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sexta-feira, dezembro 12, 2025

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Mané de Oliveira morre em Goiânia

Mané de Oliveira morre em Goiânia
Mané de Oliveira

Morreu em 13/2, em Goiânia, aos 80 anos, o jornalista esportivo Manoel José de Oliveira, conhecido como Mané de Oliveira. Ex-deputado estadual, ele estava desde setembro do ano passado em tratamento contra um câncer de pulmão, fígado e intestino.

Nascido em Pires do Rio, a 146 quilômetros de Goiânia, Mané atuava na crônica esportiva e tornou-se um dos comentaristas mais populares de Goiás. Eleito deputado estadual em 1986 e 2014, foi nas duas vezes o parlamentar estadual mais bem votado. Voltou à política depois da morte de seu filho, o radialista Valério Luiz, assassinado a tiros em 2012 quando saía da rádio onde trabalhava, em Goiânia. Desde então, passou a lutar pela realização do julgamento dos criminosos, que ainda não ocorreu. Deixa esposa, sete filhos e netos.

O velório foi realizado no Ginásio de Campinas, no Setor Campinas, e o sepultamento, no Cemitério Jardim das Palmeiras.

Mané recebeu muitas homenagens de fãs pelas redes sociais. O ex-governador Marconi Perillo (PSDB), foi um dos que lembrou do radialista em seu perfil do Instagram. “Goiás perdeu uma de suas grandes vozes. Sempre preocupado com as pessoas mais carentes, Mané tinha uma aguçada sensibilidade social. Falava a língua do povo e deixa uma grande legião de ouvintes, telespectadores e admiradores. Perdi um grande amigo, um companheiro leal e sincero. Que Deus conforte a sua família e amigos.”

Escritas pretas apresenta literatura ativista

Escritas pretas
Nankupé Tupinambá participa do painel A lei escrita

A Feira Literária de São Gonçalo (Flisgo) realiza de 19 a 21/2 o seminário Escritas pretas, online e gratuito. O evento reúne pesquisadores, professores, escritores e artistas, que palestram ou ministram oficinas, com uma reflexão sobre as relações étnico-raciais de matriz africana e indígena.

Escritas Pretas é uma ação afirmativa e inclusiva da autoria negra e indígena que dinamita preconceitos e estereótipos veiculados pela literatura canônica, consolidando um campo de estudos linguísticos para o literário que reconhece especificidades a partir da criação de redes de diferença fundamentadas na similaridade de experiências históricas, existenciais, identitárias, raciais e étnicas”, contou o organizador da Feira Alberto Rodrigues para Irma Lasmar do jornal O Dia.

Hoje (19), às 20h, o Nankupé Tupinambá participa do painel A lei escrita. Jornalista que colabora com publicações na internet, é graduado em Filosofia e faz mestrado em Temáticas Indígenas, na Bahia.

No sábado, a Ana Cruz, que tem formação no Jornalismo, mas hoje se dedica à literatura ativista, participa, às 20h, do painel Educação e racismo.

Escritas pretas
Ana Cruz é autora de literatura ativista

O encontro está no Instagram e no canal Q-Cria! no YouTube.


Confira a programação da Flisgo abaixo:

19/2 – Sexta-Feira

  • 10h – Oficina de Escrita
  • 13h – Mostra de Texto
  • 15h – Abertura
  • 16h – Painel Escrita da Fé
  • 18h – Painel Historicidade da Escrita
  • 20h – Painel A Lei escrita: Poder e Representatividade

20/2 – Sábado

  • 10h – Oficina
  • 13h – Mostra de arte indígena
  • 15h – Entrevista
  • 16h – Painel Escritas e Arte
  • 18h – Painel Narrativas Negras e Indígenas: a perspectiva autoral e social
  • 20h – Painel Educação e Racismo: Escrita negra e indígena como estratégia de intervenção.

21/2 – Domingo

  • 10h – Oficina
  • 13h – Mostra “Lembranças de um carnaval”
  • 15h – Entrevista
  • 16h – Painel A escrita do samba

Pesquisa Mega Brasil com Agências de Comunicação é prorrogada

Pesquisa Mega Brasil é prorrogada

A Mega Brasil Comunicação prorrogou em uma semana, até 26/2, o prazo para o preenchimento da Pesquisa Mega Brasil com Agências de Comunicação, que se encerraria hoje (19/2). Ela é aberta às agências de todo o País, de qualquer porte, e serve de base para a produção dos indicadores setoriais e do Ranking das Agências de Comunicação do Anuário da Comunicação Corporativa

São aproximadamente 30 questões sobre itens como investimentos, expectativas, desempenho, número de colaboradores, faturamento, principais áreas de atuação, entre outros.

Vale ressaltar, segundo explica Maurício Bandeira, diretor do Instituto Corda – Rede de Projetos e Pesquisas e coordenador da Pesquisa Mega Brasil desde a sua criação, “que graças a essa pesquisa sabe-se hoje que o mercado brasileiro conta com perto de 1.600 agências e que faturou cerca de R$ 2,3 bilhões em 2020”.

O resultado consolidado e o ranking serão publicados na edição 2021 do Anuário, publicação que conta com o apoio institucional de Aberje e Abracom e que é dirigida por Eduardo Ribeiro e Marco Rossi, com consultoria de Adriana Teixeira (editora executiva da publicação nos últimos anos).

O preenchimento da pesquisa pode ser feito em www.megabrasil.com.br/anuario2021. Outras informações e dúvidas podem ser encaminhadas à Bianca Dornellas, pelo endereço [email protected].

LiveSports contrata Fábio Seixas

LiveSports
LiveSports
Da esquerda para a direita: João Palomino, Fábio Seixas e Nilson Fujisara

Fábio Seixas é o novo diretor de Conteúdo do serviço de streaming esportivo LiveSports. Ele também está à frente das produções realizadas para os clientes da empresa, que recentemente fechou parcerias com a Liga Paulista de Futsal e o Cruzeiro Esporte Clube.

Ao longo da carreira, Seixas cobriu importantes eventos esportivos, como 150 GPs de Fórmula 1, finais da NBA, Jogos Pan-Americanos, Copas do Mundo e Olimpíadas. Graduado pela Universidade Metodista de São Paulo, com mestrado em Sports Management pela London Metropolitan University, ele tem passagens por Rádio Trianon, Folha de S.Paulo,  SporTV, Globo, UOL, Rádio Bandeirantes e BandNews FM, além de ter colaborado para revistas da Itália e do Japão. Até dezembro, era head of Publishing & Programming no DAZN.

A LiveSports é um serviço live streaming para eventos esportivos, encontros corporativos e entretenimento. Responsável desde a captação, no local do evento, o streaming, a bilhetagem e a segurança, até os olhos e a paixão dos fãs e fanáticos. Foi criada em setembro de 2020 por João Palomino, ex-VP de Conteúdo e Produção da ESPN; e Nilson Fujisawa, CTO da Lineup, uma das principais fornecedoras de equipamentos e soluções do mercado televisivo.

Trabalhadores da EBC denunciam novos casos de censura

EBC
EBC

Em carta publicada em 11/2, trabalhadores da Empresa Brasil de Comunicação (EBC), que reúne Agência Brasil, TV Brasil e Rádio Nacional, denunciaram novos episódios de censura e reafirmaram o caráter público da empresa.

O documento, aprovado em assembleia virtual pelos funcionários, pede para que os atuais gestores da empresa respeitem os objetivos e os princípios constitucionais da lei que a criou, que diz que a EBC deve ter “autonomia em relação ao Governo Federal para definir produção, programação e distribuição de conteúdo no sistema público de radiodifusão”, algo que, segundo eles, não vem acontecendo.

O texto repudia a possível interferência do governo Bolsonaro no conteúdo publicado nas plataformas da empresa, que busca “camuflar e blindar o atual governo de quaisquer polêmicas”, evitando citar temas como “as incompetências administrativas de ministérios chefiados por militares, o desmatamento da Amazônia, o negacionismo científico sobre a Covid-19, além de ausência de cobertura humanizada, com histórias de perdas familiares relacionadas à pandemia”. A carta cita casos mais recentes, como a falta de oxigênio em Manaus e a primeira pessoa vacinada no Brasil, pautas que não puderam ser divulgadas pela empresa.

Os funcionários denunciam que tais interferências afetam significativamente o papel jornalístico da empresa: “Em alguns poucos casos, a insistência do profissional com a pauta rende uma matéria sobre esses temas, desde que não contenha críticas ao governo”. Os mecanismos de censura incluem atraso de horas na publicação de reportagens, conteúdos colocados no ar sem os metadados necessários para que eles apareçam em mecanismos de busca como o Google, perseguição a jornalistas, com direito a mudança compulsória de setor, entre outros.

A carta revela que “repórteres recebem pautas vexatórias ou absurdas, com destaques, enfoques e temas favoráveis ao governo ou que apenas promovem a imagem do presidente e de ministros de Estado. Vozes dissonantes – incluindo presidentes e autoridades dos Poderes Judiciário e Legislativo – são silenciadas. Jornalistas são constrangidos diariamente a ignorar assuntos relevantes do dia ou fazer uma abordagem superficial que não desagrade”.

Casos anteriores de censura

Essa não é a primeira vez que a EBC sofre com censura e interferência do governo atual. Em novembro de 2020, Carlos Alberto Vilhena, procurador federal dos Direitos do Cidadão, avaliou que pode caracterizar como ato de improbidade administrativa a saudação a Bolsonaro durante a transmissão do jogo entre Brasil e Peru na TV Brasil, em 13 de outubro. Ele citou o artigo 37 da Constituição Federal, que prevê que “atos, programas, obras, serviços e campanhas dos órgãos públicos deverão ter caráter educativo, informativo ou de orientação social, deles não podendo constar nomes, símbolos ou imagens que caracterizem promoção pessoal de autoridades ou servidores público”.

Em setembro do ano passado, os trabalhadores da EBC, ao lado de sindicatos de jornalistas e da Federação Nacional de Jornalistas (Fenaj) divulgaram o 2º Dossiê Censura EBC, denunciando casos de interferência e propaganda do governo, algo que, segundo o documento, acontece desde 2016, mas foi agravado sob a gestão Bolsonaro.

E em novembro de 2019, jornalistas da EBC enviaram carta para a direção da emissora questionando a demora em noticiar o pronunciamento de Jair Bolsonaro sobre os desdobramentos da investigação do assassinato de Marielle Franco e Anderson Gomes. O texto afirmou que a EBC publicou brevemente algo sobre o assunto cerca de 15 horas após a fala do presidente. Vale lembrar que em agosto do mesmo ano uma rápida exibição da imagem da vereadora assassinada em um programa da TV Brasil resultou na demissão do diretor da atração e na saída do programa da grade da emissora.

Leia a carta aberta dos funcionários da EBC na íntegra:

Carta aberta à sociedade brasileira em defesa da Empresa Brasil de Comunicação

Nós, trabalhadores da Empresa Brasil de Comunicação (EBC), vimos por meio desta carta aberta reafirmar o caráter público da empresa e exigir que os atuais gestores RESPEITEM os objetivos e os princípios constitucionais da lei que criou a Empresa.

Em seu artigo 2º, parágrafo 8º, a Lei nº 11.652/2008, afirma que a empresa deve ter “autonomia em relação ao Governo Federal para definir produção, programação e distribuição de conteúdo no sistema público de radiodifusão”, a base da comunicação pública.

A Lei da EBC foi aprovada para aplicar o artigo 223 da Constituição, que estabeleceu “o princípio da complementaridade dos sistemas privado, público e estatal”.

Por lei, os veículos da EBC devem difundir e promover a cidadania, a diversidade e a pluralidade.

Não podemos servir de instrumento para propaganda e promoção pessoal de presidentes ou de governos, como tem sido atestado em inúmeros relatórios produzidos por seus empregados.

Ao longo de 2020, listamos grande volume de episódios de censura no 2º Dossiê de Censura e o relatório da Ouvidoria Cidadã da EBC, lançada em dezembro pela Frente em Defesa da EBC e da Comunicação Pública, detalhou casos de governismo e desrespeito à lei em conteúdos veiculados.

A nova gestão altera o organograma e cria novos cargos para abrigar apaniguados.

Enquanto isso, a programação própria dos veículos da EBC é reduzida a quase nada e feita sem nenhum investimento. Não há mais incentivo para a produção independente. A empresa produz programas encomendados pela Esplanada e pelas Forças Armadas – que, inclusive, se regozijou premiando um deles, o Faróis do Brasil. Outra imoralidade é a injeção de dinheiro público em emissoras privadas. Saiu no jornal que a EBC negocia a compra de “Os dez mandamentos”, a novela bíblica da Record, para ser exibida na TV Brasil.

O próprio diretor-presidente da EBC, Glen Lopes Valente deu declarações que contrariam os princípios de comunicação pública previstos na lei. Em tom de comunicação institucional, sua fala foi publicada na Agência Brasil no dia 19 de novembro, na matéria “EBC participa do 10º Encontro de Gestão de Custos do Setor Público”: “Brinco que a gente tem um conglomerado de comunicação. A gente tem plataforma de rádio, televisão, internet e a gente está maximizando todas essas plataformas para fazer a comunicação de tudo que acontece no governo”.

São inúmeros os casos de interferência na pauta jornalística e na grade das emissoras de rádio ou da TV Brasil. Tivemos alterações profundas em programas que são patrimônio da TV pública, como o Sem Censura, há 35 anos no ar. Um marco por ampliar o debate na sociedade no pós-ditadura, o Sem Censura foi totalmente reformulado em 2020 e saiu da grade no fim do ano passado.

Registramos também a edição do programa Antenize para retirada de uma imagem de Marielle Franco; a censura ao Alto-Falante, da Rede Minas, que não foi ao ar por conter clipe de Arnaldo Antunes falando sobre milícia, autoritarismo, tortura e terraplanistas.

A diversidade, uma marca da TV Brasil, que já teve uma jornalista negra, Luciana Barreto, entre os seus âncoras, também sofre. Não se pode fazer qualquer menção ao público LGBTI.

Todos os esforços dessa gestão são contrários e desencorajadores da comunicação pública, assim como em igual medida buscam camuflar e blindar o atual governo de quaisquer polêmicas.

A empresa negligencia, ainda, a cobertura da pandemia de Covid-19, dando dados descontextualizados e não acompanhando a evolução da doença no Brasil. A TV Brasil ignorou a falta de oxigênio em Manaus e as Redes Sociais não puderam noticiar a primeira pessoa vacinada contra à Covid.

Outros assuntos sequer foram pautados, como as incompetências administrativas de ministérios chefiados por militares; o desmatamento da Amazônia; o negacionismo científico sobre a Covid-19; além de ausência de cobertura humanizada, com histórias de perdas familiares relacionadas à pandemia e demandas de movimentos sociais. Em alguns poucos casos, a insistência do profissional com a pauta rende uma matéria sobre esses temas, desde que não contenha críticas ao governo.

Censura e governismo

São utilizadas diferentes táticas de censura, como o atraso de horas na publicação de reportagens e conteúdos colocados no ar sem os metadados necessários para que eles apareçam em mecanismos de busca como o Google. Ou seja, as reportagens desaparecem.

O jornalismo é o alvo central de decisões autoritárias e colegas têm sofrido perseguição até com mudança compulsória de setor. Repórteres recebem pautas vexatórias ou absurdas, com destaques, enfoques e temas favoráveis ao governo ou que apenas promovem a imagem do presidente e de ministros de Estado.  Vozes dissonantes – incluindo presidentes e autoridades dos Poderes Judiciário e Legislativo – são silenciadas. Jornalistas são constrangidos diariamente a ignorar assuntos relevantes do dia ou fazer uma abordagem superficial que não desagrade.

Destacamos o vergonhoso episódio de transmissão da seleção brasileira de futebol, no qual o narrador saudou o presidente Bolsonaro. Além desse evento, há outros sem nenhuma relevância, como a participação do presidente em jogo beneficente, em infindáveis formaturas militares ou nos mais de 10 minutos em que Bolsonaro apareceu ao vivo acenando para carros em uma rodovia.

As redes sociais foram apropriadas para fazer propaganda governamental, com publicações coordenadas em todos perfis da casa de assuntos de interesse do governo – como a campanha do PIX – e com conteúdo sem nenhuma relação com as emissoras públicas Lembramos também o fim do perfil EBC na Rede e o apagamento de publicações antigas. Além de orientações de censura prévia, com a divulgação de lista de assuntos permitidos para publicação e o veto a assuntos “sensíveis”. Entre eles, o caso Beto Freitas, brutalmente assassinado no Carrefour em Porto Alegre, e matérias relacionadas à Pandemia da Covid-19.

Esses episódios poderiam ser caracterizados como crime contra o princípio constitucional da impessoalidade na administração pública, já que não é permitido o uso de meios de comunicação públicos ou estatais para promoção pessoal.

Ataques à EBC e a seus funcionários

Convivemos com a permanente ameaça de fechamento de emissoras históricas de rádios e a privatização da própria EBC.

RESSALTAMOS que extinguir a empresa deixaria órfãs 7 mil rádios por todo o país. As emissoras baixam conteúdo diariamente da Radioagência Nacional, que publica uma média de 80 matérias por dia para utilização gratuita. Também deixaria sem conteúdo qualificado um número incalculável de veículos pelo país que reproduzem fotos e notícias gratuitamente da Agência Brasil.

Em meio a uma pandemia que manteve as pessoas em casa, precisamos lembrar que a TV Brasil tem a maior programação infantil em canal aberto e um dos mais premiados programas de jornalismo da televisão brasileira: o Caminhos da Reportagem. A emissora também exibe shows e apresentações de artistas que não têm espaço nos canais privados.

Não poderíamos deixar de mencionar a necessidade de uma política de valorização profissional, como a aprovação do Plano de Cargos e Salários, do Acordo Coletivo de Trabalho para 2021 e a redução de jornada de 1 hora para as mães que amamentam – realidade em empresas públicas como a Embrapa, o Inep, tribunais superiores e o Congresso Nacional.

A luta pelo fim do chapa-branquismo

O pedido dos empregados e empregadas da EBC para 2021 é que possamos ser referência em jornalismo e voltar a fazer programas de rádio e de TV de excelência. Queremos ter orgulho de trabalhar na EBC e em todos os seus veículos e setores.

Convidamos, mais uma vez, o Ministério Público Federal (MPF) a cumprir a sua função de fiscalizar a Lei da EBC e o uso abusivo e reiterado dos veículos públicos para promoção pessoal do presidente da república, seus ministros e de seu projeto político.

Reiteramos: não servimos a interesses de governo, qualquer que seja ele, nem para promoção pessoal de figuras públicas ou proselitismo. Esse não é nosso papel e repudiamos a insistente interferência do governo federal nas redações da empresa. Assim como repudiamos e nos envergonhamos com a passividade de parte dos atuais gestores – concursados – que aceitam esse papel e pressionam colegas a se submeterem.

A EBC NÃO PERTENCE AO GOVERNO!  A EBC É DO POVO!

Entenda como funciona a EBC

A EBC é responsável por sete emissoras de rádio (Nacional FM Brasília; Nacional Brasília AM, Nacional Rio AM, Nacional Alto Solimões AM, Nacional da Amazônia, MEC FM Rio, MEC AM Rio) e duas retransmissoras (MEC AM Brasília e Nacional Alto Solimões FM), pela TV Brasil e produz, além do conteúdo jornalístico, programas de entretenimento e culturais.

A empresa responde também pela formação da Rede Nacional de Comunicação Pública (RNCP), atualmente consolidada com 33 emissoras de TV afiliadas e 11 de rádio.

Tem, ainda, duas agências públicas de notícias: a Agência Brasil e a Radioagência Nacional.

Por meio de contrato firmado com a Secretaria de Comunicação da Presidência da República, cabe à EBC Serviços produzir a TV Brasil Gov, A Voz do Brasil e gerenciar a Rede Nacional de Rádio, além de licenciar os programas dos veículos da EBC, fornece monitoramento e análise de mídias sociais e realiza todo o trabalho de publicidade legal para os órgãos federais.

Carta aprovada por unanimidade em assembleia pelos empregados e empregadas da EBC

MediaTalks eleva audiência, fecha parcerias internacionais e amplia conteúdos em inglês sobre o jornalismo brasileiro

MediaTalks by J&Cia
MediaTalks by J&Cia

Há pelo menos três boas razões para celebrar o desempenho desses primeiros seis meses de vida do MediaTalks by J&Cia, novo membro da família Jornalistas&Cia, criado com o objetivo de trazer para o mercado brasileiro uma visão da mídia global e de levar para o exterior informações do jornalismo brasileiro: o crescimento da audiência, as novas parcerias internacionais e a ampliação dos conteúdos em inglês.

Em relação à audiência, o site triplicou o tráfego entre novembro e fevereiro, impulsionado tanto pela qualidade e maior abrangência dos conteúdos quanto pelas breaking news disparadas quase que diariamente com assuntos internacionais relevantes e que interessam diretamente aos jornalistas e veículos brasileiros.

Também a audiência no exterior começa a ser impulsionada pelo maior volume de conteúdos da página em inglês, voltada para o público que não lê em português mas tem interesse sobre o que se passa no jornalismo brasileiro e latino-americano. Já foram publicados, por exemplo, artigos de Natália Viana (Agência Pública) sobre ameaças ao jornalismo investigativo; de Sérgio Ludtke (Abraji) e Sérgio Spagnuolo (Volt Data Lab) comentando o relatório Atlas da Notícia; e de Eduardo Ribeiro, diretor deste J&Cia, a respeito do destaque das mulheres jornalistas no Ranking dos +Premiados Jornalistas Brasileiros de 2020.

E para coroar as boas novas, o MediaTalks acaba de fechar duas importantes parcerias internacionais de conteúdo, com o Knight Center for Journalism da Universidade do Texas e com a organização Covering Climate Now.

Os artigos do Knight Center, um dos mais importantes centros de estudos do jornalismo no mundo, liderado pelo brasileiro Rosental Calmon Alves, serão compartilhados regularmente no MediaTalks by J&Cia em inglês. Estarão também na página do site em português, já que abordam temas de outros países da América Latina.

E ao ser aceito como membro da Covering Climate Now, o MediaTalks by J&Cia passa não apenas a publicar artigos sobre jornalismo ambiental produzidos pela própria organização e por veículos que integram a rede, em uma tag dedicada, mas também assume a missão de incentivar veículos brasileiros a aderirem a essa iniciativa.

A Covering Climate Now foi criada em 2019 nos Estados Unidos, tendo como cofundadores a Columbia Journalism Review, os jornais The Guardian e The Nation e os jornalistas Mark Hertsgaard e Andrew McCormick. Reúne hoje mais de 400 jornais, revistas, emissoras de TV, sites e agências de notícias, com uma audiência combinada de 2 bilhões de pessoas. Fazem parte veículos como Bloomberg, France Presse, CBS, NBC, Reuters, BuzzFeed, Newsweek, Liberation e La Repubblica e El País. Na tag Jornalismo e Clima, o MediaTalks terá semanalmente conteúdo voltado para jornalistas, como orientações para cobrir melhor o tema, resumos de seminários e dicas de pautas levantadas pela CCNow.

“Junto com o MediaTalks, esperamos encorajar outras empresas jornalísticas brasileiras a se juntarem à CCNow e também colaborarmos para ampliar e aprimorar a cobertura sobre mudança climática no País”, disse Mark Hertsgaard.

Quando a Covid permitir, pautas de clima e meio ambiente devem retomar protagonismo

Crédito: Marcin Jozwiak/Unsplash

Por Luciana Gurgel

Luciana Gurgel

Há quase um ano o coronavírus contagiou o noticiário, deixando em segundo plano outras pautas relevantes. A mudança climática foi uma delas.

Mas mesmo antes do coronavírus, dois jornalistas americanos já achavam que a imprensa deveria cobrir mais e melhor a emergência climática. E criaram em 2019 uma uma rede global de veículos comprometidos a intensificar e aprimorar cobertura ambiental.

Menos de dois anos depois, a Covering Climate Now reúne mais de 400 membros − e o MediaTalks by J&Cia acaba de se tornar um deles.

A ideia é simples, eficiente e altruísta. Os membros colocam à disposição algumas de suas matérias, vídeos e imagens para republicação sem cobrança de direitos autorais. E ganham o direito de reproduzir eles próprios conteúdo dos parceiros, o que abre um imenso leque de oportunidades, oferecendo a quem participa um acervo de altíssima qualidade jornalística.

O grupo promove encontros e fornece orientações a profissionais e a veículos sobre como aperfeiçoar a cobertura ambiental. Sugere pautas e indica tendências que vão influenciar o noticiário a partir da agenda política e social, como a posse de Joe Biden.

Mark Hertsgaard e Andrew McCormick, cofundadores da CCNow, estão animados. Em um artigo sobre o que esperar deste ano, eles disseram que, com Biden dando sinais de que tratará a questão ambiental de forma diferente do seu antecessor na Presidência americana, a humanidade entrou em 2021 com uma chance real de afastar-se da catástrofe climática.

Os jornalistas fizeram um chamado eloquente aos colegas ao redor do globo, propondo como resolução de ano novo redobrar o compromisso com a cobertura sobre o clima.

Eles defendem que toda redação deve aprofundar conhecimentos sobre a questão ambiental − de repórteres e editores a redatores de manchetes e equipes de mídia social. Exatamente o que ocorreu na crise do coronavírus, que levou profissionais de todas as áreas a aprender sobre saúde e ciência.

No artigo falam também da necessidade de suavizar a abordagem técnica e científica, tentação difícil de resistir diante de tantos dados e pesquisas. Hertsgaard e McCormick lembram que a mudança climática é acima de tudo uma pauta sobre vidas humanas.

Consenso científico ou opinião?

Ainda que o jornalismo tenha absorvido o consenso científico sobre mudança climática, a cobertura esbarra às vezes na delicada seara da liberdade de expressão. É legítimo abrir espaço para quem discorda da existência ou da gravidade da crise ambiental?

O dilema “publicar ou não publicar”, sobre o qual escreveu o professor Denis Muller, da Universidade de Melbourne, aplica-se à perfeição. Embora não aborde especificamente a questão do clima, ele defende o direito de não noticiar algo em caso de risco à sociedade.

Mas o problema pode não estar somente nas mãos de quem escreve e edita matérias. Em um artigo no portal acadêmico The Conversation, Sarah Coen, professora de psicologia de mídia da Universidade de Salford e ativista ambiental, fez uma observação sobre a presença de vozes dissonantes na mídia.

Ela aponta que embora o consenso científico esteja consolidado na imprensa, estudos identificam vozes céticas em artigos de opinião ou editoriais, sobretudo em veículos alinhados à direita.

O malabarismo para respeitar a liberdade de expressão em um assunto científico pode levar a constrangimentos, como o que envolveu a BBC ano passado, citado pela professora. Ao responder a uma reclamação sobre a posição manifestada pelo apresentador de rádio Justin Webb sobre a emergência climática, classificada por ele como uma questão de opinião, a emissora escorregou.

Escreveu em um comunicado que, “embora haja consenso sobre a existência de mudanças climáticas causadas pelo homem, a noção de emergência climática é objeto de algum debate”. Resultado: o comunicado acabou sendo objeto de alguma controvérsia nas redes sociais. E serviu para alimentar os que não perdem a chance de alfinetar a BBC por parcialidade.

Corporações em alerta

A questão ambiental não será este ano um problema apenas para redações. O mundo corporativo deve estar preparado para uma retomada da atenção sobre a performance ambiental das empresas, com determinadas indústrias cada vez mais expostas.

Isso porque em algum momento a cobertura sobre a Covid deve arrefecer, permitindo aos bem organizados grupos de pressão retomarem suas ações públicas. E em novembro − se a Covid permitir − tem a COP26, conferência promovida pelas Nações Unidas em Glasgow. Ela vai reunir líderes mundiais e os maiores especialistas em clima. E devolver à questão ambiental a primazia de pauta dominante. Se a Covid permitir…

Leia o artigo de Mark Hertsgaard e Andrew McCormick em MediaTalks.

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ESPN marca volta ao estúdio com novos cenário e apresentadores

Equipe do SportScenter. Da esquerda para a direita: Eduardo Elias, Marcela Rafael, Mariana Spinelli e Bruno Vicari (Crédito: Divulgação / Twitter)
Da esquerda para a direita: Eduardo Elias, Marcela Rafael, Mariana Spinelli e Bruno Vicari (Crédito: Divulgação / Twitter)

Os apresentadores da ESPN voltaram ao estúdio em 15/2, após quase um ano trabalhando de casa. O programa SportScenter ganhou um novo cenário e um novo quadro de apresentadores. Serão duas edições ao longo do dia, com duas horas de duração cada.

Das 10h às 12h, o programa é comandado por Bruno Vicari e Mariana Spinelli, com participações fixas de Eugênio Leal e Mário Marra. Já na faixa noturna, de 20h às 22h, o SportScenter é apresentado Eduardo Elias e Marcela Rafael.

Em relação ao novo cenário, o programa tem agora um telão versátil de 500 polegadas, e o novo estúdio permite que os apresentadores se desloquem entre cenários diferentes.

Paulo Roberto Martins, o Morsa, deixa a Bandeirantes

Paulo Roberto Martins, o Morsa
Paulo Roberto Martins, o Morsa
Paulo Roberto Martins, o Morsa

O comentarista esportivo Paulo Roberto Martins, o Morsa, não teve o contrato renovado e deixou a Bandeirantes após seis anos de casa. Ele participava desde 2014 do programa Jogo Aberto, apresentado por Renata Fan. Desde o começo da pandemia, estava trabalhando de casa por ser do grupo de risco, participando do programa via chamadas de vídeo.  

Segundo apurou Gabriel Vaquer, do UOL, a Band busca profissionais que façam trabalhos em múltiplas plataformas, diferentemente do que Morsa fazia na Band, pois só participava do Jogo Aberto. Outro motivo para a decisão seria contenção de gastos.

Ele foi contratado para o Jogo Aberto em 2014, após a morte Osmar de Oliveira. Antes, passou por Record TV, Rádio Globo, Rádio Transamérica e TV Cultura. Procurada pela reportagem do UOL para confirmar a saída de Morsa, a Bandeirantes não respondeu.

Câmara de São Paulo concede voto de júbilo e congratulações a J&Cia

Por iniciativa do vereador Gilson Barreto, do PSDB, a Câmara Municipal de São Paulo aprovou em 10/2 a concessão de um voto de júbilo e congratulações a J&Cia “por seu trabalho exemplar e único na divulgação das ações relevantes dos profissionais de comunicação, contribuindo para a valorização da carreira jornalística, e por sua defesa cotidiana e intransigente da democracia, dos direitos humanos e da liberdade de expressão no País”.

Apoiaram o requerimento de Barreto os vereadores Adilson Amadeu (DEM), Alessandro Guedes (PT), Camilo Cristófaro (PSB), Cris Monteiro (Novo), Edir Sales (PSD), Eduardo Matarazzo Suplicy (PT), Eli Corrêa (DEM), Eliseu Gabriel (PSB), Felipe Becari (PSD), George Hato (MDB), Isac Felix (PL), Marcelo Messias (MDB), Ricardo Teixeira (DEM), Rodrigo Goulart (PSD), Rute Costa (PSDB), Sandra Tadeu (DEM), Sidney Cruz (Solidariedade) e Xexéu Tripoli (PSDB).

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