Imposição do governo Chinês coloca em risco a liberdade de imprensa em Macau
O governo Chinês determinou o uso de uma “linguagem patriótica” na rede pública Teledifusão de Macau (TDM), com o objetivo de expor orgulho e o amor a Macau. A medida causou revolta entre os profissionais do veículo, e diversas entidades consideraram que a liberdade de imprensa está em jogo no País.
As determinações levantam também uma questão jurídica. O Ministro dos Negócios Estrangeiros de Portugal, Augusto Santos Silva, exigiu “o respeito pela Declaração Conjunta”. Vale lembrar que Macau é uma ex-colônia portuguesa. E a Lei Básica de Macau determina, entre outros, a liberdade de imprensa no país.
O governador do Rio de Janeiro Cláudio Castro tornou público na última quinta-feira (8/4), o veto à lei que mudava o nome do Estádio do Maracanã. Com isso, cai o projeto que pretendia alterar o nome oficial de Estádio Jornalista Mário Filho para Rei Pelé.
Desde o primeiro momento, a Associação Brasileira de Imprensa (ABI) e a Associação de Cronistas Esportivos do Rio de Janeiro (Acerj) posicionaram-se contra a mudança, enviando cartas à Cláudio Castro pedindo que ele não aprovasse a proposta.
A ABI escreveu que, “ao mesmo tempo em que reconhece o mérito de todas as homenagens ao genial Pelé, que encantou o mundo com a sua arte, é preciso relembrar o importante papel desempenhado pelo jornalista Mário Filho, que recebeu o apelido de “criador das multidões”, para viabilizar a construção e criar todo o simbolismo que, há muitos anos, envolve este Estádio, inclusive internacionalmente”.
Mário Filho nas obras do Maracanã
A decisão de mudança havia sido tomada em março deste ano pela Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj) e o pedido de desistência foi feito pelo presidente da Casa, André Ceciliano (PT), na terça-feira (6/4). Ceciliano era um dos idealizadores do projeto e tinha como intuito, segundo ele, homenagear Pelé em vida.
Na carta enviada ao governador, a Acerj destacou que “Mário Filho foi um profissional importante para a identidade do Rio de Janeiro, criou aqui o primeiro jornal brasileiro dedicado apenas ao esporte. Colaborou para a popularização da cobertura jornalística do futebol trocando os termos rebuscados da época por expressões mais populares e o Maracanã muito contribuiu para isto. Foi Mario Filho quem cunhou a expressão Fla-Flu, um dos mais destacados clássicos jogados no estádio”.
Pernambucano, Mário Filho chegou ao Rio de Janeiro ainda criança e logo se tornou repórter no periódico A Manhã, jornal pertencente ao seu pai. Entretanto, foi no jornalismo esportivo que ele se encontrou. Nas décadas de 40 e 50, Mário deu início um debate que mobilizou os brasileiros; a construção de um estádio municipal para reunir os clubes cariocas e incentivar o esporte. Mas homenagem lhes foi dada apenas em 1966, quando o Maracanã foi rebatizado em memória ao seu maior entusiasta, após um mês do falecimento de Mário, que sofreu um ataque cardíaco.
A CBN anunciou reforços no time de comentaristas. Natalia Pasternak, microbiologista, pesquisadora do Instituto de Ciências Biomédicas da USP e presidente do Instituto Questão de Ciência, estreou em 6/4 no Jornal da CBN.
Sempre às terças-feiras, às 7h, ela vai conversar com Mílton Jung e Cássia Godoy sobre os fatos relacionados com a pandemia de coronavírus e as novidades científicas no quadro A Hora da Ciência, que também vai ao ar às quintas-feiras no Ponto Final CBN.
Além dela, Ariel Palacios começou em 8 de abril no Estúdio CBN, com Tatiana Vasconcellos e Fernando Andrade, no quadro CBN pelo Mundo. Vai explicar, às quintas-feiras, como os principais acontecimentos do mundo interferem na vida dos ouvintes.
InfoMoney e XP organizam a série Super Lives – 1 ano de pandemia, que entrevista empresários, executivos de empresas, integrantes do governo, especialistas em saúde, economistas e investidores sobre os impactos da pandemia e as perspectivas para o pós-crise.
Nesta quinta-feira (8/4) participaram Hamilton Mourão, vice-presidente da República, às 17h, e às 19h, Miguel Patricio, CEO da Kraft-Heinz; na sexta (9/4), às 11h, o palestrante será Roberto Campos Neto, presidente do Banco Central. As lives vão ao ar no canal do InfoMoney no YouTube. Confira mais informações.
Lincoln Macário é um dos coordenadores do movimento que luta contra a monopolização dos direitos autorais pelas empresas
O grupo Conteúdo Jornalístico tem Valor convoca profissionais a apoiarem PL em consulta pública
Está em consulta pública no Senado o Projeto de Lei 4255/20, de autoria do senador Ângelo Coronel (PSD-BA), que tem como objetivo regulamentar o pagamento pelas empresas de internet de conteúdos jornalísticos. Pelo teor da proposta, ele abre uma importante oportunidade para que os profissionais retomem direitos de autoria que foram monopolizados pelas empresas depois da edição da Lei dos Direitos Autorais (Lei 9610/1989). Desde então, as empresas jornalísticas adotam um documento denominado Cessão de Direito Autoral, pelo qual os jornalistas abrem mão da autoria de seus trabalhos.
De acordo com o grupo Conteúdo Jornalístico tem Valor, um dos problemas do projeto de Coronel é que ele não deixa claro, por exemplo, o direito dos autores, e como os profissionais serão remunerados por sua produção intelectual. Para sanar pontos como este, um grupo de jornalistas empenhou-se em produzir um substitutivo ao texto original do projeto. Para garantir que o PL tramite na Casa, o movimento chama a categoria para participar do apoio à proposição.
Diretor da Associação Brasileira de Comunicação Pública (ABCPública), Lincoln Macário, que é um dos coordenadores do movimento, ao lado de Fred Ghedini, ex-presidente do Sindicato dos Jornalistas de São Paulo, conversou com Kátia Morais, editora da newsletter Jornalistas&Cia em Brasília, sobre os principais pontos da iniciativa.
Lincoln Macário é um dos coordenadores do movimento que luta contra a monopolização dos direitos autorais pelas empresas
Jornalistas&Cia − Quais os principais pontos do substitutivo que vocês elaboraram ao PL 4255?
Lincoln Macário − O aspecto mais importante é regular uma área em que reina a desregulação, visto que a LDA nunca foi clara e eficiente em garantir o reconhecimento de autoria e a remuneração adequada desse direito patrimonial a jornalistas. Também é importante destacar que nossa sugestão de substitutivo ao PL 4255/2020 busca ser simples e autoaplicável, aproveitando o potencial das tecnologias já existentes e largamente utilizadas pelas plataformas para garantir seus lucros, mas nunca usadas paras reparti-lo com justiça. Ressalte-se, ainda, o caráter progressivo da remuneração, incentivando a ação voluntária dos veículos e plataformas e encarecendo muito o desrespeito à lei. Por exemplo: se algum veículo publica parcialmente matéria, até metade do conteúdo original, com o devido reconhecimento de autoria, e paga sem a necessidade de notificação, a remuneração devida é de apenas 10% da monetização, metade para autor e metade para veículo original. Já se publica mais da metade, sem reconhecer autoria, necessitando de notificação, o valor devido passa a ser 100% do monetizado. E em caso de judicialização pode chegar a 500%. Por esses mecanismos-fim o projeto objetiva garantir, além de segurança jurídica, a baixa judicialização das relações entre produtores de conteúdo jornalístico, veículos e plataformas. Outra vantagem é não deixar ninguém de fora do ecossistema regulatório, ao contrário do que se pensou para a chamada Lei das Fake News, que atingiria apenas as chamadas BigTechs. Essas grandes empresas carecem de regulação específica, em razão do poder significativo de mercado, porém, não são apenas elas que têm lucrado com a monetização de conteúdo jornalístico de terceiros, publicados sem o devido reconhecimento de autoria e a devida remuneração dos autores.
J&Cia − Qual seria a expectativa de votação nas duas casas? O que espera da tramitação na Câmara? O lobby das empresas de comunicação e de internet é mais forte em qual das duas casas?
Macário − Nossa expectativa é fazer avançar a tramitação primeiro no Senado, em respeito ao fato de os senadores terem demonstrado efetivamente entender a importância e a urgência da temática. Esse reconhecimento se dá especialmente em relação ao autor do PL 4255, senador Ângelo Coronel, e ao líder da minoria, senador Jean Paul Prates. Além disso, o caminho no Senado é regimentalmente mais simples, e sua aprovação lá acelera a tramitação na Câmara. O lobby das empresas de comunicação é forte no Congresso como um todo; entretanto, acreditamos que todos os atores políticos, inclusive as empresas, compreenderão que se trata de uma saída engenhosa e justa para o problema do desrespeito ao direito de autoria e da não remuneração adequada de um trabalho fundamental para a sociedade.
J&Cia − Se aprovado na integra, como o texto do substitutivo poderá reverter em benefícios reais para os jornalistas? Qual a expectativa de ganho acrescido ao salário?
Macário − O acréscimo de renda vai depender não apenas de cada jornalista e sua produtividade mas também, e talvez principalmente, de como os demais elos da cadeia vão se comportar no curto, médio e longo prazos. Se vão aderir voluntariamente à regra ou se será necessário judicialização. O mais urgente é encarar o problema, estabelecer o mecanismo e, se necessário, fazer os ajustes para garantir justiça aos jornalistas.
J&Cia − Se aprovado o projeto e sancionado na íntegra, a cessão de direitos autorais cai? Passa a ser considerada letra morta?
Macário − A cessão de direitos autorais pode continuar existindo nas plataformas analógicas. Porém, nas plataformas digitais, ela perderia o sentido.
J&Cia − E os jornalistas que trabalham na área pública, também podem ser beneficiados pelo projeto?
Macário − Os jornalistas da área pública serão diretamente beneficiados pelo reconhecimento da autoria, um direito que vem sendo constantemente desrespeitado. No texto não há previsão explícita de remuneração direta. O dinheiro seria destinado a um fundo público gerido pelo Conselho de Comunicação Social do Congresso Nacional, que poderia optar pela destinação direta ou pela aplicação difusa desses recursos, ou uma combinação de ambos. Uma ideia subjacente é destinar recursos para o fortalecimento das iniciativas de comunicação pública, tão atacadas recentemente e ainda tão negligenciadas em nosso país. Nós, os autores, não estamos completamente aferrados a esse aspecto. Estamos abertos ao debate e dispostos a construir outra redação que deixe mais claro se e como poderá ocorrer remuneração direta dos jornalistas do setor público.
Um grupo de simpatizantes do presidente Jair Bolsonaro invadiu a sede da Rádio Comunidade, no município de Santa Cruz do Capibaribe, em Pernambuco, após o radialista Júnior Albuquerque criticar a postura do presidente durante a pandemia de Covid-19. O vídeo de um homem de camisa preta discutindo e ameaçando os participantes da rádio circulou nas redes sociais.
A Associação das Empresas de Rádio e Televisão de Pernambuco (Asserpe) repudiou o ocorrido, que classificou como uma “ameaça à liberdade de imprensa”. Segundo a entidade, o caso “abre um perigoso precedente que ameaça todos os veículos, inclusive comerciais. A Asserpe espera resposta à altura, em virtude da gravidade do incidente, pelas autoridades que investigam o caso”. A organização reforçou sua defesa pela liberdade de imprensa e declarou apoio a Júnior Albuquerque.
A Associação Brasileira de Imprensa também se pronunciou sobre a invasão. Em nota, Paulo Jerônimo, presidente da entidade, escreveu que “a escalada de violência contra órgãos da imprensa continua num crescendo. (…) É preciso dar um basta nesse comportamento criminoso. A democracia pressupõe o direito de crítica e é obrigação das autoridades a garantia do exercício desse direito. É preciso que Bolsonaro não só pare de estimular as violências contra jornalistas, como as condene de forma explícita. Caso contrário, será acusado de cumplicidade”.
O grupo Reach, maior empresa de mídia britânica, anunciou o fechamento de suas 15 redações e adotou um sistema que mantém 75% da equipe em home office. As redações de jornais como o Daily Express e o Star estão sendo transformadas em hubs para reuniões e atividades presenciais temporárias.
Apesar de o Reach estar otimista em relação ao futuro devido ao crescimento dos negócios em mídia digital, o caminho para sustentabilidade pode ainda não ser uma linha reta. O próprio grupo enfrenta ameaça de greve por aumento salarial e viu cair a receita. Outras empresas de mídia britânicas passam por dificuldades.
Entenda a história e como o modelo do Reach pode servir para inspirar outras empresas jornalísticas em MediaTalks by J&Cia.
Encontro reúne coordenadores de cursos de Jornalismo de São Paulo
A Universidade Presbiteriana Mackenzie realizará na próxima terça-feira (13/4), às 18h, um debate sobre as profundas transformações no jornalismo nos últimos anos e como isso afetou o Ensino Superior. O encontro vai reunir coordenadores de cursos de Jornalismo de universidades em São Paulo.
Com mediação de Rafael Fonseca, do Mackenzie, o debate terá a presença de André Santoro, também do Mackenzie; Elisabete Antoniolli, da ESPM; Fábio Cypriano, da PUC-SP; Helena Jacob, da Cásper Líbero; e Dennis de Oliveira, da ECA-SP. Os participantes conversarão sobre os desafios da imprensa em tempos de fake news, a formação jornalística no Brasil, as diretrizes curriculares nacionais, as novas possibilidades no mercado de trabalho e os desafios em sala de aula durante a pandemia.
Post de Khloe Kardashian amplia debate sobre direitos autorais
A publicação de uma foto da celebridade Khloe Kardashian de biquíni sem retoques no Instagram abriu um debate sobre direitos autorais nas redes e sobre a manipulação de imagens por parte de celebridades. Ela não gostou da foto e pediu que fosse removida por todos que haviam compartilhado, mas não foi atendida, já que a postagem original havia sido feita em sua própria conta.
Para tentar pôr fim à polêmica, Khloe foi às redes com um vídeo em que defende imagens reais e não idealizadas, mas o resultado foi mais controvérsia. Veja a história em MediaTalks by J&Cia.
Após mais de uma década de luta para o reconhecimento oficial da obra e méritos do padre Roberto Landell de Moura, inventor do rádio, na História do Brasil, finalmente o MEC rendeu-se ao crescente movimento em prol da causa e deu vida à saga de Landell, com a inclusão da sua história na série infantil Conta pra Mim.
Hamilton Almeida
O problema é que a obra recém-lançada contém vários erros sobre acontecimentos e datas, comprometendo o próprio propósito de enaltecer o personagem. O mais grave é que, por ser o MEC a principal instância de educação do País, as informações que veicula acabam se tornando oficiais, o que, no caso, contraria toda a pesquisa, documentos e evidências reunidas ao longo de décadas por estudiosos e historiadores, entre eles o biógrafo Hamilton Almeida, que já escreveu cinco obras sobre Landell, a mais recente ainda inédita.
Outro aspecto importante é que a própria série, como um todo, vem sendo questionada de forma contundente por educadores, como mostra matéria da PublishNews, de outubro passado.
Especificamente no que se refere à narrativa sobre Landell, Hamilton Almeida escreveu para Jornalistas&Cia o artigo a seguir:
Pioneiro mundial na transmissão da voz por ondas de rádio, Roberto Landell de Moura, o padre Landell, não recebeu apoio governamental e da sociedade para desenvolver e comercializar sua prodigiosa invenção. Nem com várias patentes nas mãos!
Mesmo injustiçado, teve a virtude de compreender os que não o compreendiam: “Aqueles que não compreendem bem uma razão científica não podem enquadrá-la em seu justo mérito (…) nem ajudar-me com recursos para prosseguir estudando e trabalhando…”, declarou.
O que ele diria hoje se pudesse ler um certo livro infantil do Ministério da Educação?
Certamente, ficaria feliz. E também muito infeliz.
Como é que é?
Melhor relatar os fatos desde o início. Em 2020, o MEC lançou o Programa Conta pra Mim para incentivar a leitura, reforçar os laços familiares e auxiliar o processo de alfabetização.
Trata-se de uma minibiblioteca, em formato digital, com obras de ficção, biografias, poesia, informativos e para bebês disponíveis para download gratuitamente.
É possível ler online, imprimir ou baixar uma versão em preto e branco para colorir. Dispõe também de uma série de vídeos com 20 fábulas de Monteiro Lobato narradas pelo cantor e compositor Toquinho, além de oito cantigas infantis, interpretadas pelo artista.
No final de março, dentro da série Biografias, colocaram no ar mais quatro volumes: as vidas de Anna Nery, irmãos Rebouças, Padre Landell e Carlos Chagas. Esses livretos se somam a outros 40 títulos da coleção que promove a literacia familiar: a aprendizagem em casa, na convivência entre pais e filhos.
A inclusão do inventor do rádio nesta coletânea é pra lá de elogiável e merecida. O MEC o distingue, finalmente.
Aplausos!
A iniciativa coincide com os esforços em prol do reconhecimento oficial dos méritos científicos deste brasileiro, que vêm sendo empreendidos há mais de uma década por Jornalistas&Cia, Prefeitura de Porto Alegre, Correios, Futurecom, radioamadores, filatelistas, jornalistas, professores, engenheiros e outras tantas entidades e pessoas, incluindo este repórter que pesquisa a vida e as façanhas do sábio gaúcho há 40 anos e é autor de vários livros sobre o tema, um deles ainda inédito.
A difusão deste saber simboliza uma reversão na roda da injustiça? O gênio das telecomunicações está deixando de ser um personagem marginalizado na memória da civilização?
Não é bem assim. A publicação do MEC decepciona. Há erros crassos em seu conteúdo de apenas 12 páginas:
Roberto Landell de Moura teve 13 e não 11 irmãos.
É correto dizer que construiu um telefone aos 16 anos. Porém, não há nenhuma evidência de que tenha lido “um artigo em inglês sobre um dispositivo que transmitia a voz”. Também não é verdade que tenha mostrado o artefato ao seu professor, “que ficou admirado com o talento do aluno”.
Não há provas de que “em 1892 construiu um aparelho para a transmissão da voz humana, sem fio” e que “realizou a primeira transmissão pública” em 1894. Documentos revelam que o evento primordial aconteceu em 16 de julho de 1899. Pela lógica, os testes preliminares, privados e não públicos, ocorreram em um período próximo a essa data.
A patente brasileira foi obtida em 9 de março de 1901 e não no dia 3 de março. A incorreção é ilustrada com outro lapso: a imagem alterada de uma das figuras das patentes registradas nos EUA!
Faleceu em 30 de junho de 1928 e não no dia 30 de julho.
Não há uma linha sobre o destino do inventor e das invenções. Nem de que vislumbrou as comunicações interplanetárias, antes mesmo de o homem começar a voar, ou de que tenha sido alvo de alguma arbitrariedade: os seus aparelhos foram destruídos sob a acusação de que era “um padre que falava com o demônio”.
Passa-se a informação, já contaminada de falhas, de que a sua carreira científica foi completamente exitosa. Dá para compreender?
Vaias!
Resumo da ópera: assim se perde uma oportunidade de fazer História de uma forma bem feita!
A atualização possibilitou que a ferramenta mapeasse conteúdos desinformativos que falem sobre ou que busquem disseminar fake news com cunho ameaçador à democracia. Para que isso se tornasse possível, foram incluídos termos relacionados a nomes importantes dos três Poderes (Executivo, Legislativo e Judiciário) e temas-chave do processo democrático, como as eleições, a Constituição e a imprensa.
Desde o ano passado, o Radar Aos Fatos vem apresentando, através de reportagens, a maneira com que esses temas têm circulado nas plataformas digitais. Em outubro, uma reportagem mostrou que nas eleições municipais de 2020, mais de 2.000 publicações com alegações falsas foram publicadas no WhatsApp e no Twitter, muitas vezes promovidas por políticos eleitos.