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sexta-feira, abril 19, 2024

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Luís Nassif diz estar “juridicamente marcado para morrer”

Alvo de diversas ações judiciais por seus artigos no Jornal GGN e sem uma grande empresa para respaldá-lo juridicamente, Luís Nassif publicou em 20/12 um desabafo sobre sua situação. Ele debita a um “ativismo ideológico de parcela do Judiciário” a enxurrada de ações contra sites e jornais, que estaria extrapolando qualquer limite de razoabilidade.

“A falta de jurisprudência, de consenso, de regras mínimas de atuação está transformando o Judiciário na maior ameaça à liberdade de expressão desde os anos de chumbo da ditadura militar”, escreveu ele no artigo Estou juridicamente marcado para morrer. “O protagonismo político da Justiça espalhou-se por todos os poros da corporação. Não há mais limites para a atuação de juízes militantes, fazendo do seu poder uma arma política, não apenas para inviabilizar a liberdade de expressão, mas para a própria destruição dos ‘inimigos’”.

Ele afirma ter-se criado uma atmosfera em tudo semelhante à dos anos 1970, quando muitos profissionais, marcados pela ditadura, eram obrigados a mergulhar, a buscar trabalhos de forma clandestina, para não serem esmagados pelas restrições impostas pela ditadura: “Narro a minha situação, que deve ser igual a de outros jornalistas que não possuem o respaldo de empresas jornalísticas, alvos de uma ofensiva que, se não for contida, inevitavelmente atingirá também os grupos jornalísticos. Estou juridicamente marcado para morrer por críticas que faço ao Judiciário, cumprindo minha função de jornalista”.

Em seguida, detalha cinco das ações de que é alvo para depois concluir que o cerco o está expulsando do exercício do jornalismo, “pouco importando se tem 50 anos de carreira, inúmeras premiações e um trabalho reconhecido na área de economia e na defesa dos direitos”.

Coincidentemente, no mesmo domingo em que saiu o artigo a revista Veja publicou um direito de resposta que ele havia solicitado há 12 anos, por ataques do então colunista Diogo Mainardi, que o acusou de privilégios junto ao BNDES e de chantagear um secretário de Segurança de São Paulo. “12 anos! Qual o efeito dessa decisão? Apenas o de reabrir velhas chagas”, escreveu Nassif.

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