O comentarista Carlos Cereto anunciou sua saída do Grupo Globo após 20 anos de casa. O comunicado foi feito em texto publicado em suas redes sociais. Na empresa, ele atuou como repórter, produtor, editor, editor-chefe, chefe de Reportagem, chefe de Redação e apresentador.

Na publicação, Cereto escreveu “acabou a brincadeira”, em alusão ao nome do programa que comandou no SporTV. Ele agradeceu a Marco Mora, ex-diretor da Central Globo de Esportes, que morreu em 2018, e a Cléber Machado, a quem chamou de “amigo querido”. O comentarista escreveu também que “o SporTV e a TV Globo que conheci não existem mais. Muita coisa mudou”.

A saída dele vem após atritos com seu colega de trabalho André Rizek sobre posicionamentos políticos no jornalismo esportivo. Em junho, uma das pautas mais comentadas no SporTV foi a relevância da realização da Copa América no Brasil, com os crescentes números de casos e óbitos no País.

Cereto escreveu no Twitter que existia “muita lacração política” por parte dos companheiros de imprensa: “Quando foi que o jornalismo esportivo se transformou numa grande lacração política? Saudade de quando a imprensa esportiva achava que só entendia de futebol”.

Rizek também tuitou sobre o assunto, sem citar o nome de Cereto: “Queridinhos e queridonas, não se enganem. ‘Não se posicionar’ é, também, um posicionamento e uma escolha política. Ainda mais no Brasil de hoje. Bom dia”.

Até a publicação dessa nota, a Globo não havia se manifestado sobre a saída de Cereto.

Assédio moral a ex-funcionária

Segundo informações de Daniel Castro (Notícias da TV), a Globo responde na Justiça a um processo movido por uma ex-funcionária por ser conivente com suposto assédio moral que ela teria sofrido de Cereto. No processo, ela diz que o comentarista a xingava e a fazia dar voltinhas para mostrar seu corpo. O Notícias da TV escreveu, porém, que “a saída de Cereto nada teve a ver com a situação.

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