O Projeto Comprova, coalizão de 43 veículos comprometidos em investigar a veracidade de conteúdos suspeitos nas redes sociais, está lançando um aplicativo para celular com o objetivo de ajudar usuários a identificarem fake news.
A primeira versão da ferramenta, já disponível para Android e IOS, possibilita que as pessoas acompanhem as verificações feitas pelo projeto, enviem sugestões de conteúdos suspeitos e conheçam técnicas de checagem de fatos. Já a segunda versão, que deve ser lançada nas próximas duas semanas, permitirá que os usuários façam investigações de imagens com um recurso de busca.
Um dos compromissos do Comprova é incentivar a Educação Midiática. Por isso, o projeto pretende estimular o uso do aplicativo por professores para orientar alunos sobre formas de verificar e detectar informações duvidosas. Para Katia Brembatti, presidente da Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji), entidade que lidera a coalizão, “o combate à desinformação exige esforços em várias frentes. O aplicativo é uma forma de estar presente nos celulares”.
O app foi desenvolvido pela Vórtigo, com apoio e financiamento do Google Brasil. Baixe no Google Play ou na Apple Store.
Organizações de imprensa assinaram junto ao Ministério Público um termo de cooperação para a criação de um canal complementar de denúncias.
Para auxiliar no combate a ataques contra jornalistas e comunicadores, organizações ligadas à liberdade de imprensa assinaram na terça-feira (23/8), junto ao Ministério Público de São Paulo (MPSP), um termo de cooperação para a criação de um canal complementar de denúncias e intercâmbio de informações.
Proposta pelo MPSP, a iniciativa conta ainda com o Comitê Para a Proteção dos Jornalistas e a Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj) como parte da articulação. Com isso, as organizações terão acesso a um formulário de envio de denúncias no qual poderão solicitar a investigação formal do MPSP em nome de organizações associadas e jornalistas parceiros.
A parceria foi oficializada durante um evento presencial na capital paulista onde estavam presentes Patricia Blanco, do Instituto Palavra Aberta; Cristina Zahar, da Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji); Rogério Sottili, do Instituto Vladimir Herzog; Maia Fortes, da Associação de Jornalismo Digital (Ajor); e Taís Gasparian, do Instituto Tornavoz. Repórteres sem Fronteiras Brasil, Intervozes e Artigo 19 também assinam o documento.
Na semana passada, três jornalistas especializados em mídia nos EUA foram notícia, por motivos diferentes.
Brian Steller perdeu o emprego na CNN, onde comandava há nove anos o Reliable Sources (Fontes Confiáveis). No ar desde 1992, o programa recebia convidados para discutir a cobertura da mídia e fatos marcantes do setor.
Ele teria sido “vítima” de uma decisão do novo diretor da rede, que assumiu em maio o comando de uma CNN em crise de imagem e de audiência. Chris Licht estaria tentando reduzir o jornalismo opinativo.
A decisão foi lamentada. Mas houve quem também apontasse o fator audiência como um dos motivos. O programa concorrente na Fox News, MediaBuzz, tem quase o dobro da audiência do show de Steller.
Brian Stelter (Crédito: Jeremy Freeman/CNN)
Mais um tuíte causando confusão
Já no Washington Post, dois jornalistas viraram pauta. Um deles foi Paul Farhi, repórter que cobre a indústria de mídia.
Na sexta-feira, o Washington-Baltimore News Guild entrou com um processo contra o jornal para garantir que seja arbitrado um recurso apresentado por ele contra uma punição aplicada em fevereiro. O motivo é o que já causou outras confusões e até demissões no próprio Post: um tuíte criticando uma política do próprio jornal. No caso, a de não assinar ou publicar data e origem de matérias produzidas na Rússia, anunciada em março. A justificativa era proteger os repórteres no campo de possíveis retaliações.
Paul Farhi
Certo ou errada a decisão, o problema foi que o jornal cozinhou o recurso por meses, até que o acordo sindical venceu. E usou como argumento para não aceitar a arbitragem o fato de que não há mais um acordo em vigor.
O jornalista não se manifestou, e está deixando o sindicato conduzir a briga, agora na esfera judicial.
Seja qual for o desfecho, é mais um episódio no Post envolvendo tuítes de jornalistas. Em junho, Felicia Sommez foi demitida por criticar a reação do empregador à postagem sexista de um colega.
Conselhos sábios para a cobertura de eleições
A terceira jornalista que virou notícia não está envolvida em confusões, nem perdeu o emprego.
Margaret Sullivan anunciou o fim de sua coluna sobre mídia no Washington Post para lecionar na Duke University e escrever um livro − que desde já se pode considerar leitura obrigatória.
Na despedida, ela fez − como sempre − ótimas reflexões sobre o papel da imprensa, concentrando-se nas dificuldades do período eleitoral dos EUA.
Disse achar que a mídia finalmente aprendeu a cobrir “as formas ameaçadoras da democracia de Donald Trump e seus aliados”, que colocam em questão os resultados das eleições. E se disse feliz por ver que se tornaram comuns matérias que se referem a eles como “negacionistas eleitorais”.
Também elogiou o fato de a mídia não tratar Trump como “uma figura política normal, que algum dia se transformará em estadista responsável”. Mas acha que isso é insuficiente, questionando se a imprensa conseguirá “libertar-se de suas práticas ocultas: o amor pelo conflito político e o vício em acompanhar eleições como se fossem uma corrida de cavalos”.
“Para o bem da democracia, ela tem que conseguir”, diz a jornalista com quatro décadas de carreira.
Margaret Sullivan
Margaret Sullivan afirma que os meios de comunicação não devem continuar a fazer cobertura de discursos, comícios e debates à moda antiga, com os jornalistas “se permitindo serem megafones ou estenógrafos”. “Eles têm que ser dedicados contadores de verdade, usando linguagem clara, muito contexto e enquadramento atencioso para transmitir a verdade”, recomenda.
Também defende que a mídia explique ao público por que está fazendo o que está fazendo, citando como exemplo a decisão de não exibir um discurso ao vivo para evitar espalhar mentiras.
Sullivan resumiu sua “receita”: menos cobertura de campanha ao vivo, mais contexto e conversas diretas mais destemidas de editores com o público sobre o que está em jogo e por que a cobertura política parece diferente.
Ela sugere recursos como notas explicativas dos editores sobre as matérias, colunas escritas por eles e postagens com destaque nos sites.
Ótimos conselhos para qualquer país em campanha eleitoral.
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Primeira jornalista indígena da televisão brasileira, Luciene Kaxinawá é a convidada do quinto episódio do #diversifica. Em conversa com a apresentadora Luana Ibelli, ela traz discussões relevantes sobre a relação entre o jornalismo e os povos indígenas, como a visão estereotipada de suas culturas, a falta de espaço na mídia para retratar os problemas e soluções que vêm dos povos originários, e dicas para auxiliar na cobertura do tema.
A entrevista faz parte do especial Subjetividades, iniciativa que reúne seis jornalistas para discutir a diversidade na profissão sob a ótica as quais estão inseridos. Participaram dos episódios anteriores Caê Vasconcelos, do UOL, que abordou questões relacionadas ao mercado de trabalho e a cobertura sobre a temática LGBTQIA+; Jairo Marques, da Folha de S.Paulo, que falou sobre a inclusão de pessoas com deficiência no Jornalismo; Luciana Barreto, da CNN Brasil, que destacou as barreiras profissionais para jornalistas negros e o problema do racismo estrutural no Brasil; e Nayara Felizardo, do The Intercept Brasil, que alertou sobre o preconceito e estereótipos em relação aos jornalistas e publicações do Norte e Nordeste do Brasil.
Todas as entrevistas estão disponíveis no canal do Portal dos Jornalistas no YouTube e nos principais tocadores de podcast. No sexto e último episódio, que vai ao em 31/8, Erick Mota, do Regra dos Terços e da RIC TV, do Paraná, abordará a inclusão de profissionais com neurodivergência no jornalismo.
Especial Subjetividades no J&Cia
Inicialmente previsto para circular na próxima edição deste Jornalistas&Cia, o especial Subjetividades, que trará um resumo com os principais destaques dos seis episódios do videocast #diversifica, ganhou nova data de veiculação: 5 de setembro.
“O conteúdo gerado a partir das entrevistas está muito rico e cheio de informações relevantes para um jornalismo mais diverso e inclusivo”, ressalta Fernando Soares, editor deste J&Cia e responsável pela produção do material, “Com tanta informação relevante, entendemos que este especial merecia uma edição exclusiva, focada exclusivamente nos temas discutidos”.
O #diversifica é um dos 15 projetos brasileiros selecionados pelo Programa Acelerando a Transformação Digital, financiado pelo Meta Journalism Project, com o apoio da Associação de Jornalismo Digital (Ajor) e Internacional Center for Journalists (ICFJ). Também apoiam a iniciativa Anglo Américan, Énois Conteúdo, GPA, Imagem Corporativa, Itaú, Oboré. PMI Philip Morris e Rádio Guarda-Chuva.
Empresas interessadas em associar suas marcas podem obter mais detalhes com Vinicius Ribeiro ([email protected]).
Em plena pandemia de Covid-19, em meio ao crescente número de fake news e informações falsas sobre ciência, saúde e o novo coronavírus, o Instituto Butantan percebeu a urgência de fazer mudanças em sua comunicação. J&Cia conversou com Vivian Retz, gerente de comunicação do Butantan desde setembro de 2020, que comandou essa transformação.
Vivian Retz
Antigamente, mesmo antes da pandemia, a preocupação era que a imagem do Instituto estava muito vinculada a “cobras”. Dimas Covas, presidente do Instituto, queria mudar isso, e mostrar que o Butantan é muito mais, um pólo de vacinação, distribuidor de vacinas em toda América Latina. Vivian foi contratada em um primeiro momento para trabalhar a marca.
Mas, com a chegada a pandemia, a ideia era valorizar a ciência e a vacinação, e combater fake news sobre o tema. O pontapé inicial deu-se no Projeto S, estudo do Butantan sobre a eficácia da Coronavac, que consistia em vacinar a população de Serrana, em São Paulo. Os resultados mostraram quedas significativas no número de infectados e mortos após a aplicação das doses.
O projeto teve um documentário, podcast, fotos, diversas matérias para mostrar o que estava sendo feito e − o objetivo principal de tudo − valorizar a vacinação e a saúde, e mostrar o trabalho do Butantan. Graças ao projeto, o instituto começou a ganhar holofotes. Foi nesse momento que Vivian assumiu definitivamente a comunicação da entidade, criando seis grandes áreas: textos, eventos, assessoria, audiovisual, redes sociais e artes, gerenciadas por ela própria. A equipe trabalha muito também a sua comunicação interna.
Após o Projeto S, o passo seguinte foi criar um portal de notícias, pois o site antigo era estático, e apenas no final das páginas apareciam as notícias. “Pensei: as pessoas precisam entrar nesse portal e ter a sensação de que ele é atualizado a todo o momento, todos os dias”, explicou Vivian. Foi criado um rotativo, atualizado constantemente, a seção fato ou fake, entrevistas com especialistas, e isso ajudou muito no relacionamento com a própria imprensa, os jornalistas passaram consultar mais o Instituto e utilizá-lo como fonte.
O site tem diferentes áreas com notícias, outra dedicada a crianças, e outra para especialistas, com linguagem mais técnica. A ideia é atingir diferentes públicos e manter o interesse na ciência.
As redes sociais do Butantan também passaram por mudanças. A equipe realizou uma ação orquestrada para defender a vacina. Foi criada uma nova identidade visual, com o objetivo de dar uma nova cara ao Butantan, e passaram a monitorar assuntos que estavam em alta, com a criação de materiais que pudessem contraditar as informações falsas que estavam sendo propagadas, sempre apresentando argumentos científicos de especialistas do Butantan.
Tais mudanças deram resultado: Em maio deste ano, o Butantan recebeu um selo do Google parabenizando o instituto pela marca de 1 milhão de acessos apenas pela plataforma. Além disso, muitas matérias foram republicadas na imprensa, e o site bateu os milhões de acessos. Nas redes sociais também houve grande impacto: O Instagram do Butantan, antes com 8 mil seguidores, agora tem mais de 1 milhão. Facebook e LinkedIn também aumentaram bastante. No YouTube, mais de dez milhões de visualizações.
“As fake news não surgem do nada”, explica Vivian. “Grande parte das vezes, as pessoas descontextualizam determinada informação, e aproveitam o fato de que muitos não leem as notícias por inteiro, mas apenas as manchetes. No caso das ‘vacinas magnetizadas’, no qual as pessoas compartilhavam que quem fosse vacinado seria magnetizado, eles tiraram de contexto o fato de que todas as vacinas têm uma quantidade irrisória de hidróxido de alumínio e que isso seria a causa, o que é falso”.
Cada uma das áreas da comunicação tem uma equipe específica. O time de texto, responsável pelas notícias do Portal, é composta por Caroline Mazzonetto, Aline Tavares, Natasha Pinelli, Camila Neuman e Mateus Carvalho. As redes sociais são responsabilidade de Cristina Mantovani, Paloma Santos, Guilherme Souza e Magno Araújo. E a assessoria de imprensa é de Giordana Mucciolo.
A ideia é manter esse interesse na ciência mesmo após a pandemia. O selo do Google foi recebido em maio de 2022, em um período em que a situação da pandemia já estava melhor, o que mostra que as pessoas seguem buscando sobre a ciência. “Além disso, o tema ciência está em alta, muitos influenciadores ganharam espaço nas redes sociais para falar disso, as pessoas estão tendo mais interesse em se informar, e por o Butantan ter uma atuação forte nas redes acaba se beneficiando desse fenômeno”, disse a gerente de comunicação.
Para manter esse interesse, o Butantan pretende investir mais em sua comunicação, em seu portal de notícias e nas redes sociais, criar um canal mais profundo com a comunidade médica, e aumentar ainda mais o combate ao movimento antivacina no Brasil.
Reunião na sede do Sindicato dos Jornalistas do Município do Rio, em parceria com ABI e Fenaj, na última sexta-feira (19/8), debateu Violência Política nas Eleições. O encontro contou com as participações de Raul Brasil, auditor fiscal do MTE e coordenador regional do Projeto de Combate ao Trabalho Análogo ao de Escravo; Thales Arcoverde Treiger, defensor público federal; Armando de Souza, secretário de Relações Institucionais do Instituto dos Advogados Brasileiros – IAB; e Carol Proener, jurista da Associação Brasileira de Juristas pela Democracia (ABJD), além do presidente da ABI Octavio Costa.
Uma vez que o início do processo eleitoral acirrou o clima de violência, nas ruas e nas redes sociais, isso tornou o exercício profissional dos jornalistas alvo de mensagens de ódio e agressões virtuais e mesmo físicas. A demanda por mais segurança partiu da própria categoria, que encaminhou às empresas, no final do ano passado, reivindicações que foram ignoradas. Convidadas para participarem do debate, as empresas de mídia e os sindicatos patronais não compareceram.
Como conclusão, os debatedores afirmaram que ABI e Fenaj fazem o possível para proteger jornalistas, mas é preciso também cobrar das empresas suas responsabilidades. Para tanto, divulgaram um Protocolo para Empresas Empregadoras, de que consta:
Designar equipes completas, garantindo também auxiliares e motoristas;
Fornecer equipamento de proteção individual e capacitar os profissionais para seu manejo;
Garantir treinamento adequado de segurança para a cobertura jornalística das eleições e das manifestações;
Fornecer identificação para uso, se o profissional julgar necessário;
Disponibilizar e garantir assistência jurídica da empresa para eventuais problemas;
Garantir o direito de o profissional se retirar, caso sejam identificados, no local, riscos a sua segurança.
Morreu em Brasília nessa segunda-feira (22/8), vítima de infarto, Severino Goes, aos 70 anos. Ele era repórter da revista eletrônica Consultor Jurídico (Conjur) há cerca de um ano e meio. Gaúcho de Santana do Livramento, chegou a Brasília em 1977. Foi diretor da sucursal do Estadão no final dos anos 1990 e passou pelas redações dos jornais O Globo, Gazeta Mercantil e Folha de S.Paulo.
Também integrou as assessorias de Comunicação do STF, da Organização Internacional do Trabalho (OIT), por dez anos, e da Associação Nacional dos Magistrados da Justiça do Trabalho (Anamatra), ao lado de Viviane Dias. Fez ainda parte da equipe de Comunicação do Palácio do Planalto no governo do ex-presidente Michel Temer. Deixa as filhas gêmeas Amanda e Joana e o filho Gabriel. O velório e o sepultamento serão nesta quarta (24/8), no cemitério Campo da Esperança.
Miriam Leitão, com quem trabalhou em O Globo, contou à Conjur que Severino abriu-lhe os olhos para que tivesse uma atuação mais forte contra o trabalho escravo no País e que, a partir daí, entrou nessa trincheira de forma mais efetiva. Márcio Chaer, proprietário da Conjur, que trabalhou com ele na GM e na Folha, escreveu que,“extremamente crítico e rigoroso − mais consigo próprio que com os outros −, Severino tornou-se conhecido pela sua integridade. A sua rigidez, contudo, não facilitava o relacionamento, algo do que, aliás, ele se orgulhava.
O Prêmio Vladimir Herzog de Anistia e Direitos Humanos anunciou os profissionais que serão homenageados em sua 44ª edição: Kátia Brasil e Elaíze Farias, criadoras do portal Amazônia Real, e o médico Dráuzio Varella, que receberão o troféu-símbolo do prêmio, a meia lua recortada com a silhueta de Vladimir Herzog, criação do artista plástico Elifas Andreato, falecido em março.
Kátia e Elaíze serão homenageadas pelo trabalho jornalístico em defesa das causas amazônicas. E Dráuzio receberá o troféu em reconhecimento ao seu trabalho de informar sobre temas relacionados à saúde. O repórter britânico Dom Phillips também será homenageado, in memoriam, por sua trajetória no jornalismo em defesa do meio ambiente e da preservação da floresta amazônica e de seus povos.
O Prêmio Especial Vladimir Herzog de Contribuição ao Jornalismo será destinado aos trabalhadores da Empresa Brasil de Comunicação (EBC), pela resistência na defesa da comunicação pública. Em caráter excepcional, os organizadores do prêmio decidiram homenagear os profissionais que fazem e defendem a comunicação pública no Brasil.
A sessão pública de julgamento e definição dos vencedores será em 13/10, das 14h às 17 horas. E em 25/10, às 20h, ocorrerá a solenidade de premiação, no Tucarena, em São Paulo.
Organizações ligadas à liberdade de imprensa enviaram aos candidatos à Presidência da República uma carta-compromisso pedindo que eles se comprometam com a segurança dos jornalistas e a defesa de condições livres e seguras para a atividade jornalística durante as eleições.
A carta, assinada por onze organizações, faz sete recomendações para os presidenciáveis durante o período eleitoral: adotar discurso público que contribua para a segurança de jornalistas e prevenir a violência contra eles; condenar publicamente qualquer tipo de violência contra a imprensa; respeitar o sigilo à fonte; garantir o acesso igualitário de jornalistas e comunicadores a dados, atividades de campanha e coletivas de imprensa; não estimular que apoiadores ataquem, ofendam ou agridam jornalistas; não utilizar processos judiciais como forma de retaliação ou intimidação contra comunicadores; e não propagar conteúdos falsos e desinformativos sobre as eleições.
Assinam a carta Artigo 19, Associação Brasileira de Imprensa (ABI), Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji), Associação de Jornalismo Digital (Ajor), Comitê para a Proteção dos Jornalistas (CPJ), Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj), Intervozes, Instituto Palavra Aberta, Instituto Vladimir Herzog, Repórteres sem Fronteiras (RSF) e Tornavoz.
Três dos quatro candidatos que lideram as pesquisas de intenção de voto já confirmaram recebimento do documento: Lula, Ciro Gomes e Simone Tebet. Os coordenadores de Jair Bolsonaro não haviam dado retorno até a publicação deste texto.