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sábado, dezembro 6, 2025

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TV 247 estreia programa com Helena Chagas e Mario Vitor Santos

A TV 247 estreou na semana passada Helena & Mario Vitor, programa sobre política e mídia ancorado por Helena Chagas e Mario Vitor Santos, que vai ao ar às terças e quintas-feiras, a partir das 10h, no YouTube. A ideia é analisar os principais fatos da política brasileira.

De Brasília, Helena trará os bastidores dos Três Poderes com um olhar um pouco mais explorador. Mario Vitor, de São Paulo, dará detalhes das eleições deste ano com profundidade analítica. O programa abordará temas como pesquisas eleitorais, crise institucional, memórias de momentos da vida nacional e do jornalismo, entre outros. Helena & Mario Vitor irá ao ar na sequência do Bom Dia 247.

Nascida no Rio de Janeiro, Helena foi ministra-chefe da Secretaria de Comunicação Social durante o governo Dilma Rousseff. Teve passagens por O Globo, Diário de S.Paulo, TV Brasil e SBT. Atualmente, é consultora de comunicação, sócia no site Os Divergentes, colunista do portal Brasil 247 e comentarista na TV 247.

Mario Vitor atuou por 15 anos na Folha de S.Paulo, onde foi diretor da sucursal de Brasília, secretário de Redação, repórter especial, editor da Revista da Folha e ombudsman. Também foi ombudsman do portal iG e diretor-executivo da Casa do Saber. É colunista do portal Brasil 247, comentarista e apresentador do programa Forças do Brasil na TV 247.

Sindicato obtém vitória na justiça contra ataques de Bolsonaro

O Ministério Público de São Paulo manifestou-se favorável à ação civil pública movida pelo Sindicato dos Jornalistas de São Paulo (SJSP) contra o presidente Jair Bolsonaro, por danos morais coletivos causados aos jornalistas por meio de ataques e ofensas. Já é a segunda vez que o órgão posiciona-se em defesa da categoria.

O parecer, parcialmente favorável, fixa a proibição de condutas ofensivas de Jair Bolsonaro contra os jornalistas sob pena de multa e indenização no valor de R$ 100 mil em favor do Fundo Estadual de Defesa dos Interesses Difusos (FID).

De acordo com Raphael Maia, coordenador jurídico do Sindicato dos Jornalistas e advogado, apenas a destinação da indenização indicada pelo Sindicato não foi atendida pelo MP-SP. O Sindicato recomendava a destinação da indenização ao Instituto Vladimir Herzog, que atua na defesa do jornalismo, da liberdade de imprensa e dos direitos humanos.

Ao discorrer sobre o mérito da ação Reynaldo Mapelli Júnior, 2º Promotor de Justiça de Direitos Humanos do Ministério Público de São Paulo (MP-SP), distinguiu a liberdade de expressão do discurso de ódio e citou os preceitos da liberdade de expressão contidos na Convenção Americana de Direitos Humanos.

Segundo ele, a liberdade de expressão pressupõe o respeito aos direitos e reputação das demais pessoas; proteção da segurança nacional, da ordem pública ou da saúde ou da moral pública, bem como proíbe a apologia ao ódio nacional, discriminação, hostilidade, ao crime ou à violência.

“No mundo contemporâneo, é importante lembrar, ainda, quanto aos limites da liberdade de expressão, que o discurso de ódio (hate speech), que consiste na manifestação de valores discriminatórios que ferem a igualdade ou violência e incitam a discriminação de qualquer espécie, não é admitido pela Constituição Federal do Brasil, nem pelo ordenamento jurídico brasileiro e a jurisprudência”, afirmou o promotor no parecer.

Jair Bolsonaro manda repórter da Rede Vanguarda, afiliada da Rede Globo na região do Vale do Paraíba, “calar a boca”, após ser questionado sobre a falta do uso de máscara em evento durante a pandemia.

Presidente do SJSP, Thiago Tanji reiterou a importância do parecer favorável às demandas do SJSP em favor da categoria vindo de um ator importante como o Ministério Público: “É muito importante quando um texto extenso e bem fundamentado, como o do MP, coloca que as nossas demandas são razoáveis porque o discurso de ódio contra o jornalista não pode ser confundido com a suposta liberdade de expressão defendida pelo presidente da República, uma vez que é permeada com agressividades, humilhações e ameaças aos jornalistas, fato que ofende diretamente o Estado Democrático de Direito”.

Larissa Gould, secretária jurídica do SJSP, avaliou o parecer como uma vitória, especialmente por estarmos em um ano eleitoral: “Ao emitir parecer favorável a nossa Ação Coletiva, o MP reconhece os atos de cerceamento da liberdade de imprensa e expressão ao atacar os jornalistas, por parte do líder máximo do Executivo. Especialmente neste ano decisivo, é fundamental denunciar os ataques de Bolsonaro aos profissionais da Comunicação. Essa é uma prática inadmissível em uma democracia”.

De acordo com o advogado Raphael Maia, “a expectativa é de que, com mais essa manifestação favorável do Ministério Público, a Justiça dê ganho de causa aos jornalistas, condenando Bolsonaro a indenizar a categoria pelo dano cometido contra a coletividade”. Maia lembra que o primeiro parecer do Ministério Público, dado em abril de 2021, foi favorável à concessão de liminar para proibir o presidente Jair Bolsonaro de ofender, deslegitimar ou desqualificar os jornalistas; no entanto, a Juíza da 24ª Vara Cível de São Paulo, Tamara Hochgreb Matos, negou a liminar alegando que a proibição antecipada caracterizava-se censura.

Embora o parecer do Ministério Público seja favorável às reivindicações da ação, o Sindicato dos Jornalistas aguarda o julgamento e o proferimento da sentença na esperança de frear os ataques aos jornalistas por parte de Jair Bolsonaro.

Presidente da República também costuma utilizar suas lives para atacar jornalistas

Pacto pelo fim da violência

Enquanto Jair Bolsonaro não é judicialmente impedido de atacar jornalistas e para que os ataques não tomem o cenário eleitoral deste ano, o Sindicato dos Jornalistas lançou em abril o Pacto pelo fim da violência contra jornalistas.

A campanha do SJSP pretende frear o aumento de ataques relacionados direta ou indiretamente a questões políticas, partidárias ou ideológicas. De acordo com o relatório Violência contra jornalistas e a liberdade de imprensa no Brasil, produzido pela Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj), 70% dos ataques a profissionais de imprensa ocorridos em 2021 estavam relacionados a questões políticas.

Para tanto, o SJSP quer que candidatos e candidatas assumam o compromisso público de se oporem a qualquer forma de agressão contra profissionais de imprensa.

“Diante das ameaças e violências que vivemos no último período e que podem se intensificar no período eleitoral, o Sindicato dos Jornalistas divulgou um Pacto para que todos os candidatos e candidatas, seja do legislativo ou do executivo, assinem garantindo não ameaçar os profissionais, cercear o trabalho jornalístico ou causar violências de qualquer tipo. Queremos fazer uma garantia que todos os candidatos, independentemente de partidos, possam se comprometer a isso”, relatou o presidente do SJSP, Thiago Tanji.

Confira a íntegra do documento no site do SJSP.

(*Com informações do SJSP)

Jamil Chade é ameaçado nas redes sociais

Jamil Chade
Jamil Chade

Colunista do UOL e correspondente na Europa há duas décadas, Jamil Chade denunciou em 8/2 ameaças e insultos que vem recebendo em suas redes sociais por apoiadores do presidente Jair Bolsonaro.

Em uma postagem no Twitter, Jamil mostrou a imagem de dois ataques recentes. Em um, o usuário, que teve sua identidade protegida pelo jornalista, ataca: “Espero te ver em uma geladeira de algum I.M.L. por aí!”.

Já na outra imagem, cortada pela metade, é possível perceber o aumento do tom da ameaça, que agora é física: “Sai na rua aqui malandrão!” [sic]. Vale lembrar que Chade mora atualmente em Genebra.

Jamil já havia denunciado em janeiro deste ano as ameaças que recebe por meio de contas falsas. Segundo ele, esses ataques seriam respostas à matéria que ele havia escrito à época sobre a tentativa do “gabinete do ódio” de comprar tecnologia de espionagem.

“Um dia depois de eu escrever sobre a difusão do ódio como instrumento de poder, passei a ser alvo de ameaças de morte. Em 2022, não estamos apenas votando para presidente. Estamos definindo quem somos”, completou o jornalista em outra postagem.

 

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Marcos Rozen deixa a AutoData e é substituído por Pedro Kutney

AutoData
AutoData

 

Mardos Rozen

Marcos Rozen desligou-se no início de abril do cargo de editor da Revista AutoData e anunciou o lançamento de seu novo projeto profissional, o site Use Elétrico. O espaço nasce com a proposta de falar sobre veículos híbridos e elétricos, principalmente sob o ponto de vista do consumidor. Além do site (www.useeletrico.com), a plataforma contará com conteúdos para Instagram, Twitter e YouTube (@useeletrico).

Na AutoData, foram 20 anos de atuação, em três passagens (1996-2001, 2005-2016 e 2018-2022). Segundo Rozen, sua saída foi voluntária, já com o intuito de explorar novos conteúdos em seu próprio projeto. “Apesar dos novos projetos, as atividades do MIAU (Museu da Imprensa Automotiva) seguem normalmente em paralelo, assim como já ocorria nos tempos de AutoData.

Pedro Kutney

Com a sua saída, a AutoData anunciou a contratação de Pedro Kutney como novo editor de sua revista. Com 35 anos de carreira, vinte deles no setor automotivo, Kutney vinha publicando desde o começo do ano sua coluna semanal Observatório Automotivo em diversos veículos especializados do segmento. Antes, esteve por quase 11 anos na Automotive Business, e passou por Valor Econômico, Automotive News e pela própria AutoData, entre 2006 e 2008.

 

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Especial Jornalismo nas veias: Unidos pelo propósito

Especial Jornalismo nas veias: Unidos pelo propósito

Sônia Araripe, criadora e diretora do site/revista Plurale, e os filhos Isabella. João Victor e Felipe Araripe

Um é pouco, dois é bom, três é… uma redação. Este poderia ser o nosso lema aqui em casa. Jamais pensei que poderia ter o privilégio de conviver com três filhos coleguinhas! Hoje, pensando sobre a linha do tempo e tudo o que vivenciamos juntos, tenho mais certa a noção que dificilmente seria outro o destino.

“Quando pequenos fomos várias vezes na redação. Era mágico. Lembro do laboratório de fotografia e aquele monte de computadores”, conta Isabella Araripe, a primeira a decidir cedo que também seria jornalista. João Victor Araripe, o segundo, ainda pensou que poderia seguir outro rumo, enveredando em Relações Internacionais. “No meio da Faculdade sabia que queria seguir Comunicação/Jornalismo”, lembra.

As escolhas profissionais nunca são fáceis, ainda mais tão jovens… Conseguimos conversar com João, sempre tão compenetrado e justo, lembrando que não era hora de desistir, uma vez que tinha passado para uma universidade pública, sugerindo que deveria concluir os estudos e teria, sim, todo o nosso apoio para fazer nova graduação, desta vez em Comunicação. Assim foi. Terminou RI e ingressou na PUC aproveitando os créditos possíveis. Formou-se em três anos.

O caçula do trio, Felipe Araripe, seguiu o hobby do pai – engenheiro de Telecomunicações no ofício, mas um grande chef nas horas vagas – e especializou-se em doces/pâtisserie. Aprendeu com a avó, o pai, e também com o auxílio de algumas boas horas de YouTube e programas de TV, a fazer bolos e tortas incríveis. Técnicas fantásticas. Poderia seguir a Gastronomia? Nada! Escolheu… Comunicação/Jornalismo! “Aqui em casa não tem só conversa e alegrias, tem também reunião de pauta”, brinca Felipe.

São três “filhos da PUC-Rio”, com muito orgulho. Tiveram os melhores professores, nossos amigos da trilha jornalística. Todo esse ambiente – entre jornais, revistas, televisão, livros, amigos jornalistas, pautas e conversas – os transformou em jornalistas.

Orgulho. Há quatro anos, quando tive a honra de receber pelos 35 anos de carreira e pela trajetória de nossa Plurale (mídia especializada em ESG/sustentabilidade com 15 anos) o Conjunto de Medalhas Pedro Ernesto, da Câmara de Vereadores do Rio de Janeiro, destaquei este orgulho e privilégio. Por estarmos unidos na mesma profissão, com os mesmos propósitos e ética. Já cresceram sabendo da batalha diária, da luta que é para resistirmos, para avançarmos no bom e velho Jornalismo, dando voz aos que não têm e fazendo/contando histórias para ajudar na transformação deste Brasil tão continental.

Isabella passou pelo Globo nos Jornais de Bairro; seguiu pelas mídias sociais; foi convidada para trabalhar nesta área no BRT e, mais recentemente, também a convite, está trabalhando na assessoria e mídias da Secretaria Municipal de Esportes do Rio de Janeiro. “Sempre gostei de esportes. Estou muito feliz por poder trabalhar nesta área”, diz Isabella, que fez diversos cursos e recomenda sempre a especialização.

João Victor, tenista nas horas vagas, uniu o útil ao agradável e lançou um blog com sua marca – BreakPoint – ainda mesmo antes da Faculdade. Frequentou quadras e eventos de tênis, tornou-se reconhecido. Fez concurso, passou para estágio no Globo.esporte.com e aprendeu muito. Hoje é repórter/editor de vídeos/produtor na Sift Creative, produtora de mídia norte-americana especializada em conteúdo de tênis que atende à famosa liga ATP e outros clientes. Neste momento está retornando da cobertura de dois grandes torneios de tênis da ATP – o de Indian Wells (na Califórnia) e o de Miami. “Tênis deixou de ser um hobby para se transformar em ofício. E toda a formação e base foi importante para chegar aqui. Nossa profissão não é fácil, mas trabalhando firme, estudando e nunca parando é possível, sim, conquistar seu espaço”, avalia João Victor. Ele recomenda o estudo principalmente de mídias sociais, edição de vídeo e podcasts.

Felipe foi estagiário-exemplo em nossa Plurale e segue agora como repórter contratado. Gosta de sustentabilidade, Cultura (especialmente Cinema) e mídias sociais. “Ainda estou começando na profissão. Aprendo todos os dias. Gosto de me informar e apurar reportagens”, conta Felipe, que também tem feito vários treinamentos.

Nas palestras e lives das quais participo, deixo sempre um recado para os mais jovens, como os nossos: leia, leia tudo e estude, estude sempre. O mundo sempre precisará de bons jornalistas/comunicadores, éticos e preparados. E há uma infinidade de opções hoje. Cada um precisa encontrar o seu caminho. E desenvolver o espírito empreendedor que habita em cada um de nós, pois, provavelmente, muitos terão que aprender a abrir o seu próprio negócio.

Enfim, temos, orgulhosamente, uma redação em casa! Até o marido – Newton Victor Meyohas, hoje aposentado da Embratel/Claro –, com todos esses anos de convivência com o Jornalismo, pegou as manhas de repórter e sempre está atento para nos sugerir pautas. Auxilia e dá suporte o tempo todo, sendo o nosso “diretor” da redação. Gratidão!

É, tem sido e sempre será mágico. Abrimos frentes, desbravamos caminhos. Não é fácil, nunca o será. Mas é emocionante e desafiador.

Caso Rubens Valente põe em risco a liberdade de imprensa, mostra reportagem da Pública

Rubens Valente foi obrigado a indenizar o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes por danos morais pela publicação do livro Operação Banqueiro, sobre o banqueiro Daniel Dantas, preso em 2008 pela Operação Satiagraha da Polícia Federal. A sentença foi reformada pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ) e pelo STF em fevereiro deste ano, e já está em execução.

A Agência Pública fez uma reportagem sobre o assunto e conversou com Valente, que considera a decisão como “um atentado à liberdade de expressão e de informação”. Na obra, o jornalista traça os perfis dos personagens envolvidos no caso. Um deles foi Gilmar Mendes, por causa de duas decisões do magistrado que garantiram a liberdade de Daniel Dantas.

No final de fevereiro, Valente teve que pagar R$ 143 mil a Mendes. E se a execução da sentença não for alterada por decisão do juiz de execução, o jornalista terá de desembolsar mais R$ 175 mil, corrigidos em valores atuais como devedor solidário, caso a Geração Editorial, que publicou o livro, não arque com a parte dele.

Os dois tribunais determinaram também que, em uma eventual reedição do livro, Valente inclua, como direito de resposta, a sentença condenatória e a transcrição integral da petição inicial interposta por Mendes, algo em torno de 200 páginas.

A reportagem da Pública destaca que, em um primeiro momento, em 2015, O juiz Valter André de Lima Bueno Araújo, da 15ª Vara Cível de Brasília, que analisou o mérito do processo, não encontrou “informação falsa ou o intuito difamatório”, e absolveu Valente e a Geração Editorial.

“Mendes então apelou ao Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT), que reformou a sentença, condenando o jornalista e estipulando indenização inicial de R$ 30 mil. A paulada viria dos tribunais superiores”, explica a Pública. “A 3ª Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) não só deu ganho de causa a Mendes e aumentou o valor da indenização, como mandou que os réus incluíssem na eventual reedição de Operação Banqueiro a petição inicial de Mendes e a sentença condenatória”.

A Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji) ingressou com uma petição na Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) para que o órgão avalie o caso. A Abraji considera o caso de Valente “um precedente perigoso para o regime legal e constitucional da liberdade de expressão no Brasil, porque impõe um dever de indenização muito grave para o exercício da liberdade de imprensa, sobretudo quando não se verifica nenhum abuso por parte do profissional. Sem mencionar os efeitos da autocensura não só sobre Rubens Valente, como também sobre outros jornalistas que desejem cobrir fatos de interesse público contra magistrados”.

Octávio Costa, recém-eleito presidente da Associação Brasileira de Imprensa (ABI), declarou que “é incrível que se permita que membros do STJ e STF proponham e julguem ações sobre colegas de tribunal. Sem dúvida afeta a liberdade de imprensa; o jornalista fica intimidado pelo assédio judicial. Ninguém é contra o pedido de resposta, mas não pode ser abusivo, com conflito de interesses”.

Leia a reportagem da Pública na íntegra.

Chicas Poderosas realiza formação de líderes em diversidade e inclusão

Chicas Poderosas realiza formação de líderes em diversidade e inclusão

A Chicas Poderosas, organização internacional voltada para promover equidade de gênero na mídia, está com inscrições abertas até 10/5 para a segunda edição da Incubadora de Lideranças, formação com foco em preparar líderes para promover diversidade e inclusão em suas equipes.

O programa, que tem apoio da Google News Initiative, selecionará até 150 pessoas de 50 meios de comunicação ou organizações sem fins lucrativos de países da América Latina e do Caribe, Espanha e Portugal. 

Podem inscrever-se grupos de no mínimo duas e no máximo três pessoas por veículo de comunicação ou organização. Os participantes devem ocupar cargos de liderança em seus trabalhos, sejam eles em redação, criação de conteúdo ou outras áreas da comunicação. 

A formação acontecerá durante cinco semanas, entre maio e junho de 2022, totalmente remota por Zoom ou Google Meet. A maior parte da programação será em espanhol, com workshops e palestras sobre liderança, colaboração, diversidade e inovação, entre outras atividades. 

Leia mais: Curso gratuito auxilia em diversidade, equidade e inclusão nas redações

Metrópoles e Record vencem categoria de Jornalismo do X Prêmio República

Metrópoles e Record vencem categoria de Jornalismo do X Prêmio República

A Associação Nacional dos Procuradores da República (ANPR) divulgou em 4/5), em solenidade realizada em Brasília, os vencedores do X Prêmio República. Na categoria Jornalismo, que premia trabalhos sobre a atuação do Ministério Público Federal (MPF), os vencedores foram o portal Metrópoles e a Record TV.

Na subcategoria jornalística Escrito, o Metrópoles venceu com a reportagem Um Quarto no Jacarezinho: Chacina deixou marcas nas crianças da favela, assinada por Leilane Menezes. O texto aborda os impactos da operação policial mais violenta do Rio de Janeiro sobre a população local. A reportagem entrevistou nove crianças moradoras da favela do Jacarezinho, que falaram sobre como é crescer em um contexto como aquele.

Outras duas reportagens do Metrópoles também ficaram nos segundo e terceiro lugares da categoria: O Brasil que passa fome (2º) e Maceió está afundando (3º).

Na subcategoria Audiovisual, a vencedora foram os documentários da série Escuridão na Floresta/Sertão Medieval, de Daniel Motta, da Record TV. As reportagens tratam sobre falta de energia elétrica e a triste realidade de comunidades isoladas em cidades da Amazônia e do sertão do Nordeste. O trabalho traz entrevistas com famílias que vivem no escuro e que sofrem acidentes por uso de combustível.

Na mesma categoria, o segundo lugar também foi da Record, com a reportagem Dossiê Carajás − Corrupção e Descaso.

Especial Jornalismo nas veias: A evolução da espécie

Especial Jornalismo nas veias: A evolução da espécie

Saulo Luiz da Silva, repórter cinematográfico na TV Globo Minas, e a filha, Tábata Poline Feliciano Silva

A televisão nas nossas vidas, da minha família, família Silva lá da periferia, é a evolução de Darwin. Meu pai foi o cinegrafista mais antigo em atividade no Brasil, trabalhou até os 80 anos. Eu comecei a trabalhar na TV Bandeirantes menino − era a TV Vila Rica −, como office-boy. Era curioso, inquieto. Fui ajudar no estúdio em algumas produções. Aí descobri a câmera de estúdio. Fui fazer câmara de estúdio, virei contrarregra. Mais curioso ainda, gostava das investidas das equipes nas ruas e aprendi a ser cinegrafista na época − hoje é repórter cinematográfico.

O tempo passou… Tive a oportunidade de trabalhar na TV Educativa − TV Minas, do Estado − por dez anos, na TV Manchete por quatro anos e na TV Globo estou há 26 anos como repórter cinematográfico. Fiz graduação em Jornalismo, pós-graduei em Cinema.

Aí, é inevitável, né? A Tábata veio a reboque dessa história do meu pai e da minha história. Ela fez Jornalismo também, se formou, entrou como repórter na TV Globo, no G1 − uma carreira muito promissora e de muito rápida ascensão. Porque televisão é imagem, né? E a Tábata, por ser por ser filha e neta de dois profissionais de imagem, sempre observou muito os detalhes, a composição, o discurso que a imagem tem como peso numa reportagem.

Mais do que isso, ela é um ser humano excepcional. Nascida num bairro da periferia de São Paulo, desde cedo eu a preparei muito, ela fez inglês cedo, estudou muito cedo, é inquieta, já tem duas graduações, duas pós… É missionária na profissão, trabalha em função de fazer a diferença na vida das pessoas, principalmente nessas causas das minorias: negros, LGBT, injustiça social… está sempre ligada a essas causas. Criou com uma equipe o Rolê nas Gerais (Globoplay). Isso deu a ela uma ascensão, um espaço de visibilidade muito grande. E está agora caminhando bacana numa empreitada no Fantástico. A coisa está andando, graças a Deus.

Mas, se pudesse resumir, é a história de Darwin. Evolução da espécie. Primeiro foi o meu pai, que chegou até onde pôde como profissional; depois foi a minha hora, eu cheguei até aqui; agora é o espaço da Tábata, que abriu o espaço dela, o caminho dela como comunicadora de massa na TV Globo. É bem interessante a nossa história de vida na televisão. E ela pauta sempre em defesa das minorias, entende a profissão como missão, não só como meio de ganhar dinheiro e pagar as contas.

É bem isso. São três negros da periferia na comunicação social. São três gerações vocacionadas e tendo a profissão como missão, de ajudar as pessoas que não têm voz. Se um de nós mortais bater na porta do governador ele não vai atender. Mas uma matéria bem feita, mostrando qualquer mazela no espaço social, de clínica médica, hospital que não funciona e tal… a gente faz uma boa reportagem e as pessoas vão nos ouvir.

Então, isso virou missão nas nossas vidas. E a Tábata nada mais é do que uma mulher vocacionada às causas sociais. É bem por aí.

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