Morreu na madrugada desta terça-feira (15/2), aos 81 anos, o jornalista e cineasta Arnaldo Jabor. Ele estava internado desde 17 de dezembro no Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, após sofrer um acidente vascular cerebral.
No final de dezembro um boletim médico chegou a registrar uma melhora progressiva em seu quadro neurológico, inclusive com Jabor recuperando a consciência, mas segundo sua família as complicações do AVC acabaram causando sua morte.
Arnaldo Jabor fez parte da geração do Cinema Novo e dirigiu sucessos como Toda nudez será castigada (1973), O casamento (1975), Tudo bem (1978), Eu te amo (1981) e Eu sei que vou te amar (1986).
Durante um hiato afastado das produções cinematográficas, retomou sua carreira como jornalista, atuando como colunista da Folha de S.Paulo por dez anos. Também colaborou com os jornais Zero Hora, de Porto Alegre, e O Globo, do Rio de Janeiro, além de ter atuado paralelamente em direção de filmes publicitários.
Mas foi a partir da década de 1990, com nos telejornais da TV Globo, em especial Jornal Nacional e Jornal da Globo, que ganhou notoriedade nacional por seus comentários irônicos e polêmicos. Nesse período, inclusive, era comum pessoas atribuírem a ele comentários sobre os mais variados assuntos, mesmo quando não eram.
No campo da literatura, publicou livros de coletânea como Os canibais estão na sala de jantar (1993) e O Malabarista – Os melhores textos de Arnaldo Jabor (2014).
O YouTube Shorts, formato de vídeos curtos e verticais do YouTube, deverá ganhar ao longo deste ano recursos voltados a monetização de conteúdo. O anúncio foi feito na semana passada pelo diretor de produtos da plataforma Neal Mohan.
Entre as novidades que poderão ser implementadas, estão previstas a criação de vídeos para marcas, ferramentas para usuários patrocinarem amigos ou criadores de conteúdos de quem são fãs, e até pagar pela criação de um Short.
Além de funcionalidades ligadas a monetização, também estão sendo desenvolvidos novos recursos, como opções variadas de edição e a possibilidade de responder a um comentário com um vídeo, como já é possível fazer no TikTok.
O cinegrafista Leandro Marques, da TV Thathi, afiliada da Record em Campinas (SP), foi atropelado na madrugada desta segunda-feira (14/2). Ele e a repórter Juliana Giachini estavam do lado de fora da 2ª Delegacia Seccional de Campinas para cobrir uma ocorrência de violência doméstica.
O próprio cinegrafista gravou o ocorrido. Após gravar parte da reportagem, um carro prata avançou para cima do profissional, que acabou atingido. Ele teve ferimentos nas pernas e nos braços, felizmente sem gravidade. O suspeito fugiu e ainda não foi localizado.
O motivo do ocorrido ainda é desconhecido. A polícia mostrou as imagens do carro para a vítima de violência doméstica da reportagem, mas ela não conhecia o motorista. A princípio, acredita-se que o atropelamento não tenha relação com o conteúdo da reportagem.
Em nota, a diretoria da regional Campinas do Sindicato dos Jornalistas Profissionais de São Paulo (SJSP) e a Federação Nacional dos Jornalistas (FENAJ) solidarizaram-se com a equipe da TV Thati, e escreveu que acompanharão os desdobramentos do caso e cobrarão as providências cabíveis: “É fundamental a imediata identificação e punição do responsável por esse ataque contra os profissionais, que se soma à uma preocupante frequência de atentados contra a vida de jornalistas durante o exercício da atividade profissional”.
Desde 2008, o consumo de podcasts vem subindo e ganhou impulso com a pandemia da Covid-19, já que as pessoas passaram a buscar mais conteúdos no período de lockdown. Entre os diversos movimentos nesse mercado, um que chama a atenção: o uso de podcasts em programações de emissoras de rádio.
Embora inicialmente o podcast tenha sua linguagem atrelada ao meio radiofônico, o uso da tecnologia democratizou a entrada de novos atores no espaço de produção, levando o podcast a desenvolver algumas características únicas, como a portabilidade.
Outra curiosidade está relacionada à duração. Os produtores de conteúdo em áudio estão fazendo programas que vão de 5 minutos a até mais de 2 horas, sendo que para todos eles sempre há algum ouvinte sedento.
Nesse cenário, as emissoras de rádio acabaram entrando tarde no mercado de podcasts. Inicialmente, algumas viam até com desdém a produção “amadora” desses conteúdos e depois como um inimigo. Só entenderam a complementariedade dos produtos (radio+podcast) quando as produtoras e muitos leigos já tinham invadido seu espaço.
Tudo mudou tão rapidamente que agora temos emissoras de rádio fazendo produtos autorais e veiculando podcasts feitos por diversos tipos de produtores. Ou seja, o podcast está entrando nas programações das emissoras.
Juliana Paiva, jornalista e diretora executiva da RadioData, empresa especializada em distribuição de conteúdos para rádios de todo o Brasil, explica que o mercado de radiodifusão voltou a crescer em agosto de 2021, embora o número de anunciantes tenha caído por conta da paralisação das atividades econômicas. Como muitas dessas emissoras dependem desses recursos, que foram prejudicados pela pandemia, inúmeras entraram no vermelho.
Juliana explica ainda que as rádios têm um custo operacional muito mais alto do que uma webrádio ou uma produtora de podcasts, pois têm de arcar com valores de mão de obra, equipamentos, manutenção e energia, entre outros.
Mas, esse cenário caótico também ajudou os radiodifusores a olharem para dentro de suas empresas e buscarem outras formas de receita, além de apertarem o cinto. E alguns conseguiram fazer de “um limão, uma limonada”, pois entenderam que precisavam melhorar a qualidade das suas programações. “Tudo passa pelo conteúdo. Se você produz conteúdos bons, atrai a audiência e acaba chamando a atenção dos anunciantes”, explica a executiva.
Foi assim que as emissoras de rádio redescobriram os conteúdos em podcast, pois precisavam de material com qualidade e encontraram muitos produtos prontos para turbinarem suas programações. Claro que não dá para veicular todos os podcasts sem um ajuste no formato, já que precisam ser editados para caberem nas programações. Porém, a linguagem mais fluente, o formato menos formal e as produções especiais ganharam a atenção do público das emissoras. Vale lembrar que esse uso de podcasts em rádio não se iniciou com a pandemia, mas foi intensificado por ela.
Ela recorda que levar um programa de rádio para o formato de podcast é muito mais fácil, pois o produto não está tão longe do material acabado, tendo um formato e tempos definidos. Mas, o caminho inverso é bem mais complexo, pois os podcasters roteirizam e montam seus programas sem a preocupação com a grade de programação de uma emissora e sem um limite rigoroso de tempo. Para caber na rádio, é preciso “limpar” muitas marcas do podcast, tornando-o um programa de rádio em um timing diferente.
A executiva lembra que há um ponto importante: “É preciso ter produção e edição diferentes para poder fazer os pontos de corte para as rádios, mas não podemos alterar o conteúdo principal, a essência do podcast. Apenas o enquadramos em um novo formato”.
Vale ressaltar que, nesse processo, os produtos serão diferentes, ou seja, quem ouvir o podcast na rádio terá um programa relativamente diferente (com uma edição leve) do produto veiculado nas plataformas de streaming.
De certa forma, usamos o mesmo material para editar dois programas para mídias diferentes. Pelo menos é a forma correta de se fazer. Se um espertalhão simplesmente pega o material do podcast, sem cortes, e leva para uma emissora de rádio vai acabar espantando os ouvintes, pois o material ficará como um “corpo estranho” na programação.
Mas, qual o motivo dos podcasters se interessarem pelo meio rádio? Para Juliana Paiva, a resposta é simples: o rádio é um veículo de comunicação de massa. “O que um podcast consegue de usuários em um mês pode ser alcançado em um dia em uma emissora de ponta”. Em outras palavras: o rádio alavanca audiência para o podcast e vice-versa.
Esse é o contexto do nosso mercado atualmente, em que os radiodifusores deixaram de ver os podcasts como um concorrente para usar o formato como um complemento para as suas programações.
A demora custou para as rádios tempo e dinheiro, pois facilitou a entrada de produtoras e podcasters independentes, que ganharam mercado produzindo conteúdos de qualidade, mesmo não tendo o parque técnico das rádios e suas equipes.
Esse é outro elemento importante, segundo a especialista em distribuição de conteúdos de áudio. Para ela, os jovens não veem o rádio como um meio para se trabalhar. Com isso, temos poucos jovens talentos despontando no mercado.
Já que os mais jovens não querem trabalhar em rádio, mas sim, fazer podcasts, os quadros das emissoras brasileiras são compostos por muitos profissionais gabaritados, porém sem o conhecimento técnico ou de linguagem para as novas tecnologias. E assim, vamos mantendo um ciclo vicioso, não formando novos profissionais para atuarem com esse mercado mutante.
“O maior problema é a falta de pessoal para fazer conteúdos multimídia, pois as emissoras ainda não conseguiram profissionais capacitados para desenvolver esses produtos, seja para sites, redes sociais ou mesmo para as programações”, afirma ela.
Cabe ressaltar que é muito importante fazer capacitações dos profissionais das emissoras para que entendam e utilizem as ferramentas tecnológicas para produzir programas mais atraentes para as diferentes audiências.
“Uma emissora não pode estar fora das redes sociais ou ter um site ruim ou ainda não atualizar seus conteúdos interagindo com os ouvintes via internet”, afirma Paiva.
Nesse ponto, a executiva lembra que os anunciantes querem mídia em 360º, que impacte os ouvintes/usuários em diversos devices, levando conteúdos relevantes para cada tipo de público.
A especialista afirma que as emissoras que mais necessitam de conteúdo diferenciado e de qualidade são as que estão fora das grandes cidades, ou ainda, as que não pertencem a nenhuma grande rede de rádio.
Para fechar a entrevista, quando perguntada sobre qual o perfil profissional que contrataria em uma emissora diante desse cenário, ela diz: um profissional que saiba utilizar os dados das pesquisas e seja ousado, com a mente aberta às novidades e à qualidade.
(Não esqueça que você pode ouvir essa conversa no podcast RadioFrequencia, disponível nas principais plataformas de streaming de áudio.)
Álvaro Bufarah
(*) Jornalista e professor da Fundação Armando Álvares Penteado (Faap) e do Mackenzie, pesquisador do tema, integra um grupo criado pela Intercom com outros cem professores de várias universidades e regiões do País. Ao longo da carreira, dedicou quase duas décadas ao rádio, em emissoras como CBN, EBC e Globo.
O fotógrafo Sebastião Salgado abre nesta terça-feira (15/2), no Sesc Pompeia, em São Paulo, a mostra Amazônia, que reúne mais de 200 fotografias sobre as riquezas da região. A curadoria é de Lélia Wanick Salgado, casada há 58 anos com o fotógrafo. O projeto levou sete anos para ser finalizado.
Além das imagens, será possível ouvir sons da floresta, obtidos por meio de um arquivo do museu de Genebra, na Suíça. O compositor francês Jean-Michel Jarre participou do projeto com uma música dos ruídos da Amazônia. São mais de 200 imagens impressas e outras 200 projetadas em salas escuras sobre a floresta e seus povos indígenas.
É a primeira vez que a mostra pode ser vista no Brasil. Antes, o projeto passou por Nova York, Londres e Paris. Lélia Salgado explica que a ideia de uma mostra com o tema Amazônia serve para alertar sobre a necessidade de proteção da região.
Ao longo de quatro décadas, Sebastião fotografou as riquezas da Amazônia, incluindo a diversidade de seus povos indígenas, em 48 viagens. O fotógrafo contou que, durante o período, abandonou as cores e mergulhou no preto e branco: “Eu podia concentrar na personalidade e na dignidade das pessoas, então a cor não me atrapalhava”.
A repórter da Globo Sônia Bridi mostrou no Fantástico algumas das fotografias exclusivas da mostra. Ela também conversou com Lélia e Sebastião sobre o projeto. Confira aqui.
O Instituto Vladimir Herzog lançou Usina de Valores, projeto que visa a disseminar e promover uma cultura de direitos humanos nas periferias do País.
O Instituto Vladimir Herzog lançou Usina de Valores, projeto que visa a disseminar e promover uma cultura de direitos humanos nas periferias do País. Por meio de atividades como cursos, oficinas, lives e intercâmbios, o objetivo é contribuir para a construção de uma sociedade democrática e não violenta.
Ainda sem data de início divulgada, as atividades estão previstas para breve.
Em parceria com lideranças e organizações ao longo de territórios periféricos no Brasil, as atividades serão presenciais e online. As presenciais acontecerão nas cidades de São Paulo (SP), Rio de Janeiro (RJ), Salvador (BA), Recife (PE), Vitória (ES) e Alvorada (RS).
Cada participante terá acesso a materiais como artigos, vídeos, entrevistas, livros, leis e declarações diretamente no site.
Hamilton Harley, coordenador da Área de Educação em Direitos Humanos do IVH, afirma que o objetivo é combater os discursos de ódio que naturalizam a violência: ”Fazemos isso promovendo práticas de diálogo, de respeito à diversidade e de valorização dos direitos humanos, disseminando valores de dignidade humana, escuta ativa, engajamento político, coexistir na diferença e bem-viver”.
Parte das atividades será aberta ao público, e haverá também atenção especial aos jovens que estão em processo de formação educacional e às diversas comunidades evangélicas, que vêm sendo afetadas pelo fundamentalismo religioso.
A Justiça do Distrito Federal julgou em primeira instância como improcedente um processo da TV Globo contra Marcos Aurélio Neves do Rego Sales, servidor da Secretaria de Estado Justiça e Cidadania do Distrito Federal, que ofereceu dinheiro para quem atacasse repórteres da emissora durante entradas ao vivo. Para o juiz Matheus Stamillo Zuliani, a postagem de Sales foi apenas uma “crítica” à Globo.
Segundo o site Notícias da TV (UOL), que teve acesso aos autos do processo, o servidor postou uma foto com a frase “jogue água em um repórter da Globo ao vivo e ganhe R$ 100”. A imagem mostra também um balde d’água sendo lançado no logo da emissora. Figuras públicas pró-governo, entre deputados e vereadores, compartilharam a campanha de Sales.
A Globo declarou que, após a postagem, recebeu diversos comentários em apoio à campanha de Sales, e que alguns repórteres ficaram com medo de trabalhar nas ruas devido à repercussão do post. Os advogados da emissora apontaram também que Sales declarou apoio ao presidente Jair Bolsonaro em suas redes sociais, e postava fotos com armas de fogo.
No processo, a emissora escreveu que o servidor cometeu crime de ódio e fez discurso antidemocrático, e solicitou R$ 30 mil por danos morais. Mas o juiz Zuliani entendeu que não há provas de que ataques foram feitos diretamente aos profissionais de Globo.
“Não consta nos autos qualquer efetiva ocorrência da conduta incitada pelo autor. Ademais, não consta qualquer forma de efetivação do pagamento prometido pelo autor”, disse o juiz. “O que se evidencia é a manifestação do autor em rede social, provavelmente em um ato de crítica às atividades da requerida ou de seus repórteres, manifestação essa que não pode ser confundida com uma incitação ao ódio público”.
Em entrevista ao Notícias da TV, o advogado especialista em direito civil Fernando Santana discordou da decisão e a classificou como polêmica, pois “abre um precedente perigoso para diversos entendimentos parecidos em outros casos”. Ele explica que de fato não há evidências de que os repórteres foram atacados por causa da campanha, mas que é incoerente que um servidor público faça apologia contra a atuação jornalística de algum veículo.
O ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal (STF), anulou a condenação contra o jornalista Luis Nassif, do site GGN, em processo movido pelo empresário Luciano Hang, dono da rede de lojas Havan.
O processo tinha como alvo a reportagem O que está por trás do terrorismo eleitoral do dono da Havan, publicada em outubro de 2018, que mostrava casos de coerção do empresário contra seus funcionários para que eles votassem em Jair Bolsonaro, então candidato à presidência da República. Segundo a apuração de Nassif, os trabalhadores chegaram a ser ameaçados de demissão, caso Fernando Haddad, então candidato do PT no segundo turno, vencesse as eleições.
Luis Nassif
Na primeira instância, o processo de Hang não obteve vitória, mas o empresário recorreu e conseguiu uma indenização de R$ 20 mil no Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo. Após ouvir os argumentos dos advogados Marco Riechelmann, Aroldo Camillo, Vinícius Dino e Alfredo Andrade, que representaram Nassif neste processo, Dias Toffoli decidiu pela derrubada do pedido de indenização.
“A publicação de matéria jornalística cujo conteúdo divulgue observações em caráter mordaz ou irônico ou, então, veicule opiniões em tom de crítica severa, dura ou, até, impiedosa, ainda mais se a pessoa a quem tais observações forem dirigidas ostentar a condição de figura pública – investida, ou não, de autoridade governamental –, pois, em tal contexto, a liberdade de crítica qualifica-se como verdadeira excludente anímica, apta a afastar o intuito doloso de ofender”, informou o magistrado em sua decisão.
O ministro avaliou também que não houve, no artigo, atentado à intimidade, honra ou vida privada de Luciano Hang, uma vez que o empresário manifestou-se incisiva e publicamente em favor de Jair Bolsonaro, em atos, envolvendo os funcionários da Havan, nas eleições 2018.
A Associação Nacional de Jornais (ANJ) e a Associação Nacional dos Editores de Revistas (Aner) anunciaram os 25 jornais e revistas selecionados para a fase de mentoria e fundos de inovação do programa Acelerando a Transformação Digital com ANJ e Aner, feito em parceria com Meta Journalism Project e Centro Internacional para Jornalistas (ICFJ, em inglês).
Os selecionados receberão, ao longo de três meses, treinamento estratégico e tático com especialistas, além de fundos de até US$ 15 mil para que as redações possam desenvolver projetos, produtos ou melhorias de processos. Na primeira fase, jornalistas de mais de 150 redações diferentes participaram de treinamentos virtuais com especialistas na área, com foco nos desafios de jornais e revistas.
A seleção para a fase de mentoria e fundos foi feita por um comitê do ICFJ, que seguiu critérios como a viabilidade do projeto apresentado e como os veículos podem impulsionar a transformação digital de suas organizações.
Os 25 selecionados foram 100fronteiras (Foz do Iguaçu, PR), A Gazeta (Vitória, ES), CartaCapital (São Paulo, SP), Diário da Amazônia (Porto Velho, RO), Diário da Região (São José do Rio Preto, SP), Diário do Nordeste (Fortaleza, CE), Diário Popular (Pelotas, RS), Diários Associados (Belo Horizonte, MG), Folha de Londrina (Londrina, PR), Folha do Mate (Venâncio Aires, RS), Folha Vitória (Vitória, ES), Gazeta do Povo (Curitiba, PR), Grupo Perfil Brasil (São Paulo, SP), Grupo Sinos (Novo Hamburgo, RS), Jornal Atual (Itaguaí, RJ), Jornal do Commercio (Recife, PE), Jornal O Tempo (Belo Horizonte, MG), O Globo (Rio de Janeiro, RJ), O Liberal (Americana, SP), O Liberal (Belém, PA), O Povo (Fortaleza, CE), Pais & Filhos (São Paulo, SP), Revista PIM Amazônia – Editora Balponte (Manaus, AM), Tribuna Independente (Maceió, AL) e Vida Simples (São Paulo, SP).
A Énois abriu as inscrições para o programa Diversidade nas Redações. O objetivo é apoiar veículos locais a desenvolverem suas estratégias.
O Énois Laboratório de Jornalismo lançou a Régua da Diversidade, ferramenta que consegue mensurar o nível de diversidade das redações brasileiras. A iniciativa surgiu a partir do Programa de Diversidade nas Redações.
O objetivo é, literalmente, medir a diversidade de cada equipe ou veículo de comunicação em diferentes áreas de atuação e então propor soluções, como ferramentas práticas e personalizadas para de fato institucionalizar a diversidade e tornar o jornalismo mais representativo.
A Régua da Diversidade mensura a diversidade com base em três grandes áreas: Gestão, Produção jornalística e Cultura, além de critérios específicos para cada um desses três grandes eixos. As redações respondem a algumas perguntas, que gerarão uma pontuação. Quando mais perto de 100 for o resultado final, mais diverso é o veículo.
Em Gestão, a ferramenta analisa tópicos como integração de repórteres com perfil diverso, expansão da equipe, apoio financeiro ou estrutural personalizado, apoio emocional institucionalizado, entre outros.
No eixo de Produção jornalística, a Régua atenta-se a critérios como ampliação do trabalho com recortes de diversidade, análise crítica da produção de conteúdo, mais diversidade em relação a fontes e profissionais, e mudanças nos processos de produção para incluir a diversidade.
E em Cultura, Énois observa a inclusão e identificação da diversidade na equipe, conhecimento da forma correta de abordar a diversidade, conhecimento das características sociais e territoriais da área de cobertura, e construção de um relacionamento com a comunidade local.
A direção do projeto é de Nina Weingrill e Simone Cunha. A metodologia e análise de dados são responsabilidade de Jamile Santana, e Alice de Souza cuida da sistematização. A ferramenta tem o apoio da Google News Iniciative.