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Após denúncia do MPF, RedeTV posiciona-se sobre homofobia

A RedeTV disse em nota repudiar a homofobia e o preconceito após o MPF pedir a condenação da emissora e do apresentador Sikêra Jr.
A RedeTV disse em nota repudiar a homofobia e o preconceito após o MPF pedir a condenação da emissora e do apresentador Sikêra Jr.

A RedeTV disse em nota repudiar a homofobia e o preconceito após o Ministério Público Federal (MPF) pedir a condenação da emissora e do apresentador Sikêra Jr. em R$ 10 milhões de indenização por danos morais coletivos, e de perder patrocinadores em decorrência do episódio: “O compromisso com a população LGBTQIA+ faz parte de seus valores editoriais e empresariais”, afirmou.

Em 25/6, durante o Alerta Nacional, Sikêra referiu-se à população LGBTQIA+ como “uma raça desgraçada”, além de atacar uma campanha com a temática diversidade exibida pelo Burger King e relacionar orientação sexual a práticas de crime e uso de drogas.

O valor da indenização será destinado à estruturação de centros de cidadania LGBTQIA+. A ação também requer a exclusão, na íntegra, das redes sociais do programa que foi ao ar no dia 25 de junho.

No texto, a emissora diz que o episódio foi lamentável, afirmando possuir uma programação plural e “políticas internas de inclusão no seu sentido mais amplo”. Declarou ainda que “o compromisso com a população LGBTQIA+ faz parte dos valores editoriais e empresariais da empresa”.

O perfil Sleeping Giants liderou em 28/6 – data em que se celebrou o orgulho da comunidade – uma manifestação virtual em que pedia que as marcas patrocinadoras retirassem seu apoio do programa. Desde então, as empresas TIM, Betsul, Seara MRV, HapVida e Sorridents comunicaram que a atração não fará mais parte de seu plano de mídia e que não compactuam com as opiniões do apresentador.

Confira a nota na íntegra

“O respeito à diversidade sexual e a não discriminação de cor, raça, gênero ou religião é uma tradição dos 22 anos de existência da RedeTV!, que possui uma programação plural e políticas internas de inclusão no seu sentido mais amplo. O compromisso com a população LGBTQIA+ faz parte dos valores editoriais e empresariais da RedeTV!.

A emissora reprova veementemente todos os tipos de discriminação e preconceito. Nesse sentido, a RedeTV! vem a público manifestar condenação a qualquer expressão de homofobia. Queremos também agradecer a todos os nossos colaboradores por ajudarem a construir uma empresa cada dia mais forte e plural.

No caso do lamentável episódio envolvendo o apresentador Sikêra Jr. às vésperas do Dia Internacional do Orgulho LGBTQIA+, o mesmo desculpou-se publicamente durante o programa da última terça-feira, reconhecendo o equívoco de suas declarações perante a todos que se sentiram justificadamente ofendidos e a todos seus telespectadores, o que certamente servirá para o seu aprimoramento pessoal e profissional. Mesmo assim, a RedeTV! ressalta que tal comportamento não representa, de forma alguma, o posicionamento e o respeito da emissora à diversidade e população LGBTQIA+.

Entendemos que o exercício da tolerância e o respeito às diferenças são valores fundamentais numa sociedade democrática como a brasileira.”.

Carlos Cereto deixa a Globo após 20 anos

Carlos Cereto deixa a Globo após 20 anos

O comentarista Carlos Cereto anunciou sua saída do Grupo Globo após 20 anos de casa. O comunicado foi feito em texto publicado em suas redes sociais. Na empresa, ele atuou como repórter, produtor, editor, editor-chefe, chefe de Reportagem, chefe de Redação e apresentador.

Na publicação, Cereto escreveu “acabou a brincadeira”, em alusão ao nome do programa que comandou no SporTV. Ele agradeceu a Marco Mora, ex-diretor da Central Globo de Esportes, que morreu em 2018, e a Cléber Machado, a quem chamou de “amigo querido”. O comentarista escreveu também que “o SporTV e a TV Globo que conheci não existem mais. Muita coisa mudou”.

A saída dele vem após atritos com seu colega de trabalho André Rizek sobre posicionamentos políticos no jornalismo esportivo. Em junho, uma das pautas mais comentadas no SporTV foi a relevância da realização da Copa América no Brasil, com os crescentes números de casos e óbitos no País.

Cereto escreveu no Twitter que existia “muita lacração política” por parte dos companheiros de imprensa: “Quando foi que o jornalismo esportivo se transformou numa grande lacração política? Saudade de quando a imprensa esportiva achava que só entendia de futebol”.

Rizek também tuitou sobre o assunto, sem citar o nome de Cereto: “Queridinhos e queridonas, não se enganem. ‘Não se posicionar’ é, também, um posicionamento e uma escolha política. Ainda mais no Brasil de hoje. Bom dia”.

Até a publicação dessa nota, a Globo não havia se manifestado sobre a saída de Cereto.

Assédio moral a ex-funcionária

Segundo informações de Daniel Castro (Notícias da TV), a Globo responde na Justiça a um processo movido por uma ex-funcionária por ser conivente com suposto assédio moral que ela teria sofrido de Cereto. No processo, ela diz que o comentarista a xingava e a fazia dar voltinhas para mostrar seu corpo. O Notícias da TV escreveu, porém, que “a saída de Cereto nada teve a ver com a situação.

Dony de Nuccio é vítima de falsidade ideológica

Dony de Nuccio é vítima de falsidade ideológica

O apresentador do SBT Dony de Nuccio anunciou em suas redes que está sendo vítima de falsidade ideológica na internet. Ele alertou seus seguidores de que fotos suas estão sendo usadas em redes sociais e aplicativos de relacionamento para a aplicação de golpes.

“Todo santo dia recebo no mínimo 3 directs/dms de pessoas dizendo que ‘minhas fotos estão sendo usadas’, ‘estão tentando aplicar golpes’, que estão falando comigo em sites de relacionamento, WhatsApp etc”, contou o jornalista.

Com fotos dele, os golpistas já tentaram enganar pessoas em países como Brasil, Vietnã, Tailândia, Holanda e Indonésia. Tentaram inclusive extorquir o próprio pai de Dony.

Histórias do Jornalismo Esportivo – Quase convidada para a lua de mel

Por Helô Campanholo

Sempre me perguntam, me pedem para contar passagens com jogadores, atletas, jornalistas e essas vivências são muitas. Uma delas guardo com carinho porque mostra o grau de amizade que estabeleci durante a carreira, e também é divertida.

Histórias do Jornalismo Esportivo - Quase convidada para a lua de mel, por Helô Campanholo
O troféu da Aceesp que recebeu em 2017

Era final de 1993. Eu ainda no início da carreira, senti-me importante quando chegou na minha casa um belo convite de casamento. A festa aconteceria em um dos salões mais chiques da capital paulista. Logo liguei para a minha amiga e repórter Marisa de França, para saber se também havia sido convidada. Sim, ela estava na lista. Então, fomos ao até a av. Rebouças, naquelas lojas de locação de roupas de festas – fizemos uma zona incrível, pena que não tinha celular com câmera na época. Foi muito divertido – e depois de provarmos vários vestidos escolhemos um. O meu era rosa e o da Marisa, azul marinho. Comparamos sapato e bolsa, aquelas de casório. Bem, investimos uma grana, afinal não poderíamos fazer feio. Era só esperar o grande dia.

Marisa tinha um Uno vermelho e no dia, 29 de novembro, lá fomos nós para uma igreja Batista, tradicional, bem no centro de São Paulo, atentas a tudo. Era o segundo casamento do craque, que tinha se separado havia pouco tempo e na igreja, durante os cultos, conhecera uma moça bem jovem – a noiva tinha 17 anos e, salvo engano, o pai era pastor. 

A igreja começou a ficar cheia. Os atletas, que só víamos de uniforme e chuteiras, todos no maior luxo, também estranhavam as duas de vestido de festa. Foram muitos elogios.

O noivo era fera, jogava no São Paulo Futebol Clube e na Seleção; então, o que não faltava era famoso. Cerimônia concluída, bora pra festa! Entramos novamente no Uno vermelho, som no último e rumamos para o Itaim Bibi.

Nessa hora demos graças a Deus de entrar no carro, porque os pés já estavam doendo muito. Chegando ao bufê, uma escadaria, mas tudo bem. Paramos o carro na rua, um pouco afastado – a cidade não era tão violenta ou nem pensávamos nisso na época. Subimos a escada, apresentamos o convite e ufa!, entramos. Lugares marcados nas mesas, mas nem lembro com quem sentamos, porque pouco paramos ali. “Comes e bebes” rolando e na madrugada resolvemos deixar o salão. Descemos a escadaria – feita pra gente que não bebe –, claro, já descalças, e chegamos na rua rumo ao nosso Uno de tantas histórias. 

De repente, passa por nós uma limusine branca; eram os noivos rumo à lua de mel. Cem metros à frente, o carro para.

Marisa falou: “Helô, o carro parou. Será que esqueceram a camisinha?” Caímos na gargalhada. Eu disse: “Espera! Parou mesmo!”

A porta traseira da direita abriu e surgiu a cabeça do craque. Ele falou:

– Meninas, vocês querem uma carona? Já está tarde…

Fala sério! Esse é amigo… Atrasar a lua de mel para dar uma carona às jovens jornalistas? Agradecemos e apontamos para o nosso carrinho. 

O casamento dele não durou muito, mas a nossa amizade está firme até hoje.

Piupiu duro de frio

Foi na cobertura da Copa do Mundo de 2010, na África do Sul. O técnico da Seleção Brasileira era uma retranca só. Jogadores não podiam nem olhar para os jornalistas, quanto mais dar entrevista. O Brasil iria enfrentar a Coreia do Sul e eu queria assistir à partida. Ganhei do Kaká um ingresso para ver o jogo na área dos familiares. Chegando lá encontrei os familiares de todos os jogadores e fiz muitas amizades. Me aproximei da mãe do Robinho, da esposa e do filho mais velho dele, o Júnior, ainda criança.

Aproveitei o gancho e no dia seguinte fui fazer matéria com a família do Robinho, já que o jogador não podia falar. A equipe e eu fomos ao hotel onde eles estavam hospedados. O repórter, entrevistando o Júnior, perguntou o que ele estava achando de estar na África, vendo o pai jogar. O menino, pequeno na época, mandou essa:

– Aqui é tão frio que fico até de piupiu duro…

Aí foi aquela gargalhada geral. 

Bem, nessa hora, entra no saguão do hotel a Seleção da Holanda, que se encantou com o filho do Robinho, que estava brincando com uma bola. 

A matéria rendeu, os holandeses ficaram encantados com o garoto. 

Aquele ditado cai bem aqui: “Do limão fizemos uma caipirinha”.

Dias depois consegui uma exclusiva com o Robinho. Na era Dunga o trabalho não foi fácil, mas onde há uma bola e uma criança tudo fica mais divertido.

Histórias do Jornalismo Esportivo - Quase convidada para a lua de mel, por Helô Campanholo
Helô com os filhos de Robinho

O Portal dos Jornalistas traz neste espaço histórias de colegas da imprensa esportiva em preparação ao Prêmio Os +Admirados da Imprensa Esportiva, que será realizado em parceria com 2 Toques e Live Sports, no segundo semestre. A história desta semana é de Helô Campanholo, gerente de Produção do canal Fox Sports. 

Sebrae relança prêmio de jornalismo após seis anos de interrupção

O Sebrae lançou a 8ª edição do Prêmio Sebrae de Jornalismo após seis anos desde sua última realização, em 2015, com inscrições de 1º/7 a 31/8.
O Sebrae lançou a 8ª edição do Prêmio Sebrae de Jornalismo após seis anos desde sua última realização, em 2015, com inscrições de 1º/7 a 31/8.

O Sebrae lançou a 8ª edição do Prêmio Sebrae de Jornalismo após seis anos desde sua última realização, em 2015. Com inscrições de 1º/7 a 31/8, a premiação, que tem como objetivo contemplar a cobertura de temas relacionados ao universo dos micro e pequenos negócios do País, este ano tem como foco principal A importância da micro e pequena empresa para o enfrentamento da pandemia.

Estruturado em etapas estaduais, regionais e nacional, aceita trabalhos produzidos entre 1º/1/2020 e 30/8/2021, com premiação final de um notebook e um smartphone de última geração.

As reportagens inscritas poderão se encaixar em subcategorias temáticas que compreendem o universo dos pequenos negócios: empreendedorismo; produtividade e competitividade; inovação e startups; inclusão produtiva e sustentabilidade; transformação digital; políticas públicas e legislação; e acesso a crédito.

Os profissionais interessados em participar poderão concorrer nas categorias de texto; áudio, com duração igual ou menor a 60 minutos; vídeo, para reportagens em canais televisivos ou plataformas de vídeo e streaming; e fotos, para fotografias ou sequência de fotos publicadas em veículos ou sites jornalísticos sediados no País.

Larissa Meira, analista de gestão de marketing do Sebrae, destacou que o prêmio foi repaginado para abraçar os novos desafios e a pluralidade da comunicação: “Quando o Sebrae lançou esse prêmio, em 2008, o objetivo era inserir os micro e pequenos negócios nas pautas das redações brasileiras. Conseguimos atingir essa missão. Hoje já existem editorias e cadernos especializados em empreendedorismo. Neste momento, a comunicação vive uma nova fase, o jornalismo mudou muito, enfrenta grandes desafios com as notícias falsas, a viralização de conteúdos duvidosos. Nesta nova edição do Prêmio Sebrae de Jornalismo queremos valorizar o jornalismo de qualidade, com informações checadas, conteúdos multimídia e uso de todos os recursos tecnológicos de que os profissionais dispõem”.

Uma novidade desta edição é que estudantes da área ou recém-formados com até 25 anos poderão inscrever suas reportagens na categoria Jornalista Revelação. A única condição é que o profissional tenha seu trabalho publicado em algum veículo nacional.

Fenaj entrega abaixo-assinado pela vacinação a autoridades de Saúde e Congresso

Fenaj entrega abaixo-assinado pela vacinação a autoridades de Saúde e Congresso

A Fenaj enviou em 25/6, a autoridades de Saúde e Congresso Nacional, abaixo-assinado pela inclusão de jornalistas no Plano Nacional de Imunização (PNI) contra a Covid-19. Subscrito por 7.222 pessoas até 21/6, o documento reforça o entendimento de que jornalistas exercem, nessa pandemia, atividade considerada essencial em decretos federal, estaduais e até municipais, e, por isso, estão sujeitos ao risco elevado de contaminação e óbito pela doença. De acordo com a entidade, até 2/6, foram registradas 155 mortes de profissionais por Covid, num período de 153 dias, representando um aumento de 277% na média mensal de mortes em comparação a 2020, quando foram registradas 80 mortes. Ou seja, a média de uma morte por dia.

Segundo Maria José Braga, presidente da Federação, o documento foi enviado ao Ministério da Saúde, à Comissão Técnica do Ministério da Saúde responsável pelo PNI, ao Conselho Nacional de Secretários Estaduais de Saúde, Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde e aos deputados e senadores. A Fenaj orientou ainda as direções sindicais a avaliarem a pertinência do envio do abaixo-assinado às autoridades estaduais e municipais. Ela também atua em outras frentes, no Congresso, para que os jornalistas sejam inseridos entre os grupos prioritários do PNI via projeto de lei 1317/2021, do deputado federal Dagoberto Nogueira (PDT/MS), e aderindo às campanhas Vacinação Já e pela transparência dos dados sobre a vacinação.

Na mesma semana, pela segunda vez em seis meses, o Governo do DF havia recusado o pedido dos sindicatos de Radialistas e Jornalistas para que as respectivas categorias fossem incluídas entre os grupos prioritários para vacinação. A Secretaria de Saúde de Brasília alegou “atuar em conformidade com as diretrizes do Ministério da Saúde”.

Enquanto isso, na vizinha Goiás, o governo anunciou em 25/6 que recebeu nova remessa da Pfizer e que 90% dos imunizantes serão aplicados nos municípios por faixa etária. E 10% deles serão destinados a grupos específicos, como lactantes, garis e profissionais de imprensa. “É justo! A comunicação é nossa aliada no combate às fake news”, ressaltou o governador Ronaldo Caiado.

ABI oferece curso para entender a manipulação das notícias

ABI oferece curso para entender a manipulação das notícias

Sob a curadoria de Eliara Santana, jornalista que é doutora em Linguística e pesquisa o discurso midiático, a ABI oferece um curso para entender a manipulação de notícias. Serão quatro módulos, com oito aulas de duas horas cada. Entre os convidados para as aulas estão Ângela Carrato, da UFMG; Anna Christina Bentes e Cláudia Wanderley, ambas da Unicamp, do Instituto de Estudos da Linguagem e do Centro de Lógica e Epistemologia, respectivamente; Daniella Lopes Dias Ignacio, da PUC Minas, e Letícia Sallorenzo, da UnB.

Na divulgação do curso, a entidade destaca que a desinformação “não se refere apenas a notícias falsas que são espalhadas pelas redes sociais. Também não se limita a boatos espalhados sobre esse ou aquele ator político. Nem às mentiras ditas em um cercadinho de Brasilia. A desinformação no Brasil precisa ser observada e compreendida como um projeto político, intencional e de grande alcance, que envolve um muito bem estruturado ecossistema”.

O curso aborda manipulação da informação; fake news e outros tipos de desinformação, principalmente sobre a pandemia; estratégias discursivas como um projeto político intencional e de grande alcance, que envolve um ecossistema estruturado; e decodificação e análise das informações encontradas na mídia em diferentes formatos. As aulas começam em 14/7, e serão sempre às quartas-feiras, às 19h30. O custo de R$ 100 será destinado à ABI. As inscrições podem ser feitas pelo e-mail [email protected].

Crises de imagem mostram a falta que faz a liderança pelo exemplo

Dois dois lados do Atlântico, crises de imagem mostram a falta que faz a liderança pelo exemplo

Por Luciana Gurgel

Luciana Gurgel

Dizem que pimenta nos olhos dos outros é refresco. Talvez isso explique porque uma agência global de relações públicas tenha levado quase uma semana para agir depois de um escândalo envolvendo seu CEO, atitude que vai de encontro aos princípios elementares da gestão de crises.

Agências gerenciam crises dos outros. Na rara situação em que o alvo do problema é ela própria, a perplexidade pode embotar o raciocínio.

Parece ser o que aconteceu com a Teneo, empresa com sede em Nova York e escritórios em vários países.

Na terça-feira (29/6), depois de uma semana sangrando desde que o Financial Times revelou que o CEO Declan Kelly tinha sido afastado do conselho da ONG Global Citizens por ter assediado homens e mulheres depois de uma bebedeira em evento beneficente da entidade, ele deixou a empresa.

Pode não ser o fim para um consultor que já assessorou Hillary Clinton. Mas a agência chamuscada, com pelo menos uma conta perdida, a da General Motors – cuja CEO, Mary Marra, também tinha sido assessorada por Kelly.

Declan Kelly

Do outro lado do Atlântico, outra crise acontecia. O secretário nacional de saúde do Reino Unido, Matt Hancock, sangrou 24 horas até pedir demissão do cargo ao qual ainda tentou agarrar-se ao máximo.

Mas não havia como se defender das fotos mostrando um tórrido beijo com sua assessora de comunicação, Gina Coladangelo, dentro do gabinete – um furo do tabloide The Sun.

Embora a sociedade britânica tenha aura de puritana, o que indignou não foi o fato de os dois serem casados, e sim o que se tornou o ponto mais nevrálgico em vários países, incluindo o Reino Unido: os sacrifícios da população em nome do combate ao coronavírus, privando as pessoas de se divertirem, trabalharem e até velarem seus mortos.

Enquanto o povo não podia se aproximar de pessoas que não viviam na mesma casa, o homem que se tornou a face mais conhecida da pandemia e que chegou a dizer que era perigoso abraçar avós aparecia agarrado com uma pessoa de fora da sua “bolha doméstica”.

O episódio de Hancock lembra um matriosca, o brinquedo russo composto por bonecas encaixadas umas dentro das outras, que vão se revelando à medida que são abertas.

A história teve desdobramentos que comprometem a ele e ao governo, como a forma de contratação da assessora e contratos firmados com o irmão dela.

E ainda: como alguém plantou uma câmera no gabinete de um alto funcionário público sem que ele próprio soubesse. Ou porque ele usou Gmail para tratar de assuntos oficiais, deixando a comunicação inacessível para jornalistas e entidades fiscalizadoras. Uma boneca após a outra.

Liderança pelo exemplo

As histórias de Matt Hancock e Declan Kelly estão separadas por um oceano e por culturas sociais e empresariais diferentes. Mas há semelhanças.

Ambas envolvem especialistas em comunicação, justamente aqueles encarregados de aconselhar marcas e pessoas.

No caso de Gina Coladangelo, não foi um incidente fortuito. Todas as evidências são de que o romance não começou no dia do beijo capturado pela câmera instalada em um sensor de fumaça.

Só a cegueira do amor pode explicar porque ela não aconselhou seu assessorado sobre como lidar com o caso extraconjugal sem riscos de que se tornasse público da forma como acabou acontecendo. Algo previsível em um mundo tomado por câmeras de segurança e de pessoas com celulares à mão para flagrar indiscrições de famosos.

No caso de Declan Kelly, é surpreendente que com tanta experiência não tenha previsto que o afastamento do conselho da Global Citizens acabaria vazando. E que tenha demorado tanto para deixar o cargo depois da matéria do FT.

De um lado e de outro do Atlântico, parece ter sido esquecida a lição que aprendemos com nossos pais e avós: a liderança pelo exemplo.

Para que tem imagem pública a zelar ou cuida da imagem dos outros, não dá para ensinar a fazer alguma coisa sem fazer o mesmo. Ou ditar regras sem segui-las pessoalmente. O preço é alto, como se pode ver nos dois casos.


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Com vocês, os +Admirados da Imprensa do Agronegócio

+Admirados da Imprensa do Agronegócio serão homenageados na próxima terça (29/6)

Foram anunciados na noite desta terça-feira, 29 de junho, em transmissão pelo Canal do Portal dos Jornalistas no Youtube, os profissionais TOP 5 e os nove veículos campeões do Prêmio Os +Admirados da Imprensa do Agronegócio. Concorreram ao “pódio” os 26 profissionais eleitos TOP 25 (houve um empate, daí serem 26) e os 27 veículos eleitos entre os TOP 3 das nove categorias existentes.

A primeira colocação, entre os profissionais, ficou com o jornalista Sidnei Maschio, do Terra Viva, aclamado campeão e mais admirado jornalista da imprensa do agronegócio no Brasil. Abaixo a classificação completa:

  • Sidnei Maschio, Terra Viva – 1º lugar
  • Aleksander Horta, Notícias Agrícolas – 2º lugar
  • Denise Saueressig, A Granja – 3º lugar
  • Luiz Patroni, Canal Rural – 4º lugar
  • Mauro Zafalon, Folha de S.Paulo – 5º lugar

Os veículos campeões das nove categorias da premiação foram os seguintes:

  • Agência de Notícias – Agência Safras & Mercados
  • Podcast – Agro Connection
  • Programa de Rádio – CBN Agronegócios
  • Programa de TV Canais Especializados – Jornal Terra Viva
  • Programa de TV Aberta – Globo Rural
  • Site/Blog – Notícias Agrícolas
  • Veículo Impresso Especializado – Revista A Granja
  • Veículo Impresso Geral – Jornal Valor Econômico
  • Canal Digital – Agro+

Todos os vencedores receberão o Troféu +Admirado, criação do designer Nilson Santos, da Ponto & Letra.

O evento de premiação teve como âncoras os jornalistas Cid Barboza (ex-Rádio Capital) e Fernando Soares (Jornalistas&Cia), com direção de Vinícius Ribeiro e produção da Mega Brasil, sob supervisão de Marco Rossi.

A premiação contou com o apoio institucional da CNA / Senar; patrocínio de CNH, Case e New Holland, Cargill, Syngenta e Yara; e apoio de Adama, BRF e I’Max.

Troféu Hors Concours – Um dos mais premiados jornalistas brasileiros da história, o repórter e escritor José Hamilton Ribeiro, alçado a hors concours pelo Ranking Jornalistas&Cia dos +Premiados Jornalistas Brasileiros em 2016, foi também homenageado pelos jornalistas do agronegócio com o Troféu Hors Concours, pelos seus 67 anos de carreira e quase 50 de Globo Rural. Em depoimento emocionado, ele lembrou-se de um encontro que teve com o Prêmio Nobel de Literatura Mario Vargas Llosa, quando dele ouviu: “Todos os prêmios recebidos são importantes, mas os prêmios concedidos pelos seus colegas de profissão, seus pares, são os que mais nos emocionam. E por isso esse prêmio do Jornalistas&Cia tem para mim um valor muito especial e nem precisaria de troféu, pois já está gravado na mente e no coração”.

Talita Martins assume a coordenação editorial da Agência de Notícias da AIDS

A Agência de Notícias da Aids anunciou recentemente novidades em sua equipe. Talita Martins assume como a nova coordenadora editorial da redação a partir de julho. E Marina Vergueiro passará a ter uma coluna semanal de entrevistas e opinião no Instagram da agência.

Talita Martins

Pós-graduada em Assessoria de Comunicação e Mídias Sociais e Projetos Sociais e Políticas Públicas, Talita iniciou sua trajetória na agência em janeiro de 2007, como estagiária. Entre 2011 e 2013 foi editora do site Envolverde, portal de notícias sobre sustentabilidade e meio ambiente. É também consultora de comunicação do Instituto Vida Nova e responsável pelo gerenciamento e conteúdo das redes sociais do Instituto Cultural Barong, ONGs que atuam na prevenção da AIDS.

Marina Vergueiro

Marina Vergueiro é poeta e jornalista e vive com HIV desde 2012. Teve passagens pelas redações de UOL, Terra e iG, além de ter colaborado para sites e revistas como Elle e a própria Agência Aids. É autora do livro de poesias Exposta, lançado em 2020.

A Agência de Notícias da Aids foi fundada em maio de 2003 pela jornalista Roseli Tardelli. Nela, profissionais de comunicação encontram artigos assinados por especialistas na área de saúde, textos produzidos por pessoas que vivem com HIV/Aids, dados sobre a evolução da epidemia no mundo e os resultados das pesquisas feitas em vacinas no combate à doença.

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