicação Digiday mostrou que alguns renomados jornais europeus obtiveram aumento significativo na audiência e no número de leitores e assinaturas depois de cortar parte do conteúdo publicado e focar mais na qualidade do jornalismo apresentado.

Os dados mostram que em 2019 o tráfego humano e o tempo de permanência nos jornais britânicos The Guardian e The Times of London, e no francês Le Monde, aumentaram consideravelmente em contrapartida à quantidade de conteúdo veiculado, que diminuiu.

O analista de mídia Thomas Baekdal explica que, para o leitor, o importante não é a quantidade de informações, mas a qualidade delas: “Se um site de notícias publica 100, 500 ou 1 mil textos, não faz diferença para o leitor. O que importa é a qualidade e a relevância dos conteúdos. Os publishers descobriram que, quando eliminam o que não é valioso, ninguém percebe que aquilo se foi”.

Em 2019, o jornal The Guardian cortou cerca de um terço de sua produção após detectar que ninguém estava lendo grande parte das matérias, gerando 1,6 milhões a mais de acessos do que no ano anterior. O The Times também fez cortes e seu público cresceu 25%. Já o Le Monde, além dos cortes, ampliou sua equipe de jornalismo, obtendo 11% a mais de visitas nas plataformas online.

Confira a reportagem do Digiday (em inglês).

Maioria dos jornalistas assassinados em 2019 estava em zonas sem conflito, diz estudo

Um relatório feito pela Intensified Attacks, New Defences apontou que a maior parte dos jornalistas assassinados durante o exercício da profissão estava em locais sem conflitos armados. O estudo mostra também um aumento de ataques digitais/cibernéticos a profissionais de imprensa, principalmente mulheres.

Segundo os pesquisadores, esses dados provam que a cobertura de temas como política, corrupção e crime pode ser mais perigosa que a feita em zonas de guerra. A América Latina e o Caribe são as regiões com maiores índices de assassinados em 2019, com 22 casos no total. Na sequência vem Ásia-Pacífico, com 15, e os Estados árabes, com dez.

A pesquisa, que leva em conta investigações judiciárias de assassinatos de profissionais da imprensa desde 1993, apontou que entre 2014 e 2018, 495 jornalistas foram mortos no mundo todo, número 18% maior do que o registrado entre 2009 e 2013. A tendência é que o índice cresça ainda mais nos próximos anos.

Jamil Chade vence prêmio internacional de jornalismo investigativo

Jamil Chade, ao centro, com seu prêmio de jornalismo investigativo da AIPS. Foto: AIPS Media.

A Internacional Sports Press Association (AIPS) concedeu seu prêmio de jornalismo investigativo ao colunista do UOL Jamil Chade, em reconhecimento ao seu trabalho de investigação dos esportes no Brasil, revelando bastidores e vários casos de corrupção. A cerimônia, ocorrida em Budapeste na última segunda-feira (3/2), reuniu mais de 300 jornalistas de todo o mundo, além do presidente da Fifa Gianni Infantino.

Entre as reportagens e coberturas de Chade, destacam-se os esquemas de corrupção e contratos secretos da CBF e da seleção brasileira, incluindo a estrutura de poder estabelecida pelo futebol durante a Copa do Mundo de 2014, que ele descreveu em seu livro Propina, política e futebol.

Com informações do UOL.

Revista Gula pode ser relançada

O grupo Essência do Vinho, empresa responsável pela produção de conteúdo editorial sobre gastronomia em Portugal e com atuação em outros 15 países, adquiriu a marca brasileira Gula, com o objetivo de relançar a revista de mesmo nome, que deixou de circular em 2018.

A ideia é fazer a publicação voltar já no próximo semestre no Brasil e em Portugal, para valorizar a gastronomia brasileira na Europa. Integram a equipe Alexandre Lalas, que passou por Jornal do Brasil, Revista Adega e Revista de Vinhos, além da própria Gula; Miguel Icassatti, que foi colaborador da Essência do Vinho, com passagens por Veja Comer & Beber, Estadão e Prazeres da Mesa; e J.A. Dias Lopes, crítico gastronômico brasileiro e um dos fundadores da Gula, que atuará como colunista.

Miguel Icassatti diz acreditar que a grande demanda pelo assunto, bem como reality shows e aumento no número de chefs de cozinha, abre espaço para a volta da Revista Gula e torna possível a competição com outras marcas do mercado. Ele explica que o grupo pretende trabalhar intensamente as plataformas digitais de modo a que o impresso seja “um produto premium”, uma vez que o mercado de publicações impressas na Europa, segundo ele, ainda é forte: “Lá o impresso é muito forte, vende-se muito jornal e só no segmento de vinho há quatro revistas no mercado”.

Com informações do Meio & Mensagem.

Comissão de Direitos Humanos realizará audiência sobre violações à liberdade de imprensa no Brasil

A Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) realizará em março uma audiência para abordar ameaças e violações à liberdade de imprensa e de expressão no Brasil. O evento é fruto de um pedido feito por 16 entidades brasileiras e latino-americanas, entre elas a Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji).

O documento apresentado à CIDH contém relatórios e dados que ilustram o aumento de ataques e violência geral à imprensa e a comunicadores, além de casos específicos que exemplificam a situação, como o de Patrícia Campos Mello (Folha de S.Paulo), que sofreu ataques por sua reportagem que denunciava o compartilhamento de fake news via WhatsApp para favorecer Jair Bolsonaro durante as eleições presidenciais de 2018; e o de Gleen Greenwald, acusado de ter cometido crimes digitais, incluindo envolvimento com hackers, ao divulgar áudios da Operação Lava Jato.

Marcelo Träsel, presidente da Abraji, acredita que o evento pode ajudar a conscientizar as pessoas sobre os frequentes ataques à liberdade de imprensa e expressão no Brasil e em países vizinhos: “Esperamos que essa audiência amplie a consciência sobre a questão dentro e fora do País, em especial nas instituições que podem agir para mitigar o problema”

Renata Mieli, coordenadora geral do Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação (FNDC), destaca o aumento no número de ataques à imprensa durante o governo Bolsonaro: “O Brasil sempre conviveu com casos de violação à liberdade de expressão, mas eles eram difusos. O que diferencia o momento atual é que, a partir do governo Bolsonaro, houve uma institucionalização das violações aos direitos humanos e à liberdade de expressão”.

Vale lembrar que um relatório da Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj) divulgado em janeiro indicou que Bolsonaro foi responsável por mais da metade dos ataques à imprensa em 2019. Os dados indicam um aumento de 54% na violência contra comunicadores.

Com informações da Abraji

Boicote de veículos ao Governo britânico denota relacionamento tenso

Por Luciana Gurgel, de Londres, especial para o Portal dos Jornalistas

O boicote de jornalistas a uma coletiva na sede do Governo britânico sobre o Brexit em Londres nessa segunda-feira (3/2) repercute fortemente nos meios jornalísticos e políticos. Repórteres de The Mirror, i, HuffPost, PoliticsHome, Independent e da agência de notícias PA foram proibidos de participar por não terem sido convidados, apesar de credenciados para a cobertura do Governo no Parlamento. Em solidariedade, colegas de BBC, ITV, SkyNews, The Guardian e até do Daily Telegraph, que apoia o Governo de Boris Johnson, recusaram-se a entrar na sala.

A NUJ (National Union of Journalists) divulgou uma nota em que classifica o incidente como alarmante, e um ataque à liberdade da Imprensa. Keir Starmer, principal candidato à liderança do Partido Trabalhista, enviou carta ao Governo pedindo uma investigação sobre o caso.

O caso ganhou as primeiras páginas de vários jornais, com críticas à conduta do setor de Imprensa do Governo britânico, que estaria escolhendo a dedo os jornalistas com quem quer falar e deixando veículos críticos à margem.

É a ponta do iceberg em um relacionamento que se tornou mais tenso após as eleições gerais de dezembro passado, que deram vitória a Boris Johnson, ex-jornalista. Desde então algumas práticas históricas vem sendo alteradas.

A transferência dos briefings diários concedidos por membros do Governo da sede do Parlamento para a residência oficial do primeiro-ministro foi uma delas, causando reação dos veteranos credenciados, organizados em um grupo denominado “Lobby”. Entre os temores manifestados estava justamente o risco de o Governo bloquear a entrada de profissionais, o que não aconteceria nas dependências neutras do Parlamento.

Lee Cains, diretor de Comunicação de Boris Johnson, sustentou a atitude sob o argumento de que o Governo tem a prerrogativa de falar com quem quer e onde quer. Mas a posição foi questionada por quem defende a tese de que o acesso a informações sobre temas públicos deve ser livre a todos os veículos interessados.

Everaldo Marques assina com o SporTV e deixará a ESPN

Everaldo Marques acertou sua ida para o SporTV e deixará a ESPN na próxima sexta-feira (7/7), dia do término de seu contrato com a emissora. A rescisão, segundo o UOL, foi amigável. A data de estreia dele no Grupo Globo ainda não foi divulgada.

O narrador estava há 15 anos na ESPN e tornou-se referência na locução de esportes, principalmente os americanos, tendo a oportunidade de narrar jogos de basquete e futebol americano na emissora. Sua última grande cobertura foi o Super Bowl 54, no último domingo (2/2). A ESPN não informou se contratará um substituto.

Com informações do UOL.

Confira os vencedores do Prêmio C6 de Jornalismo

O C6 Bank anunciou os vencedores da 1ª edição do Prêmio C6 de Jornalismo, que reconhece reportagens sobre educação financeira e finanças pessoais, com o objetivo de ajudar os brasileiros na tomada de decisões financeiras conscientes.

Na categoria TV, rádio e podcast, o troféu foi para a reportagem Fintechs miram 45 milhões de brasileiros sem conta bancária, produzida por Danuza Mattiazzi (GloboNews).

A reportagem Ele disse que me mataria, que eu era uma vagabunda e interesseira, sobre violência patrimonial, feita por Flávia Cunha e Geórgia Santos, do portal Vós – Pessoas no Plural, ficou em primeiro lugar na categoria Impresso/Online.

Fundação Gabo oferece curso sobre cobertura da migração venezuelana

Tulio Hernández e Ginna Morelo. Foto: Fundação Gabo

A Fundação Gabo, em parceria com o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR), realiza o curso Refugiados e migrantes: como cobrir o caso venezuelano, no objetivo de aperfeiçoar, ampliar e enriquecer a cobertura do fenômeno migratório. O Brasil está na lista dos países cujos jornalistas podem se inscrever, além de Colômbia, Chile, Peru, Equador e Argentina.

As aulas serão de 13/4 a 17/4 em Medellín, na Colômbia. Os 11 selecionados terão aulas em espanhol com Ginna Morelo (Colômbia) e Tulio Hernández (Venezuela). Em entrevista à Abraji, Morelo afirmou que o curso visa a estimular os participantes a cobrirem as migrações de forma mais horizontal e ampla: “A cobertura da migração não cabe em uma sala de redação, por maior que seja. Quando vemos pessoas atravessando um país, são culturas que caminham para outros territórios. É necessário romper os esquemas de um trabalho extremamente vertical e fortalecer uma cobertura horizontal de jornalismo colaborativo”.

Para se inscrever, é preciso ter três anos de experiência, além de interesse pelo tema. Os participantes receberão alojamento por seis noites, passagens aéreas, alimentação e seguro médico internacional. Será preciso pagar uma taxa de matrícula no valor de 100 dólares. No final do curso, três participantes serão selecionados para investigar e produzir matérias sobre imigração e refugiados, sob orientação de Ginna Morelo, e terão um subsídio de até cinco mil dólares para fazer o trabalho. Mais informações aqui (em espanhol).

André Lahóz e José Roberto Caetano deixam o comando da Exame

Lucas Amorim é o novo diretor de Redação. Saem também os editores executivos Cristiane Mano e David Cohen

O Grupo BTG, que há três semanas assumiu o controle da Exame, adquirida em dezembro passado ao Grupo Abril, demitiu nessa sexta-feira (31/1) a cúpula da Redação, como parte da restruturação que desde então vem planejando. Deixaram a empresa o diretor de Redação André Lahóz Mendonça de Barros, o redator-chefe José Roberto Caetano e os editores executivos Cristiane Mano e David Coehn. O também editor executivo Lucas Amorim Pereira é o novo diretor de Redação.

André e Beto eram os com mais tempo na revista: 22 anos e meio. Cristiane estava há 20 e David, desde 1997, mas nesse período teve uma passagem por Época e Época Negócios (que dirigiu), até voltar recentemente. Lucas está há 12 anos em Exame, onde era editor executivo de negócios e finanças e editor do aplicativo.

Caetano disse a este Portal dos Jornalistas que, desde que assumiu, o BTG não deu nenhum sinal de que seriam dispensados, tanto que participaram de várias reuniões sobre o futuro: “A nossa demissão acabou vindo como uma quase surpresa. Mas, claro, é do jogo numa mudança de propriedade, e é perfeitamente da lógica dos negócios (como tantas vezes Exame retratou em reportagens). Entendemos que os donos querem renovação, a começar pela própria equipe. Éramos os mais velhos de casa e também os salários mais altos. Em suma, exterminaram os dinossauros e fizeram um bom corte na folha salarial. Não sei se houve outras promoções e nomeações entre os jornalistas − o grupo remanescente, incluindo pessoal da arte e foto, é da ordem de 40 pessoas”.

Segundo ele, o Grupo BTG está investindo em tecnologia, vai renovar o site e o aplicativo, introduzir Big Data, entre outras iniciativas, e está criando quatro novas áreas de negócios em torno da marca Exame: editorial, eventos, educação financeira e uma área chamada Research, de produção e venda de relatórios de análise de ativos financeiros. Para isso, além de tecnologia, estão levando gente do banco e contratando profissionais não jornalistas.

“De minha parte, não tenho nenhum plano na gaveta. Vou me dar um tempo de reflexão, avaliar possíveis caminhos e oportunidades, ativar contatos. Felizmente carrego um enorme acervo de amizades feitas nestes anos todos, e tenho recebido muitas mensagens carinhosas de apoio. É reconfortante neste momento ser alvo de toda essa atenção. Saio satisfeito e orgulhoso dos meus 22 anos e meio de Exame, agradecido a todos que trabalharam comigo − e foram muitos profissionais ótimos e pessoas queridas. Foi um enorme privilégio. E em especial parto grato ao André, que conheci quase um garoto naquela semana de agosto de 1997, veio a se tornar meu chefe e incentivador do meu crescimento. E é, além de um profissional que muito admiro, um amigo caríssimo”. Os contatos pessoais dele são [email protected] e 11-950-246726.

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