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Esposa de Dom Phillips afirma que corpos foram encontrados

A esposa do jornalista britânico Dom Phillips, Alessandra Sampaio, informou nesta segunda-feira (13/6) que o corpo dele e do indigenista Bruno Pereira foram encontrados. Eles estão desaparecidos há mais de uma semana na Terra Indígena Vale do Javari, no Amazonas.

A informação ainda não foi confirmada nem pelas autoridades brasileiras e nem pela União das Organizações Indígenas dos Povos do Javarari (Univaja), associação indígena que denunciou o desaparecimento dos dois.

Segundo Alessandra, após receber a informação, ela recebeu uma ligação da PF confirmando a localização de dois corpos, mas disse que eles ainda precisavam ser periciados para que a identificação pudesse ser feita.

Ainda de acordo com Alessandra, a Embaixada Britânica, que já havia comunicado aos irmãos de Dom Phillips a localização dos corpos do jornalista e do indigenista, ratificou a informação da PF.

Bruno e Dom foram pela última vez em 5 de junho ao chegarem a uma localidade chamada comunidade São Rafael. De lá, eles partiram rumo a Atalaia do Norte, viagem que dura aproximadamente duas horas, mas não chegaram ao destino.

No domingo (12), as equipes de busca encontraram uma mochila, um notebook e um par de sandálias na área onde são feitas as buscas pelo jornalista inglês e pelo indigenista no interior do Amazonas. Segundo as autoridades, o material estava próximo da casa de Amarildo Costa de Oliveira, conhecido como Pelado e principal suspeito de envolvimento no crime.

Radicado no Brasil desde 2007, Dom Phillips é repórter freelance para o jornal inglês The Guardian e já colaborou com reportagens para Washington Post, New York Times e Financial Times. Ao lado de Bruno pereira, participava de expedições pela Amazônia desde 2018, com o objetivo de relatar problemas relacionados aos indígenas na região para o The Guardian.

Nesta nova incursão, viajou à região do Vale do Javari para realizar entrevistas para um livro sobre meio ambiente que está produzindo com o apoio da Fundação Alicia Patterson.

Segundo a União das Organizações Indígenas dos Povos do Javarari (Univaja), a equipe vinha recebendo ameaças antes do desaparecimento. “A ameaça não foi a primeira, outras já vinham sendo feitas a demais membros da equipe técnica da Univaja, além de outros relatos já oficializados para a Polícia Federal, ao Ministério Público Federal em Tabatinga, ao Conselho Nacional de Direitos Humanos e ao Indigenous Peoples Rights International”, informou a entidade em nota.

(Com informações do g1 Amazonas)

Aberje Trends debate comunicação corporativa na era do metaverso

Aberje Trends debate comunicação corporativa na era do metaverso

A Associação Brasileira de Comunicação Empresarial (Aberje) realiza em 22 e 23 de junho o Aberje Trends 2022, que reunirá lideranças de grandes empresas que estão transformando a comunicação empresarial no Brasil. O evento, que volta a ser presencial após duas edições online, será no Instituto Tomie Ohtake, em São Paulo.

O tema do Aberje Trends 2022 será a comunicação corporativa na era do metaverso. No primeiro dia, o escritor Pedro Doria fará uma palestra especial de abertura sobre Megatendências da comunicação. Na sequência, mediará uma mesa redonda de CEOs sobre tendências na gestão de negócios e o impacto na comunicação corporativa, com Gustavo Werneck, CEO da Gerdau e Jerome Cadier, CEO da LATAM Brasil.

O primeiro dia terá também a participação de Larissa Santos Battistini, gerente de Comunicação Institucional da Bayer Brasil; Helena Alonso, líder de Comunicação Corporativa para a Dow no Brasil; Raquel Ogando, diretora Global de Comunicação e Reputação da BRF, entre outros.

Já no segundo dia do evento, Rafael Sbarai, head de Produto e Operações do Cartola Express do Grupo Globo comandará a palestra especial Web3, Nfts e o Futuro das Empresas em um Mundo sem Cookies. Outros palestrantes confirmados são Leandro Provedel, gerente Corporativo de Comunicação e Marca da Engie Brasil; Maria Elisa Curcio, diretora jurídica e relações institucionais da Ypê; Renata Spallicci, VP da Apsen Farmacêutica; e Luiz Eduardo Serafim, head de Marca & Comunicação e Líder de Inovação da 3M.

Jornalistas interessados em cobrir o evento devem solicitar o credenciamento de imprensa para o e-mail [email protected]. A mensagem deve incluir nome completo, veículo, RG, e-mail e telefone.

Confira a programação completa e inscreva-se aqui.

Hamilton Almeida lança novo livro sobre Roberto Landell de Moura

Jornalistas&Cia inicia campanha para a inclusão do nome de Landell de Moura no Bulevar do Rádio em São Paulo

Principal biógrafo do padre-cientista gaúcho Roberto Landell de Moura, verdadeiro inventor do rádio, e autor de quatro livros sobre ele, Hamilton Almeida está lançando sua quinta obra com esse foco: Padre Landell: o brasileiro que inventou o wireless.

Segundo o professor Gildo Magalhães, que assina o prefácio, “encorpado com descobertas que reescrevem a história do ilustre personagem, Padre Landell: o brasileiro que inventou o wireless é um livro-reportagem surpreendente. Tudo o que se sabia adquiriu outra dimensão. Está mais claro o que e como o talentoso padre-cientista fez o que fez e qual foi a repercussão no País e no exterior. O seu retrato ganhou contornos mais consistentes, amplos e luminosos. Pela primeira vez, a experiência de 1899 é descrita em detalhes e alcançou o status de emblemática. Afinal, um público selecionado, membros da elite intelectual e empresarial paulista, teve o privilégio – então inédito no planeta − de ouvir sons transportados por ondas de rádio: acordes do Hino Nacional cruzaram o espaço de alguns quilômetros! Outra revelação: além das fronteiras nacionais, as suas patentes norte-americanas serviram de referência para outros inventores até recentemente. Um consolo para quem não teve o apoio necessário para comercializar notáveis criações”.

Hamilton começou a pesquisar as façanhas do Padre Landell ainda estudante na Fundação Armando Álvares Penteado (Faap) e não parou mais. Iniciou a carreira profissional em São Paulo, como repórter da agência Telenotícias, do Grupo Visão. Em Porto Alegre, foi repórter de economia de Zero Hora por mais de uma década. Em Buenos Aires, foi correspondente de ZH e, depois, da Gazeta Mercantil Latino-Americana, além de colunista da revista Imprensa e colaborador da rádio BBC, de Londres, para assuntos de economia. Investigações na capital do país vizinho levaram-no a escrever Sob os olhos de Perón: o Brasil de Vargas e as relações com a Argentina (Record, 2005). De volta ao Brasil, atuou na CDN e é colaborador da revista Química e Derivados. É também autor de O amor através dos tempos (Universo dos Livros, 2010).

Aceesp anuncia mudanças na logomarca e site, e lança podcast

Aceesp anuncia mudanças na logomarca e site, e lança podcast

A Associação dos Cronistas Esportivos do Estado de São Paulo (Aceesp) anunciou uma série de mudanças que fazem parte de um projeto de modernização da entidade: nova logomarca, novo site, mudança de endereço da sede e o lançamento de um projeto em podcast.

A partir desta sexta-feira (10/6), a Aceesp passa a adotar uma nova logomarca, criação do designer gráfico Cláudio Duarte. Foram mantidos os padrões de cores em tom azul e a forma geométrica do círculo, com um desenho final que funde as imagens de um microfone e de um satélite de comunicação. “Em tempos de comunicação globalizada, a ideia era fazer essa ponte entre o passado e o presente”, explica Cláudio.

Outra novidade é a reformulação e modernização do site, que incluem requalificação visual e ampliação de conteúdo. A navegação é agora mais confortável e racional para o usuário, e os temas são divididos por categorias e aparecem na home de forma mais organizada, ordenados pelo número de acessos.

Aceesp anuncia mudanças na logomarca e site, e lança podcast

A Aceesp entra de vez no mundo dos podcasts com o lançamento do Podcast Aceesp, que passa a integrar o conteúdo regular do site e das mídias sociais da entidade. O projeto é feito em parceria com a Live Sports e a Sportheca. O primeiro episódio, sob o comando de Anderson Cheni, traz uma entrevista com Nélson Nunes, presidente da entidade, que fala sobre a missão de substituir a dupla Erick Castelhero/Maurício Noriega, que esteve à frente da Aceesp nos últimos seis anos, e dos desafios que tem para sua gestão.

Aceesp anuncia mudanças na logomarca e site, e lança podcast

Por último, a entidade anunciou que sua sede administrativa está atendendo em novo endereço: Avenida Paulista, 807 – sala 318 – Bela Vista – CEP: 01311-915. Os telefones para atendimento e contato com a diretoria continuam os mesmos: (11) 3251-2420 e (11) 3289-8409. O e-mail geral é [email protected]. E para falar com o presidente, [email protected].

A este Portal dos Jornalistas, Nélson Nunes explicou que todas essas mudanças “fazem parte de um projeto de reposicionamento da Aceesp. A entidade é reconhecida por seus 81 anos de história e credibilidade em defesa dos interesses dos cronistas esportivos do Estado e agora busca um melhor alinhamento com a revolução por que passa o mercado da produção de conteúdo, em especial o jornalismo. A modernização do site e a criação do podcast seguem nessa linha e ampliam os canais de comunicação da entidade com seus sócios e com o mercado de maneira geral. O jeito de fazer jornalismo está mudando e a Aceesp procura acompanhar essa transformação”.

O Povo abre sucursal em São Paulo

O Povo abre sucursal em São Paulo

O Grupo de Comunicação O Povo amplia sua estrutura e passa a funcionar com um escritório em São Paulo. A sucursal, que já está em operação, é um canal de diálogo entre anunciantes/agências e O Povo. O objetivo é trabalhar em duas frentes visando ao mercado em âmbito nacional – publicidade e projetos.

À frente da nova estrutura está Carlos Namur, diretor de Mercado Nacional, responsável pela coordenação da rede de representantes, espalhada em dez Estados. O escritório em São Paulo fica no bairro do Itaim-Bibi (rua Tabapuã, 500 – 6º andar, conjunto 62 – 11-2476.6372 – WhatsApp 11-98372-1763 − e-mail [email protected]), o que facilita a conexão e a proximidade com o mercado. “A construção, a alimentação e a manutenção dessa rede de relacionamento nacional fazem parte do escopo de atuação dos negócios do Grupo O Povo em São Paulo e é uma das metas qualitativas deste ano”, analisa Namur.

Segundo Alexandre Medina Néri, diretor de Negócios de O Povo, “chegamos a São Paulo de forma sólida, trazendo em nossa bagagem a tradição de um grupo com 94 anos de experiência e tradição na mídia brasileira. Também desenvolvemos ao longo dos últimos 15 anos expertise em projetos customizados, que dão aos nossos parceiros soluções de amplitude nacional”.

Projetos que tenham foco no estado do Ceará fazem parte do portfólio da estrutura, como o Festival do Pratinho, o Dia do Forró, a Música na Praia e o Palco Vida & Arte. Namur lembra que tais projetos atraem o anunciante nacional, porque essas marcas procuram criar e manter uma identidade com o público local, “se comunicando com a linguagem do nordestino”.

Websérie mostra protagonistas da comunicação interna de grandes empresas

Websérie mostra protagonistas da comunicação interna de grandes empresas

A Jabuticaba Conteúdo e a Associação Brasileira de Comunicação Empresarial (Aberje) lançaram neste mês de junho a websérie Insiders, que apresenta a história dos protagonistas de comunicação interna de grandes empresas. Com seis episódios, o projeto destacará Bayer, Votorantim Cimentos, Vivo, iFood e Dow.

A ideia é mostrar o papel estratégico dessas empresas e como seus funcionários utilizaram novas tecnologias e formas de fazer comunicação interna, a fim de inspirar outras empresas e profissionais. Os episódios serão publicados semanalmente.

Para Hamilton dos Santos, diretor-executivo da Aberje, “a pandemia evidenciou duas constatações: a primeira é o valor dos funcionários para as organizações. No momento em que todos tiveram que fechar os escritórios e adotar o trabalho remoto, ficou claro que as empresas são, de fato, as pessoas que as compõem. Outra constatação foi o papel estratégico da comunicação, no sentido de explicar, engajar e fortalecer relacionamentos com os públicos. Esses dois fatores se conectam nessa atividade que é a comunicação interna”.

Os dois primeiros episódios já estão disponíveis no canal da Aberje no YouTube, sobre Larissa Battistini, da Bayer; e Bruna Lima, da Votorantim Cimentos. Na próxima quarta-feira (15/6), a websérie apresentará Cesar Rua, gerente de Comunicação Corporativa da Vivo.

IJNet: Como está o mercado jornalístico no Nordeste do Brasil?

Texto publicado originalmente em 7/6/2022 no IJNet

 

 

* Por Jade Drummond

Segundo o Atlas da Notícia, a criação de novos veículos digitais é uma tendência consolidada no Nordeste e que pode ter contribuído, junto ao rádio, para a diminuição dos desertos de notícia na região. As iniciativas independentes de jornalismo cresceram e abriram mais espaço para a produção de conteúdo com um olhar local, mas a sustentabilidade financeira e a falta de visibilidade nacional ainda são desafios enfrentados pelos jornalistas nordestinos.

Nesse contexto, o Fórum Pamela Howard para Cobertura de Crises Globais organizou o webinar gratuito “O mercado de jornalismo no Nordeste” para discutir sobre as novas iniciativas e como o mercado jornalístico está se desenhando na região. Participaram do bate-papo Laércio Portela, editor e cofundador da Marco Zero ConteúdoBeatriz Jucá, ex-repórter do El País e do Diário do Nordeste; e Lucas Maia, diretor de tecnologia da Agência Tatu.

Assista ao webinar completo, realizado em 3 de junho, neste link e veja os destaques da conversa abaixo.

Mídias tradicionais não falam mais sozinhas

O Nordeste, assim como o resto do Brasil, tem grandes conglomerados de mídia que sempre dominaram as principais rádios, TVs e jornais, mantendo a maior parte da audiência concentrada em dois, três ou quatro grupos de comunicação. Com o crescimento do jornalismo independente na região, esses grupos passaram a dividir o espaço com outras vozes e não falam mais sozinhos com o público.

“A mídia independente tem feito mais do que um contraponto, do que mostrar o outro lado da notícia”, comenta Portela. Para ele, são olhares e recortes na produção jornalística que não apareciam na mídia tradicional. O jornalismo independente que Portela vê em Pernambuco é de iniciativas que já nascem segmentadas – cobrindo raça, gênero, direito à cidade, cultura etc – e que são posicionadas, deixam claro o comprometimento com direitos humanos e com a democracia.

Maia explica que em Alagoas o crescimento da mídia independente se deu de forma diferente de outros estados. Em 2019, ocorreu uma grande greve de jornalistas, com adesão em massa, para garantir o piso salarial da profissão. O objetivo foi alcançado, mas teve como consequência um número alto de demissões nos grandes conglomerados de mídia. Essa situação acelerou, então, o surgimento de novas iniciativas independentes na região, que acabaram se tornando concorrentes desses veículos tradicionais.

No Ceará, Jucá vê o jornalismo independente pautando a grande imprensa. “O que eu tenho visto aqui é que as investigações mais aprofundadas e importantes têm ficado a cargo das iniciativas independentes, o que acaba pressionando os veículos tradicionais locais a cobrir também”, diz. “Falta o entendimento de que as histórias não são necessariamente locais e que o Brasil também acontece no Nordeste”. No jornalismo independente ela tem encontrado mais espaço para situar a realidade do Ceará de forma nacional e até internacional, como no caso de pautas que tratam de inovação para lidar com a emergência climática.

A busca pela sustentabilidade financeira

A Marco Zero Conteúdo é um portal de jornalismo investigativo que foi criado com o objetivo de cobrir o direito à cidade em Recife, que é um não-assunto na mídia tradicional. A organização é sem fins lucrativos e se sustenta financeiramente com apoio de associações focadas em direitos humanos e democracia. A equipe também participa de diversos editais locais, nacionais e internacionais para viabilizar recursos para os projetos da Marco Zero e busca trabalhar sempre em parceria com outras iniciativas de jornalismo independente da região. Recentemente, divulgaram o Mapa da Mídia Independente e Popular de Pernambuco, que reúne uma lista dessas iniciativas locais espalhadas pelo estado, com o objetivo de fortalecer a colaboração e o ecossistema da mídia independente local.

No caso da Agência Tatu, que é uma iniciativa de jornalismo de dados em Alagoas com fins lucrativos, a estratégia para alcançar a sustentabilidade financeira é a diversificação. A organização surgiu com o objetivo de ir contra o jornalismo declaratório, investigando mais a fundo dados públicos disponíveis. Logo, viram que existe interesse no mercado por profissionais qualificados para produzir análises de dados. Então, a Tatu passou a trabalhar com duas frentes: publicação de conteúdo próprio, que funciona também como uma vitrine para conseguir financiamento externo focado na produção jornalística independente; e prestação de serviços de comunicação e análise de dados para terceiros. Maia explica que buscar a sustentabilidade financeira é um desafio, não tem fórmula certa, e que um dos focos é não depender de apenas uma fonte de renda específica.

Sobre os financiamentos que iniciativas de jornalismo independentes têm recebido nos últimos anos, Portela entende que é importante sensibilizar esse ecossistema para a necessidade de que os recursos sejam espalhados por todo o Brasil, para fortalecer a mídia independente como um todo. “Senão, a gente corre o risco de reproduzir o modelo da mídia tradicional, que é ter apenas quatro ou cinco grandes grupos de comunicação São Paulo”, explica.

Os riscos do jornalismo investigativo local

Por lidar com investigações importantes e que muitas vezes envolvem violações de direitos, a cobertura independente local também tem que considerar os riscos físicos que os jornalistas e as fontes correm com certas apurações. “O risco é uma questão muito presente no meu trabalho”, diz Jucá. Como repórter freelancer e mulher, ela costuma fazer uma análise de risco quando recebe as denúncias e, às vezes, isso inviabiliza a publicação das investigações.

No Marco Zero, a equipe entendeu que precisava atuar institucionalmente para facilitar o apoio jurídico e de segurança aos jornalistas da região, pois acreditam que essa proteção também está muito centralizada no eixo Rio de Janeiro – São Paulo. Com isso, o veículo participou da fundação da Associação de Jornalismo Digital (Ajor) e está presente em diversos eventos de jornalismo. Uma dica para mídias independentes que precisam de aconselhamento jurídico é o serviço da ONG Repórteres Sem Fronteiras, que tem sido uma consultoria importante para o Marco Zero.

Redução do estigma do Nordeste 

Para Portela, a democratização da comunicação é importante para que o Brasil conheça também o Nordeste a partir de outra perspectiva, sem uma visão reducionista, preconceituosa e muitas vezes racista da região. “Você não precisa vir pro interior do sertão para falar de fome, no Brasil de hoje ela está em todo canto”, diz. Ele entende que essas novas mídias são importantes para produzir conteúdo com vieses mais amplos e diversos, que ajudam a reduzir esse estigma.

Nesse sentido, a escolha de fontes para comentar situações locais também é importante. Os jornalistas comentam que é comum veículos nacionais convidarem especialistas de São Paulo para comentar eventos ou fatos que aconteceram no Nordeste, como se a região não tivesse vozes qualificadas para falar sobre a própria realidade. “Trazer um olhar local nas reportagens é importante”, pontua Jucá, que já viu direcionamento de editores de outros estados que não se aplicavam à realidade da região e, por ser dali, ela conseguiu dar um caminho mais certeiro à pauta.

Além da redução do estigma, os jornalistas reforçam que os acontecimentos no Nordeste não são sempre hiperlocais. “Por mais que a gente bata na tecla, tem situações que parecem permanecer invisibilizadas, mas que deveriam estar até na imprensa internacional”, diz Maia se referindo ao caso recente de afundamento do solo de Maceió por ação da petroquímica Braskem.

#diversifica é o novo hub de conteúdo para DEI do Portal dos Jornalistas

Especial #diversifica destaca práticas de Diversidade, Equidade e Inclusão no Jornalismo

O Portal dos Jornalistas e a newsletter Jornalistas&Cia deram mais um importante passo rumo à ampliação de conteúdos relacionados a Diversidade, Equidade e Inclusão (DEI) em suas plataformas. É o #diversifica, novo hub de conteúdo que nasce com o objetivo de conscientizar jornalistas, influenciadores digitais e gestores de Comunicação sobre a importância do tema para um jornalismo mais plural.

O projeto, que foi selecionado pelo programa Acelerando a Transformação Digital, da Associação de Jornalismo Digital (Ajor) e do Centro Internacional para Jornalistas (ICFJ, em inglês), com o apoio da Meta Journalism Project (Facebook/Instagram), tem coordenação editorial de Luana Ibelli ([email protected]).

“O jornalismo é uma importante ferramenta para criar um diálogo mais democrático na sociedade e, para isso, as redações precisam refletir a diversidade que existe na população, É possível criar ambientes mais acolhedores para pessoas com diferentes históricos e vivências”, destaca a profissional, que desde março integra a equipe da Jornalistas Editora

Jornalista com mestrado em Televisão Digital pela Unesp, e pós-graduação em Influência Digital pela PUC-RS, Luana chega com a responsabilidade de traçar as estratégias editoriais dos conteúdos que serão lançados pelo #diversifica e que estarão disponíveis em ambas as publicações, suas redes sociais e em breve na podosfera. “Espero que seja uma experiência profissional muito enriquecedora e que eu possa contribuir com os meus conhecimentos para mostrar que diversidade e inclusão são fundamentais para o futuro do jornalismo”.

Diversidade também de plataformas

Uma das grandes apostas do hub será a ampliação dos conteúdos produzidos sobre o tema para diferentes plataformas. Além de explorar as já tradicionais e consagradas páginas deste J&Cia, que completa 27 anos de vida em setembro, e os conteúdos diários do Portal dos Jornalistas, o #diversifica prepara para o segundo semestre uma série de entrevistas em formato de videocast.

Serão seis episódios, que discutirão o passado, presente e futuro da DEI a partir do ponto de vista de profissionais inseridos em diferentes realidades: Negritude, Indígena, LGBTQIAP+, PcD, Saúde Mental e Territórios.

Os programas começarão a ser gravados em julho, e a previsão é de que sejam veiculados a partir de agosto. Além das versões em vídeo, para YouTube e Redes Sociais, o especial também contará com versão em podcast, disponível nos principais tocadores.

Apoio

O #diversifica é uma produção da Jornalistas Editora que conta com os apoios institucionais da Associação de Jornalismo Digital (Ajor), International Center for Journalists (ICFJ), Meta Journalism Project, Imagem Corporativa e Rádio Guarda–Chuva.

GloboNews grava série em região de desaparecimento de jornalista britânico

Com produção da GloboNews, a região do desaparecimento de Dom Phillips, do The Guardian, e do indigenista Bruno Araújo, da Funai, virou cenário para a série de reportagens Pelas Estradas do Brasil, de Fernando Gabeira.

Desaparecidos na Amazônia desde o último domingo (5/6), de acordo com o Amazônia Real os dois teriam sido vítimas de uma emboscada. A União das Organizações Indígenas dos Povos do Javari (Univaja) informou em nota que a equipe vinha recebendo ameaças.

“A ameaça não foi a primeira, outras já vinham sendo feitas a demais membros da equipe técnica da Univaja, além de outros relatos já oficializados para a Polícia Federal, ao Ministério Público Federal em Tabatinga, ao Conselho Nacional de Direitos Humanos e ao Indigenous Peoples Rights International”, ressalta a nota.

A primeira reportagem da série, por enquanto, está prevista para ir ao ar neste domingo (12/6), às 21h30, mas internamente vem sendo discutida a possibilidade de a exibição ser antecipada.

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