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sábado, junho 21, 2025

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Preciosidades do acervo Assis Ângelo: Licenciosidade na cultura popular (XCVI)

Por Assis Ângelo

Você, meu amigo, minha amiga, já ouviu falar de Orígenes Lessa?

Lessa foi um dos mais importantes escritores brasileiros, autor do clássico juvenil O Feijão e o Sonho. Escrita em 1938, essa obra foi premiada várias vezes, inclusive pela ABL.

Orígenes Lessa

Interessantíssimo e tocante é o conto As Cores. Nesse conto, Lessa ataca a sociedade por alimentar o racismo e o preconceito. Aqui no episódio ele fala sobre uma jovem cega, que finda por apaixonar-se por um negro. O pai não deixa.

Muita coisa horrorosa aconteceu e continua acontecendo mundo afora.

Na vida real, não são poucos os exemplos horrorosos de brancos e poderosos maltratarem as pessoas negras. Homens e mulheres.

Em 1526, um casal de etíopes recusava-se a gerar filhos, para não gerar novos escravos. Por razões quaisquer, esse casal, Cristófaro e Diana, terminou trazendo ao mundo um filho. Nome: Benedito.

O tempo passou, o menino cresceu e virou São Benedito, um negro que apanhou pra danado.

São Benedito

Benedito morreu com 63 anos de idade. E diz a lenda que ele chegou a ressuscitar pelo menos duas crianças e a multiplicar pães e peixes.

Benedito é considerado o padroeiro dos cozinheiros e da pobreza que sofre com fome.

Como se vê, o real e a fantasia estão o tempo todo misturados.

Em 1904, o escritor negro Lima Barreto escreveu o conto O Pecado, publicado exatos 20 anos depois. Nesse conto o autor faz uso de personagens das bandas lá do Céu, do Eterno. Entram e saem rapidamente São Pedro, anjos e tal. Um dia, de manhãzinha, Pedro acorda e vai pro banheiro fazer o que deve ser feito. Depois passa pela biblioteca do Céu e, ocasionalmente, folheia um enorme caderno com os últimos nomes que lá chegaram como almas. Milhares. Lá pras tantas ele se depara com uma alma de 48 anos, que viveu muito certinha enquanto viveu na Terra, por isso merecedora de instalar-se ao lado de Deus. Inquirido por Pedro, o guarda-livros da biblioteca fez um muxoxo e disse que não era bem assim, que obedecia a ordens.

Resultado: a alma justa, benigna, santificada de 48 anos, não foi posta ao lado do Criador pelo simples fato de ser da cor preta!

Não é só na literatura de Lima Barreto que a questão racial é abordada.

O Brasil foi o último país a descravizar pessoas.

Essa é informação que dói na alma.

Pela primeira vez, o dia 20 de novembro foi considerado oficialmente data nacional: Dia da Consciência Negra. Isso ocorreu em 2024.

O dia 20 de novembro é o dia da morte de Zumbi.

Zumbi

Zumbi, na pia batismal recebeu o nome de Francisco.

Quem deu esse nome a Zumbi foi um padre que o criou: Antônio Melo.

Essa questão ainda hoje é discutida por muita gente boa.

Há nas cadeias do Brasil mais pretos e pardos do que brancos. E pobres de marré, marré, marré…

O médico Dráuzio Varella surpreendeu os leitores brasileiros com o seu bombástico livro Estação Carandiru, lançado em 1999. Foi enorme a polêmica. Esse livro, como os dois outros que se seguiram, Carcereiros e Prisioneiras, talvez tenham contribuído para a decisão do então governador Geraldo Alckmin em demolir o velho presídio de que tratam os livros de Varella.

A leitura de Estação Carandiru dói e mexe com nossas ideias, principalmente no ponto que conta a invasão policial que resultou em 111 mortos.

Há muitas histórias nesse livro. Uma delas:

 

Mulher de cadeia casada jamais circula pela galeria, e para descer ao pátio, só acompanhada. Para casar, o marido deve estar em boa situação financeira, pois a ele cabe o sustento da casa; a ela, a submissão ao provedor. De forma velada, alguns condenam, mas a união é respeitada socialmente. O parceiro passivo não é considerado do sexo masculino. Nos estudos que conduzimos, não bastava perguntar se mantinham relações homossexuais. Era preciso acrescentar: e com mulher de cadeia? Antes das visitas íntimas, a homossexualidade era prolífica. Uma vez, dei o resultado positivo do teste de Aids para um ladrão desdentado e perguntei-lhe se havia usado droga injetável no passado:

− Nunca. Peguei esse barato comendo bunda de cadeia. Muita bunda, doutor!

 

A vida na cadeia é uma vida inimaginável pra quem está fora dela.

Varella não minimiza nenhuma piscada registrada por seus olhos.

Pela memória de Dráuzio Varella circulam em Carandiru problemas profundos e almas de gente, de pessoas.

Na cadeia, a vida de um pobre preto ou de uma pobre preta é a mesma. Dura, duríssima.

Imaginem, pois, uma mulher negra, gay, prostituta, pobre…

A sociedade, não só no Brasil, condena de olhos fechados a miséria de quem vive pobre e aparentemente sem futuro. Principalmente quando esse pobre sem futuro é negro ou negra.

Nessa linha de realidade e interpretação segue Dráuzio Varella no livro Prisioneiros.

Nessa mesma toada segue a leitura do livro Presos que Menstruam. A autora, Nana Queiroz, leva às páginas a história de mulheres que caem no crime e são presas e condenadas a cumprir pena na cadeia. Começa com Júlia, que cedo perde a infância, engravida e coisa e tal. Nana não mede palavras pra contar o que conta nesse livro.

 

Pois é, a realidade é terrível aqui e alhures. Mas até no mundo da fantasia há histórias que nos levam a pensar e a sofrer por contingências diversas.

 

Foto e ilustrações de Flor Maria e Anna da Hora


100 Anos de Rádio no Brasil: Publicidade digital deverá manter-se em alta para este ano

Por Álvaro Bufarah (*)

O relatório Global Ad Spend December 2024 da Dentsu apresenta uma análise aprofundada sobre os investimentos publicitários globais, destacando tendências e projeções que moldarão o mercado nos próximos anos. De acordo com o estudo, os gastos em publicidade cresceram 4,8% em 2024, totalizando US$ 745 bilhões. Esse avanço reflete uma recuperação econômica robusta e a adaptação das empresas a novos formatos digitais de comunicação com o consumidor.

A publicidade digital segue como o grande motor desse crescimento, representando 58% do total investido. Entre os formatos mais impactantes, o vídeo online registrou um crescimento de 12%, impulsionado pelo avanço das plataformas de streaming e redes sociais. A mídia social, por sua vez, apresentou um aumento de 10%, consolidando-se como um dos principais canais para campanhas publicitárias, especialmente entre as novas gerações.

Outro destaque do relatório foi a crescente importância do mobile advertising, que hoje corresponde a 70% dos investimentos digitais. O crescimento desse formato está ligado à maior adoção de dispositivos móveis e ao consumo de conteúdo por meio de aplicativos e redes sociais, além do fortalecimento do comércio eletrônico, que viu um aumento de 15% nos investimentos publicitários.

Apesar da digitalização acelerada, a televisão tradicional ainda mantém um papel relevante, absorvendo 26% dos investimentos. Contudo, o crescimento nesse segmento foi modesto, de 1,5%, impulsionado principalmente por eventos esportivos de grande porte, como as Olimpíadas de Paris e a Eurocopa, que atraíram altos investimentos em publicidade.

Regionalmente, a Ásia-Pacífico liderou o crescimento global, com um aumento de 6% nos investimentos, puxado pelos mercados emergentes de China e Índia. A América do Norte, mercado consolidado e de alta competitividade, teve um crescimento de 4%, enquanto a Europa ficou abaixo da média global, com 3%, impactada por desafios econômicos e políticos em algumas regiões.

Para 2025, o estudo da Dentsu projeta um crescimento contínuo nos investimentos publicitários, com uma alta estimada de 5%, elevando o mercado para US$ 782 bilhões. A expectativa é que o digital continue sendo o principal vetor desse crescimento, impulsionado por avanços em inteligência artificial (IA), realidade aumentada (AR) e publicidade programática, que devem ampliar a personalização e a eficiência das campanhas publicitárias.

Os especialistas da Dentsu apontam que nos próximos anos a IA generativa desempenhará um papel fundamental na criação de anúncios mais personalizados, automatizando processos de produção de conteúdo e otimizando estratégias de segmentação. Além disso, a evolução da publicidade baseada em dados permitirá campanhas mais precisas, melhorando o retorno sobre investimento (ROI) das marcas.

Outro fator relevante para o futuro do setor é a preocupação crescente com a privacidade dos usuários. Com novas regulamentações de proteção de dados, como a LGPD no Brasil e a GDPR na Europa, anunciantes precisarão investir em soluções de publicidade sem cookies e estratégias baseadas em first-party data, garantindo o engajamento do consumidor sem comprometer sua privacidade.

O estudo também destaca o impacto da sustentabilidade na publicidade. Empresas estão buscando formatos de anúncios mais sustentáveis, reduzindo a pegada de carbono na produção de campanhas e investindo em mídia programática que prioriza servidores ecológicos. Essa tendência está alinhada à crescente demanda dos consumidores por marcas que adotam práticas ESG (Ambiental, Social e Governança).

Em síntese, o relatório da Dentsu evidencia que o mercado publicitário segue em crescimento, com destaque para o digital, a IA e a personalização de campanhas. O cenário de 2025 será marcado por inovações tecnológicas, novas regulamentações de dados e um maior compromisso com práticas sustentáveis. As marcas que souberem se adaptar rapidamente às transformações tecnológicas e às mudanças de comportamento dos consumidores estarão mais bem posicionadas para se destacar no competitivo universo da publicidade global.


Álvaro Bufarah

Você pode ler e ouvir este e outros conteúdos na íntegra no RadioFrequencia, um blog que teve início como uma coluna semanal na newsletter Jornalistas&Cia para tratar sobre temas da rádio e mídia sonora. As entrevistas também podem ser ouvidas em formato de podcast neste link.

(*) Jornalista e professor da Fundação Armando Álvares Penteado (Faap) e do Mackenzie, pesquisador do tema, integra um grupo criado pela Intercom com outros cem professores de várias universidades e regiões do País. Ao longo da carreira, dedicou quase duas décadas ao rádio, em emissoras como CBN, EBC e Globo.

Justiça de SP decreta a falência da Editora Três

Em decisão publicada nesta segunda-feira (3/2), a Justiça do Estado de São Paulo decretou a falência da Editora Três, responsável pela publicação das revistas IstoÉ, Dinheiro e Motorshow.

Na sentença, o juiz Paulo Furtado de Oliveira Filho, da 2ª Vara de Falências e Recuperações Judiciais, destacou os seguidos descumprimentos por parte da Editora Três em relação ao plano de recuperação judicial.

A decisão determina também o bloqueio de ativos financeiros da empresa falida, como contas bancárias e imóveis.

Em nota, o Departamento Jurídico do Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado de São Paulo (SJSP) afirmou que prestará a assistência aos profissionais para que tenham garantidos os pagamentos devidos no processo de falência.

Atualmente, a Editora Três emprega cerca de 50 funcionários, a metade deles jornalistas, a maioria atuando em regime PJ, sem contrato formal.

Em seu segundo processo de recuperação judicial, iniciado em 2020, a empresa não vinha cumprindo diversos acordos trabalhistas com seus funcionários. Atualmente, eles estão com mais de dois meses de salários atrasados, além de não terem recebido parte dos acordos de quitação de outras obrigações trabalhistas, como décimo-terceiro e FGTS.

Publicações seguem no digital

Há dez dias um comunicado enviado a jornaleiros e bancas de jornais anunciava o fim das versões impressas das revistas IstoÉ e IstoÉ Dinheiro. O texto dizia ainda que as publicações iriam migrar para o meio digital, mas sem dar mais detalhes a respeito.

Vale lembrar que em 2022 o portal da Editora Três, responsável pelas versões digitais de IstoÉ, IstoÉ Dinheiro, Motorshow e Planeta, foi comprado pelo empresário Antonio Freixo Junior, sócio na Entre Investimentos, por R$ 15 milhões.

Luiz Alano é o novo contratado da CazéTV

Luiz Alano é o novo contratado da CazéTV
Crédito: Reprodução/SBT Sports

Após anunciar sua saída do SBT no último mês, Luiz Alano já tem uma nova casa. O narrador, que integrava a equipe esportiva da emissora desde 2020, agora faz parte da CazéTV, projeto de Casimiro Miguel. Segundo a coluna F5, da Folha de S.Paulo, Alano ainda concluirá sua participação na cobertura do Campeonato Paulista pelo Nosso Futebol antes de se tornar exclusivo da CazéTV.

No canal, ele narrará partidas do Campeonato Paulista e participará de outros projetos, incluindo eventos esportivos ligados ao futebol. A estreia está prevista para março, e, para assumir o posto, ele deverá se mudar para o Rio de Janeiro.

No Instagram, Alano demonstrou entusiasmo com a nova fase: “O futebol continua sendo a grande paixão, mas aqui também terei a chance de narrar outros esportes que sempre quis acompanhar mais de perto. Uma nova fase, novas oportunidades, e a mesma emoção de sempre.”

Globo estreia Bom Dia Sábado e promove mudanças

Globo estreia Bom Dia Sábado e promove mudanças
Sabrina Simonato e Marcelo Pereira (Crédito: Globo/Bob Paulino)

Foi ao ar pela primeira vez em 1º/2 o Bom Dia Sábado, novo telejornal da Globo exibido durante as manhãs de sábado, às 6h50, comandado por Sabina Simonato e Marcelo Pereira. O programa, apresentado diretamente dos estúdios de São Paulo, focará em temas do cotidiano, com notícias factuais de todo o Brasil.

Além dos apresentadores, integram a equipe do Bom Dia Sábado a editora-chefe Cristiana Randow (cristiana.randow@g.globo), a editora-executiva Juliana Bressan (juliana.bressan@g.globo) e os produtores Ricardo Hiar (ricardo.hiar@g.globo) e Marina Ferreira (marina.silva.ferreira@g.globo).

Com a estreia do Bom Dia Sábado, a Globo fez mudanças na direção de outros jornais locais de São Paulo: No Bom Dia São Paulo, o editor-chefe é Willian Okada e o editor-executivo é Lucas Siqueira; no SP1, Ana Vallada (ex-editora chefe do Bom Dia SP) assume como editora-chefe e Telmo Valente ocupa o cargo de editor-executivo; e no SP2, o editor-chefe é Augusto Dolenga e o editor-executivo é Felippe Caetano.

Para encaminhamento de sugestões de pauta, a equipe é composta pela chefe de produção local e de rede Bruna Uehara e os coordenadores de produção local Beatriz Finelli Fernando Lupo. Na agenda cultural de Bom dia SP e SPTV 1, estão Guilherme Porcher e Guilherme Pimentel. No Bom dia SP, é possível acessar Juliane SouzaFelipe CruzSabrina Brito e João Pedro Ribeiro. O SPTV 1ª Edição conta com Mabily SouzaLaura PereiraVitor Anastacio e Marcel Lopes. No SPTV 2a Edição, estão Abrahão OliveiraNatalila KoyamaPaulo Gomes e Leandro Ruiz.

Vale lembrar que, além do Bom Dia Sábado, Sabina Simonato passa a comandar o Bom Dia São Paulo, nas manhãs de segunda a sexta-feira, após a saída de Rodrigo Bocardi, demitido da Globo por “descumprir normas éticas do jornalismo da emissora“.

Com o novo telejornal, a Globo fez mudanças na programação dos sábados: Logo cedo, vai ao ar uma reprise do Globo Rural, seguida pelo Bom Dia Sábado, às 6h50. E na sequência, vem o Pequenas Empresas Grandes Negócios, que passa a ser exibido aos sábados, e não mais aos domingos. O É de Casa perde duas horas de programa e passa a ser exibido das 9h às 12h.

Brazil Journal lança site sobre o mercado imobiliário

Brazil Journal lança site sobre o mercado imobiliário
Crédito: Brazil Journal

O Brazil Journal, de Geraldo Samor, com foco em economia e negócios, lança em fevereiro o que ele chama de site-irmão, o Metro Quadrado, sobre o universo da construção civil e do desenvolvimento imobiliário no País. Editado por André Ítalo Rocha – vindo do Pipeline, site de negócios do Valor Econômico –, terá uma equipe editorial independente, mais a contribuição dos repórteres do Brazil Journal.

A pauta se propõe a cobrir galpões logísticos, lajes corporativas, shoppings, hotelaria e hospitalidade, condomínios de luxo, o segmento residencial, fundos imobiliários, títulos de captação e o crédito para o setor. Também vai abordar urbanismo e arquitetura, qualidade de vida nas cidades, políticas de habitação e a legislação urbana no País, bem como mercados internacionais que interessam ao brasileiro, como Miami, Nova York e Lisboa. E ainda as proptechs − startups com foco em soluções para o setor imobiliário.

Os leitores que quiserem receber a newsletter do Metro Quadrado já podem se inscrever aqui.

Textofinal confirma acerto com Rafael Borges

Textofinal confirma acerto com Rafael Borges

Depois de um período de colaboração com a Textofinal, Rafael Borges foi anunciado oficialmente como novo reforço da equipe de atendimento da agência. Com mais de 20 anos de experiência em comunicação corporativa, a maioria no setor automotivo, Rafael teve passagens por Fiat, Harley-Davidson, Webmotors e Toyota; nesta última, foi sete anos responsável pela comunicação externa e relacionamento com a imprensa. Ele atende pelo rafael@textofinal.com.

Ainda por lá, a agência assumiu o atendimento de PR e assessoria de imprensa da Usiquímica, empresa brasileira com mais de 80 anos de atuação. No segmento de lubrificantes, o grupo licencia exclusivamente a marca Valvoline no Brasil e, no fim de dezembro de 2024, anunciou a compra da YPF Brasil. O atendimento está a cargo de Juliana Sih (juliana@textofinal.com).

 

Rodrigo Bocardi é demitido da Globo por “descumprir normas éticas”

Rodrigo Bocardi é demitido da Globo por
Crédito: Instagram

A Globo anunciou na quinta-feira (30/1) a demissão do âncora Rodrigo Bocardi, que apresentava o Bom Dia São Paulo, por “descumprir normas éticas do jornalismo”. Em comunicado sobre a demissão, a emissora declarou que “não comenta decisões de compliance“.

Sabina Simonato, que atuava como coapresentadora do Bom Dia São Paulo, assume o comando de forma interina. Vale lembrar que a jornalista estreia sábado (1º/2) na apresentação do novo telejornal Bom Dia Sábado, ao lado de Marcelo Pereira.

Até o momento da publicação deste texto, Bocardi não havia se manifestado sobre a demissão. O jornalista chegou à Globo em 1999, após breve passagem pelo Grupo Bandeirantes. Atuou como editor de texto do SPTV – 2ª edição (atualmente SP2). Foi também editor de economia do Jornal da Globo. Posteriormente, mudou-se para Nova York, onde trabalhou por quatro anos como correspondente internacional. De volta ao Brasil, assumiu o comando do Bom Dia São Paulo. O âncora também fazia parte do rodízio de apresentadores do Jornal Nacional aos finais de semana.

Leia o comunicado da Globo na íntegra:

 

Sabina Simonato assume interinamente a apresentação do Bom Dia São Paulo

A partir de amanhã, dia 31, a jornalista Sabina Simonato apresentará o ‘Bom Dia São Paulo’. Sabina, que estreará à frente do novo telejornal ‘Bom Dia Sábado’, ao lado de Marcelo Pereira, neste sábado, dia 01 de fevereiro, vai ancorar o ‘Bom Dia São Paulo’ interinamente.

Rodrigo Bocardi, que apresentava o telejornal paulista, foi desligado por descumprir normas éticas do Jornalismo da Globo. Como é de conhecimento de todos, a empresa não comenta decisões de compliance.

Comunicação Globo

Rio de Janeiro, 30 de janeiro de 2025


Leia também: Morre Luiz Carlos Secco, sinônimo de admiração e respeito na Comunicação

Morre Luiz Carlos Secco, sinônimo de admiração e respeito na Comunicação

Luiz Carlos Secco foi homenageado em dezembro passado por sua contribuição à imprensa automotiva

Faleceu nesta quinta-feira (30/1), aos 90 anos, Luiz Carlos Secco. Um dos mais admirados e queridos profissionais da imprensa automotiva, com mais de 60 anos de atuação entre redações e assessorias de imprensa do segmento, Seccão, como era carinhosamente conhecido, sofreu uma queda e bateu a cabeça na noite de ontem (29/1). Internado na UTI com danos cerebrais gravíssimos, ele teve morte cerebral anunciada no final desta tarde.

Nascido em São Paulo, em 13 de agosto de 1934, Secco começou sua carreira em uma repartição pública em 1958, aos 23 anos, depois de tentar ser ciclista profissional por algum tempo. Mas foi só em 1961, por insistência de um amigo que queria vê-lo trabalhando no Estadão, que chegou ao jornalismo.

Primeiro foi noticiarista de esportes, principalmente amadores, e chegou a pedir afastamento da cobertura de futebol por considerar chato demais o modelo de jogo do Brasil e do Santos: de “jogar a bola no Pelé”. Foi quando assumiu na cobertura automotiva a vaga de seu colega de redação Vladimir Bernick, que havia deixado o jornal para concluir o curso de Medicina, onde mais tarde se tornou um renomado médico na área de Psiquiatria.

Ainda na década de 1960, trabalhou com Mino Carta na Edição de Esporte do próprio Estadão, e na sequência foi cobrir carros no Jornal da Tarde.

Mas foi na equipe de comunicação da Ford, onde começou em 1974, que ganhou notoriedade e a grande identificação não só com a marca mas com o próprio segmento automotivo. Nos anos seguintes trabalhou também na Autolatina, joint venture formada entre a Ford e a Volkswagen nos mercados brasileiro e argentino, nos anos 1980 e 90.

Após sua aposentadoria na Ford, em 1997, montou ao lado do filho José Carlos a Secco Consultoria, agência que segue na ativa atendendo clientes como Marcopolo, Agrale, Artecola, MVC e Honeywell, entre outros.

Casado com Maria Stella, teve cinco filhos, três deles jornalistas. Além de José Carlos, também seguiram os passos do pai na profissão Raquel e Luiz Fernando, o Kiko. Ele também era pai do engenheiro Luís Roberto e da médica Fernanda.

O velório de Luiz Carlos Secco será neste sábado (1º/2), a partir das 9h, no Cemitério Morumby (Rua Deputado Lacerda Corte, 468), em São Paulo. O cortejo está marcado para às 13h.

 

Exemplo de admiração

Um dos mais admirados e queridos profissionais do setor automotivo, Luiz Calor Secco era quase que uma unanimidade entre jornalistas e executivos do setor. Ao longo de mais de seis décadas de carreira, acumulou prêmios e homenagens, entre elas o prêmio especial de Contribuição à Imprensa Automotiva, concedido por este Portal dos Jornalistas, durante a cerimônia de premiação dos +Admirados da Imprensa Automotiva 2024. Foi nesta iniciativa, inclusive, que Secco foi eleito em 2015 o segundo +Admirado Assessor de Imprensa do segmento.

Luiz Carlos Secco foi homenageado em dezembro passado por sua contribuição à imprensa automotiva

Em uma de suas últimas aparições em público, em dezembro do ano passado, esteve presente na cerimônia de entrega do Selo Maior Valor de Revenda Autos, da Autoinforme, onde também foi surpreendido com a entrega de uma placa em reconhecimento à sua carreira.

 

Entrevista histórica

Em abril de 2013, na edição que marcou os quatro anos da newsletter Jornalistas&Cia Imprensa Automotiva, Secco foi destaque de uma entrevista especial produzida pela equipe da publicação. O conteúdo completo você pode conferir no link.

Desinformação, um risco maior do que conflitos armados, aponta Fórum Econômico Mundial

Nove em cada dez brasileiros já cruzaram com alguma fake news, diz pesquisa
Crédito: Markus Winkler/Unsplash

Por Luciana Gurgel

Luciana Gurgel

A desinformação deixou definitivamente de de ser uma preocupação de jornalistas e comunicadores e agora faz parte da agenda de todos os setores da sociedade, incluindo o mundo do dinheiro.

Mais uma evidência disso é o Relatório de Riscos Globais do Fórum Econômico Mundial, divulgado na semana passada em Davos.

O documento descreve um cenário mundial cada vez mais fragmentado, com desafios geopolíticos, ambientais, sociais e tecnológicos que ameaçam a estabilidade e o progresso.

Notícias falsas e desinformação se destacam em primeiro lugar entre mais de 30 ameaças de curto prazo (dois anos), superando questões dramáticas como a crise climática e os conflitos armados.

Em quarto lugar aparece a polarização da sociedade, um problema relacionado à desinformação e às fake news, muitas vezes disseminadas propositalmente com o intuito de angariar apoio político ou mobilizar para crimes e terrorismo.

O relatório divulgado em Davos é resultado da Pesquisa de Percepção de Riscos Globais, que captura insights de mais de 900 especialistas em todo o mundo.

A inteligência artificial faz parte das preocupações. Os resultados adversos das tecnologias de IA são um dos itens que mais subiram no ranking de risco de dez anos em comparação com o ranking de risco de dois anos.

O documento do Fórum Econômico Mundial refere-se ao papel da IA generativa na produção de conteúdo falso ou enganoso em larga escala e como isso se relaciona com a polarização social.

RSF quer que anunciantes “assumam suas responsabilidades”

Aproveitando o relatório, a Repórteres Sem Fronteiras (RSF) divulgou um comunicado convocando os anunciantes a assumirem a responsabilidade pelas ameaças que as principais plataformas online “− especialmente aquelas que incorporam os valores de Elon Musk e Mark Zuckerberg −“ representam para o acesso a informações confiáveis e jornalismo de qualidade.

A organização afirma que “as plataformas online não são nada sem os orçamentos dos anunciantes − foi o dinheiro deles que permitiu que se tornassem tão poderosas”.

Para a RSF,  os riscos tanto para o direito à informação quanto para a reputação das empresas estão crescendo. Daí o apelo aos anunciantes para que “assumam a responsabilidade e pressionem essas plataformas para proteger o acesso do público à informação e a conteúdo jornalístico”.

Outro ponto abordado é o dos influenciadores que não produzem informações confiáveis de interesse público, que na visão da entidade de liberdade de imprensa devem ser diferenciados dos jornalistas − uma tarefa cada vez mais difícil.

A fim de combater a desinformação, a RSF sugere que o conteúdo deve ser claramente categorizado de acordo com a origem e os influenciadores devem aderir a um código de conduta, garantindo transparência e responsabilização pelo que veiculam.

Não é impossível, se as plataformas quiserem. Mas, pela direção dos ventos na nova era Trump, não parece nada provável.


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