O evento gratuito contará com a amostragem de aproximadamente 500 mulheres de áreas de comunicação de diversas empresas.
A Aberje realizará em 8/3 o estudo online A Mulher de Comunicação – sua força, seus desafios. Em comemoração ao Dia Internacional da Mulher, o evento gratuito contará com a amostragem de aproximadamente 500 mulheres de áreas de comunicação de diversas empresas. As inscrições podem ser feitas pelo site.
Com início às 16h, a pesquisa vai compilar dados capazes de apresentar um perfil geral das mulheres da área, bem como mostrar suas opiniões sobre diversos assuntos diretamente ligados à carreira e conceitos importantes para a sociedade, como diversidade, equidade salarial, formação educacional e maternidade.
Em sua segunda edição, o webinar terá palestras de Carla Caroline, analista de comunicação sênior no pilar de Mobility da 99/DiDi Chuxing; Rejane Braz, gerente de comunicação do Banco BS2; e Luciana Coen, diretora de comunicação integrada e responsabilidade social corporativa da SAP. A mediação será de Viviane Mansi, diretora de comunicação na Toyota da América Latina e presidente da Fundação Toyota do Brasil.
O Meio & Mensagem lança na próxima segunda-feira (7/3) sua edição de número 2.000, que trará uma nova marca e um novo reposicionamento da empresa, desenvolvidos pela Agência Couto, para aplicação em todas as plataformas de conteúdo e em eventos da empresa.
A edição especial terá reportagens especiais sobre projetos de branding e rebranding que vão das tentativas de superar crises graves de imagem, passando por rearranjos organizacionais, como em casos de fusões & aquisições, até a necessidade de adaptação das marcas às tecnologias atuais.
Outro destaque é a cobertura ds exposição da indústria móvel Mobile World Congress (MWC), que reúne executivos das operadoras móveis, fabricantes de dispositivos e provedores de tecnologia, em Barcelona, na Espanha. A equipe do Meio & Mensagem desenvolveu reportagens especiais sobre o evento, que começou em 28/2 e terminou nesta quinta-feira (3/3).
A edição terá também uma reportagem sobre o Dia Internacional das Mulheres, celebrado em 8 de março, dia da publicação do especial. A matéria abordará as lutas e reflexões sobre equidade de gênero e o que ainda precisa melhorar no século XXI.
O site Notícias da TV (UOL) lançou nesta quarta-feira (2/3) a plataforma Tangerina, focada na cobertura de filmes, séries, música, games, animes e na cultura pop em geral.
A ideia é trazer informações aprofundadas sobre as últimas notícias desse universo, de modo a que o leitor se mantenha informado com qualidade e possa escolher as melhores opções. O objetivo é “ser um farol em um ambiente de superoferta de informações”, em meio a centenas de notícias sobre o universo da cultura pop, destaca o texto de apresentação da Tangerina.
O site explica, por exemplo, que o trailer de uma nova série espanhola só interessa para a Tangerina se ela puder de fato trazer informações novas e relevantes, de forma que seja realmente uma notícia, e não apenas mais uma peça de marketing.
“Queremos organizar o caos de informações para o fã de cultura pop”, diz Daniel Castro, fundador do Notícias da TV. “Dentro de três meses, queremos entregar experiências cada vez mais personalizadas, por meio do acesso logado. O leitor assíduo da Tangerina terá acesso a uma homepage feita de acordo com seus gostos”. Além do site e das redes sociais, a plataforma pretende lançar canais de vídeo, newsletters e podcasts.
Integram a equipe da Tangerina o próprio Castro, o supervisor Diego Assis, que foi por nove anos editor-chefe de Entretenimento do UOL; a editora-chefe Natalia Engler, ex-Omelete, UOL, Folha e Ansa; a editora de Filmes e Séries Gabriela Franco, ex-MTV e criadora do coletivo Minas Nerds; Luccas Oliveira, editor de Música e ex-repórter de O Globo; e Bruno Silva, editor de Games e Animes, ex-editor-chefe do site The Enemy, apresentador e streamer.
A Abraji realizará dias 8 e 9 de março dois webinars focados em discutir o cenário de ataques de gênero contra jornalistas.
A Abraji realizará dias 8 e 9 de março dois webinars focados em discutir o cenário de ataques de gênero contra profissionais da imprensa no Brasil. Para marcar o Dia Internacional da Mulher, durante o evento acontecerá também o lançamento do relatório Violência de Gênero Contra Jornalistas, resultado do monitoramento que a entidade fez em 2021 com a parceria da Unesco.
Com transmissão online e gratuita a partir das 17h, no primeiro dia as convidadas Julie Posetti, vice-presidente adjunta do International Center for Journalists (ICFJ); e Verônica Toste, consultora de gênero do projeto e professora da Universidade Federal Fluminense (UFF), debaterão o cenário das violências de gênero contra jornalistas e contra profissionais mulheres no País e no mundo, além de apresentarem a metodologia e os principais achados da pesquisa.
Em 9/2, os debates serão dedicados a possíveis soluções para o problema das agressões, trazendo diferentes perspectivas de enfrentamento à violência de gênero contra profissionais de mídia, como as dos poderes Legislativo e Judiciário, além das plataformas de redes sociais, que estão envolvidas na problemática.
O público poderá participar com perguntas e comentários. A lista completa de convidadas confirmadas será divulgada nos próximos dias, assim como as informações para inscrição.
De acordo com levantamento feito por Abraji e Unesco, em 2021 foram registrados 119 ataques contra jornalistas mulheres ou de gênero, o que equivale a, em média, um ataque a cada três dias. Ainda segundo o relatório, 91,3% dos agressores são homens, 51,1% são internautas e 36,1%, autoridades públicas.
A Agência Pública está promovendo a 15ª edição de seu programa de Microbolsas, desta vez destinado a repórteres indígenas de todo o Brasil para a produção de reportagens investigativas sobre ameaças e agressões às terras indígenas e as comunidades que nelas vivem. As inscrições vão até 10 de abril.
Serão selecionadas as cinco melhores pautas, que receberão uma bolsa de R$ 7.500 cada para produzir a reportagem, com mentoria e edição da Pública. A agência recomenda temas como invasões dos territórios, destruição de patrimônio natural, corrupção e omissões do poder público, violência contra populações indígenas, entre outros.
As pautas vencedoras serão selecionadas seguindo critérios como originalidade, relevância, consistência na pré-apuração, segurança e viabilidade da investigação e os métodos jornalísticos utilizados. O resultado será divulgado a partir de 16 de maio.
Para fazer a inscrição, é preciso preencher formulário contendo informações de contato, uma pequena biografia mais resumo da carreira, links para trabalhos realizados, uma referência comunitária (liderança) com telefone de contato e uma referência profissional (jornalista), além da pauta da reportagem.
Ari Peixoto, que deixou a Globo em outubro de 2021 após 34 anos de casa, estreiará no Jornal da Record na próxima segunda-feira (7/3).
Ari Peixoto, que deixou a Globo em outubro de 2021 após 34 anos de casa, estreará no Jornal da Record na próxima segunda-feira (7/3). Na Globo, Ari teve passagens por Jornal Nacional e Fantástico, além de ter atuado como correspondente da emissora na Argentina e no Oriente Médio.
Antes da televisão, ele foi repórter no programa Cidinha Livre, na Rádio Tupi, e redator da Manchete FM, ambas no Rio de Janeiro. Em 1984, também por lá, foi contratado pela TVE, onde ficou por três anos como repórter.
Em razão do agravamento da guerra na Ucrânia, a Global Alliance for Public Relations & Communication Management, confederação das principais associações de RP e comunicação do mundo, de cujo board faz parte a Associação Brasileira de Comunicação Empresarial (Aberje), divulgou nessa terça-feira (1°/3) uma nota condenando as agressões e oferecendo suporte aos profissionais de comunicação que estão trabalhando na linha de frente na Ucrânia, que está sendo atacada por forças da Rússia. Confira a nota completa:
A liderança da Global Alliance for Public Relations & Communication Management tem visto com crescente horror nos últimos dias conforme a invasão russa na Ucrânia continua, com perda de vidas humanas e intensificação da crise humanitária, à medida que centenas de milhares de pessoas foram forçadas a fugir de suas casas.
Justin Green, presidente e CEO da Global Alliance, afirma: “Apoiamos todos os esforços para chegar a um resultado pacífico e sabemos que a interrupção imediata da violência é a melhor maneira de fornecer o espaço necessário para alcançar um acordo negociado, sustentado pelo respeito da lei internacional.
“Como parte de um esforço mais amplo para gerar pressão econômica sobre os agressores, encorajamos todos os profissionais de relações públicas e comunicação – onde quer que estejam – a considerarem cuidadosamente o aspecto ético de continuar a representar clientes alinhados com as autoridades russas ou que são equívocos ao condenarem a atual ação militar.
“Também notamos com considerável preocupação como a desinformação tem sido usada como arma nesta crise crescente. Isso sublinha claramente a importância da educação midiática e da confiança em fontes de informação independentes e verificadas. Também nos mostra com clareza as consequências sobre a vida e a morte que alegações espúrias espalhadas sem controle através das mídias sociais e outros canais podem trazer”, continuou ele. “Além disso, vimos a mídia controlada pelo Estado na Rússia usada para minimizar o impacto e a escalada da invasão na tentativa de influenciar a opinião pública naquele país.
“Acima de tudo, nossos pensamentos neste momento estão com o povo da Ucrânia – e de fato com os muitos russos comuns que não apoiam o ataque de seu governo à Ucrânia, alguns dos quais têm sido detidos por protestar. Embora não estejam na linha de fogo, eles também são vítimas desta invasão e são eles que irão viver com muitas das consequências. Desejamos caminho seguro a todos os nossos colegas dos veículos de comunicação que estão cobrindo esta guerra e também apoiamos os relações públicas e comunicadores que trabalham com instituições de ajuda e ONGs que estão fazendo um trabalho épico em resposta ao agravamento da situação. Em reconhecimento a isso, estamos fazendo uma doação para a Cruz Vermelha Apelo à Crise da Ucrânia.”
A revista Funkamateur, de Berlim, publica na sua edição de março (já disponível para assinantes) artigo do radioamador Markus Schäfer sobre o padre-cientista brasileiro Roberto Landell de Moura. Intitulado Pioneiro do rádio e padre: Roberto Landell de Moura, o artigo destaca que o final do Século XIX foi marcado por uma série de pioneiros do rádio que, com engenhosidade e persistência, desenvolveram a comunicação sem fio. Entre eles, o padre Landell.
Em três páginas, conta a saga do brasileiro, com suas glórias e desventuras. Uma das principais fontes do artigo é o livro Pater und Wisenschaftler, do jornalista Hamilton Almeida, biógrafo do padre-cientista, publicado na Alemanha em 2004 pela editora Debras Verlag.
A revista, mensal, circula entre radioamadores da Alemanha, Áustria e Suíça, com tiragem superior a 30 mil exemplares.
Alexandre Campello, editor na TV Assembleia de MG, e sua família sobreviveram à queda do paredão no reservatório de Furnas, em Capitólio, no dia 8 de janeiro, que matou dez pessoas. Ainda se recuperando do trauma – e a esposa, de uma cirurgia por causa do acidente −, ele conversou sobre o ocorrido com Admilson Resende, correspondente de J&Cia em Minas.
Jornalistas&Cia − Você estava de férias em Capitólio?
Alexandre Campello − Eu estava em Capitólio com minha família (esposa e dois filhos) e familiares da minha esposa (uma cunhada, o marido e dois sobrinhos; outra cunhada com o filho) e dois casais de amigos, um deles com dois filhos. Foi uma viagem de férias planejada desde agosto de 2021. Queríamos conhecer as Escarpas do Lago e fazer o passeio pelos cânions do chamado Mar de Minas. Estávamos animados e felizes, desfrutando das férias. Nunca poderíamos imaginar que qualquer coisa de ruim pudesse acontecer. Isso nunca passou pelas nossas cabeças, mesmo com o clima adverso, de muita chuva durante os sete dias que passamos lá.
Alexandre com a família
J&Cia − Quem estava com você? Estava numa embarcação só para vocês ou havia outras pessoas? A embarcação forneceu colete salva-vidas?
Alexandre − No passeio de lancha, no sábado, dia 8 de janeiro de 2022, estávamos todos numa embarcação alugada apenas para levar a nossa família. Éramos 15 na lancha: eu, minha esposa e dois filhos (9 e 11 anos); minha cunhada e o marido, mais dois filhos (9 e 14 anos); minha outra cunhada e meu sobrinho (14 anos); um casal de amigos, com os dois filhos (9 e 11 anos); e o piloto da lancha. Ao chegarmos na embarcação, fomos informados de que o uso do colete salva-vidas era obrigatório apenas para as crianças e idosos. Colocamos os coletes nas crianças e nós, adultos, seguimos sem colete, o que, passada a tragédia, avaliamos como um erro nosso, do ponto de vista da segurança.
J&Cia − Descreva como foi, quando viu o que aconteceu. E depois do fato, o que fez?
Alexandre − Embarcamos no pier, em Capitólio, todos animados com o passeio, há muito esperado. Não estava chovendo na hora do passeio. No trajeto até os cânions, que dura cerca de 40 minutos, choveu um pouco, mas logo passou e o tempo continuou nublado. No caminho, passamos pelo bar Lagoa Azul, um bar flutuante, primeira parada do passeio. Como o local estava cheio de embarcações e com muita gente sem máscara, resolvemos não parar e seguir viagem para os cânions (talvez se tivéssemos parado lá uns 15 minutos teríamos escapado da tragédia, mas não há como saber o futuro). Chegando no cânion, como as demais lanchas que estavam no local, nos aproximamos da formação rochosa e da queda d’água, que são realmente de uma beleza natural que impressiona. Próximo ao paredão de pedra, observamos que algumas pedrinhas estavam caindo. Achamos que aquilo fosse normal, até mesmo o piloto da lancha não se incomodou. Mas como pedrinhas caíram mais duas vezes, já nos olhamos com um pouco de apreensão. Foi quando uma amiga nossa que estava na lancha pediu para que fossemos embora. Prontamente, o piloto da lancha iniciou as manobras para sair do local. Quando a lancha está de frente para sair do cânion, o paredão de pedra despencou. O impacto da pedra na água gerou uma onda gigante que atingiu nossa lancha, que em poucos minutos afundou. Felizmente, as crianças estavam de coletes salva-vidas e todos os adultos sabiam nadar e não perderam a consciência mesmo com o impacto da onda sobre a lancha. Nessa hora, pensei que fôssemos todos morrer. Todos empurrados para o fundo do lago. Mas, felizmente, conseguimos voltar à superfície e socorrer as crianças e nós todos. Hoje penso que foi um milagre de Deus, um livramento. Fomos para a margem do lago e ficamos aguardando ajuda. As lanchas que não foram atingidas pela tragédia voltaram para nos socorrer. Divididos em várias lanchas, fomos todos levados de volta ao bar Lagoa Azul, onde ficamos aguardando o socorro da Marinha, que, segundo os pilotos de lanchas, já havia sido avisada pelo rádio. Infelizmente, o socorro da Marinha não chegou. Como havia crianças com fraturas e cortes, resolvemos colocar os feridos numa lancha e voltar para o pier em Capitólio. Felizmente, quando chegamos em terra, as ambulâncias do SAMU já estavam chegando e fomos colocados nelas e distribuídos para as Santas Casas das cidades próximas.
J&Cia – Você ficou traumatizado com o episódio? E a sua família?
Alexandre − Não há como escapar de um certo trauma diante de um acidente tão grave, uma tragédia sem precedentes, que, além de nos atingir, levou à morte de dez pessoas. Foram momentos de sofrimento, insegurança e dor, que ficam marcados na nossa lembrança, principalmente dos meninos, que nos primeiros dias dormiam mal e tinham pesadelos. O mais importante é que estamos vivos e, com a benção de Deus, buscando ajuda para os danos físicos e psicológicos. O que é absolutamente normal nessas situações-limite, em que ficamos entre a vida e a morte. Para isso, buscamos apoio psicológico para nós – eu e minha esposa – e também para nossos filhos”.
J&Cia − Como tem sido a recuperação?
Alexandre − Tem sido boa. Com resiliência e perseverança, estamos melhorando dia a dia. Minha esposa teve um esmagamento no pulso direito e teve que passar por uma cirurgia, colocou uma placa e sete parafusos. Agora, já retirou o gesso e está fazendo fisioterapia. Meu menino mais novo, Henrique (de 9 anos), quebrou o braço direito, quase uma fratura exposta, ainda está com o gesso, mas deve retirá-lo já nesta semana. Eu e o mais velho, Matheus, tivemos apenas escoriações. Mas, como já disse, estamos todos bem, graças à mão de Deus. Com fé, gratidão e perseverança vamos superar esses momentos, essas lembranças, e buscar voltar à nossa rotina de família.
J&Cia − Como vocês estão hoje?
Alexandre − Como jornalista, acredito que o que aconteceu foi uma fatalidade. Tenho dúvidas se essa tragédia poderia ser evitada ou mesmo prevista. O que julgo importante é que o que aconteceu sirva de alerta para que as autoridades tomem medidas que possam aprimorar a segurança nos passeios de lancha nas Escarpas do Lago. Nos depoimentos à Polícia Civil e à Marinha, elenquei algumas sugestões, como delimitar a distância que as embarcações devem manter até as quedas d’água e paredões de pedra. Não vejo necessidade de chegar tão perto. Defendo também uma presença mais significativa da Marinha no lago, com uma embarcação potente, que permita a fiscalização dos passeios e também o socorro em caso de qualquer eventualidade. E, ainda, o uso obrigatório de colete salva-vidas para todos que embarcarem nas lanchas. São apenas sugestões. Na verdade, caberá a Polícia Civil, prefeituras, Marinha e Ministério Público, a partir dos resultados das investigações, buscarem as medidas que se fazem necessárias para dar maior segurança aos turistas.
J&Cia – Você se sentiu “a própria notícia”? Como lidou com isso?
Alexandre − O fato de virar notícia, numa situação tão delicada, de tanto sofrimento e dor, realmente não me deixou confortável. Sem dúvida, preferiria estar do outro lado, apenas cobrindo os fatos, como muitos dos colegas que vi no dia da tragédia e nos dias que se seguiram ao fato, em entrevistas agendadas para vários veículos de comunicação do Brasil e do exterior. Mas, como jornalista, tinha a obrigação de atender aos colegas e mostrar que estávamos todos bem àqueles que se preocuparam com nossa família.
J&Cia − Pretende tomar alguma atitude e/ou ação em relação ao ocorrido?
Alexandre − Não pretendemos acionar a Justiça. Como falei, julgamos que o que aconteceu foi uma fatalidade. Ao contrário disso, nossa preocupação foi ajudar ao dono da lancha, que perdeu seu único meio de sustento. Ao nos depararmos com essa situação, todos da casa concordaram em fazer alguma coisa para ajudar o Guilherme. Criamos então uma vaquinha virtual, em que as pessoas podem fazer doações, para que o dono da lancha possa reformá-la ou comprar uma nova, que custa em torno de R$ 400.000,00. Alguns dias após a tragédia, o Guilherme dispôs-se a devolver o dinheiro do passeio, que não aconteceu, mas de pronto recusamos e falamos que o dinheiro iria ajudá-lo até ter condições de voltar a trabalhar. A ideia é ajudá-lo, da mesma forma como fomos ajudados por todas as pessoas que nos atenderam nas Santas Casas de Capitólio, Passos e Piumhi. A solidariedade das pessoas, nos hospitais e fora deles, foi muito grande. Antes mesmo de chegarmos em terra, depois do acidente, várias pessoas, inclusive enfermeiras que também estavam fazendo o passeio, deram os primeiros socorros à nossa família, permitindo que pudéssemos esperar até chegar aos hospitais. O link para as doações é http://vaka.me/2631066. Até agora (18/2), já arrecadamos mais de R$ 21.000.
O deputado estadual de Roraima Jalser Renier (Solidariedade), acusado de ser o mandante do sequestro do jornalista Romano dos Anjos, em outubro de 2020, perdeu o mandato nesta segunda-feira (28/2) por quebra de decoro. A cassação foi aprovada em sessão marcada por confusões e xingamentos, na Assembleia Legislativa de Roraima, por 18 dos 24 colegas de parlamento.
Sem mandato, o político pode responder a processos na Justiça comum. No caso do sequestro de Romano dos Anjos, Renier foi denunciado pelo Ministério Público por oito crimes em outubro de 2021, mas a ação ainda não foi aceita pelo judiciário.
Romano dos Anjos foi sequestrado em outubro de 2020 por homens armados e encapuzados em sua casa, enquanto jantava com a esposa. O apresentador da TV Imperial, afiliada da Record em Roraima, ficou 12 horas desaparecido, e foi encontrado no dia seguinte, na zona rural da cidade, com hematomas e fraturas pelo corpo.
Segundo investigações, o crime foi executado por policiais militares que tinham ligação direta com Renier. Os envolvidos foram presos durante a Operação Pulitzer, realizada em 17 de setembro do ano passado. O político chegou a ser preso em seu gabinete, em Boa Vista, na segunda fase da operação. Após ficar detido por cinco dias, o parlamentar foi liberado depois de conseguir um habeas corpus.
Segundo a Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji), Renier tentou interferir nas investigações em novembro de 2020. O presidente da Assembleia Legislativa do Estado de Roraima, Soldado Sampaio, depôs ao Ministério Público do estado, em setembro de 2021, sobre uma ameaça que o deputado teria feito ao governador Antonio Denarium (PSL).