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terça-feira, dezembro 23, 2025

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Morre Sérgio Mesquita de Barros, da Globo, aos 57 anos

Morre Sérgio Mesquita de Barros, da Globo, aos 57 anos

Morreu nessa quarta-feira (29/9) Sérgio Mesquita de Barros, supervisor de eventos do Grupo Globo, aos 57 anos, vítima de um aneurisma. Muito querido pelos profissionais da emissora, ele recebeu diversas homenagens de colegas e amigos.

O narrador Luis Roberto comentou em suas redes sociais o último trabalho que fez com Sérgio, o Minuto Olímpico: “Que presente: foram 100 minutos olímpicos feitos com enorme carinho e capricho. (…) Esse vazio vai doer demais amigo! O Olimpo vai te receber! Lá é o seu planeta. Muito melhor que esse por aqui!”.

Na publicação, nomes como Jader Rocha, Everaldo Marques, Bárbara Coelho, Ana Thais Mattos, Fernanda Gentil e Tiago Medeiros também se despediram de Sérgio, carinhosamente chamado de Serginho.

O SporTV fez uma homenagem a ele, descrito como “um daqueles profissionais que trabalhavam por trás das câmeras, não era um rosto muito conhecido. Então, é justo que você, razão do trabalho do Serginho e do nosso trabalho, saiba que ele jogou demais”.

“Foi um craque, versátil como poucos”, diz a homenagem. “Serginho do futebol, do basquete, do vôlei, de todos os esportes, de Copas, Olimpíadas, Pan e Mundiais, até campeão mundial”, em referência ao fato de que ele foi assessor de imprensa na conquista do Campeonato Mundial Feminino de Basquete, em 1994.

Em seu Instagram, Galvão Bueno classificou Sérgio como um “profissional de raras qualidades e ser humano da mais alta linhagem”.

Assista à homenagem do SporTV a Sérgio Barros:

+Admirados de Economia: primeiro turno termina em 7/10

Conheça os finalistas dos +Admirados da Imprensa de Economia, Negócios e Finanças

Está chegando ao final a votação para o primeiro turno da sexta edição do Prêmio Os +Admirados de Economia, Negócios e Finanças. O certame, que conta com patrocínio de BTG, Captalys, Deloitte, Gerdau e Telefônica | Vivo, apoio de divulgação do I´MAX e apoio institucional do IBRI, vai distinguir os +Admirados jornalistas e veículos em 14 categorias. O destaque para este ano fica por conta das categorias regionais, em que serão eleitos os jornalistas TOP 3 nas cinco regiões do País.

A cerimônia de premiação será em 30 de novembro. O evento terá formato hibrido, com um almoço presencial no hotel Renaissance, em São Paulo, e transmissão ao vivo pelo canal do Portal dos Jornalistas no YouTube. Desta forma, os premiados e convidados que não puderem comparecer terão a opção de assistir e participar da cerimônia em tempo real.

Para contribuir com seu voto basta acessar o link, preencher um breve cadastro (ou fazer login caso tenha votado) e indicar até cinco nomes por categoria. Importante ressaltar que não é necessário indicar em todas as categorias para validar sua participação.

Confira a seguir as categorias desta edição: Veículos (TOP 3) − Agência de Notícias, Canal Digital, Podcast. Programa de TV, Programa de Rádio, Site/Blog, Veículo Impresso e Veículo Impresso Especializado; Jornalistas Nacional (TOP 50); e Jornalistas Regional (TOP 3) − Centro-Oeste, Nordeste, Norte, Sudeste e Sul.

Jornalistas&Cia comemora 26 anos

Jornalistas&Cia comemora 26 anos

Estar aqui, hoje, celebrando 26 anos de Jornalistas&Cia, ainda em meio a uma pandemia que virou o mundo de cabeça para baixo − e sem que sequer tivéssemos a oportunidade, em 2020, de festejar nosso Jubileu de Prata (ainda vamos fazer uma celebração à altura) −, mais do que uma vitória profissional e empresarial, é fruto da dedicação e da resiliência de uma pequena e aguerrida equipe que, mesmo na adversidade momentânea da crise de saúde não se deixou abater, nem deu campo ao desânimo, mantendo-se unida, mente aberta e mangas arregaçadas.

Decidimos, neste especial de aniversário, fazer um mergulho no presente e no futuro tanto do jornalismo quanto de seus principais protagonistas, os jornalistas. Um mergulho ancorado no olhar e nas reflexões de alguns de nossos mais importantes dirigentes, líderes e estudiosos da atividade. Convidamos, para essa missão, nossa brava editora Cristina Vaz de Carvalho, que – há quase 26 anos ao nosso lado (desde os saudosos tempos de FaxMOAGEM) – saiu digitalmente em campo para ouvir Paulo Jerônimo, presidente da Associação Brasileira de Imprensa (ABI); Maria José Braga, presidente da Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj); Marcelo Rech, presidente da Associação Nacional de Jornais (ANJ); Francisco Rolfsen Belda, presidente do Instituto para o Desenvolvimento do Jornalismo (Projor); Renata Cafardo, vice-presidente da Associação de Jornalistas de Educação (Jeduca); e Marcelle Chagas, coordenadora da JP − Rede de Jornalistas Pela Diversidade na Comunicação (também conhecida por Jornalistas Pretos). Um time de peso, diverso, intenso na defesa das boas práticas profissionais e das liberdades de imprensa e expressão e que têm a imensa responsabilidade de liderar e zelar por uma atividade que a cada dia mostra-se mais e mais essencial para a democracia e para a sociedade, sobretudo em tempos tão sombrios de fake news e violência verbal e física contra profissionais e veículos.

Esse, aliás, é um aniversário especial em que podemos, ao olhar para trás e mesmo para o futuro, celebrar feitos e planos, o que tem sido um estímulo para essa nossa agradável jornada com parcela crescente e qualificada do mercado jornalístico e da comunicação.

Confira nossa edição especial de aniversário!

Equipe de J&Cia/Portal dos Jornalistas

Festival FALA! discute a importância e o futuro do jornalismo

Abertas até 24/8 as inscrições para a terceira edição do FALA! Festival de Comunicação, Culturas e Jornalismo de Causa.
Abertas até 24/8 as inscrições para a terceira edição do FALA! Festival de Comunicação, Culturas e Jornalismo de Causa.

O Sesc São Paulo, em parceria com Ponte Jornalismo, Marco Zero Conteúdo, Alma Preta e 1 Papo Reto, realiza entre os dias 1º e 8 de outubro, o 2º FALA! – Festival de comunicação, culturas e jornalismo de causas. O evento, online, discutirá o papel do jornalismo em uma democracia, e a importância de tópicos como cultura, identidade e diversidade de linguagens no setor.

“Nós pretendemos discutir de forma mais aprofundada a relação entre arte, cultura e um jornalismo posicionado e comprometido com a diversidade e a pluralidade de vozes e corpos”, diz Laércio Portela, do portal Marco Zero e um dos idealizadores do FALA!. “É importante que construamos estes espaços de discussão para fortalecer o compromisso do jornalismo com a democracia, sem as meias-palavras e omissões do passado recente”

O evento será transmitido no canal do Sesc Avenida Paulista no YouTube. Confira a programação completa.

Brasileiros desconfiam da capacidade da imprensa de reconhecer erros, diz Reuters

Brasileiros desconfiam da capacidade da imprensa de reconhecer erros, diz Reuters

Relatório publicado este mês pelo Instituto Reuters para Estudos do Jornalismo mostrou que 78% dos brasileiros acreditam que os veículos de imprensa tentam esconder seus próprios erros. O índice é maior do que as taxas de Reino Unido (64%), Estados Unidos (59%) e Índia (55%). Apenas 20% dos participantes brasileiros acham que a mídia está disposta a reconhecer seus erros.

O estudo trabalhou com três empresas de pesquisa: Datafolha, no Brasil; Internet Research Bureau, na Índia; e Kantar, nos EUA e no Reino Unido. Foram entrevistadas aproximadamente 2 mil pessoas em cada país entre maio e junho.

“Descobrimos que os brasileiros são, em alguns casos, ainda mais céticos em relação aos jornalistas do que os entrevistados de outros países”, disse Camila Mont’Alverne, doutora em política e coautora do estudo, ao site LatAm Journalism Review. “Mesmo aqueles que geralmente confiam nas notícias suspeitam que os jornalistas tendem a encobrir seus erros”.

Outros dados relevantes da pesquisa são, por exemplo, que 44% dos brasileiros acreditam que os jornalistas provocam, de forma intencional, para chamar atenção para si mesmos; e 43% acham que a mídia tenta frequentemente manipular o público. Ambas as taxas são as maiores entre os quatro países pesquisados. Além disso, 36% dos brasileiros acreditam que os profissionais de imprensa são pagos por suas fontes, índice que fica atrás apenas da Índia, com 37%.

Em contrapartida, a maioria dos entrevistados em todos os países analisados acredita que os jornalistas rechecam de forma frequente as informações com várias fontes. No caso do Brasil, o índice é o segundo mais alto: 70%, atrás apenas da Índia, com 72%. A pesquisa também analisa os níveis de confiança em veículos brasileiros, tenta estabelecer um perfil do brasileiro que desconfia da imprensa, e apresenta algumas soluções para recuperar confiança na mídia.

Leia o relatório na íntegra.

Censo revela o tamanho do mercado das agências de comunicação corporativa

Censo revela o tamanho do mercado das agências de comunicação corporativa no Brasil

Um levantamento inédito promovido pela Associação Brasileira das Agências de Comunicação (Abracom) e pela Mega Brasil Comunicação, e que contou com o apoio de J&Cia, revelou o tamanho real do mercado brasileiro de agências de comunicação corporativa. São 875 empresas em todo o País, com forte concentração no estado de São Paulo, que tem mais de 500 empresas em operação. Em seguida, com 70 agências, vem o Rio de Janeiro. Minas Gerais e Paraná destacam-se com mais de 40 agências, seguidos por Rio Grande do Sul, Bahia, Distrito Federal, Santa Catarina e Pernambuco, cada um com mais de 15 empresas.

A pesquisa foi realizada entre os meses de maio e agosto, com abordagens individuais por telefone e e-mail. A pesquisa contratada pela Abracom e pela Mega Brasil valeu-se de uma base de dados que cruzava os mailings da associação e da empresa, além dos cadastros de CNPJ e contatos levantados por meio de pesquisas na internet. Partindo de uma relação de mais de 1.200 CNPJs, a pesquisa adotou como critérios o retorno dado à abordagem com informações sobre a agência; a presença em canais na internet, como sites, blogs e perfis ativos nas redes sociais; e a existência legal da agência, com estrutura mínima de atendimento.

“Procuramos distinguir a ‘eugência’ − aquela iniciativa individual que um dia pode virar uma empresa de fato − das agências que têm sede, equipes de atendimento e uma carteira de clientes mais robusta”, afirma Eduardo Ribeiro, sócio da Mega Brasil Comunicação e diretor de J&Cia. “Esses dados vão nos ajudar a orientar a pesquisa sobre o mercado realizada pelo Anuário da Comunicação Corporativa”.

Para Daniel Bruin, presidente do Conselho Gestor da Abracom, “a pesquisa reforça o tamanho e a importância econômica do mercado brasileiro de comunicação corporativa. Temos agências em todas as regiões do País, atendendo a clientes dos mais variados segmentos e portes, mostrando que a nossa atividade, que fatura mais de R$ 3 bilhões por ano e emprega mais de 16 mil profissionais de alta qualificação, está presente na estratégia das organizações brasileiras”.

A pesquisa terá revisões periódicas para monitorar a movimentação de negócios do setor e manter o cadastro de empresas sempre atualizado. A relação completa das empresas que foram mapeadas e fazem parte deste primeiro censo estará disponível em breve nos portais das duas organizações que o realizaram.

COP26: mídia precisa incorporar o conceito de justiça climática

Por Luciana Gurgel

Luciana Gurgel

A pandemia do coronavírus foi recebida como um evento de consequências catastróficas para o jornalismo. Mas apesar de ela ter agravado problemas anteriores da indústria de mídia e criado outros, a necessidade de informações confiáveis fez crescer a confiança na imprensa − e a desconfiança nas redes sociais − como fonte de notícias.

O mesmo pode acontecer agora com outro evento de consequências catastróficas, só que para o mundo: a mudança climática.

Assim como o jornalismo de qualidade provou-se essencial na crise de saúde pública, ele tem a oportunidade de reafirmar seu valor para a sociedade em um ano em que os efeitos do aquecimento global se tornam mais dramáticos. E que uma conferência global, a COP26, pode mudar o rumo dos acontecimentos.

O papel da imprensa na pandemia foi o tema do World News Day em 2020. Este ano a iniciativa celebrou nesse 28 de setembro a importância de notícias confiáveis para a solução do que muitos acreditam ser o maior desafio já enfrentado pelo planeta.

O World News Day começou no Canadá, criado por David Walmsley, editor-chefe do jornal The Globe and Mail, e foi abraçado por entidades do setor.

Na mensagem publicada no dia da comemoração, ele disse que a mudança climática virou um “futebol político”, com um embate entre diferentes pontos de vista. E que, embora seja essa a realidade e todos tenham direito a uma opinião,”os fatos são sagrados e não podem ser distorcidos”.

Essa é a missão que se coloca diante da imprensa nos próximos meses. A COP26, que acontecerá em Glasgow em novembro, desafiará governos e corporações a se comprometerem com medidas capazes de reverter o aquecimento global − muitas caras, contrárias a interesses comerciais e com potencial de ferir de morte algumas indústrias, como a dos combustíveis fósseis.

Assegurar a confiabilidade dos fatos e um debate racional, neutralizando o efeito de pressões políticas e setoriais e de radicalismos fora da realidade, pode fazer a imprensa consolidar a confiança conquistada na pandemia.

A coalizão global Covering Climate Now, da qual o MediaTalks faz parte, tem se empenhado em motivar jornalistas e redações a enfrentarem o que chama de momento histórico com uma cobertura “robusta e perspicaz”.

No mais recente guideline sobre como cobrir a conferência, a organização lembra que não há uma maneira única de contar a história do clima. E reconhece que cada redação é diferente.

Mas faz um apelo para que veículos de todos os tamanhos coloquem a COP26 na pauta, examinando as questões locais e ouvindo especialistas que possam explicar ao público como a emergência ambiental afeta ou pode vir a afetar cada comunidade.

Uma das questões levantadas é o conflito entre países ricos e pobres, que segundo o guia da CCNow limitou avanços em todas as reuniões da ONU sobre o clima desde a Rio92.

A organização defende que a mídia incorpore o conceito de justiça climática, demonstrando que os efeitos do aquecimento do planeta afetam mais os desfavorecidos. E sugere enfatizar que, se os países pobres não tiverem recursos para escolher um futuro de energia verde em vez de marrom, os ricos também sofrerão com a incidência cada vez maior de incêndios florestais, ondas de calor e enchentes.

David Wamsley bateu na mesma tecla em sua mensagem no World News Day. “É do interesse de todos os países trabalharem juntos para reduzir as emissões e apoiar mudanças industriais radicais que ajudarão toda a raça humana”, afirmou o fundador do WND.

Não vai ser fácil. Líderes globais de países importantes e afetados por eventos climáticos extremos já ensaiam não participar da COP26.

Esta semana, o primeiro-ministro da Austrália Scott Morrison sinalizou que não planeja viajar a Glasgow. Ele deu uma esnobada na conferência, dizendo a um jornal australiano que já viajou demais ao exterior este ano e passou muito tempo em quarentena.

A noticia repercutiu imediatamente na mídia global − um bom exemplo da tal cobertura “robusta e perspicaz” sugerida pelo CCNow.


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TV Jovem Pan News deve estrear em outubro

TV Jovem Pan News deve estrear em outubro

O canal Jovem Pan News, projeto da rádio na televisão, deve estrear em outubro, segundo publicação no LinkedIn de Antônio Augusto Amaral de Carvalho Filho, o Tutinha, presidente da emissora. Ainda não há, porém, de acordo com ele, uma data de estreia definida.

“Já somos quase 500 funcionários”, escreveu Tutinha. “Montamos seis estúdios de TV, helicópteros, unidades moveis, estúdio em Brasília, correspondentes no exterior, comentaristas e novos apresentadores. Estamos prontos. Já temos a grade de programação e estamos finalizando a parte artística e técnica”.

Segundo informações de Flávio Ricco, do Portal R7, a TV Jovem Pan News já teria assinado com algumas operadoras a cabo, por exemplo a Claro, onde, segundo o colunista, assumirá o canal 576, próximo a BandNews e CNN Brasil. Os programas Jornal da Manhã, 3 em 1 e Os Pingos nos is são algumas das atrações que devem permanecer na grade. De acordo com Ricco, as faixas das 10h às 17h, noite e madrugada serão reformuladas inteiramente.

Djamila Ribeiro lança podcast sobre racismo e feminismo

A filósofa e colunista da Folha de S.Paulo Djamila Ribeiro lançou, em parceria com a plataforma Feminismos Plurais, o podcast Onda Negra, sobre temas como intolerância religiosa, racismo brasileiro, apropriação cultural e outros tópicos relacionados a racismo e feminismo.

A apresentação é de Fernanda Bastos, da TVE RS. A primeira temporada tem dez episódios, que variam entre storytelling e entrevistas, trazendo informações e pesquisas sobre os temas abordados, como transfeminismo (com a professora da Universidade Federal do Piauí Letícia Nascimento), intolerância religiosa (com o doutor em linguística e babalorixá Sidnei Nogueira) e o racismo nas estátuas (com os curadores Igor Simões e Renata Sampaio).

“Acredito que esse projeto promova conhecimento e compreensão a todo o País sobre o combate à discriminação de gênero, raça e valorização das minorias, fazendo com que essa desigualdade seja erradicada”, afirma Djamila.

Sobre o projeto, Fernanda diz que “é uma honra ser convidada pela Djamila Ribeiro para contribuir para a popularização de um projeto tão importante para a prática antirracista, como a plataforma Feminismos Plurais. A ideia é que o podcast Onda Negra seja um espaço de estímulo a debates antirracistas entre aqueles que já assinam a plataforma e têm acesso ao conteúdo produzido pelas nossas professoras e professores e aqueles que ainda não conhecem nosso conteúdo e podem se engajar na mudança que estamos propondo por meio da educação”.

Mais de 98% dos tweets de Bolsonaro são de interesse público, aponta Abraji

Mais de 98% dos tweets de Bolsonaro são de interesse público, aponta Abraji

Segundo levantamento da Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji), o presidente Jair Bolsonaro postou cerca de 4.120 textos com até 280 caracteres em seu perfil no Twitter desde janeiro de 2020. Desse total, aproximadamente 4.052 (mais de 98%) são de interesse público, ou seja, visam a divulgar ações de governo, pronunciamentos, mobilizar militantes, entre outros. E tais posts não podem ser vistos por 79 profissionais de imprensa que estão atualmente bloqueados pelo presidente.

No final de julho, a Abraji entrou com mandado de segurança no Supremo Tribunal Federal (STF) para que Bolsonaro seja proibido de bloquear outros jornalistas. No texto, Taís Gasparian, advogada da entidade, destacou que “assuntos de inquestionável interesse público – como obras públicas, trocas no comando de ministérios, concessão de patrimônio público e operações de combate ao tráfico de drogas – foram levados a público por meio da conta do presidente da República no Twitter”.

Karina de Paula Kufa, advogada de Bolsonaro, declarou que “o impetrado realizou uma série de publicações que nenhuma relação guardam com sua atividade política ou relativa ao Estado Brasileiro”. Mas, segundo o levantamento da Abraji, apenas 68 dos tweets do presidente são classificados como “uso pessoal” (cerca de 1,4%). Postagens de “mobilização”, nas quais Bolsonaro incentiva atos pró-governo, por exemplo, foram bem mais recorrentes, totalizando 583 textos (14% do total).

Até 27 de agosto, a Abraji contabilizou 141 profissionais de imprensa bloqueados por 38 políticos com mandato vigente ou autoridades do alto escalão da burocracia brasileira. Bolsonaro é o que mais bloqueou jornalistas (79). O presidente também impediu o acesso de seis veículos de notícias a suas postagens.

Confira no site da Abraji um mapa interativo sobre os tweets de Bolsonaro.

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