Benê Gomes irá se dedicar integralmente à produção e apresentação do Momento Vox, exibido pela TV Bandeirantes
Benê Gomes irá se dedicar integralmente à produção e apresentação do Momento Vox, exibido pela TV Bandeirantes
Após 15 anos comandando o Auto+, programa que criou em 2005 e cuja direção dividia com Marcello Sant’Anna desde 2007, Benê Gomes anunciou nesta semana seu desligamento da atração, atualmente exibida pela RedeTV. Com a mudança, deixa também sua sociedade na A+ Content, responsável pelo programa, que atende a diversas empresas do segmento automotivo com produção de vídeos.
Benê passa agora a dedicar-se integralmente ao Momento Vox, programa exibido aos
domingos, a partir das 10h, pela Bandeirantes.
Assim como o Auto+, a atração também
nasceu a partir de um projeto pessoal de Benê, mas tem foco mais voltado para a
cobertura dos mercados de reposição e reparação automotiva, além da tradicional
cobertura de produtos do setor.
“É um momento de renovação, algo que vínhamos discutindo
internamente e que agora veio ao encontro da minha ideia de retomar um trabalho
solo, condição que vinha amadurecendo há tempos”, destaca Benê. “Junte a isso este
momento de profunda reflexão estimulado pela quarentena e pronto: veio o
impulso que faltava para iniciar esse novo ciclo. Vivi grandes momentos com
todo o time do Auto+, e em especial
com Marcello, um grande companheiro, como a gente sempre brincou. Mas chegou a
hora de seguir um novo e desafiante caminho; e, naturalmente, passar a ser um
fiel telespectador do Auto+”.
Com a saída dele, a produção do Momento Vox, até agora sob o guarda-chuva da A+, também passará a
ser feita de maneira independente por Benê. “A vantagem desse desligamento é
que agora poderei navegar em um universo mais amplo de temas, algo que eu
evitava para não haver concorrência com o Auto
+. Isso influenciará também na coluna que mantenho no UOL Carros, e nos boletins 6ª
Marcha, que produzo há três anos para a rádio Transcontinental FM”.
Marcello
Sant’Anna segue com a equipe do Auto+,
à frente das atividades de programa, site e canais digitais. Ele conta tem na
equipe Rodrigo Saravalli, diretor de
operações, Maisa Salmi, na
coordenação de jornalismo, e Tiago Mendonça, que divide apresentação e reportagem.
Morreu nessa sexta-feira (1º/5), aos 46 anos, o ex-repórter e editor de Esportes do Agora SP Adriano Pessini. Palmeirense apaixonado e declarado, foi cobrindo clubes rivais que teve alguns de seus grandes momentos na carreira, como no período em que foi setorista do São Paulo, ou quando foi até a favela de Fuerte Apache, em Buenos Aires, para contar a história do jogador Carlitos Tévez, então contratado pelo Corinthians. Extremamente elogiada, a reportagem trouxe informações inéditas até para a imprensa argentina na época.
Pós-graduado em História e Cultura da Gastronomia, deixou o Jornalismo em 2014, quando se tornou sócio do Sotero Cozinha Original, restaurante especializado em comida baiana na região central de São Paulo.
“Nome de imperador, sobrenome italiano, alma operária, Adriano Pessini encarna os valores de uma sociedade esportiva miscigenada, apaixonada, complexa, plural, mezzo família, mezzo rebeldia, de quem não sabe levar a vida se não for com toda fibra e intensidade”, destacou Vitor Guedes sobre o amigo, em coluna publicada no Agora SP.
Há três anos foi diagnosticado com um câncer no pâncreas, doença
que evoluiu para uma metástase. Ele deixa esposa, mãe e um irmão.
A Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji) publicou uma entrevista com o jornalista paraguaio Cándido Figueredo, que vive na cidade de Pedro Juan Caballero, que faz fronteira com a cidade de Ponta Porã, no Mato Grosso do Sul. Ele falou sobre os perigos e ameaças frequentes que recebe ao denunciar a violência e o tráfico de drogas da região, dominada pela organização criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC).
Cándido contou que já teve a casa metralhada em duas
ocasiões. Ele vive com escolta armada há 25 anos por causa dos perigos da
região e ameaças que recebe diariamente.
O vídeo, chamado de Jornalismo na fronteira, foi
produzido por Sérgio Ramalho e Angelina Nunes.Elesfizeram
reportagens sobre o assassinato do jornalista brasileiro Léo Veras, executado
enquanto jantava com a família em fevereiro. A entrevista com Cándido é
fruto de um dos encontros entre os jornalistas brasileiros e o paraguaio.
“Hoje, a facção paulista PCC dita regras na região, que
segue como principal porta de entrada de drogas e armas negociadas no Sudeste.
Léo Veras relatava essa movimentação e, infelizmente, acabou assassinado”,
explicou Ramalho. (Veja+)
A Agência Pública postou nessa quarta-feira (29/4) uma reportagem especial com o resultado de suas apurações sobre a Operação Muquiço, ação do Exército em abril de 2019, que visava a acabar com atividades do tráfico de drogas da favela do Muquiço, no Rio de Janeiro, e que acabou matando dois inocentes.
Segundo documentos aos quais a Pública teve acesso, a
ocupação da comunidade foi considerada ilegal pois não teve autorização da Presidência
da República para o uso do Exército, conforme previa o decreto de Garantia da
Lei e da Ordem (GLO) vigente na época. Durante a operação, os militares fuzilaram
um carro e mataram o músico Evaldo Rosa e o catador de recicláveis Luciano
Macedo, que tentou ajudar Evaldo após os tiros.
As versões apresentadas em depoimentos sobre o ocorrido são
contraditórias. Os militares envolvidos no caso afirmaram que atiraram para
impedir um assalto. O tenente Ítalo Nunes, comandante da tropa na ocasião,
explicou que os militares foram atacados diversas vezes pelos traficantes
durante a manhã, portanto os soldados estavam “assustados”. Confira
a reportagem na íntegra.
A Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj) promove nesta-sexta-feira (1º de maio), Dia do Trabalhador, a partir das 11h30, uma manifestação virtual pela defesa dos trabalhadores e seus direitos, em especial os jornalistas. A entidade usará as hashtags#DiaDoTrabalhador, #SaudeEmpregoRenda, #ValorizaOJornalismo e #ValorizeOJornalista.
Em texto publicado no site, a entidade lembra que esta será
a primeira vez em que a “celebração do dia 1º de Maio vai se dar sem que a
classe trabalhadora ocupe as ruas para defender o direito ao trabalho digno e a
produção de riquezas com justiça social”.
A entidade ressalta as MPs 927 e 936 que, entre outros
fatores, permitem mudanças, cortes e reduções no que se refere ao salário e à
jornada de trabalho. Os jornalistas, em especial, acabam sendo duramente
prejudicados com essas medidas, pois, além de tudo, estão colocando a vida em
risco para cobrir o coronavírus.
“Os profissionais jornalistas são chamados a cumprir seu
papel social de informar a sociedade, são expostos ao risco de contaminação
pelo novo coronavírus e, contraditoriamente, têm cortes em seus salários. Mais
grave ainda são os casos de suspensão dos contratos de trabalho e de demissões
que continuam ocorrendo, mesmo com a pandemia e a necessidade crescente da
difusão de informações jornalísticas”, escreveu a Fenaj. Confira
o evento!
Nirlando Beirão lutava desde 2016 contra uma Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA)
Nirlando Beirão lutava desde 2016 contra uma Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA)
O jornalismo brasileiro despediu-se nessa quinta-feira (30/4) de Nirlando Beirão. Aos 71 anos, lutava desde 2016 contra uma Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA), doença degenerativa sobre a qual escreveu em Meus começos e meu fim, livro que lançou em 2019. Também foi autor, ao lado do publicitário Washington Olivetto, de Corinthians: é preto no branco (2005), e da biografia Sérgio Mota: O trator em ação (1999), com José Prata e Teiji Tomioka.
Mineiro de Belo Horizonte, Beirão nasceu em 26 de setembro de 1948. Estudou Ciências Sociais na Universidade Federal de Minas Gerais e na Universidade Federal do Rio de Janeiro, onde começou no Jornalismo, em 1967, no jornal Última Hora.
Ao longo de sua carreira, participou do lançamento das revistas Caras, IstoÉ, Senhor, Forbes Brasil, Wish Report e Status, e passou por Veja, Estadão, Playboy, O Tempo, Estado de Minas, Correio Braziliense e Record News. Foi também diretor-adjunto da revista Brasileiros, redator-chefe da Carta Capital e assessor de imprensa do governador do Estado de São Paulo Mário Covas.
Ele deixa a filha Júlia Beirão, os enteados Maria Prata e
Antônio Prata, e a viúva, Marta Góes.
A empresa de pesquisas britânica GlobalWebIndex tenta responder a essa difícil pergunta por meio de um estudo regular que começou com 13 países, incluindo o Brasil, e foi estendido para 17 países.
A segunda etapa do trabalho, que mapeia sentimentos e atitudes da
população em relação à Covid-19, foi publicada esta semana cobrindo o período
de 31 de março a 2 de abril. Traz elementos importantes sobre a confiança do
público nas instituições e nas informações que recebe. Os dados comparativos
envolvem apenas as 13 nações pesquisadas na fase inicial.
No Brasil, 70% dos entrevistados aprovam a atuação das corporações
diante da crise, percentual 6% mais alto do que na primeira etapa. O país ocupa
o quinto lugar nesse quesito, atrás do Canadá (89%), Itália e Filipinas (com
79%), e perto da África do Sul, onde as empresas receberam 71% de aprovação.
Quanto ao Governo as coisas complicam. Estamos em nono, empatados com
os Estados Unidos (50%), e em queda em relação à fase anterior. O cenário é
pior na França, em Singapura e no Japão, onde somente 15% da população se disse
favorável ao desempenho da administração pública. Já os canadenses, além de
aprovarem o setor privado, aparecem como o povo mais feliz com o trabalho do
Governo.
Informação: acesso x confiança − As formas de consumir notícias também são alvo do estudo, que indica
contradição entre acesso e credibilidade. Globalmente o universo pesquisado
declarou informar-se mais sobre o coronavírus por canais de notícias na TV
(60%), websites (55%), newsletters (45%), informes do Governo (50%) e
mídias sociais (47%). Os respondentes podiam votar em mais de uma opção.
Quando a questão é confiança o quadro muda. As mídias sociais despencam
para 14% − maior gap entre uso e credibilidade − e o jornalismo também
cai, enquanto informes do Governo lideram, com os mesmos 50% dos que os
apontaram como fonte de informação.
No Brasil, os sites, canais de notícias e noticiário regular da TV
aparecem como principais locais onde o público se informa sobre a pandemia
(55%, 53% e 43%, respectivamente). O Governo ocupa um honroso quarto lugar, com
41%. Interessante observar que o trabalho de campo foi feito enquanto o então
ministro da Saúde dava coletivas diárias.
Curiosamente, para um país tão conectado, redes sociais aparecem em
quinto lugar, com 40%. E nosso popular WhatsApp foi apontado por somente 22% do
público como fonte de notícias, perdendo para organizações de saúde pública
(33%) e jornais (25%).
Mas em credibilidade, quem brilha no Brasil são as organizações de
saúde pública, apontadas por 57% dos entrevistados como as mais confiáveis.
Canais de notícias, informes do Governo e sites de notícias ficaram embolados
com 38%, 37% e 36%, respectivamente.
Já as mídias sociais têm a confiança de apenas 11% do público. E o
WhatsApp teve pífios 7%. Jornais desfrutam, segundo o estudo, da credibilidade
de 25% dos entrevistados. E o rádio, de apenas 12%.
No Reino Unido, devido à força da BBC, canais e sites de notícias
ficaram na frente como fonte de notícias, com 51% e 49%, seguidos por informes
do Governo, refletindo igualmente a prática de coletivas diárias.
Mas em confiança o poder público se destaca, com 47%, bem distante dos
canais de notícias, que vêm em segundo, com 39%. Mesmo diante das críticas
sobre a atuação da administração de Boris Johnson no controle da pandemia, os
britânicos ainda acreditam mais no Governo do que na BBC ou nos jornais,
segundo o estudo.
E a situação do WhatsApp é pior do que no Brasil. As notícias compartilhadas pela rede social
têm credibilidade de somente 3% na visão dos britânicos.
Fadiga de notícias − Para jornalistas que neste momento tentam adivinhar o que a
audiência quer, ou assessores produzindo sugestões de pauta, aqui vai uma luz.
A pesquisa indagou sobre as informações mais desejadas pelo público. Os
brasileiros apontaram notícias sobre a situação da pandemia no País (49%) e na
própria região (48%), seguindo-se as matérias positivas sobre a Covid-19 (42%).
Mas, atenção! 30% querem mudar de assunto, indicando uma tendência já
apontada em outras pesquisas: a fadiga de notícias a respeito o tema. Vai ser preciso muita sintonia com a
audiência para continuar contando com a atenção dela, em um contexto em que
informação é vital para o controle da doença.
Fernando Pedreira, em foto nos anos 1980. Crédito: Jorge William/Agência Globo
Fernando Pedreira morreu em 21/4 enquanto fazia a sesta em sua casa no Vale das Videiras, em Itaipava, distrito de Petrópolis, no Estado do Rio, aos 94 anos. Era casado com Monique há 48 anos, o casal não teve filhos e se retirou para Petrópolis para cumprir o isolamento exigido por Covid-19.
Carioca, era formado em Direito, mas não seguiu a carreira jurídica. Aos 30 anos, mudou-se para São Paulo e começou no Diário de S.Paulo. Teve breve participação na UNE (União Nacional dos Estudantes) e no Partido Comunista, dos quais se afastou. Trabalhou ainda na Última Hora. Transferiu-se então para O Estado de S. Paulo e foi o primeiro chefe da sucursal em Brasília, nos anos 1960. Depois do golpe militar, passou uma temporada nos Estados Unidos, como visiting scholar na Universidade de Columbia.
Voltou ao Brasil em 1971 como diretor do Estadão, de 1971 a 1977. O jornal estava sob censura, e Pedreira passou a publicar trechos de Os Lusíadas, de Camões, no lugar das reportagens proibidas, numa decisão que se tornou clássica. Quando o jornal preparou um caderno para celebrar seu centenário, Pedreira foi informado de que mesmo esse especial seria submetido à censura. Preferiu, então, cancelar a publicação e deixar o material para ser avaliado pela História. Surpreendentemente, um telefonema do então presidente Geisel avisou que estava suspensa a censura prévia a todo o jornal, no que Pedreira, com ironia, considerou “a contribuição governamental às comemorações da efeméride”. Depois disso, foi ainda sob seu comando que o Estadão venceu o Esso de Jornalismo de 1976, com uma série sobre os abusos de alguns servidores com o dinheiro público, um marco no jornalismo investigativo e que cunhou a expressão “mordomia”.
Voltou para o Rio no ano seguinte, deixou o cargo de diretor de Redação, mas continuou colaborando com o Estadão como articulista político. Trabalhou ainda no Jornal do Brasil, como editorialista e comentarista político, e na coluna Ponto de vista da revista Veja. Amigo do presidente Fernando Henrique, no governo deste foi nomeado embaixador do Brasil junto à Unesco, em 1995, em Paris. Em 2016, publicou o livro de memórias Entre a Lagoa e o mar – Reminiscências.
Confira as últimas informações sobre os cortes de salários nos veículos de comunicação
Em meio à crise econômica gerada pelo novo coronavírus, bem como a aprovação da MP 936, que permite entre outros fatores a redução de salários e de jornadas de trabalho, veículos de comunicação de todo o País estão fazendo cortes e acordos com seus trabalhadores. O Portal dos Jornalistas fez um balanço parcial das medidas que algumas grandes empresas têm tomado. Confira:
O Estado de S.
Paulo
Em assembleia online realizada no domingo à noite (26/4) por convocação do Sindicato dos Jornalistas de São Paulo (SJSP), jornalistas de O Estado de S. Paulo aprovaram, em decisão unânime, o acordo referente às mudanças e reduções no salário e jornada de trabalho.
Segundo Paulo Zocchi, presidente do da entidade, foi aprovado o aumento da indenização financeira em caso de demissão: a MP 936 propõe multa de 50% do salário, mas o Estadão aceitou 55% do salário mais o proporcional de férias, 13º e FGTS, o que dará um total de aproximadamente 70% do salário.
Por questões práticas, devido às complicações causadas pelo coronavírus, o jornal aprovou também que a garantia de estabilidade de emprego – válida por um ano – passe a vigorar a partir de 1º/5 para que todos possam assinar o documento. Mas esse tópico foi assinado na segunda-feira (27/4) e já está valendo.
Em relação ao auxílio alimentação de R$ 150 por mês aos profissionais em home office, ocorreram algumas mudanças: antes da redução de salário e jornada de trabalho, esse aporte vale para os profissionais que recebem até R$ 7,2 mil. Depois da redução, o auxílio será para quem recebe até R$ 5,4 mil.
Os outros tópicos que foram acertados são: redução de 25% do salário, a partir do dia 2/5, por 90 dias; contrato coletivo: a empresa impôs controle de jornada às pessoas em home office, com redução de jornada e vedação de horas extras, que serão compensadas dentro do mesmo mês; plano de saúde garantido até 31/12, mesmo em caso de demissão; e reembolso dos gastos dos profissionais em home office.
Paulo Zocchi informou que, até a publicação desta nota, o Sindicato não havia recebido solicitação de negociações com Rede Globo, Record TV, SBT, Band, Folha de S.Paulo e UOL.
Editora Globo
No Grupo Globo, o corte será de 25% nos jornais O Globo, Extra, Expresso e Valor Econômico, e nas revistas Época, Quem, Glamour, Marie Claire, Vogue e Crescer, entre outras. A redução terá validade de três meses e os profissionais que aderirem ao acordo terão estabilidade de emprego até outubro. As férias de maio foram canceladas e haverá controle de folgas.
Em nota divulgada nessa segunda-feira (27/4), jornalistas que atuam nas sedes da editora em Rio de Janeiro, São Paulo e Brasília, informaram concordar com a proposta. A decisão foi confirmada após três assembleias gerais virtuais, mas apesar do acordo, os profissionais repudiaram a maneira como as negociações foram conduzidas pela direção do grupo.
RedeTV
No caso da RedeTV, segundo o colunista Flávio Ricco (UOL), todos os celetistas terão o mesmo corte de 25% em seus salários por três meses. Já os contratados como pessoas jurídicas – grande parte dos apresentadores de programas e telejornais – sofrerão uma redução de 33%, também pelo período de três meses. A medida será aplicada também aos profissionais que recebem valor igual ou superior a R$ 20 mil. Além disso, a suspensão de alguns contratos está sendo analisada.
Editora Abril
De acordo com Paulo Zocchi, a Abril acordou uma redução de 25% no salário de 40 jornalistas, algo em torno de 20% da mão de obra da empresa, integrantes das redações de Casa Cor, Estúdio Abril, Capricho, Guia do Estudante, Viagem e Turismo, Vejinha e Claudia. A revista Veja não foi atingida. Segundo Zocchi, não houve acordo coletivo, foram impostos acordos individuais, cujas regras seguem a MP.
TV Bandeirantes
Johnny Saad, presidente do Grupo Bandeirantes, vetou o corte de 25% no salário de trabalhadores que ganham até R$ 10 mil prestando serviços como pessoa jurídica (PJ). O grupo inclui repórteres, apresentadores, produtores e editores. Profissionais cujo salário é maior a esse valor, sofrerão o corte de 25%. A redução havia sido anunciada na semana passada, mas agora foi barrada pelo presidente.
Segundo o colunista Flávio Ricco, do UOL, Saad considerou que não seria justo tomar tal medida com os profissionais que estão colocando a própria vida em risco, além da de seus familiares, em nome da emissora, para apurar notícias sobre o coronavírus.
Com dívidas e faturamento com patrocínios em queda, os impactos econômicos gerados pela pandemia agravaram ainda mais a crise na Band e fizeram o setor financeiro decretar os cortes de salários, conforme previsto na MP 936. Jonny Saad, porém, vetou e decidiu atrasar o pagamento de parcelas das dívidas da emissora.
Grupo RBS
A empresa anunciou em 24/4 uma série de medidas para diminuir os impactos da crise econômica. Segundo o site Coletiva.net, foram demitidos 20 profissionais das redações de RBS TV, Rádio Gaúcha, Zero Hora, Pioneiro e GaúchaZH.
Ao Coletiva.net, o grupo declarou que “está adaptando sua operação ao momento atual para estar preparada frente a um cenário ainda incerto. Todas as decisões têm como objetivo principal manter a sustentabilidade do seu propósito no longo prazo”. A RBS informou ainda que cortes nos salários e nas jornadas de trabalho dos profissionais estão sendo feitos de acordo com as demandas de cada área da empresa.
Abril demite 60
funcionários, entre eles seis jornalistas, e paga apenas metade da multa do
FGTS
Abril na Marginal Tietê – Crédito Onildo Lima
O Sindicato dos Jornalistas de São Paulo (SJSP) denunciou nessa terça-feira (28/4) que a Editora Abril demitiu 60 funcionários de diferentes categorias, entre eles seis jornalistas, e depositou apenas metade da multa do FGTS devida.
Segundo o SJSP, a empresa fez uso equivocado da Medida Provisória (MP) 927/20 que flexibiliza direitos trabalhistas para o enfrentamento da pademia. O artigo 502 da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) diz que “os pagamentos devidos em caso de rescisão sem justa causa só podem ser reduzidos pela metade quando houver extinção da empresa ou de um dos estabelecimentos em que trabalhe o empregado”, o que não é o caso.
Além disso, a Abril causou um impasse burocrático com a Caixa Econômica Federal que impede os trabalhadores de sacarem o valor reduzido que foi depositado. Para a Caixa, o pagamento reduzido do FGTS só pode ser feito por meio de decisão judicial, o que não foi feito.
Em nota, o Sindicato declarou que suas tratativas “buscam reverter a decisão da empresa em enquadrar as demissões como motivo de força maior e, assim, garantir o pagamento da diferença do FGTS. Caso a negociação não prospere, o Sindicato deve ingressar com uma ação coletiva”.
Dentro da série Economia na Quarentena, que destaca como as empresas estão lidando com as dificuldades econômicas trazidas pela pandemia do novo coronavírus, o Estadão entrevista nesta quinta-feira (30/4), às 14h, Pablo Di Si, presidente da Volkswagen no Brasil. Acompanhe pelo @Estadão.
Na tevê
Em confinamento em casa, assim como todos os 60+, mas participando diariamente do Aqui na Band, Silvia Poppovic foi demitida por telefone da Band na sexta-feira (24/4). Os colunistas Fernando Gomes, Nana Rude e Sérgio Tannuri também deixaram o programa, que segue sob o comando de Luís Ernesto Lacombe e Nathália Batista.
Na comunicação
corporativa
Enquete realizada entre 11 e 15/4 pelo Portal Comunica.Dores, com 47 profissionais autônomos e donos de agências, mostra grande pessimismo com o futuro da atividade, em decorrência da crise do novo coronavírus. Dos que foram ouvidos, 85% projetam perda de receitas à medida que o período de quarentena avançar no País. O portal, vale acrescentar, será lançado oficialmente em maio. (Veja+)
Já está no ar a segunda edição do boletim CDI Trends, da CDI Comunicação, com uma entrevista do médico e filantropo José Luiz Egydio Setúbal, presidente do Hospital Sabará e acionista do Itaú Unibanco. Para ele, o SUS sairá fortalecido da crise sanitária provocada pelo novo coronavírus. Confira!
A LLYC Brasil informa ter desenvolvido neste período de pandemia uma série de ações para clientes, parceiros e colaboradores, a fim de compartilhar experiências, informações e análises. As iniciativas abrangeram, por exemplo, webinars sobre gestão de crises e engajamento de colaboradores; o Boletim LLYC Brasil, resumo analítico do cenário político e econômico da crise; uma série de vídeos com as experiências relatadas pelos clientes (o Radar LLYC − Covid-19); e um Manual de Resiliência, com reflexões e dicas práticas para os colaboradores da agência vivenciarem melhor a temporada de home office.
Cleber Martins
“Desde o início de março, quando começamos nossa reclusão para implantar o home office geral, nós, da LLYC Brasil, nos reinventamos, tanto no modo como nos organizamos na nossa rotina de trabalho quanto na oferta de serviços e projetos especiais para ajudar nossos clientes em meio à crise da pandemia”, explica Cleber Martins, sócio e diretor geral da LLYC Brasil.
Internacionais
Facebook cria
fundo de US$ 2 milhões para apoiar veículos de notícias na América Latina
O Facebook anunciou um fundo de US$ 2 milhões para apoiar veículos jornalísticos latino-americanos durante a pandemia do novo coronavírus. A iniciativa faz parte do Projeto Facebook para Jornalismo (FJP), em parceria com a ONG Centro Internacional para Jornalistas (ICFJ, em inglês).
O programa visa a ajudar as empresas de notícias com mentoria e treinamento para ajudá-las em suas transformações digitais, além de fornecer apoio ao trabalho que seguem fazendo para cobrir a doença. A mentoria e o treinamento serão liderados por Tim Griggs, ex-executivo do New York Times.
No site do Projeto Facebook para Jornalismo, a empresa escreveu que o fundo pode ajudar os veículos de diversas maneiras, como a “lançar newsletters, remover paywalls de acesso exclusivo para assinantes, contratar jornalistas freelance, fortalecer o jornalismo de dados, criar eventos online, financiar necessidades relacionadas a tecnologia da informação, integrar serviços e infraestrutura de softwares, apoiar métodos de distribuição digital e adquirir equipamentos de proteção para manter jornalistas seguros durante suas coberturas, assim como garantir a continuação do trabalho”.
Centro Knight dá
curso online sobre a cobertura do coronavírus
O Centro Knight, em parceria com a OMS e a Unesco, promove em maio o curso online e gratuito Jornalismo na Pandemia: Cobertura da Covid-19 agora e no futuro, que oferece o conhecimento necessário para cobrir o coronavírus e os impactos/consequências na saúde, economia, e outros setores da sociedade.
O curso, de 4 a 31/5, será ministrado por Maryn Mckenna, jornalista de ciência e palestrante do TED. As aulas terão quatro módulos: na primeira semana, os alunos estudarão as pandemias e desastres do século XX; na segunda, a cobertura do coronavírus nos dias de hoje, quais seus impactos econômicos, na saúde, como os governos estão reagindo e qual a importância da liberdade de imprensa nesse contexto; na terceira, aulas sobre vacinas, testes e tratamentos, quais são as expectativas que englobam estes temas; e a quarta e última semana abordará o período pós-vírus: quais serão os impactos, como a pandemia mudou a história e o mundo inteiro, quais os caminhos a serem seguidos. Inscreva-se!
E mais…
Uma frente bipartidária de mais de 200 políticos assinou uma carta enviada em 20/4 ao presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, pedindo que a Casa Branca direcione recursos federais para as organizações de notícias locais, as mais afetadas com a queda de investimentos publicitários em meio à pandemia de Covid-19. O grupo, liderado pelos congressistas Debbie Dingell (Democrata), Bill Flores (Republicano), Marc Veasey (Democrata) e Fred Upton (Republicano), pediu ao governo federal mais publicidade na mídia local por agências federais, além da agilização de qualquer campanha de marketing que estiver em andamento. Os políticos também solicitaram a Trump que incentive as empresas que recebem fundos de estímulo a anunciarem na mídia local.
Outras
iniciativas
Prêmio Roche de
Jornalismo inclui menção
honrosa por cobertura do coronavírus
O Prêmio Roche de Jornalismo em Saúde, realizado pela Roche América Latina em parceria com a Secretaria Técnica da Fundação Gabriel García Márquez para o Novo Jornalismo Ibero-Americano (FNPI), decidiu acrescentar à premiação uma menção honrosa a trabalhos que demonstram excelente cobertura da Covid-19. Para participar, os trabalhos devem estar publicados entre 1º de janeiro e 20 de maio, abordando o coronavírus e seus impactos na sustentabilidade dos sistemas de saúde na América Latina, além dos desafios que saúde pública da região está enfrentando para combater a doença. Todos os requisitos estão disponíveis em nota publicada no site do prêmio.
As inscrições foram prorrogadas até 31/5 por causa do contexto pandêmico atual. O prêmio visa a valorizar as principais reportagens sobre saúde na América Latina. Vale lembrar que o vencedor de cada categoria receberá um troféu, um certificado e poderá escolher entre uma bolsa com tudo pago para participar de um workshop da Fundação Gabo ou participar do Festival Gabo 2020. Os finalistas receberão certificado, medalha e o livro Gabo Periodista. Inscreva-se!
E mais…
Permanece aberta até 1º/5 a pesquisa nacional Como trabalham os comunicadores em tempos da Covid-19, promovida pelo Centro de Pesquisa em Comunicação e Trabalho (CPCT) da ECA-USP. O estudo online, que até o último final de semana contava com respostas de mais de 500 profissionais, pretende dispor de um panorama da rotina de quem atua na área de comunicação, os principais temores e os cuidados adotados em meio à pandemia do novo coronavírus.
Segundo os organizadores do levantamento, avaliação preliminar dos dados, coletados em todo o País, permite reafirmar a continuidade da precarização das relações de trabalho a partir da intensificação do home office, com maior demanda de dedicação de tempo e o uso de infraestrutura própria (computadores, notebooks, smartphones e conexões domésticas de internet). Também há o medo de contágio e de transmissão aos familiares, além de dúvidas e receios quanto ao futuro profissional (desemprego). O formulário, de preenchimento anônimo, pode ser acessado neste link.
Em função do cenário criado pela pandemia do coronavírus, o programa Estratégias Digitais para Empresas de Mídia (EDEM) do ISE, que há havia sido adiado para a primeira semana de junho, teve suas atividades presenciais transferidas para o segundo semestre.
O primeiro módulo,
Como monetizar e diversificar os produtos jornalísticos?, será realizado
de 17 a 21 de agosto; o segundo, O que torna o seu conteúdo exclusivo?,
de 21 a 25 de setembro; e o terceiro e último, Como conciliar a
necessidade de inovar a uma cultura já estabelecida?, de 16 a 20 de
novembro.
Mesmo com o ajuste de calendário, estão confirmadas as participações dos professores internacionais Ramón Salaverría (vice-decano de pesquisas da Universidade de Navarra) e Hugo Pardo (especialista em cultura digital), da Espanha, Pedro Sellos (professor da American University, de Dubai) e Alexandre Gonçalves (Columbia University).
Na tentativa de viabilizar a ampliação do debate público e promover maior conhecimento sobre as pautas parlamentares, a Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji) e o Transparência Partidária estruturaram um mapeamento das manifestações e propostas dos partidos políticos sobre medidas relacionadas à pandemia, a partir de suas postagens no Facebook. A análise considerou as publicações de Facebook dos 33 partidos políticos registrados no TSE e da Aliança pelo Brasil − organização que o presidente Jair Bolsonaro tenta formalizar na Justiça Eleitoral. Os dados correspondem às publicações encontradas entre 24/1 e 19/4 e reúnem 146 temas ou propostas. No total, foram encontrados 2.120 posts sobre o tema da covid-19.
As manifestações e propostas sobre covid-19 com mais apoio de partidos foram: política de isolamento social; testagem em massa; renda básica emergencial; tributação de grandes fortunas; contra a MP 936/2020, que permite redução de salários; e afastamento do presidente da República.
A Fenaj, em conjunto com os sindicatos de jornalistas nas diversas regiões, anunciou que está atuando na busca e no monitoramento de ocorrências de coronavírus na categoria. A ação é coordenada pelo Departamento de Saúde, Previdência e Segurança da entidade. Para acompanhar a evolução num cenário de subnotificação e, com isso, readequar a ação sindical sempre que for necessário, a entidade convoca os jornalistas a notificarem seu sindicato local e a própria Fenaj ([email protected]) para que ela possa sistematizar as ocorrências.
A entidade também convidou 12 profissionais para gravarem um vídeo elogiando e homenageando os colegas que seguem trabalhando arduamente e expondo suas vidas em risco para trazer as últimas informações sobre o novo coronavírus. Em texto publicado no site, a Fenaj explica que abril foi especial pois, “além de celebrarmos nosso dia no calendário, é neste mês de 2020 que a profissão vem sendo profundamente afetada por uma doença e por medidas governamentais que supostamente viriam para proteger o trabalhador”. O texto também explica que o papel do jornalista é, mais do que nunca, essencial no contexto pandêmico atual. (Veja+)
O Portal R7 lançou a plataforma Virtz, que oferece conteúdo sobre bem-estar e saúde física e mental, notícias e informações positivas em meio à pandemia do novo coronavírus. O site é multiplataforma e traz vídeos, reportagens, lives, podcasts e webséries.
Segundo Claudia Caliente, diretora executiva Multiplataforma, a ideia do projeto é disseminar informações positivas em meio ao medo e histeria gerados pelo coronavírus e a grande quantidade de notícias e dados negativos que o acompanham: “A proposta deste ‘ciclo virtuoso’ é inspirar, entreter, motivar, acolher e informar nosso público. Nesse momento importante do mundo, o R7 traz um posicionamento e oferece uma nova forma de consumir conteúdo criando o Virtz, o novo vertical do portal que traz notícias positivas e conteúdo que faz a diferença na quarentena”. Confira!
A International News Media Association (INMA) promove de 5 a 28/5 um evento virtual com a participação 46 palestrantes e moderadores, e cerca de 18 horas de programação, divididos em nove módulos. O projeto serve para substituir em parte o 90º Congresso Mundial de Mídia da INMA, que seria realizado em abril, mas foi cancelado por causa do coronavírus.
O evento virtual, que tenta seguir os moldes do congresso
cancelado, visa a discutir os impactos da pandemia na indústria jornalística,
levando em conta as principais tendências e estratégias de notícias no cenário
atual. O conteúdo do encontro será gravado e estará disponível para os
participantes. Para conferir a programação completa e inscrever-se, clique aqui.