A Hydro oferece em 1º de junho, Dia da Imprensa, o workshopOs novos caminhos do Jornalismo, destinado a profissionais de imprensa de todo o País. O evento terá duração de quatro horas e é totalmente online.
Para falar de inovação no jornalismo, foram convidados os sócios Pedro Doria e Vitor Conceição, do Canal Meio. Eles abordarão a nova apuração no Brasil e no mundo, ferramentas estratégicas para uma cobertura de qualidade, as redes sociais e sua influência no jornalismo (fake news, imediatismo, checagem, credibilidade e reputação), modelos de negócios, entre outros temas.
O workshop foi idealizado pela Hydro, com realização da InPress Porter Novelli e participação da Associação Brasileira do Alumínio (Abal). Interessados em participar do workshop devem enviar e-mail para [email protected]. As vagas são limitadas.
O Grupo Record firmou parceria com a Agence France-Presse (AFP), agência internacional de notícias. O acordo permite que a Record TV, a Record News e o R7, além de emissoras de rádio e afiliadas, utilizem o conteúdo produzido pela agência francesa.
O material que poderá ser compartilhado vai desde textos e fotos até sinais de transmissão ao vivo e conteúdos digitais. Antonio Guerreiro, vice-presidente de Jornalismo da Record TV, destaca que uma das características da AFP é a agilidade na produção, característica que refletirá no conteúdo da Record.
Jean-Marc Schwartzenberg, diretor comercial da AFP para a América Latina, declarou que a expectativa é reforçar a qualidade do conteúdo da agência em nível mundial.
Mayra Pinheiro, no depoimento que deu à CPI da Covid, acusou Rodrigo Menegat de extração indevida de dados do aplicativo TrateCov.
Mayra Pinheiro, médica pediatra e secretária de gestão do trabalho e da educação do Ministério da Saúde, no depoimento que deu à CPI da Covid em 25/5, acusou Rodrigo Menegat, jornalista de dados e ex-Estadão, de extração indevida de dados do aplicativo TrateCov. Mayra foi ouvida na CPI sobre as estratégias do governo para distribuição do chamado Kit Covid, composto por remédios sem eficácia comprovada no combate à doença.
A secretária, conhecida como Capitã Cloroquina, disse no depoimento que Menegat havia hackeado o aplicativo mas voltou atrás na fala: “Ele na verdade não conseguiu hackear. O sistema é seguro. Hackear é quando você usa a senha de alguém, entra em uma plataforma ou um sistema. Foi uma extração indevida de dados. O termo que foi utilizado foi um termo de leigos. Hoje a gente tem um laudo pericial que classifica a operação feita de extração indevida de dados.”
O software, lançado em janeiro deste ano pelo governo federal, tinha como objetivo orientar médicos sobre formas de oferecer tratamento para pessoas com suspeita de Covid-19. Entretanto, foi retirado do ar por acusações de que receitava indiscriminadamente remédios sem eficácia comprovada contra a doença, como cloroquina e ivermectina. Na épocaRodrigo publicou em suas redes sociais simulações que fez no aplicativo e, em uma delas, o TrateCov recomendava os remédios para um hipotético recém-nascido com dor de barriga e nariz escorrendo.
Ao contrário do que Mayra afirmou, Menegat não invadiu o sistema nem extraiu indevidamente os dados. O aplicativo era aberto e qualquer pessoa podia fazer simulações. Era só colocar dados do paciente, como idade, peso e sintomas, para receber a prescrição do chamado tratamento precoceEle apenas acessou o código público do site do aplicativo e fez simulações na área aberta da plataforma, constatando que até para recém-nascidos os remédios estavam sendo recomendados.
A Abraji condenou as acusações como infundadas e caluniosas: “O apelo à calúnia e difamação contra jornalistas na tentativa de se defender da exposição de falhas na atuação do governo federal é uma tática frequente do presidente Jair Bolsonaro e de seu alto escalão. Uma clara violação à liberdade de imprensa. A Abraji exorta os órgãos públicos envolvidos a esclarecerem os fatos e eventualmente punirem os responsáveis, caso se verifique que denúncias inverídicas foram registradas contra o jornalista. Além disso, é lamentável a exposição do nome do repórter pela CPI da Covid, sobretudo levando em conta a total falta de embasamento das acusações movidas pelo governo federal e o histórico de assédio virtual que costuma se seguir a tais eventos”.
Ele não foi o único a usar o sistema. Na época, muitos jornalistas e veículos de imprensa fizeram simulações semelhantes e verificaram os mesmos resultados, pressionando o Ministério da Saúde a tirar o aplicativo do ar. Mayra e o ex-ministro Eduardo Pazuello estavam presentes no lançamento do software, em Manaus.
A apresentadora Mariana Martins, que comandava o Balanço Geral Manhã na Record Goiás, foi demitida nessa terça-feira (25/5). No Instagram, ela alegou que teria perdido o trabalho após ter publicado fotos de biquíni nas redes sociais: “Situações de machismo”, declarou a apresentadora.
“Não me disseram o motivo. (Mas) Eu sei alguns dos motivos. Eu queria dividir com vocês algumas coisas, até para que sirva de alerta para outras mulheres. A pressão pela audiência não pode maltratar nem coagir o funcionário. Vivi várias situações de constrangimento e ficou claro que queriam me transformar em uma outra pessoa, uma pessoa que eu não sou”, disse a jornalista.
Mariana contou que passou a ser alvo de comentários desagradáveis nos bastidores após a Record detectar queda na audiência. Em uma reunião específica, colegas de trabalho a constrangeram: “Colocaram nessa reunião várias fotos das minhas redes sociais, com a presença de várias pessoas me constrangendo de uma forma absurda. Colocaram fotos minhas de biquíni, fotos minhas em viagens. Dizendo que eu tinha que transformar meu Instagram em outro, para falar a língua do público, [dizendo] que as fotos estavam muito bonitas, que eu tinha que ser outra”.
Em outro trecho do vídeo publicado no Instagram, Mariana revelou que uma gerente da Record pressionou-a para que mudasse seu jeito de andar e agir: “Ela achava que eu sensualizava um pouco na hora de falar. Eu sensualizar em um jornal, gente? Eu não sensualizo nem aqui no Instagram. Então, as situações de constrangimento, preconceito, machismo, foram inúmeras”.
Procurada pelo Notícias da TV, a Record Goiás declarou apenas que “desligou a jornalista por questões profissionais”.
Algumas certezas no Reino Unido têm sido desafiadas: o domínio da BBC sobre o jornalismo do país, a união do reino − ameaçada por um forte movimento separatista na Escócia − e a sobrevivência da monarquia.
Nessas questões nacionais, um personagem assumiu um protagonismo importante recentemente: o príncipe William.
Na família real britânica, nada acontece por acaso. A máquina de RP da “Firma”, como é chamada em reconhecimento ao profissionalismo com que trata seus negócios e sua imagem, tem revertido as crises mais agudas. Por isso, alguns episódios recentes parecem ser parte de uma estratégia.
William sempre foi o garoto comportado, o oposto do irmão Harry, que vivia em farras e rompeu com a família.
Casou-se com uma inglesa típica, elegante e discreta. Teve três filhos lindos. Kate venceu a guerra com a concunhada Meghan, que não conseguiu se impor dentro da engrenagem.
O filho mais velho da carismática Diana, segundo na linha de sucessão, aparece em segundo lugar em popularidade entre os membros da realeza, com 61%, enquanto a rainha tem 69%.
Não há sinais de que William assuma o trono no lugar do pai, nem que a rainha vá abdicar, o que chegou a ser cogitado depois da morte do príncipe Philip.
Ainda assim, houve uma mudança de posicionamento do príncipe. Aparições descontraídas deram lugar a uma postura mais formal e o engajamento em causas nacionais. Até o tom de voz parece ter mudado.
Um exemplo foi a visita feita à Escócia na semana passada. No tour, ao lado de Kate, fez as visitas protocolares, chutou uma bola, conversou com o povo. Mas o ponto alto foi um discurso no Parlamento, com toda a pompa.
Em uma fala costurada por assessores, alinhada à posição do governo de Boris Johnson, discorreu sobre sua ligação com a Escócia, onde soube da morte da mãe e se consolou em meio à natureza exuberante. E onde conheceu a futura mulher.
Foi um discurso de estadista, feito sob encomenda para transmitir aos arredios escoceses a ideia de que a família real se importa com a Escócia e não quer vê-la fora do Reino.
William, na Escócia, com a primeira-ministra Nicola Sturgeon…
O risco existe. Nas eleições de abril, o partido SNP, da primeira-ministra Nicola Sturgeon, conseguiu maioria no Parlamento e quer um novo referendo para decidir sobre a independência.
Enquanto a briga segue nos gabinetes, a realeza trabalha pela união com um emissário talhado para criar empatia.
Em vez de uma nota oficial concisa, a “Firma” optou por um discurso de William em frente às câmeras, em tom solene.
Ele não falou apenas como filho magoado. Expressou indignação com o acobertamento feito pela direção da BBC, defendeu a imprensa livre e disse que a rede decepcionou o país. No conteúdo e na forma, foi um discurso político.
A fala aprofundou ainda mais a crise da BBC e marcou a posição firme da monarquia, que já tinha rusgas com a emissora pública.
Tudo isso pode contribuir para reverter o terceiro e mais importante problema da realeza e do país: a continuidade depois que Elizabeth II se for.
As atitudes mudaram. O instituto YouGov divulgou semana passada uma pesquisa mostrando que 41% dos entrevistados entre 18 e 24 anos acham que o país deve ter um chefe de estado eleito e apenas 31% querem continuar com a monarquia.
Para essa turma, William é mais bem aceito como rei do que o pai, que por sua vez não parece disposto a abrir mão de sua chance.
Considerando toda a população, 37% acham que Charles deve ser o novo rei, e 34% preferem o filho. Olhando-se por faixa etária, William é o preferido dos que têm entre 18 e 49 anos.
Ninguém arrisca fazer previsões, mas não é de se desprezar o reposicionamento a que estamos assistindo de alguém que vai bem nas pesquisas.
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Record, SBT, Band, RedeTV e TV Cultura pretendem, assim como a Globo, demitir funcionários que se negarem a tomar a vacina contra Covid-19.
Com o intuito de ampliar o movimento pela vacinação de jornalistas contra a Covid-19, a Fenaj lançou em 21/5 um abaixo-assinado pela imunização da categoria. Levantamento da entidade mostra que o Brasil é o país com maior número de mortes de jornalistas em decorrência da Covid-19.
Entre abril de 2020 e março de 2021, 169 jornalistas morreram pelo coronavírus. Nos três primeiros meses de 2021, o número de mortes superou todo o ano de 2020, em que foram registradas 78 mortes de abril a dezembro. Este ano, são 86 vítimas, percentual 8,6% maior que o total de 2020. Conforme estudo do Dieese, os trabalhadores em comunicação e informação, incluindo jornalistas, foram o terceiro setor com o maior número de desligamentos do emprego (124%) por causa de morte em 2021 em comparação com 2020, abaixo apenas de médicos (204%) e trabalhadores no setor de eletricidade e gás (142%).
Cofundadora e diretora da Agência Pública, Natalia Viana foi selecionada para integrar o tradicional programa de bolsas da Fundação Nieman para o Jornalismo, da Universidade de Harvard.
Ao lado de 21 jornalistas de outros nove países, ela integrará a 84º classe do programa, que prevê um ano de estudos no campus da universidade, em Massachusetts. Os bolsistas selecionados concentrarão seus trabalhos em algumas das questões mais urgentes que o jornalismo enfrenta, como justiça racial e desinformação.
“Estou muito feliz em ter sido escolhida como bolsista em uma organização de tamanho prestígio”, comemora Natália. “Vejo que a bolsa é um reconhecimento ao jornalismo de excelência que estamos produzindo na Agência Pública, mas também ao novo jornalismo digital brasileiro. Pretendo aproveitar o ambiente acadêmico para estudar os desafios à democracia no Brasil e no continente, em especial com o uso de campanhas de desinformação. Como vimos, a desinformação virou arma para atacar alguns dos pilares da democracia, e é esse fenômeno que pretendo estudar”.
Natalia Viana
“Muitos desses jornalistas e os países e comunidades que representam enfrentaram desafios históricos no ano passado”, destacou Ann Marie Lipinski, curadora da Fundação Nieman. “Eles têm muito a ensinar e aprender uns com os outros e a oferecer e ganhar com Harvard. Estou inspirada por seus compromissos em aprimorar o jornalismo como ferramenta para revelar e melhorar o mundo e mal posso esperar para recebê-los em Cambridge”.
Criado em 1939, o programa formou até hoje mais de 1.600 jornalistas, de 99 países. O primeiro brasileiro selecionado, em 1988, foi Rosental Calmon Alves, hoje diretor do Centro Knight para o Jornalismo da Universidade do Texas e titular da Cátedra Unesco em Comunicação. A última vez que um brasileiro participou do programa foi em 2016, com Fabiano Maisonnave, correspondente da Folha de S.Paulo na Amazônia.
O Google anunciou na segunda-feira (24/5) novidades sobre o Google News Showcase, que aqui no Brasil é chamado de Destaques. Agora, os leitores do Google Notícias em desktops poderão acessar os Destaques, e novos veículos brasileiros foram incluídos na plataforma. Além disso, os editores de publicações parceiras podem adicionar mais contexto a suas matérias, incluindo links em assuntos relacionados à história principal.
No Brasil, o número total de veículos parceiros chega perto de 50, incluindo novas publicações como Carta Capital, Exame, IstoÉ Dinheiro e R7, e outras pequenas e médias que atuam com foco em jornalismo local e regional. Entre os parceiros estão A Crítica (AM), A Tarde (BA), A Tribuna (Santos/SP), Correio do Povo (RS), Diarinho (SC), Diário do Nordeste (CE), Diário do Rio (RJ), Jornal do Commercio (PE), Jornal do Tocantins (TO), ND Mais (SC), O Liberal (PA), O Povo (CE), Tribuna Independente (AL) e Tribuna de Minas (MG).
Anunciado no Brasil em outubro do ano passado, o Google News Showcase é um programa de licenciamento que paga a veículos jornalísticos para que eles tragam suas informações para os produtos de notícias do Google. Ele já opera nos mercados de Reino Unido, Austrália, Alemanha, Brasil, Argentina, Itália, República Tcheca e Índia.
O Centro Brasileiro de Análise e Planejamento (Cebrap) realizou a pesquisa Mídia, Sistema de Justiça Criminal e Encarceramento: narrativas compartilhadas e influências recíprocas, sobre a cobertura jornalística da justiça criminal. Os dados obtidos indicam que a imprensa influencia advogados, juízes e promotores, o que justifica a importância de se discutir a relação entre jornalismo e justiça.
O estudo, apresentado em um seminário no canal do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) no YouTube, analisou 474 notícias de 63 veículos de informação e 681 sentenças judiciais no período de 2017 e 2018. Os resultados indicaram que em 25% das matérias analisadas não havia fontes de informação, apenas em 33% delas havia mais de uma fonte e em três em cada quatro matérias sobre casos criminais no Brasil (cerca de 74%) são apresentados apenas argumentos da acusação.
A pesquisa analisou também, entre outros aspectos, as características gerais do consumo de mídia e das notícias sobre o tema. Em diversos casos analisados, por exemplo, a cobertura jornalística da justiça criminal foi pautada por racismo, preconceito e pressão por punição.
O diagnóstico permite traçar propostas formativas tanto para os diferentes atores do sistema de justiça, quanto para a própria mídia, para a compreensão do papel compartilhado desses agentes no fenômeno do encarceramento em massa e da superpopulação carcerária.
O Congresso Internacional de Jornalismo Investigativo da Abraji está com inscrições abertas para a sua 16º edição.
O 16º Congresso Internacional de Jornalismo Investigativo da Abraji será de 23 a 29 de agosto deste ano. Com inscrições abertas a partir de julho, o evento será novamente realizado de forma remota em razão da pandemia. Na programação, de 23 a 27/8, terá painéis, cursos e debates. Em 28/8, será realizado o VIII Seminário de Pesquisa e, em 29/8, o 3º Domingo de Dados.
Durante o evento algumas palestras serão gravadas e outras transmitidas ao vivo. Os nomes dos palestrantes serão divulgados em junho nas redes sociais da Abraji.
O congresso terá painéis sobre técnicas de reportagem, novas iniciativas jornalísticas, modelos de negócio e temas relevantes para o jornalismo nacional e internacional. Debates como ameaças à democracia, segurança de jornalistas e questões sociais também farão parte da programação.
Em versão digital, o sábado será reservado para discutir pesquisas acadêmicas na área e trabalhos de conclusão de curso. O Domingo de Dados foi idealizado para treinar jornalistas e estudantes em ferramentas disponíveis para fazer reportagens com auxílio de banco de dados, desde como lidar com planilhas gigantes e entender como as bases funcionam, passando pelas linguagens de programação como R, Python e SQL, além de estatística para jornalistas.