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sábado, dezembro 13, 2025

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A imprensa esportiva e o coronavírus (IV)

Circuito de Albert Park, em Melbourne, Austrália. Crédito: Zak Mauger/LAT Images/Pirelli

Por Victor Félix, da equipe de J&Cia

A Covid-19 afetou significativamente o mundo dos esportes. Competições e campeonatos adiados ou cancelados, treinamentos suspensos, salários atrasados, demissões, crises, atletas infectados e diversas situações indefinidas são alguns exemplos dos impactos do novo coronavírus nos esportes.

Quando falamos de automobilismo, abordamos grandes eventos esportivos, que não só geram muito dinheiro e patrocinadores, mas também reúnem uma grande quantidade de pessoas, vindas de diferentes regiões do mundo para um único lugar a fim de assistirem às corridas. Algumas etapas da Fórmula 1, por exemplo, chegam a ter cerca de 300 mil pessoas ao longo de um final de semana. Por causa dessas características do esporte a motor, as competições automobilísticas foram suspensas até segunda ordem, a fim de barrar o contágio pelo coronavírus.

Victor Martins. Crédito: Grande Prêmio

Nesse contexto, a imprensa automotiva tem que se adaptar às mudanças causadas pela pandemia, renovando seu conteúdo para conseguir trazer informações relevantes sobre o mundo do automobilismo, mesmo com as competições paralisadas. Victor Martins, diretor-executivo do site Grande Prêmio, conversou com J&Cia sobre as mudanças que ocorreram, novos projetos, e como a doença afetou o dia a dia dos jornalistas. Ele contou que o coronavírus trouxe, acima de tudo, um trabalho de “reinvenção” à equipe, que se reuniu para pensar em novos projetos, e dessa reunião surgiram os programas Fala y Fala, Cadeira Cativa e Passa ou Ultrapassa, que vão ao ar no canal do YouTube do Grande Prêmio. Já no site, Victor disse que a cobertura diária foi reduzida, mas que a equipe está reaproveitando conteúdos frios, mas de amplo interesse.

Também comentou sobre a importância dos eSports em meio à pandemia, vistos como solução momentânea: “A importância dos eSports é grande e mantém não só os pilotos na ativa, mas patrocinadores e imprensa. Ainda há um certo desdém, mas tem sido cada vez menor”. Victor afirmou que, em breve, o Grande Prêmio trará novos projetos relacionados a corridas virtuais: “Do nosso lado, estamos para anunciar a parceria com uma grande categoria brasileira para transmissão das corridas virtuais e trabalhando para realizar uma corrida virtual beneficente com um piloto de renome”.

Ele contou ainda que a equipe segue trabalhando, porém remotamente. Em termos de audiência e impactos econômicos, houve uma queda de 30% nos acessos ao site e as receitas diminuíram, mas ninguém foi demitido e os salários não foram reduzidos. Acrescentou que o trabalho feito pelo Grande Prêmio visa a “mostrar ao mercado que não estamos parados e que há uma série de possibilidades de unirem suas marcas a um conteúdo de primeira feito por um grupo de mais 20 profissionais”.

Confira a íntegra da entrevista:

Jornalistas&Cia − Com a suspensão das competições, que tipo de conteúdo vocês estão produzindo?

Victor Martins −A pandemia do coronavírus trouxe um trabalho de reinvenção, na realidade. Nós usávamos diariamente o canal do Grande Prêmio no YouTube, por exemplo, para fazer comentários – o GP às 10 –, mas, sem assunto, era difícil falar do cotidiano. A partir daí, a primeira ação foi reunir o grupo e pensar em conteúdos novos que pudéssemos realizar normalmente de casa. Um apontou um talk-show, outro sugeriu um programa com lendas do jornalismo do nosso nicho, aí veio a indicação até de um game-show. Foi assim que nasceram em curto espaço de tempo, respectivamente, o Fala y Fala, o Cadeira Cativa e o Passa ou Ultrapassa.

Hoje, o Fala y Fala e o Passa ou Ultrapassa são transmitidos em nosso canal no Facebook – revezando às quartas-feiras, ao vivo, às 20h – e o Cadeira Cativa acontece às terças, também ao vivo, às 21h, no YouTube.

Criamos também um quadro chamado Report, em que trazemos curiosidades e fatos históricos, que são mais bem trabalhados em termos de conteúdo e arte. E ainda estamos pensando em um próximo programa, de debates.

No Grande Prêmio em si, há a cobertura cotidiana, que está reduzida, o noticiário, mas estamos fazendo um cross de mídias para trazer conteúdos frios e de amplo interesse. Houve uma queda na audiência, mas todo esse trabalho está sendo feito para manter nosso público conectado e engajado.

 J&Cia − Como o coronavírus afetou o cotidiano dos jornalistas da equipe? A jornada de trabalho foi alterada?

Victor − Em um primeiro momento, a escala foi reduzida em uma hora diária e reorganizada para dar folgas de até uma semana aos jornalistas, em formato de revezamento. Todos seguem trabalhando remotamente e estão na linha de frente de todos os conteúdos citados.

J&Cia − Qual é a importância dos eSports nesse contexto “sem esportes”? Existe um certo preconceito com o tema, competições oficiais de jogos digitais são muitas vezes classificadas como “brincadeira” ou “diversão”. O que você pensa sobre isso? Já existem iniciativas, mas de que maneira o automobilismo poderia aproveitar melhor os eSports, principalmente durante a pandemia, mas também a longo prazo?

Victor − Todas as categorias acabaram adotando o eSports como solução “oficial” para este momento. Nesse sentido, pode-se dizer que a Indy é aquela que mais soube trabalhar a questão, já que todos os pilotos do mundo real participam das corridas virtuais. Na F1, dos 20 pilotos titulares, apenas cinco ou seis acabam correndo. Considerando que são eventos das categorias, a importância é grande e mantém não só os pilotos na ativa, mas patrocinadores e imprensa. Ainda há um certo desdém, mas tem sido cada vez menor.

Do nosso lado, estamos para anunciar parceria com uma grande categoria brasileira para transmissão das corridas virtuais e trabalhando para realizar uma corrida virtual beneficente com um piloto de renome.

J&Cia − Em termos de audiência, quais foram os impactos detectados no Grande Prêmio?

Victor − A audiência diminuiu em cerca de 30% nestes dois meses em que estamos sem corridas, em comparação a fevereiro. Era uma queda já esperada porque as corridas não foram realizadas, mas isso gerou um impacto muito grande também em termos comerciais.

J&Cia − Você pode falar um pouco sobre os impactos econômicos gerados pelo coronavírus no Grande Prêmio? Houve cortes de salário ou demissões?

Victor − Houve de fato uma queda impactante de receita, mas não sem cortes de salário nem demissões. Grande parte desse trabalho que estamos fazendo é justamente para termos mais ofertas para mostrar ao mercado que não estamos parados e que há uma série de possibilidades de unirem suas marcas a um conteúdo de primeira feito por um grupo de mais 20 profissionais.

J&Cia − Quais são diferenças, vantagens e desvantagens do trabalho em home office?

Victor − Não houve uma mudança em si no dia a dia do nosso trabalho, afinal ele já era praticamente 100% feito em home office. Como temos repórteres espalhados em várias cidades do País e um correspondente internacional, a condução da operação já era da forma como é hoje. A única diferença é que havia gravações de programas em vídeo em uma produtora e de podcasts em outra e tivemos de abrir mão delas por causa da pandemia. Por isso é que estamos produzindo esses programas de outra forma, cada um em sua casa.


Confira as outras matérias da série

O Globo e Extra têm comando de voz na plataforma sobre o novo coronavírus

Fábio Gusmão. Foto: Rafael Moraes

Os sites dos jornais da Editora Globo – O Globo e Extra – dispõem de uma plataforma robô, gratuita, para tirar dúvidas e informar sobre o novo coronavírus. Ela recebeu agora uma atualização por meio de assistente de voz, no celular. trabalho feito em parceria com a BeNext Solutions, empresa que presta consultoria nessa área.

Fábio Gusmão, editor de Projetos Especiais do Extra, responde pelo sistema: “Desde o lançamento, estamos observando pelos acessos à plataforma o quanto a população quer informação com credibilidade. O processo automatizado torna mais rápida e fácil a consulta dos principais temas que envolvem a crise, e agora a atualização por voz vem para qualificar e diversificar por outras plataformas ainda mais essa entrega”.

É possível continuar acessando a plataforma pelo site dos jornais, no desktop, tablet ou celular. E ainda fazer uma pergunta por voz para o robô, pressionando o botão “home” do celular com sistema Android; no sistema IOS, o robô está disponível no app Google Assistente.

PL cria mecanismos de checagem e correção para evitar conteúdo falso na internet

Tramita na Câmara Federal o PL 1429/20, dos deputados Felipe Rigoni (PSB-ES) e Tabata Amaral (PDT-SP), que obriga empresas responsáveis por aplicações de internet, como sites, blogs, redes sociais e aplicativos de mensagens, a adotarem mecanismos de checagem e correção de informações com o objetivo de evitar a propagação de fake news. O texto cria a Lei Brasileira de Liberdade, Responsabilidade e Transparência Digital. A proposta determina a remoção de conteúdos identificados como desinformação que tenham mais de cinco mil visualizações, e proíbe o uso de perfis falsos e de robôs (bots ou botnets, em inglês) para simular ações humanas na internet. No caso de anúncios online, propaganda política patrocinada e conteúdos patrocinados, o texto exige que o usuário seja comunicado de que se trata de “impulsionamento”, ou seja, conteúdo pago ou promovido, identificando quem pagou pela divulgação. Também determina que o usuário seja direcionado para acessar os critérios usados na escolha do público-alvo do anúncio. Propagandas políticas devem conter a informação de que foram pagas por um partido político, indicando qual, e dados sobre todos os anúncios e propagandas que o patrocinador realizou nos últimos 12 meses.

Os provedores que descumprirem as medidas poderão ser punidos com advertência, multa de até 10% do faturamento, suspensão temporária das atividades, ou proibição de exercício das atividades no País. Obriga ainda os provedores com receita bruta anual acima de R$ 78 milhões – a exemplo de Youtube, Facebook, Twitter, Instagram e Whatsapp – a encaminharem, dentro de 12 horas, conteúdos potencialmente falsos para a análise de verificadores independentes de fatos. Os verificadores, geralmente órgãos de imprensa, funcionariam como empresas de checagem não ligadas a governos ou partidos políticos. E devem identificar em site oficial o responsável pela verificação e cumprir integralmente o disposto no Código de Ética dos Jornalistas Brasileiros. O provedor pode escolher, entretanto, de qual verificador de fatos independentes irá emitir a correção para os usuários. (Com informações da Agência Câmara)

Rádio Globo encerrará atividades em São Paulo

O Sistema Globo de Rádio anunciou nesta terça-feira (12/5) o fim da operação da Rádio Globo em São Paulo. A decisão ocorre dois meses após o grupo ter concluído na capital paulista os trabalhos emissora na frequência AM 1100. A operação segue até 31/5 e depois desta data passará a existir apenas no Rio de Janeiro.

Confira a íntegra do comunicado:

No próximo dia 31 de maio, a Rádio Globo encerra a sua operação em São Paulo no FM 94.1 e fecha o ciclo de desmobilização da rede de transmissão para todo o Brasil.

Com foco no Rio de Janeiro desde julho do ano passado, com a programação voltada ao público jovem popular, a Rádio Globo teve um crescimento expressivo de audiência não só na capital, como na Baixada Fluminense e Região Metropolitana. Para seguir avançando, a Rádio Globo entende que é fundamental fortalecer a sua grade local e apoiar a vibração da cultura carioca para a evolução do atual modelo de negócios.

A partir de 1º de junho, a Rádio Globo passa a reproduzir totalmente o comportamento dos jovens do Rio na frequência 98.1 FM, e fortalece a identificação já criada com o púbico carioca. Entre uma música e outra, o jornalismo cumpre a missão de apresentar informações relevantes ao vivo diariamente, e o esporte continua levando emoção aos apaixonados com a equipe do Futebol Globo CBN, mesmo com todas as competições adiadas.

Instagram oculta informação falsa compartilhada por Bolsonaro

Instagram ocultou post de Bolsonaro. Foto: Reprodução/Instagram

O Instagram e a Agência Lupa, responsáveis pela fiscalização do conteúdo publicado na rede social, ocultaram um post compartilhado pela função stories pelo presidente Jair Bolsonaro em seu perfil. A publicação afirmava que o Ceará teve menos mortes por doenças respiratórias entre 16 de março e 10 de maio deste ano em comparação ao mesmo período do ano passado. O presidente chegou a escrever que havia “algo muito estranho no ar”, porém a informação é falsa.

Segundo a Lupa, “é falso que, no Ceará, o número de mortes por doenças respiratórias diminuiu em 2020”. Eles consideraram o conteúdo publicado como fake news, improcedente e que não condiz com a realidade. Vale lembrar que, quando o conteúdo é ocultado – e não apagado – ainda é possível vê-lo, mas o usuário recebe um alerta sobre disseminação de “informação falsa”.

Com informações do UOL.

Entidades repudiam fala de governador de SC contra a liberdade imprensa

A Federação Nacional de Jornalistas (Fenaj) e o Sindicato dos Jornalistas de Santa Catarina (SJSC) repudiaram declaração do governador de Santa Catarina Carlos Moisés da Silva, que, em 8/5, em transmissão via redes sociais, sugeriu a empresários que pressionassem os veículos de comunicação a praticarem um “jornalismo decente”.

O governador afirmou que “o governo foi execrado por pagar adiantado, eles (os jornalistas) fizeram tudo errado. Eu vi jornalistas aqui de Santa Catarina induzindo nas suas entrevistas, como se fosse uma autoridade policial ou um promotor, que estes sim têm que fazer suas oitivas, tem que indagar. Ele (jornalista) fez a persecução criminal, a persecução criminal, na frente das câmeras. Acho que nós precisamos renovar esse conceito”.

Moisés reagia à cobertura da imprensa sobre a compra de 200 respiradores para o combate ao coronavírus, com pagamento antecipado, por cerca de R$ 33 milhões. Até então, nenhum equipamento havia sido entregue à Secretaria de Estado da Saúde.

Em nota conjunta, a Fenaj e o SJSC declaram que “se, porventura, algum veículo ou profissional cometeu ou vier a cometer qualquer erro na cobertura jornalística relativamente a este fato, cabe ao Governo do Estado de Santa Catarina tomar as medidas legais para a reparação do erro ou para assegurar o direito ao contraditório. No entanto, estimular e/ou promover o cerceamento à liberdade de imprensa por meio da pressão econômica de anunciantes é um erro grosseiro, autoritário e um ataque inaceitável. Cumprindo seu papel de garantir e defender a Liberdade de Imprensa, o Jornalismo e os jornalistas não vão se calar”.

A Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji) escreveu que “fiscalizar o uso de recursos públicos é uma das principais funções do jornalismo. Em sua fala a empresários, o governador demonstra ignorância sobre o conceito de liberdade de imprensa. Como, infelizmente, está se tornando comum entre autoridades brasileiras, prefere atacar o mensageiro a prestar contas à sociedade catarinense”.

Com informações da Fenaj.

Morre aos 93 anos Newton Zarani, conhecido como o criador do futsal

Foto: Liga Nacional de Futsal

Morreu nesta segunda-feira (11/5) o jornalista esportivo e ex-jogador de futsal Newton Zarani, aos 93 anos, no Rio de Janeiro, vítima de AVC e pneumonia. Ele foi um dos fundadores da Federação Carioca de Futsal, em 1954, a mais antiga do mundo. Atuou como jogador do Club Municipal e do América, onde também foi treinador.

Depois de pendurar as chuteiras, Zarani tornou-se jornalista esportivo, trabalhando por mais de 40 anos no Jornal dos Sports e em outros veículos. Foi um dos pioneiros no papel de comentarista de rádio. Em nota, a Associação de Cronistas do Estado do Rio (Acerj) lamentou sua morte. Ele deixa a esposa, Maria Lúcia e três filhos, Charles, Ives e Michelle.

Profissionais de imprensa serão liberados do rodízio em São Paulo

Crédito: Rovena Rosa/Agência Brasil

Os profissionais de imprensa de São Paulo estão liberados do rodízio de veículos imposto pelo Decreto Municipal nº 59.403, publicado em 8/5 e que passa a valer a partir desta segunda-feira (11/5), como medida de prevenção e redução de contágio pelo novo coronavírus. O texto garante a livre circulação da imprensa, bem como a exclusão das restrições impostas.

O decreto diz que o cadastro de trabalhadores freelances do setor de imprensa será autodeclaratório e deve ser acompanhado do devido comprovante de registro profissional. Já profissionais empregados em veículos de comunicação devem solicitar o cadastro nas próprias empresas jornalísticas, exigindo sua identificação e de seus respectivos veículos junto à Secretaria Municipal de Mobilidade e Transportes.

Os profissionais devem fazer o pedido pelo [email protected] ou pelo Portal 156, clicando na área “Trânsito e Transporte” e, em seguida, na opção “Rodizio de Veiculos (coronavírus) – Cadastrar veículos para isenção durante a pandemia”.

Com informações do SJSP.

Facebook cria órgão moderador de conteúdo; brasileiro está entre os 20 conselheiros

Facebook para Jornalistas
Facebook para Jornalistas

Mark Zuckerberg, fundador do Facebook, anunciou a criação de um órgão independente que moderará o conteúdo veiculado na rede social, principalmente no que se refere a publicações polêmicas, que ferem os direitos humanos e a liberdade de expressão. O nome oficial é Conselho Assessor de Conteúdo.

O novo órgão é independente, alheio ao Facebook. É formado por 20 conselheiros, dez homens e dez mulheres, que não trabalham no Facebook, e, portanto, não podem ser demitidos por Zuckerberg. Entre os integrantes está o brasileiro Ronaldo Lemos, advogado de propriedade tecnológica e intelectual e professor de Direito da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ).

O único outro latino-americano é a jurista colombiana Catalina Botero-Marino, diretora da Faculdade de Direito da Universidade de Los Andes e ex-relatora para a liberdade de expressão na Organização dos Estados Americanos. Também fazem parte do conselho Tawakul Kerman, ganhadora do Nobel da Paz de 2011; a ex-primeira-ministra dinamarquesa Helle Thorning-Schmidt; o jornalista britânico Alan Rusbridger,que por duas décadas dirigiu o jornal The Guardian; Jamal Greene, catedrático da Universidade Columbia; Michael McConnell, ex-juiz federal dos EUA e hoje professor em Stanford, entre outros.

Ao todo, serão 40 membros no conselho, o dobro da composição atual. O processo de seleção dos outros 20 deve estender-se até 2021. (Veja+)

Memorial Inumeráveis homenageia as vítimas do coronavírus no Brasil

Artistas, jornalistas, estudantes, escritores e contadores de histórias de todo o País são convidados para contribuir com a iniciativa Inumeráveis, memorial que destaca os nomes e uma breve biografia de todas as vítimas por Covid-19 no Brasil. O objetivo é mostrar as pessoas por trás dos dados, números e estatísticas diariamente presentes na mídia nacional.

Criado em 30 de abril, o projeto é obra do artista Edson Pavoni em colaboração com Rogério Oliveira, Rogério Zé, Alana Rizzo, Guilherme Bullejos, Giovana Madalosso, Jonathan Querubina e os jornalistas e voluntários que seguem adicionando histórias ao memorial. A iniciativa busca mostrar o lado humano da pandemia, apresentando as histórias das pessoas que se foram por causa da doença, de forma sensível, pessoal e respeitosa, valorizando cada uma delas. Posteriormente, os idealizadores pretendem fazer uma exposição artística em local público com os nomes das vítimas.

Rogério Oliveira, empreendedor social e um dos idealizadores do Inumeráveis, explica que o projeto serve para mostrar as vidas escondidas pelos números e estatísticas: “O Inumeráveis nasce do incômodo em perceber que, nas tragédias humanitárias pela qual a humanidade passa, transformamos as vidas perdidas apenas em números e estatísticas. Pandemias, guerras, genocídios, desastres recentes como Brumadinho. Não valorizamos, não registramos a vida, a história de cada única pessoa que todos nós perdemos. Hoje temos tecnologia e um sistema distribuído que pode colaborar para termos a ambição de registrar 100% das histórias, de cada pessoa”.

A plataforma oferece duas formas de colaboração: uma para profissionais de imprensa, estudantes de jornalismo e outros que queiram reportar uma história; e outra direcionada à família e aos amigos que gostariam de prestar uma homenagem à vítima.

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