O Grupo Jovem Pan anunciou a data de estreia de seu projeto para televisão. No dia 27 de outubro vai ao ar a Jovem Pan News, novo canal de hard news que operará 24 horas por dia, segundo vídeo de divulgação publicado pela emissora.
Operando sob a marca JP News, o novo canal terá foco em “notícias, opiniões, esportes e também entretenimento”. O projeto estará disponível em pacotes de TV por assinatura, mas o número do canal ainda não foi divulgado. Segundo o portal Comunique-se, o JP News terá o comando jornalístico de Humberto Candil, atual diretor de Redação da Jovem Pan, que está no grupo desde janeiro deste ano.
No final de setembro, Antônio Augusto Amaral de Carvalho Filho, o Tutinha, presidente da emissora, publicou em seu LinkedIn que já estava tudo encaminhado para a estreia do projeto televisivo: “Montamos seis estúdios de TV, helicópteros, unidades moveis, estúdio em Brasília, correspondentes no exterior, comentaristas e novos apresentadores. Estamos prontos. Já temos a grade de programação e estamos finalizando a parte artística e técnica”.
Em texto de divulgação, a Jovem Pan destaca que o novo canal se soma à produção diária de mais de 100 vídeos e cerca de 20 horas de transmissão ao vivo nas plataformas da emissora.
O Portal Imprensa anunciou as finalistas da 15ª edição do Troféu Mulher Imprensa, que valoriza e reconhece o trabalho de mulheres dentro e fora das redações brasileiras. Neste ano, o objetivo é fomentar o tema da diversidade na comunicação como um todo.
Ao todo, são 75 finalistas e projetos divididos em 15 categorias: Âncora, apresentadora ou comentarista de Telejornal; Âncora, apresentadora ou comentarista de Rádio; Repórter de Telejornal, Repórter de Rádio, Repórter de Jornal ou Revista, Fotojornalista, Colunista ou articulista, Jornalista revelação, Liderança, diretora de redação ou fundadora de projetos jornalísticos, Assessora de Comunicação – Agência, Assessora de Comunicação – Corporativa, Comunicação pública, e os três prêmios especiais Jornalista na editoria diversidade, Melhor projeto: canal, programa, reportagem especial ou série sobre a temática Feminina, e Melhor projeto: canal, programa, reportagem especial ou série com temática sobre Diversidade.
Na primeira fase, um júri composto por 46 profissionais indicou por livre escolha as mulheres que mais se destacaram em cada categoria e nos prêmios especiais. Criada em 2005, a iniciativa já premiou mais de 170 mulheres da comunicação do País.
Aquelas que receberam o troféu em cinco ou mais edições foram nomeadas “madrinhas”. Neste ano, a homenageada é Sonia Blota, que será madrinha ao lado de Lucia Hippolito, Mônica Bergamo, Miriam Leitão e Eliane Brum.
Sediar eventos globais sempre foi o sonho de muitas nações, disputando ferozmente a oportunidade de atrair a atenção do mundo e receitas em turismo e propaganda.
No entanto, depois que ativistas aprenderam a aproveitar os encontros para protestar em escala planetária, e que populações locais tornaram-se críticas quanto aos investimentos e impacto em suas vidas, alguns países podem estar se arrependendo da briga travada.
A COP26, que começa daqui a menos de três semanas, é um exemplo. Embora sem o potencial de impacto urbano de uma Olimpíada, está fazendo com que o governo e até a realeza britânica sejam confrontados mais diretamente pela sociedade.
Para complicar, o Reino Unido vive uma crise energética, com preços elevados e temores de racionamento.
Catastrofistas vaticinam que o país pode repetir o “Winter of Discontent” de 1979, marcado por greves e falta de produtos nos supermercados.
O modelo energético da Grã-Bretanha, fortemente dependente de combustíveis fósseis, é um ponto sensível para o país que recebe a conferência, mais vulnerável por ter sua população (e os ativistas) perto dos acontecimentos.
O grupo Extinction Rebellion começou cedo. Há três semanas bloqueia vias públicas para exigir instalação de proteção térmica nas residências.
O transtorno gera sentimentos ambíguos. Uma pesquisa do instituto YouGov publicada em 8 de outubro mostrou que 72% dos entrevistados opõem-se aos protestos, um aumento de 13% em comparação à primeira semana da ação.
Nem a rainha escapou
Ainda assim os ativistas ambientais seguem firmes, não poupando sequer a realeza.
Enquanto isso, empresas que operam no país esforçam-se para mostrar seu compromisso ambiental antes da conferência, acelerando projetos e lançamentos capazes de posicioná-las como companhias alinhadas ao que a COP26 vai debater: o desafio de reduzir a temperatura do planeta.
Transformação
Em conversa com Vinícius de Carvalho, professor brasileiro que dirige o Brazil’s Institute do King’s College e mediou um debate promovido com a Aberje na semana passada, ele disse achar louvável a disposição das empresas em ouvir e repensar modos de produção e produtos, o que leva à transformação.
Vinicius de Carvalho
Para o professor, a grande lição da COP26 será demonstrar que há conhecimento disponível para empresas e governos utilizarem. E ele acredita que as empresas reagem mais rápido.
Um exemplo é o McDonald’s, que lançou o Big Mac plant-based no Reino Unido. Não foi a primeira rede a fazê-lo, mas fez bem feito, garantindo ausência de contato com ingredientes de origem animal durante a produção, crítica feita a outros que tinham saído na frente.
Essa é outra lição: não dá mais jogar para a plateia sem consistência, pois ativistas e mídia não engolem greenwashing.
Carvalho está entre os 28% que aprovam a ação de ativistas, mesmo os radicais. Lembra que foi graças ao radicalismo que mulheres ganharam o direito ao voto. E acha que o barulho que fazem é um recado: se não estamos sendo ouvidos, vamos gritar e espernear.
A COP26 é um evento único. Diferentemente da longínqua Rio 92, acontece quando a emergência climática é inquestionável. E na era do engajamento e da descentralização de narrativas proporcionados pelas redes sociais.
Nesse contexto, diz o professor, cabe à comunicação estratégica perceber as situações desafiadoras que exigirão respostas e não discursos. E que mostrem transformação à sociedade.
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O cinegrafista Leandro Matozo, da GloboNews, foi agredido durante uma cobertura no Santuário Nacional, em Aparecida, nesta terça-feira (12/10). Segundo relatos do repórter Victor Ferreira, um apoiador do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) abordou a equipe para insultar o trabalho deles e da emissora, e em seguida deu uma cabeçada no repórter cinematográfico.
“Registramos uma ocorrência na PM, que não quis conduzir o agressor para a delegacia para não “prender a viatura” no DP, alegando uma tal resolução 150. O agressor foi liberado antes mesmo que nós e ainda pegou carona no carro da PM para voltar ao santuário”, relatou o jornalista em sua conta no Twitter. “O Leandro Matozo está bem. Já estamos tomando as medidas cabíveis. O mais triste é saber que o agressor é um professor de educação básica de uma escola estadual de Mogi das Cruzes. “Escola Sem Partido”, vão dizer por aí.”
É o segundo caso de ataque físico por parte de apoiadores de Jair Bolsonaro contra cinegrafistas em menos de uma semana. Na última sexta-feira (8/10) o repórter cinematográfico Helio Oliveira, da TV Tribuna, de Santos, foi atacado por um homem identificado como Armando Izzo com um tapa em seu equipamento e xingamentos direcionados ao jornalista e aos profissionais de imprensa que estavam cobrindo a chegada do presidente Jair Bolsonaro, para um período de descanso no Guarujá.
Já fiz denúncias graves e cobri tragédias com o @umdiadematozo. Hoje, no que deveria ser uma cobertura mais tranquila, dentro do Santuário de Aparecida, um apoiador de Bolsonaro nos abordou para insultar e deu uma cabeçada no meu amigo Matozo, rep. cinematográfico. Resultado 👇🏼 pic.twitter.com/shhMtSh54d
Vale lembrar que também nesta terça-feira Bolsonaro visitou a cidade do interior paulista, em compromisso oficial por conta do feriado do Dia de Nossa Senhora Aparecida. Durante sua visita, o presidente foi alvo de críticas e apoios por parte de diferentes grupos, e participou da missa oficial em homenagem à padroeira do Brasil.
Em homenagem ao centenário de Paulo Freire, será entregue um retrato pintura a óleo sobre tela do patrono da educação brasileira, feito pelo artista plástico Luís Mielle, a partir da iniciativa do Instituto Paulo Freire e do apoio financeiro de um grupo de brasileiros financiadores do trabalho.
O retrato será exposto no Centro de Referência Paulo Freire (CRPF – Rua Cerro Corá, 550, em São Paulo), na sexta-feira (15/10), Dia do Professor, das 10h às 11h30, em cerimônia para convidados. O Instituto Paulo Freire informou que, após a pandemia, vai retomar as atividades de visitação ao CRPF. Atualmente, existem Institutos Paulo Freire em 18 países ao redor do mundo.
A revista argentina Late promove de 29 de outubro e 17 de dezembro um curso sobre a cobertura de direitos LGBTQI+. As aulas, sempre às sextas-feiras, às 17h, abordarão progressos e dificuldades da comunidade na busca por reconhecimento e direitos.
O curso será ministrado por Bruno Bimbi, escritor e doutor em Estudos da Linguagem pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro. As aulas serão ao vivo, mas ficarão gravadas e os participantes poderão acessá-las posteriormente. O curso, em espanhol, custa 12 mil pesos argentinos (cerca de R$ 670). Inscrições aqui.
Arimatéia de Azevedo já havia sido preso em 2020, também sob acusação de extorsão
Menos de um ano após se beneficiar de um habeas corpus concedido pelo STJ, o jornalista piauiense Arimatéia Azevedo foi preso novamente no último dia 7 de outubro, em Teresina. Assim como em 2020, a acusação contra o diretor do Portal AZ envolve um suposto caso de extorsão, desta vez intermediada por um advogado próximo ao jornalista.
De acordo com o inquérito, o advogado Rony Samuel de Negreiros Nunes, amigo de Arimatéia, teria feito pressões contra Lamarque Lavor Santana de Almeida Rocha, representante da distribuidora de medicamentos Saúde e Vida, da região de São Raimundo Nonato. Na conversa, Rony manda a Lamarque um print de tela da nota publicada por Arimatéia sobre a empresa em 29 de maio deste ano e escreve: “Se ele não terminar de pagar o rafael [sic] vai ser uma nota por dia até sexta feira. Pelo menos atenção da polícia eu tenho certeza que chama”.
O alvo da cobrança seria Thiago Gomes Duarte, dono da Saúde e Vida, que é investigada pela Polícia Federal por possíveis fraudes em licitações no estado.
No inquérito aberto pela Polícia Civil, há vários prints de tela de conversas extraídas do celular de Arimatéia que provam a relação entre ele e Rony Samuel como jornalista e fonte. Não há nada que relacione o jornalista à suposta tentativa de extorsão praticada por Rony Samuel em 2021. Porém, há uma conversa entre os dois, de 21 de maio, em que Arimatéia menciona o pagamento de R$ 150 mil para uma pessoa chamada André da parte de Edson Ferreira. O inquérito não avança sobre quem seriam essas pessoas, muito menos se o fato tem relação com o caso deste ano.
Filha de Arimatéia, Maria Tereza Azevedo, questiona o fato do pai estar preso, enquanto o advogado que trocou as mensagens com o representante da Saúde e Vida segue em liberdade. “Contra o Rony havia um pedido de prisão temporária. Ele é de São Raimundo Nonato e estava a caminho de Teresina. A Polícia Rodoviária Federal o prendeu na cidade de Floriano. E, do próprio posto da PRF, via videoconferência, ele respondeu a três perguntas do delegado e foi liberado”, argumentou.
A defesa de Arimatéia considera a prisão “um absurdo jurídico” e entrou com um habeas corpus no Tribunal de Justiça do Estado do Piauí. Para o advogado Paulo Germano, o jornalista ignorava a troca de mensagens entre Rony Samuel e o representante da Saúde e Vida.
Arimatéia, que encontra-se detido na Penitenciária Irmão Guido, em Teresina, já havia sido preso em 12 de junho de 2020, também sob acusação de extorsão. Na época, o caso envolvia o cirurgião plástico Alexandre Andrade, e o acerto seria para que o jornalista não publicasse notícias sobre um caso de erro médico envolvendo o médico, que quase resultou na morte de uma paciente.
O Movimento Conteúdo Jornalístico Tem Valor reúne entidades defensoras do jornalismo e da liberdade de imprensa na luta pela valorização e remuneração do conteúdo produzido por veículos jornalísticos por parte de empresas de tecnologia (Google, Facebook, entre outras), que compartilham essas informações.
O projeto surgiu em agosto de 2020, a partir de uma iniciativa de Luiz Queiroz, do site Capital Digital. Desde o começo, o objetivo foi buscar soluções para remunerar jornalistas e empresas pelo conteúdo reproduzido nas chamadas empresas donas de plataformas de aplicação na internet, ou seja, redes sociais e “buscadores”.
Fazem parte do movimento a Associação Profissão Jornalista (APJor), representada por Fred Ghedini; a Associação Brasileira de Imprensa, representada por Arnaldo Cesar; a ABC Pública, nas pessoas de Lincoln Macário e Karla Mendes; e o Barão de Itararé (Altamiro Borges), além de jornalistas de várias praças, em todo o País.
O Portal dos Jornalistas conversou com Fred Ghedini, que além de representar a APJor no projeto, é presidente da entidade e pós-doutorando na Universidade Federal de Santa Catarina.
Ghedini falou sobre o progresso no que se refere à garantia de remuneração para a imprensa desde o começo do movimento: “O que temos hoje, passados 14 meses? Um projeto de lei na Câmara, o PL 2950/2021, do deputado Rui Falcão (PT-SP), que tem algumas características. Primeiro, trata-se de algo autoaplicável. As plataformas são incentivadas a pagar diretamente aos jornalistas e às empresas pois se assim o fizerem, pagarão menos. Os percentuais começam com 5% para cada parte. Quando o jornalista é o próprio dono do veículo − no caso de um pequeno site, blog jornalístico etc. – ele fica com os 10% do faturamento”.
O presidente da APJor citou também que o movimento vem conversando com o senador Ângelo Coronel (PSD-BA), relator do PL das Fake News, que fez o primeiro projeto de lei sobre o tema da remuneração do conteúdo jornalístico (PL 4255/2020). A ideia era introduzir algumas mudanças no projeto de lei por meio do relator, mas ele não foi indicado até hoje.
O movimento pretende agora preparar uma conversa com todos os parlamentares autores de projetos de lei sobre remuneração de conteúdos jornalísticos. Além de Ângelo Coronel e Rui Falcão, há os PLs dos deputados Filipe Barros (PSL-PR), o PL 1586/2021, e Denis Bezerra (PSB-CE), o PL 1354/2021.
“Todos os projetos, com exceção do que nós patrocinamos, o do deputado Rui Falcão, são voltados para a remuneração das empresas. O único que trata de forma igual jornalistas e empresas é o nosso”, destaca Ghedini. “E, como há uma miríade de jornalistas que têm seus próprios blogs e sites, não poderia ser diferente. É extremamente injusto olhar apenas para os grandes veículos jornalísticos que, embora também estejam à míngua por causa da esperteza das empresas de internet de terem inventado uma forma de sugar a parte do leão da verba publicitária pelo mundo afora, só existem porque há milhares de jornalistas trabalhando para elas e ganhando muito mal, em sua esmagadora maioria”.
O representante da APJor destaca também o projeto da Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj) para a criação de um fundo de fomento ao jornalismo, com base na taxação dessas mesmas empresas de internet. “Achamos isso muito importante, principalmente levando-se em conta que o projeto em elaboração pela Fenaj prevê formas diferenciadas de fomento, que equilibrem e diversifiquem mais as linhas editoriais existentes no País, proporcionalmente falando. Ou seja, levando em conta o alcance de público”, disse.
Por fim, Ghedini falou sobre o apoio da APJor ao Perfil Racial da Imprensa Brasileira, projeto deste Portal dos Jornalistas e da newsletter Jornalistas&Cia, em parceria com o Instituto Corda – Rede de Projetos e Pesquisas e o I’Max.
“Para nós, da APJor, a questão racial no Brasil está muito presente no dia a dia das redações e no resultado do trabalho jornalístico. São pouquíssimos os jornalistas negros”, disse. “As redações continuam a contratar principalmente brancos, pois há uma seleção ’natural‘ (bem entre aspas) em função de os candidatos a vagas terem feito os cursos que têm mais nome no mercado. São umas quatro ou cinco escolas. Estamos falando aqui de São Paulo, capital, principalmente. Então, acho importante saber como anda a situação. Tenho alguma expectativa de que, ao final deste estudo, as mesmas organizações que apoiam a iniciativa da pesquisa possam se unir para desenhar um projeto capaz de interferir de maneira concreta na realidade que será mostrada”.
O prefeito de Manaus David Almeida ignorou perguntas feitas pela repórter Gabriela Alves, do portal Amazonas 1, em 7/10, sobre suspeitas de irregularidades na distribuição de apartamentos a famílias de baixa renda na capital. “Com o portal de vocês, eu não falo”, disse o político.
Após insistência da repórter, Almeida declarou que ela estaria sendo usada: “A sua chefe quer extorquir a Prefeitura, e eu não vou servir à extorsão deles. O chefe do seu blog quer extorquir o povo de Manaus (…). Eles querem tirar R$ 160 mil por mês da Prefeitura. Isso é roubo”.
À Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji), Gabriela disse que se sentiu desrespeitada: “Eu não esperava que ele fosse responder, mas esperava ter o direito de fazer minhas perguntas. Tive a sensação de que estava sendo intimidada, além de revolta por não ter conseguido fazer o mínimo do meu trabalho”.
Para Rudson Peixoto, dono do Amazonas 1, “é lamentável a postura do prefeito, que age dessa forma todas as vezes que os jornalistas fazem perguntas que o incomodam, porque buscam mostrar os fatos para a população”. Em nota o portal escreveu que “não se calará diante de fatos e acontecimentos contrários ao interesse público” e que “atentar contra a imprensa livre é um atentado contra a democracia e transparência na aplicação dos recursos públicos”.
O Amazonas 1 disse também que tomará as medidas cabíveis contra o prefeito e que aguarda provas de que o proprietário do portal tenta extorquir ou roubar dinheiro público.
A RedeTV disse em nota repudiar a homofobia e o preconceito após o MPF pedir a condenação da emissora e do apresentador Sikêra Jr.
O apresentador Sikêra Jr. conseguiu uma liminar para interromper a campanha promovida pelo movimento Sleeping Giants Brasil que pede que anunciantes deixem o Alerta Nacional, apresentado por ele. A Justiça classificou a atitude do grupo digital como “campanha de constrangimento aos anunciantes”.
O desembargador Airton Luiz Corrêa Gentil, do Tribunal de Justiça do Amazonas, determinou “aos recorridos (Sleeping Giants) a abstenção de dar seguimento à campanha de constrangimento aos anunciantes do agravante no prazo de 24 horas a partir da notificação, em face ao abuso do direito”.
O movimento contra Sikêra Jr. e o Alerta Nacional teve início após o apresentador dizer, em junho, que “gays são uma raça desgraçada”. Cerca de 150 marcas retiraram os anúncios da TV e das plataformas digitais do programa. Sikêra processou o Sleeping Giants e pediu a punição dos responsáveis e o pagamento de indenização por danos morais e materiais. A juíza Sheilla Jordana de Sales, da 1ª Vara Cível do Amazonas, negou o pedido em primeira instância.
O apresentador conseguiu reverter a decisão em segunda instância. Na decisão, o desembargador pontou que “os prejuízos financeiros ocasionados pela perseguição aos anunciantes do agravante (Sikêra) estão devidamente comprovados, bem como os agravados (Sleeping Giants) jactam-se deste comportamento ilícito”.