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sexta-feira, julho 11, 2025

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Prêmio Einstein +Admirados da Imprensa de Saúde e Bem Estar homenageia os vencedores

Evento de premiação revelou os jornalistas TOP 5 Brasil, além dos campeões regionais e das nove categorias de veículos

Num evento em que não faltaram emoção e surpresas, realizado ao vivo, no canal do Portal dos Jornalistas no Youtube, às 11h desta quinta-feira (9/9), o Prêmio Einstein +Admirados da Imprensa de Saúde e Bem-Estar fez uma justa homenagem aos profissionais da imprensa brasileira que se têm dedicado diuturnamente à cobertura de área tão essencial para a vida da sociedade, sobretudo nesta grave crise da pandemia da Covid-19, que já dura 20 meses.

Uma das mais importantes instituições do País, reconhecida internacionalmente, o Hospital Albert Einstein deu seu nome a um certame que movimentou milhares de jornalistas e profissionais de comunicação, em dois turnos de votação, e que, agora, ao final, destacou os profissionais TOP 25 Brasil e os TOP 3 regionais e das nove categorias de veículos, que incluem as diversas plataformas que hoje compõem o espectro de comunicação com a sociedade.

Após o desfile em que todos os eleitos mandaram mensagens em vídeos, os apresentadores Fernando Rocha e Fátima Turci abriram espaço para a revelação mais aguardada do evento: os mais admirados entre os mais admirados, ou seja, os profissionais TOP 5 Brasil e os campeões regionais e das nove categorias de veículos. Não sem antes verem destacado que dos 33 jornalistas vencedores, 30 eram mulheres. Uma presença acachapante, que mostra a força feminina na cobertura de saúde e bem estar.

Ao longo do evento, a quase totalidade dos eleitos esteve presente e interagindo no chat, com mensagens de agradecimento e de parabenização aos outros colegas premiados.

Eduardo Ribeiro, diretor deste Portal dos Jornalistas e um dos idealizadores da premiação, lembrou da importância de ter um nome como o do Einstein engrandecendo a iniciativa e do esforço na organização, que acabou envolvendo toda a equipe de comunicação do hospital e da própria Jornalistas Editora: “Foi muito bonito acompanhar todo o ciclo da premiação, desde a definição da metodologia à implementação da plataforma de votação, passando pela divulgação, pelas ideias e pela relevante aderência dos jornalistas e dos profissionais de comunicação, que deram ao prêmio um colorido especial e de muita emoção. Nunca vimos os jornalistas que cobrem um setor tão importante receberem uma homenagem como essa. Foi realmente especial, um evento de grande envergadura, que entra para nossa história de quase 26 anos”.

 

Os jornalistas vencedores

Foram eleitos +Admirados da Imprensa de Saúde e Bem Estar 33 jornalistas de todo o País e das mais diferentes plataformas. Todos vão receber seus merecidos certificados de +Admirados da Imprensa de Saúde e Bem Estar.

Mas, entre eles, ainda havia, como surpresa do evento, os profissionais nacionais e regionais e os veículos de comunicação que subiriam ao pódio simbólico da premiação para a conquista dos troféus de +Admirados, uma peça concebida e produzida pelo designer gráfico Nilson Santos, que será entregue a todos nos respectivos endereços domiciliares.

Os vencedores dos TOP 5 Brasil foram:

  • 1º) André Biernath (BBC News)
  • 2°) Claudia Collucci (Folha de S.Paulo)
  • 3°) Cinthya Leite (Jornal do Commercio/PE)
  • 4°) Amanda Milléo (Gazeta do Povo/PR)
  • 5°) Carolina Marcelino (CNN)

Também vão receber o troféu de +Admirados, nas respectivas residências, os campeões regionais, uma das novidades da premiação, que buscou incentivar uma participação nacional, tendo em vista o esforço de jornalistas e veículos de todo o País nessa cobertura.

Entre eles estão Claudia e Cinthya, que receberam um duplo reconhecimento, pois foram eleitas também as +Admiradas, respectivamente, das regiões Sudeste e Nordeste. Os três outros vencedores regionais foram:

  • Centro-Oeste – Rebeca Borges (Metrópoles − Brasília)
  • Norte – Daniela Branches (TV Globo − Amazonas)
  • Sul – Larissa Roso (Zero Hora – Rio Grande do Sul)

Além deles, Mariana Varella (Portal Drauzio Varella) foi eleita a +Admirada Colunista de Saúde e Bem Estar do Brasil.

Os outros 24 profissionais eleitos e que do mesmo modo serão homenageados pelos organizadores com um certificado especial de +Admirado da Imprensa de Saúde e Bem Estar são, em ordem alfabética: Adriana Dias Lopes (O Globo), Barbara Paludeti (UOL VivaBem), Bethânia Nunes (Metrópoles), Bruna Alves (UOL VivaBem), Camila Neumam (CNN), Carlos Madeiro (UOL VivaBem e UOL Notícias), Chloé Pinheiro (Veja Saúde), Claudia Brandão (TV Cidade Verde), Cléo Soares (O Liberal), Cristiane Segatto (UOL VivaBem), Danielle Sanches (UOL VivaBem), Deborah Giannini (R7), Denilson D´Almeida (Diário do Pará), Érica Montenegro (Metrópoles), Giulia Granchi (UOL VivaBem), Juliana Dantas (Podcast Finitude), Lúcia Helena de Oliveira (UOL VivaBem), Natália Cancian (Folha de S.Paulo), Natalia Cuminale (Futuro da Saúde), Nathália Kuhl (Metrópoles), Paola Machado (UOL VivaBem), Renata Veneri (Corpo, Cabeça, Coração), Silvia Lisboa (The Intercept) e Thaís Manarini (Veja Saúde).

 

Os veículos campeões

Vinte e sete veículos dividiram-se entre as nove categorias, eleitos TOP 3 da premiação. Todos também receberão os certificados de +Admirados. Entre eles, os veículos campeões das nove categorias vão receber o Troféu de +Admirados desta primeira edição do certame. São eles:

  • Agência de Notícias – Agência Fapesp
  • Programa de Rádio – Saúde em Foco – CBN
  • Programa de TV – Bem Estar – TV Globo
  • Site/Blog – Portal Drauzio Varella
  • Canal Digital – VivaBem – UOL
  • Impresso Geral – Folha de S.Paulo
  • Impresso Especializado – Superinteressante
  • Podcast – Saúde sem Tabu

No mundo dividido pela Covid, sintonizar discurso com pensamento da “maioria” virou missão quase impossível

Por Luciana Gurgel

Luciana Gurgel

As manifestações acaloradas do 7 de setembro são mais uma evidência de que os brasileiros nunca estiveram tão divididos.

Protestos a favor e contra o governo aconteceram no Brasil e no mundo, ganhando destaque na mídia internacional.

Se serve de consolo, divisão não é um problema só nosso. E foi agravada pela pandemia, como vêm atestando vários estudos.

Um deles, feito pelo Pew Research Center, constatou que seis em cada dez pessoas de 17 países desenvolvidos − o Brasil não está entre as nações pesquisadas − relataram que as divisões nacionais pioraram desde o início do surto.

Em 12 dos 13 países examinados, o sentimento de divisão aumentou significativamente entre 2020 e 2021 − em alguns casos em mais de 30 pontos percentuais.

Para jornalistas e comunicadores, isso significa que nunca foi tão difícil alinhar a pauta, a edição e o discurso corporativo interno ou externo ao que a maioria pensa, pois “maioria” é algo cada vez mais distante.

Ao todo, 61% das pessoas pesquisadas acreditam que estão mais divididas por diferenças de pensamento. Apenas 34% sentem-se mais unidas.

A desunião foi maior nos Estados Unidos: 88% dos americanos dizem que estão mais divididos do que antes da pandemia, a maior proporção que sustenta essa opinião em todos os lugares pesquisados. A maioria dos canadenses também afirma que seu país está mais dividido.

Na Europa, a maioria em sete das nove nações pesquisadas afirma que a sociedade está mais polarizada do que antes do coronavírus.

A discórdia é maior em Holanda, Alemanha e Espanha, onde cerca de oito em cada dez relataram mais divisão. Já na Suécia e no Reino Unido, cerca de quatro em cada dez acreditam que estão mais unidos do que antes do surto, segundo o Pew.

A divisão refletiu-se na inclinação política. A pesquisa do Pew associa a visão sobre as medidas de isolamento social ao apoio maior a partidos de direita.

Na Holanda, 42% dos entrevistados com opiniões favoráveis sobre o partido de direita Fórum para a Democracia (FvD) dizem que deveria ter havido menos restrições à atividade pública durante o surto de coronavírus. Apenas 17% das pessoas com visões desfavoráveis em relação ao FvD compartilham dessa opinião.

Divisões semelhantes aparecem entre apoiadores e não apoiadores da Alternativa para a Alemanha, Lega e Forza Italia, na Itália, Vox, na Espanha, Partido pela Liberdade, na Holanda, Democratas, da Suécia, Solução, na Grécia, e Reforma, no Reino Unido.

Na maioria dos públicos pesquisados, pessoas que simpatizam com a direita ideológica demonstraram-se muito mais propensas do que as da esquerda a dizer que deveria haver menos restrições.

Nos EUA, 52% dos conservadores são contra medidas de controle; apenas 7% dos liberais dizem o mesmo.

Preço a pagar

No jornalismo e na comunicação, essa polarização tem consequências.

Ataques a organizações sérias e a jornalistas idôneos pelos que discordam da cobertura dos fatos, no estilo “mate o mensageiro”, viraram caso de polícia.

Algumas foram resolvidas judicialmente, com ganho de causa para os atacados. Mas deterioram a confiança na mídia em escala global.

Do outro lado do balcão, cuidados redobrados ao planejar ações de propaganda ou de relações públicas não têm sido suficientes, a julgar pela quantidade de reações negativas a campanhas cheias de boas intenções.

O exemplo mais recente é o do comercial estrelado por Beyoncé e Jay-Z para a grife Tiffany.

Tudo parecia perfeito: um quadro do artista socialmente engajado Jean-Michel Basquiat ao fundo, ela a primeira negra a usar o famoso diamante Tiffany celebrizado no pescoço de Audrey Repburn em Bonequinha de Luxo.

Mas a cantora e a marca viraram alvo de ataques por ativistas desconfortáveis com o endosso a uma jóia associada à escravidão.

A pandemia está demorando a ir embora − há quem diga que nunca irá de vez. Mesmo que vá, é provável que as rupturas por ela causadas persistam.

Talvez a gente fosse feliz e não soubesse.

Beyoncé e o diamante: controvérsia

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Monica Grayley será porta-voz do novo presidente da Assembleia Geral da ONU

Monica Grayley, diretora da ONU News em Português, em Nova York, deixará o cargo por um ano para assumir um novo desafio.
Monica Grayley, diretora da ONU News em Português, em Nova York, deixará o cargo por um ano para assumir um novo desafio.

Primeira brasileira no posto, vai representar Abdula Shahid, atual ministro das Relações Exteriores das Maldivas

Monica Villela Grayley, diretora da ONU News em Português, em Nova York, deixará o cargo por um ano para assumir um novo desafio: será porta-voz do novo presidente da Assembleia Geral, o chanceler das Maldivas Abdulla Shahid.

Monica assumirá o posto na próxima terça-feira (14/9), imediatamente após a posse de Shahid como presidente da 76ª Sessão da Assembleia, que tem como tema Construindo resiliência por meio da esperança. Ele é membro do Parlamento das Maldivas e ministro das Relações Exteriores. Em junho, venceu as eleições na Assembleia Geral da ONU prometendo uma “Presidência com cinco raios de esperança”: recuperação da pandemia, reconstrução sustentável, resposta às necessidades do planeta, respeito aos direitos de todos e revitalização das Nações Unidas.

Esta é a segunda vez que Monica ocupa o posto. Ela é a primeira brasileira no cargo. Em 2018-2019, foi porta-voz da então presidente María Fernanda Espinosa, ex-chanceler e ex-ministra da Defesa do Equador. Espinosa foi ainda a primeira latino-americana e até agora a quarta mulher na Chefia da Assembleia em 76 anos de história da ONU.

Monica disse a este J&Cia que é uma honra poder ser a porta-voz do líder do maior órgão da ONU, com 193 países-membros. Segundo ela, uma das razões pelas quais retornou é o compromisso assumido pelo novo presidente de promover a paridade de gêneros no funcionamento do gabinete, com comissões e iniciativas que contenham 50% de homens e 50% de mulheres: “Shahid, aliás, levou a promessa a sério em seu próprio país. Desde que assumiu o posto, introduziu paridade no corpo diplomático nomeando mulheres para metade dos postos de embaixadores das Maldivas”.

Para o novo presidente, a prioridade 1 agora na ONU é levar vacinas contra a Covid-19 a todos, para assegurar que o mundo possa recuperar-se de uma vez por todas da pandemia.

Sindicato dos Jornalistas do DF repudia ataques à imprensa em manifestações bolsonaristas

O Sindicato dos Jornalistas do DF (SJPDF) repudiou os ataques direcionados aos jornalistas que cobriam as manifestações bolsonaristas em 7 de setembro e nesta quarta-feira (8/9).

A entidade alertou que profissionais de imprensa foram atacados hoje por manifestantes em frente à sede do Ministério da Saúde (MS). Alguns jornalistas tiveram que se abrigar dentro do prédio e aguardaram escolta policial para sair.

A direção do SJPDF pediu que a Secretaria de Segurança Pública do DF assegure o trabalho da imprensa. A entidade cobrou também dos veículos de comunicação que “garantam a segurança de seus funcionários e não os enviem para cobertura na frente de prédios nesta quarta. No caso daqueles com dificuldade de sair de órgãos, é urgente a oferta de uma solução para evitar qualquer risco à integridade física dos profissionais”.

A entidade colocou-se à disposição da categoria para tirar dúvidas e prestar assessoria jurídica.

A Associação Brasileira de Rádio e Televisão (Abratel) também se pronunciou sobre o ocorrido, que classificou como “inadmissível”. A entidade declarou que “se posiciona e sempre se posicionará a favor das liberdades de imprensa e de expressão. A manifestação popular é um direito do cidadão, no entanto, nada justifica os atos de intimidação contra jornalistas e cinegrafistas que estão no exercício da profissão”.

SJPDF repudia ataques durante ato em 7 de setembro

O SJPDF repudiou os ataques, agressões verbais e ameaças de manifestantes bolsonaristas aos profissionais de imprensa que cobriam o ato pró-governo na Esplanada dos Ministérios nesse 7 de setembro.

A entidade identificou ao menos dez episódios envolvendo jornalistas, repórteres-fotográficos e repórteres-cinematográficos. Alguns tiveram que sair da manifestação sob escolta, enquanto outros, ao recorrerem às forças de segurança, ainda passaram por revista policial e constrangimento.

O material coletado pelo Sindicato será enviado à Secretaria de Segurança Pública, para que tome as medidas cabíveis.

O SJPDF escreveu que, “mais uma vez, os apoiadores do governo Bolsonaro foram às ruas para ameaçar não apenas os jornalistas, mas também a democracia e as instituições democráticas”. A entidade pede também que os profissionais que foram vítimas de ataques enviem relatos para secretaria@sjpdf.org.br ou 61-98346-9839.

Entidades repudiam MP que limita remoção de conteúdo nas redes

Entidades repudiam MP que limita remoção de conteúdo nas redes

Entidades defensoras da liberdade de imprensa e de expressão repudiaram a Medida Provisória (MP) assinada pelo presidente Jair Bolsonaro que altera o Marco Civil da Internet (Lei nº 12.965/2014) e a Lei de Direitos Autorais, no que se refere à remoção de conteúdo nas redes.

A MP defende, entre outros fatores, a exigência de “justa causa e de motivação” para a remoção de postagens nas redes, ou seja, as plataformas devem manter no ar conteúdos que hoje são retirados por violarem regras de moderação, como propagação de discurso de ódio, desinformação, vendas de armas, entre outros. O texto limita também a ação das empresas de tecnologia contra contas que compartilham esses tipos de conteúdo.

Em nota, a Associação de Jornalismo Digital (Ajor) escreveu que “a Medida Provisória é arbitrária e ilegal, já que, além de produzir conteúdo equivocado, que não tem como foco a construção de um ambiente acolhedor e sem violência na internet, não atende aos requisitos formais de relevância e urgência previstos para a publicação de uma MP”.

A Associação Brasileira de Imprensa (ABI) declarou que a MP pretende “legalizar a divulgação de fake news, teorias da conspiração e negacionistas, sem regras nem punições, além da manutenção da possibilidade de enriquecimento com a produção de calúnias, injúrias, difamação e teorias lunáticas”. A entidade destacou também que o texto “é um grave atentado ao legítimo espírito da liberdade de expressão”.

Após a Globo, emissoras também pretendem demitir funcionários que se recusarem a tomar a vacina contra a Covid

Record, SBT, Band, RedeTV e TV Cultura pretendem, assim como a Globo, demitir funcionários que se negarem a tomar a vacina contra Covid-19.
Record, SBT, Band, RedeTV e TV Cultura pretendem, assim como a Globo, demitir funcionários que se negarem a tomar a vacina contra Covid-19.

Record, SBT, Band, RedeTV e TV Cultura pretendem, assim como a Globo, demitir funcionários que se negarem a tomar a vacina contra Covid-19. Até a edição desta nota, somente a Globo havia formalizado, em comunicado distribuído a funcionários e colaboradores, a exigência pela vacinação.

De acordo com a Folha de S.Paulo, a condição não diz respeito apenas à saúde. As emissoras têm tido grandes despesas com a realização de testes, hospedagem para quarentenas e interrupção de gravações, o que desorganiza o planejamento de locação de estúdios e preparação de cenários.

Com o avanço da vacinação, os casos de contaminação com o vírus têm diminuído e, junto a isso, os gastos de cada empresa. Assim que a imunização alcançar quem tem acima de 12 anos, as exceções aceitas valerão só para menores de 12.

A Globo informou, porém, que aqueles que não podem ser vacinados por motivos médicos não correm risco de desligamento. A decisão também será aplicada a estagiários e jovens aprendizes.

Opinião: MP altera regras do Marco Civil da Internet – Pode isso, Arnaldo?

* Por Marcio Lamonica

Por meio de uma Medida Provisória – tratada usualmente como MP – a Presidência da República alterou substancialmente o Marco Civil da Internet e também a Lei de Direitos Autorais, especialmente quanto às políticas e procedimentos que tratam do controle, cancelamento e suspensão de conteúdos publicados, por exemplo, nas redes sociais.

Trata-se da MP 1.068/2021, inclusive arrisco dizer que será tema de acirrada discussão e debate por especialistas e também objeto de questionamento no Poder Judiciário. Já existem notícias de algumas ações diretas de inconstitucionalidade ajuizadas a menos de 24 horas da publicação da MP, ou seja, o assunto vai ferver no STF.

Qualquer norma que revele indícios de motivação ideológica (independentemente do lado da mesa que você esteja sentado), deve ser fortemente criticada e abolida.

O processo legislativo não serve – ou pelo menos não poderia servir – de palco para discussões acaloradas de defensores da esquerda ou da direita. Confesso que nos dias atuais não saberia dizer o que realmente é “ser de esquerda” ou “ser de direita”.

Infelizmente, o momento político atual do Brasil caminha, a nosso ver, a passos largos ao irracionalismo, muito próximo de uma caricata discussão de almoço familiar de domingo, tantas vezes tema de seriados cômicos de muito sucesso no passado.

Voltando ao tema da MP 1.068/21, o primeiro comentário a ser feito envolve uma questão técnica formal: O assunto tratado se enquadra nas hipóteses do art. 62 da Constituição Federal do Brasil. Assim, é o caso de relevância e urgência que permita o Presidente da República em exercício adotar um comando com força de Lei produzindo efeitos jurídicos imediatos?

O uso de MP pelo Presidente da República deveria ser exceção à regra do processo legislativo “normal”, quando um vereador, deputado ou senador eleito pelo povo, propõem projeto de lei e submetem ao processo legislativo de aprovação estabelecido pelo sistema.

O site oficial do Congresso Nacional contém uma explicação muito bem detalhada sobre o processo de tramitação de uma MP (https://www.congressonacional.leg.br/materias/medidas- provisorias/entenda-a-tramitacao-da-medida-provisoria).

Resumidamente:

  1. Uma MP editada pelo Presidente da República produz efeitos jurídicos imediatos à sua publicação no Diário oficial por 60 dias, podendo ser prorrogado pelo mesmo período caso não tenha sua votação concluída nas duas Casas do Congresso Nacional;
  2. Se não for apreciada em até 45 dias contados da sua publicação no Diário Oficial, entra em regime de urgência sobrestando todas as demais deliberações legislativas da Casa em que estiver tramitando (Câmara dos Deputados ou Senado Federal);
  3. A MP é votada no Plenário da Câmara dos Deputados com maioria simples. Rejeitada, a matéria tem a sua vigência e tramitação encerradas e é arquivada. Se aprovada é remetida ao Senado Federal;
  4. No Senado Federal a MP é aprovada ou rejeitada também por maioria simples. Novamente, se rejeitada a matéria tem sua vigência e tramitação encerradas e é arquivada. Se aprovada na íntegra, a MP é enviada à promulgação e se torna lei. Caso seja aprovada com emendas, a matéria retorna à Câmara dos Deputados, que deliberará, exclusivamente, sobre as emendas.

Feitas essas considerações técnicas, passemos a discutir o conteúdo da MP 1.608/21 propriamente dito.

O Marco Civil da Internet carregou amplo (e demorado) debate no legislativo com a participação da sociedade, sobre vários temas relacionados à propagação de conteúdo nos meios eletrônicos, com atribuição de responsabilidade pelos possíveis danos causados pelo mau uso.

Qualquer norma, a rigor, pode ser alterada e revisada no decorrer do tempo. É assim que deve funcionar o sistema idealizado. As normas devem ser um reflexo atualizado das necessidades da Sociedade Civil. No ambiente virtual, as mudanças são ainda mais rápidas e desafiadoras.

Isso não se discute. Não é esse o ponto!

Mediante o emprego de critérios subjetivos, a MP 1.068/21 criou um rol taxativo de hipóteses tidas como “justa causa” para moderação dos conteúdos publicados no ambiente virtual. Isso está retratado nos artigos 8-A, 8-B e 8-C introduzidos no Marco Civil da Internet.

Pela redação da MP, a exclusão, o cancelamento ou a suspensão, total ou parcial, de serviços e funcionalidades da conta ou do perfil (conceito de moderação) somente podem ser feitos mediante justa causa e motivação.

O controle deve existir e isso é fundamental para a subsistência do ambiente virtual harmonioso. A tal “justa causa” e motivação não são os focos das críticas. A preocupação aqui é o efeito colateral da criação de critérios rígidos de controle de conteúdo sob a pseuda preservação incondicionada dos aclamados e fundamentais direito de expressão, comunicação e manifestação de pensamento.

O uso mal intencionado do ambiente virtual sem a possibilidade eficaz de controle e moderação também deve ser combatido.

Esse é o ponto que deve ser objeto de reflexão, o resto é discussão política ideológica que muitos já não aguentam mais ouvir e ler.


* Marcio Lamonica é sócio do FAS Advogados

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Portal dos Jornalistas.

Repórter Brasil completa 20 anos

Repórter Brasil completa 20 anos

A ONG Repórter Brasil, especializada em direitos humanos, trabalho escravo e investigações, completa em outubro 20 anos de existência. A agência consolidou-se como referência de informações sobre direitos humanos com reportagens investigativas, documentários, parcerias com veículos nacionais e internacionais, e prêmios/reconhecimentos que valorizam o seu trabalho.

A Repórter Brasil tem quatro núcleos principais: Jornalismo, Documentário, Investigação e Educação. O braço de Jornalismo refere-se à agência de notícias, com reportagens investigativas, e grandes matérias de profundidade sobre os mais diversos temas envolvendo direitos humanos.

Desde 2006, o núcleo de Documentário produz longas metragens sobre trabalho escravo, trabalhadores em frigoríficos, construção de hidrelétricas, entre outros, que já receberam diversos prêmios em festivais nacionais e internacionais.

Outro braço importante da Repórter Brasil é o de Investigação, responsável pela pesquisa de campo e pela produção de relatórios sobre atores econômicos mostrando como mercadorias fabricadas com trabalho escravo, tráfico de humanos, trabalho infantil ou desmatamento chegam ao mercado nacional e internacional. Os relatórios produzidos pela ONG nos últimos 18 anos fomentaram a formação de políticas nos setores produtivo, bancário e financeiro.

O quarto núcleo é o de Educação, que promove cursos e programas como o Escravo, nem pensar!, sobre a prevenção do trabalho escravo, e o Vaza, Falsiane!, sobre combate à desinformação.

Em entrevista à LatAm Journalism Review (LJR), Ana Magalhães, coordenadora de Jornalismo da Repórter Brasil, disse que esta divisão por núcleos é algo raro no Brasil, mas comum em outros países: “Acho que esse é outro pioneirismo da Repórter Brasil”.

Leonardo Sakamoto, diretor-geral da ONG, conta que, no começo, eles não tinham dinheiro e percorriam horas de ônibus para fazer as reportagens: “A gente não tinha grana no começo, avião na época era caro. Então a gente ia de ônibus. Fui fazer matéria no interior de Alagoas e foram 48 horas. Outra no interior do Amapá que deu 53 horas de ônibus até Belém, mais 18 de lancha rápida, mais horas até o interior do Amapá. E por aí vai”.

Em 2001, a equipe era formada por dez jovens profissionais, a maioria jornalistas, que tinham o objetivo de “trazer à tona a voz daquelas pessoas que não conseguiam ter suas histórias contadas publicamente”. Eles ofereciam as reportagens para meios parceiros, mas nem sempre conseguiam vender o material. Atualmente, a equipe conta com 25 profissionais.

Prêmio C6 de Jornalismo recebe inscrições até 30 de novembro

Prêmio C6 de Jornalismo recebe inscrições até 30 de novembro

Estão abertas até 30 de novembro as inscrições para o 3º Prêmio C6 de Jornalismo, que valoriza trabalhos que abordem cidadania financeira e finanças pessoais.

São duas categorias: uma engloba reportagens publicadas em veículos impressos ou online, e a outra é voltada para conteúdos veiculados em podcasts, rádios, TV ou YouTube. O vencedor de cada categoria receberá R$ 15 mil. Cada profissional pode inscrever até três trabalhos.

Os conteúdos serão julgados com base em didatismo, relevância, qualidade do texto e ineditismo. Os três finalistas de cada categoria serão anunciados em 10 de janeiro de 2022, e os vencedores, em 31 de janeiro. Inscrições aqui.

Evaristo Costa descobre que foi demitido da CNN ao voltar de férias

O apresentador Evaristo Costa compartilhou em suas redes sociais que foi demitido da CNN Brasil. Ao voltar de férias, no começo de setembro, assistiu à chamada de programação, e percebeu que o CNN Séries Originais, programa que apresentava, não estava presente. Ao ligar para a emissora, foi informado de que a empresa não tinha mais interesse em seus serviços.

“Liguei pra saber o motivo e fui informado que ele (o programa) havia sido retirado da grade e que a empresa não tinha mais interesse nos meus serviços”, escreveu o apresentador no Twitter. “É do jogo! ‘Seja feita vossa vontade’”. Em 3 de setembro, a CNN comunicou a rescisão do contrato de Evaristo, sob a justificativa de “mudanças na grade de programação”.

Segundo apuração do UOL, o apresentador e a emissora ainda estão acertando detalhes financeiros da rescisão. Evaristo considerou a postura da CNN como “deselegante”, e a surpresa com o cancelamento afastou qualquer possibilidade de um novo projeto na própria emissora.

Nas redes sociais, Evaristo recebeu apoio de colegas da área. O apresentador colocou-se à disposição do mercado: “O pai tá on”, escreveu no Twitter e no Instagram.

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