Glauco Monteiro Wanderley lança o livro de ficção Segredos do Planalto, que conta a história dos personagens Jairo Bonamigo, candidato à reeleição para presidente do Brasil, e Valéria Bonamigo, filha do político.
A obra aborda temas como desinformação e fake news, homofobia, e uso político da religião. O período pré e pós eleição presidencial de 2018 serviram de inspiração para o enredo do livro, mas o foco principal é a relação de pai e filha entre os personagens principais.
Nascido no Amazonas, Glauco formou-se em Jornalismo no Rio de Janeiro. Exerceu a profissão por mais de duas décadas na Bahia, atuando nos setores de impresso, rádio, TV e internet. Para adquirir o livro, clique aqui.
A Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji) divulgou nesta terça-feira (27/10) os resultados de um monitoramento iniciado este ano para detectar quantos profissionais de imprensa foram bloqueados por perfis de autoridades públicas nas redes sociais. Segundo o levantamento, já são 40.
O número total de bloqueios registrados é de 81, pois um repórter pode ser impedido de acompanhar mais de uma pessoa em cargo público. A Abraji mapeou os bloqueios e detectou que os mais afetados trabalham em veículos de São Paulo (20), seguidos por Rio de Janeiro (10), Distrito Federal (6) e Minas Gerais (1).
O PL das Fake News prevê a proibição dessa prática de bloquear pessoas por parte de agentes dos governos federal, estadual e municipal. O artigo 18 do projeto de lei diz que são de interesse público “as contas de redes sociais utilizadas por entidades e órgãos da Administração Pública, direta ou indireta, e dos agentes políticos cuja competência advém da própria Constituição, especialmente detentores de mandatos eletivos dos Poderes Executivo e Legislativo da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios”.
Um novo relatório da ONG antifascista britânica Hope Not Hate, publicado em 22 de outubro, traz boas e más notícias. A má: o trabalho é o primeiro a quantificar o tamanho do movimento QAnon no Reino Unido. E indicou que 6% da população declararam-se adeptos e 25% concordam com as teorias por ele pregadas, sobretudo pelas redes sociais.
A boa: a entidade prova que está ao alcance das plataformas digitais impedir que teorias conspiratórias se proliferem, como o QAnon, reconhecendo a eficácia das iniciativas recentes do Facebook e do YouTube para impedir a propagação de conteúdo associado a esses movimentos. O problema é que no caso do QAnon a ação chegou tarde. Mas se as plataformas assim o desejarem, o futuro pode ser diferente, mostra a ONG.
O Centro Internacional para Jornalistas, em parceira com o Centro de Incentivo para o Jornalismo Digital e a Universidade Columbia, publicou um relatório sobre os impactos da pandemia de coronavírus em profissionais de imprensa. Cerca de 70% dos entrevistados disseram que sua saúde mental foi afetada.
Mais de 80% dos participantes tiveram alguma reação emocional negativa durante o trabalho. Além disso, quase um terço não recebeu equipamento de proteção para cobertura externa durante a primeira onda da pandemia.
Outro ponto negativo que o estudo apontou foi a desinformação. Para 46% dos profissionais ouvidos, políticos e outras autoridades são a principal fonte de fake news. Cerca de 81% dos participantes afirmaram deparar-se com notícias falsas ao menos uma vez por semana. Além disso, quase metade afirmou que suas fontes expressaram medo de retaliação por falar com profissionais de imprensa durante a pandemia.
O estudo levou em conta respostas de 1.400 jornalistas falantes de inglês em 125 países. O projeto, que tem duração de um ano, vai divulgar outros relatórios nos próximos meses com base em pesquisas em seis outras línguas. Interessados podem colaborar com a pesquisa e obter mais informações pelo e-mail pandemicproject@icfj.org. Leia o relatório na íntegra.
O Projeto Comprova lança nesta terça-feira (27/10) a Rede Comprova, programa de mentoria que reunirá profissionais de imprensa e comunicação em geral para que possam trocar experiências e ajudar uns aos outros na cobertura das eleições municipais, especialmente na checagem de fatos e conteúdos suspeitos.
Qualquer jornalista que esteja envolvido na cobertura das eleições pode solicitar uma mentoria inicial de 30 minutos para receber sugestões de ferramentas e orientações que ajudem na investigação de conteúdo duvidoso. O atendimento é online e gratuito.
O Projeto Comprova é uma iniciativa que visa a investigar conteúdos suspeitos sobre temas relevantes para a sociedade. Integram o Comprova A Gazeta (ES), Gazeta do Sul (RS), AFP, Band News, Band TV, Band.com.br, Canal Futura, Correio (BA), Correio de Carajás, Correio do Estado, Correio do Povo, Diário do Nordeste (CE), Estado de Minas, Exame, Folha de S.Paulo, GaúchaZH, Jornal do Commercio, Metro Brasil, Nexo Jornal, NSC Comunicação, O Estado de S. Paulo, O Popular, O Povo, Poder360, Rádio Band News FM, Rádio Bandeirantes, revista piauí, SBT e UOL.
A acirrada disputa entre o governo australiano e as gigantes de tecnologia ganha corpo após o relatório Tech-xit, do think tank Centro para Tecnologia Responsável, propor uma alternativa estatal para as plataformas no país.
Google e Facebook não aceitaram a proposta do governo de remunerar as empresas jornalísticas pelo conteúdo nelas exibido e ameaçam deixar os australianos sem os seus serviços. A ideia é criar uma rede social sem fins lucrativos, administrada pela emissora pública ABC, com as mesmas funções do Facebook. O relatório que faz a proposta é uma radiografia completa do papel das redes, em tom nacionalista, invocando a soberania digital do país.
Para nós, correspondentes da grande imprensa em Belo Horizonte, o 3º Encontro das Américas, em maio de 1997, foi uma pauta inesquecível, não apenas porque vimos de perto o maior evento internacional realizado em Minas e a mais relevante reunião diplomática organizada pelo governo brasileiro, fora as cúpulas ambientais (Rio92 e Rio+20). A pauta hemisférica, termo que esbanjávamos, foi única, sobretudo por suas histórias paralelas.
Por meses, fizemos reportagens exclusivas sobre bastidores de negociações duras e desafios para os anfitriões. Depois, mais de 100 jornalistas nacionais e estrangeiros cobriram os ministros de 34 países (Cuba excluída) e suas respectivas delegações, engajados na fracassada missão de criar até 2005 a Área de Livre Comércio das Américas (Alca). Destaque para a cobertura de quatro da Gazeta Mercantil Latino-Americana, com André Lacerda à frente.
O consenso prévio, de implantação gradual do tratado, com salvaguardas para blocos regionais (leia-se Mercosul) acabou assim que Charlene Barshefsky, a líder da numerosa comitiva dos Estados Unidos, pousou na capital mineira. A tensão estava tão alta que um guarda-costas dela aplicou vistoso “balão” em Eduardo Oliveira, da Globo, na entrada do Palácio das Artes, sede da conferência, só porque o repórter apontara seu microfone.
Às 11h40 de 7 de abril, um mês antes desse episódio, o principal auditório reservado ao encontro havia sido destruído pelo fogo. Fabiano Lana, do Jornal do Brasil, flagrou as chamas da janela da sucursal, no sétimo andar do prédio em frente. Uma hora após seu chefe Teodomiro Braga avisar o governador da notícia, o local com 1,6 mil assentos desabou e as sessões de abertura e encerramento precisaram ser transferidas para o teatro do Minascentro.
Os espaços de reuniões ministeriais e empresariais e o comitê de imprensa ficaram intactos. A cidade recebeu dois mil visitantes cadastrados, ávidos por oportunidades de negócios num eventual contraponto americano à União Europeia. Curiosamente, a realização do foro empresarial estava ameaçada até a véspera pela polêmica disputa em torno de sua marca de fantasia.
Foram quatro dias de divergências e falsos progressos no 3º Encontro das Américas. O Mercosul insistiu que precisava de tempo para sua indústria preparar-se para competir com a dos apressadinhos ianques. Mas o tempo revelou grande disparate: ignorada, a China exerceu em todo o mundo papel crescentemente dominante nessa seara e, sem Alca, o mercado americano consolidou-se como o maior comprador de manufaturas made in Brazil.
A Alca – iniciativa americana durante a 1ª Cúpula das Américas, em Miami (1994) – motivou várias reuniões de ministros, sendo que de Belo Horizonte sairiam detalhes do acordo. Curiosamente, nessas duas décadas e meia, as tratativas entre Mercosul e Europa evoluíram paralela e lentamente até chegarem ao tardio, embora muito festejado, entendimento em 2019.
Sílvio Ribas
A história desta semana é novamente uma colaboração de Sílvio Ribas, assessor parlamentar do senador Lasier Martins (Podemos-RS).
O jornal sem conteúdo ACAPA chega a 500 edições com uma homenagem a Pelé, que faz 80 anos nesta sexta-feira (23/10). O ilustrador Claudio Duarte fez a capa da edição de número 500 com uma caricatura de Pelé, após a conquista da Copa de 1970.
“ACAPA de número 500 dá um soco no ar, neste 23 de outubro de 2020, para homenagear os 80 anos de um preto brasileiro tão soberano que não há no mundo quem não o conheça e reverencie”, informa a publicação. “Para o jornal sem jornal, como um gol bonito sem inspiração nele, mesmo que sua genialidade tenha sido calhordamente usada pela ditadura para vender um país que jurava ir pra frente enquanto assassinava a liberdade, o atleta do século ignorou todos os limites e ousou virar adjetivo. Você é um Pelé, Pelé! Feliz aniversário”.
ACAPA é um “jornal sem jornal”, cujas publicações vão ao ar nas redes sociais, acompanhadas de um texto com críticas e diferentes interpretações sobre temas do noticiário. O projeto foi criado em 2016 por Edgar Gonçalves Jr., Fabrício Cardoso e Nélson Nunes. O design é de responsabilidade de Tchô Hermes e conta com colaborações especiais de diversos artistas gráficos do País.
O jornal mantém um sistema de assinaturas com recompensas para os assinantes. Para participar, clique aqui e apoie o projeto.
O Instituto para o Desenvolvimento do Jornalismo (Projor) e o Volt Data Lab anunciaram nesta sexta-feira (23/10) o início da pesquisa para a quarta edição do Atlas da Notícia, que visa a mapear veículos jornalísticos por todo o País, com informações sobre fechamento de empresas, novas iniciativas e jornalismo local em geral.
A organização, análise e publicação dos dados será realizada pelo Volt Data Lab, liderado por Sérgio Spagnuolo. A coordenação da pesquisa nas cinco regiões brasileiras estará a cargo de Sérgio Lüdtke, com os seguintes pesquisadores regionais: Angela Werdemberg (Centro-Oeste), Dubes Sônego (Sudeste), Jéssica Botelho (Norte), Mariama Correia (Nordeste) e Marcelo Fontoura (Sul).
A próxima edição terá melhorias técnicas na API (Interface de Programação de Aplicações), disponibilizando mais dados, recursos e tutoriais. A publicação do quarto Atlas da Notícia está prevista para dezembro.
Quem quiser fazer parte da equipe da pesquisa como voluntário deve preencher este formulário.
A CNN Brasil anunciou em 22/10 a contratação de Glória Vanique para apresentar um telejornal diário em horário nobre. Ela iniciou a carreira na Rádio Bandeirantes e chegou à Globo em 2007. Ao lado de Rodrigo Bocardi, apresentava o Bom dia SP.
Segundo Maurício Stycer (UOL), a CNN contratou Glória e anteriormente Márcio Gomes pois planeja expandir suas atividades: deve lançar no primeiro trimestre de 2021 o canal de streaming gratuito CNN Brasil+.
O serviço apresentará conteúdo exclusivo das 19h à meia-noite. Márcio será o âncora do principal telejornal dessa faixa, disponível apenas na plataforma. Este será o primeiro serviço de streaming gratuito do Brasil, que funcionará sem receita de assinantes, com modelo de negócios baseado em publicidade.