Diante do crescimento de agressões e ameaças contra jornalistas, Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji) Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj) e Instituto Tornavoz (que oferece apoio jurídico em defesa do pleno exercício da liberdade de imprensa) assinaram uma petição para que as autoridades locais ofereçam mais segurança e investiguem as autorias dos ataques sofridos pela categoria.
Os documentos estão sendo remetidos às autoridades locais e regionais de todos os estados onde foram registrados ataques, como Ministério Público, Secretaria de Segurança Pública do Estado e Superintendência Regional da Polícia Federal. São 54ofícios em 18estados.
Recente levantamento realizado pela Abraji apontou 504 casos de ataques à imprensa entre 1º de janeiro e 17 de novembro de 2022. Os números representam um aumento de 11,3% em relação a todo o ano passado, que registrou 453 casos.
Destes, cerca de 30% estão relacionados às eleições. Entre o final do segundo turno e as primeiras semanas de novembro, foram detectados 50 casos de agressões, intimidações e hostilidade à imprensa, a maioria conectada aos atos antidemocráticos contra a vitória de Lula.
A organização do Troféu HQMIX, principal premiação de quadrinhos brasileiros, divulgou a lista de vencedores de sua 34ª edição, escolhidos por um júri nacional de cerca de dois mil profissionais da área, entre autores e editores.
Os vencedores receberão o troféu Kabelluda, em homenagem à personagem da desenhista e poeta Pagu, esculpido pelo artista Wilson Iguti. Pagu foi um ícone da Semana de Arte Moderna, que completou 100 anos em 2022.
A cerimônia de premiação será em formato virtual, em decorrência do novo aumento no número de casos de Covid-19, em 10 de dezembro, às 19h, no canal do Centro de Pesquisa e Formação do Sesc SP no YouTube. Serginho Groisman, padrinho do prêmio, apresentará o evento, ao lado dos organizadores José Alberto Lovetro (JAL) e Dani Baptista.
Neste ano, o homenageado da categoria Grande Mestre dos Quadrinhos será Marcelo Campos, artista e diretor da escola Quanta, ex-editor de arte na Editora Abril. Os dois troféus para novos talentos serão conhecidos apenas no dia da premiação.
A votação nacional do prêmio é feita pela categoria dos desenhistas de HQs e Humor Gráfico, por meio da Associação dos Cartunistas do Brasil (ACB) e do Instituto do Memorial de Artes Gráficas do Brasil (Imag).
Será uma semana intensa, a próxima, para a equipe de Jornalistas&Cia e do Portal dos Jornalistas. Duas das mais importantes premiações do País, organizadas pelos dois veículos serão realizadas em dias consecutivos, na terça (29/11) e na quarta (30), ambas no horário do almoço.
Na terça-feira, serão homenageados os +Admirados da Imprensa de Economia, Negócios e Finanças, que chega à sexta edição com patrocínio de BTG Pactual, Deloitte, Gerdau, Grupo Nexcom e Vivo, apoio de Latam e Press Manager e apoio institucional do Ibri. A premiação, que destacará os TOP 50 Brasil e os veículos TOP 5 em oito categorias, será comandada pelos jornalistas Fátima Turci e Joaquim Maria Botelho, repetindo a dupla de apresentadores de 2021. Na cerimônia, após a diplomação de todos os vencedores, serão anunciados os TOP 10 Brasil e os veículos campeões, que receberão adicionalmente o Troféu +Admirados.
Confira aqui os vencedores da sexta edição do Prêmio +Admirados da Imprensa de Economia, Negócios e Finanças.
Na quarta-feira (30/11) será a vez da cerimônia de diplomação e premiação do Prêmio Einstein +Admirados da Imprensa de Saúde, Ciência e Bem Estar, novamente em formato online, já que com o recrudescimento da pandemia da Covid 19 os organizadores optaram por uma reunião virtual. O evento homenageará os profissionais TOP 25 Brasil, TOP 3 das cinco regiões do País, TOP 3 colunistas e os veículos TOP 3 em oito categorias. Os trabalhos serão conduzidos pela dupla Carlos Tramontina e, novamente, Fátima Turci. Ao longo da premiação serão conhecidos os profissionais TOP 5 Brasil, mais os campeões regionais, o colunista campeão e os veículos campeões nas oito categorias.
Confira aqui os vencedores da segunda edição do Prêmio Einstein +Admirados da Imprensa de Saúde, Ciência e Bem Estar.
Também na próxima semana, no dia 29, divulgaremos os vencedores do prêmio +Admirados da Imprensa de Tecnologia, com patrocínio de iFood e Hotmart e apoio da Press Manager. O certame vai premiar, além dos tradicionais TOP 25 jornalistas, os veículos em oito categorias. O segundo turno de votação está nos momentos finais e você ainda pode contribuir com seu voto até esta quinta-feira (24/11). O evento de premiação será em formato virtual no dia 15 de dezembro.
Enquanto a COP27 no Egito terminava com acordo criticado e condenação do greenwashing, a Copa do Mundo do Catar iniciava com acusações de sportswashing disputando atenção com o futebol. E vitimando algumas celebridades, como o ex-ícone gay e atual ícone do sportwashing David Beckham.
O ex-jogador de futebol virou a ‘Geni’ do universo dos que ganham dinheiro para promover a Copa da Fifa e as maravilhas do país repressor, fazendo vista grossa a denúncias como maus tratos a operários que construíram os estádios e despertando a ira da comunidade gay.
Os dois eventos sofrem do mesmo mal: acontecem em países criticados por violações dos direitos humanos e intolerância com pessoas LGBTQIA+.
Mas as críticas não estão dando em nada para as nações. No máximo, alguma publicidade negativa na mídia internacional.
No Egito, o ativista Alaa Abdel Fatah endureceu a greve de fome e poderia morrer durante a cúpula, se o governo não o tivesse alimentado à força.
Os líderes que disseram “ter levantado o tema” nas conversas com o presidente Sisi durante a COP27 se foram. O site das Nações Unidas exibe um duro manifesto contra a prisão. Mas Abdel Fattah segue preso, assim como os outros opositores ao regime.
Na Copa do Mundo, a tendência é de que o Catar também não sofra consequências, exceto pequenas tristezas, como a ausência (por enquanto) do príncipe William. Presidente da Football Association e frequentador de estádios, o herdeiro da coroa não foi a Doha, mas se a seleção inglesa chegar à final, pode ser que a decisão seja revista.
O temido boicote de torcedores ou de espectadores igualmente não aconteceu.
No Reino Unido, alguns pubs deixaram de transmitir os jogos, em protesto contra o país que proibiu bebidas alcóolicas nos estádios às vésperas da abertura.
Mas a quem isso de fato importa, a não ser aos frequentadores do pub, que terão que ver os jogos em casa e não na animação de seu bar preferido?
A relação de torcedores com clubes ou seleções não é racional. Um estudo publicado em maio no Journal of Sports Marketing and Sponsorship, de autoria das pesquisadoras Sungkyung Kim e Argyro Elisavet Manoli, da britânica Loughborough University, demonstrou que, para os torcedores, a forte conexão com um time ou seleção leva a evitar críticas.
Elas afirmam que atos socialmente responsáveis − ou a falta deles − não são capazes de impactar a paixão; simplesmente não fazem efeito.
Já para indivíduos como David Beckham é outra coisa. No dia da estreia da seleção inglesa na Copa do Mundo, o jogador − que vem sendo massacrado nas redes pelo contrato de £150 milhões − ficou no centro das atenções depois de uma bravata do comediante Joe Lycett.
Ele prometeu triturar £10 milhões se até a abertura do torneio Beckham não cancelasse o contrato. Se o fizesse, o dinheiro iria para instituições de caridade, No meio do dia, TVs e redes sociais veicularam com alguma reserva as imagens da suposta queima do dinheiro.
Mais tarde, Lycett admitiu que o que saiu da máquina não foi dinheiro triturado, e que ele não seria irresponsável queimando recursos que poderiam ajudar outras pessoas.
Isso não reduziu o impacto sobre Beckham, que na morte da rainha Elizabeth tinha sido aclamado por ficar 13 horas na fila, supostamente anônimo, para se despedir da monarca que o tinha condecorado. Rumores eram de que ele teria feito isso de olho em um futuro título de Cavaleiro da Ordem Britânica.
David Beckham
As condecorações reais são alvo de controvérsia, pois alguns nomes são fortemente questionados. No caso de Beckham, a assessoria do Palácio de Buckingham, se tiver juízo, vai aconselhar o rei a não tornar o atleta um ‘Sir’ por causa das recriminações pela aliança com o Catar.
Na véspera da abertura da Copa, o presidente da Fifa, Gianni Infantino, chocou ao fazer um discurso inflamado chamando de hipócritas as nações que criticavam o Catar.
O cantor pop Robbie Williams, contratado para se apresentar no Catar, fez o mesmo, dizendo que se não tocasse em países que não respeitam direitos humanos não poderia cantar nem na própria cozinha.
Há os que sugerem que eventos globais ajudam a mudar os países. Um argumento frágil depois da proibição de álcool nos estádios dias antes da abertura da Copa. Ou da volta atrás da seleção inglesa, que prometeu usar braçadeiras com o arco-íris e desistiu.
A tese também é questionável diante da situação dos prisioneiros do Egito, que não mudou com a COP27.
Mesmo que isso fosse verdade, ainda assim empresas e celebridades que se aproximam da fogueira correm risco de se queimar. Clubes e seleções, pela paixão que despertam, parecem estar mais protegidos, como apontou o estudo das pesquisadoras.
Já marcas e pessoas podem se arrepender do dinheiro ou da visibilidade advinda de contratos que à primeira vista parecem grande negócio.
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A News Product Alliance (NPA), comunidade de pensadores de produtos jornalísticos, lançou a News Product Resource Library, uma espécie de biblioteca online e gratuita que reúne pesquisas, artigos e reportagens sobre produtos jornalísticos. São 300 conteúdos sobre o tema, disponíveis em português, inglês e espanhol.
A biblioteca, feita em parceria com a Google News Initiative, aborda tópicos como design thinking, fontes de receita para o jornalismo digital, implementação de estratégias de produtos em uma redação, entre outros. Todos os conteúdos foram selecionados após curadoria de uma equipe de jornalistas especializados no tema.
Além de pesquisas, artigos e reportagens, a biblioteca também contém guias práticos para estratégia, pesquisa e desenvolvimento de produtos em meios jornalísticos, desenvolvidos pela organização e traduzidos para o português com apoio da Associação de Jornalismo Digital (Ajor).
Sobre a iniciativa, Felicitas Carrique, diretora executiva da News Product Alliance, declarou que “é um esforço comunitário que nos aproxima da construção de um futuro sustentável e ético para o jornalismo em todo o mundo”.
O Festival 3i Nordeste foi realizado no último sábado (19) na Universidade Católica de Pernambuco (Unicap), no Recife.
O Festival 3i Nordeste foi realizado no último sábado (19) na Universidade Católica de Pernambuco (Unicap), no Recife, e reuniu mais de 170 pessoas para debater temas sobre empreendedorismo e inovação no jornalismo.
Realizado pela Associação de Jornalismo Digital (Ajor), em parceria com a universidade e apoio da Fundação Ford, esta foi a 4ª edição do evento e a primeira realizada de forma presencial.
Estiveram presentes no Festival pessoas de todos os nove estados do Nordeste, além de participantes do Rio de Janeiro, São Paulo e Amazonas. As mulheres foram maioria no 3i (60%), e mais da metade dos participantes do evento (59%) se declararam negros.
Durante as inscrições, a entidade havia disponibilizado bolsas a fim de garantir a presenta de estudantes e comunicadores de todo o Nordeste. Com 144 inscritos no programa, 20 receberam financiamento integral, incluindo transporte e hospedagem, e 28 foram contempladas com ingressos gratuitos.
Os participantes que não foram contemplados no programa de bolsa receberam um desconto de 50% na compra do ingresso.
A programação contou com mesas como: Como tirar uma ideia no papel e transformá-la em uma iniciativa de jornalismo digital, com Anderson Meneses, da Agência Mural, Isabelle Maciel, da Tapajós de Fato-PA, Rafael Duarte, da Saiba Mais-RN e Juliana Aguiar, da Agência Retruco-PE; Caminhos para a sustentabilidade, com Rafael Georges, da Luminate, Carol Munis, da OAK Foundation, e mediação de Carol Monteiro, da Marco Zero Conteúdo; Pensando fora da caixa: como encontrar a sua audiência, com Nayara Felizardo, da Newsletter Cajueira e TIB), Natali Carvalho, da Núcleo, Raphael Kapa, da Agência Lupa, Mariama Correia, Cajueira, e Thiago Guimarães, do Aos Fatos.
Já o encontro O ‘ano do podcast’ no Brasil finalmente chegou? Recebeu mediação de Caio Santos, do Griot Podcast, e teve participação de Luan Alencar, do Budejo, Inês Aparecida, de As Cunhãs, Celso Ishigami, da 45 minutos, e Aldenora Cavalcante, do Malamanhadas.
Contratada como CEO da CNN Brasil em maio de 2021, Renata Afonso esteve apenas por um ano e meio no cargo. Ela havia chegado para substituir a Douglas Tavolaro, um dos criadores do projeto brasileiro do veículo. De início, reportava-se diretamente a Rubens Menin, sócio majoritário do canal. Quando este passou para o conselho executivo, deixando o comando geral da empresa, assumiram João Camargo, como executive chairman, e Acácio Luiz Costa, como vice. Camargo acumulará a operação de forma interina, até que a empresa decida sobre a nova conformação
Com a reestruturação, Renata entendeu que seria rebaixada e pediu demissão. A interpretação é de Gabriel Perline, na coluna Gente do iG. Ao voltar de férias, na segunda-feira (21/11), ela anunciou a decisão aos funcionários em uma carta de despedida.
A direção da empresa informou em comunicado: “Renata Afonso reorganizou a governança corporativa da CNN Brasil, restabeleceu o relacionamento com o mercado publicitário, aumentou o número de anunciantes e de parcerias, além de fortalecer a presença institucional. A cobertura das eleições foi um marco da sua gestão, com reconhecimento da CNN Internacional, pela excelência da cobertura e linha editorial, além de recordes de audiência em todas as plataformas”.
O repórter Victor Pereira, de TV Nova Nordeste e O Povo, foi abordado por homens que se identificaram como policiais no Catar, durante a cobertura da Copa do Mundo. O jornalista, acompanhado de voluntários, carregava uma bandeira de Pernambuco, que tem um arco-íris. Os homens acharam que a bandeira era da comunidade LGBTQIA+.
Victor filmou a abordagem, mas os homens pegaram seu telefone e só devolveram o aparelho depois que o vídeo foi apagado. Em relato nas redes sociais, ele contou que os homens chegaram a jogar a bandeira no chão e pisar nela. As filmagens que mostram os homens pisando na bandeira também foram apagadas.
No Twitter, um vídeo mostra o momento em que um dos homens pega o celular do jornalista, e pergunta “quem é você?”. Victor responde que é jornalista e exige que o aparelho seja devolvido, enquanto os voluntários tentam explicar que a bandeira é de Pernambuco, e não da comunidade LGBTQIA+. Depois de um tempo, algumas pessoas chegaram e amenizaram a situação.
Fomos abordados por conta da bandeira de Pernambuco, que tem um arco-íris e acharam que era a bandeira LGBT. Tomaram o meu celular e só me devolveram quando deletei o vídeo que tinha. pic.twitter.com/7X2oal8bq1
“Estou nervoso. Só me devolveram o telefone depois que eu apaguei o vídeo”, contou Victor no Twitter. “Isso é um absurdo, porque temos autorização da Fifa para filmar absolutamente tudo aqui no estádio”.
Colegas de imprensa e personalidades da política solidarizaram-se com Victor e repudiaram o ocorrido. Juliana Dal Piva, do UOL, comentou: “Uma ditadura ao vivo”. Gustavo Hofman, comentarista da ESPN, declarou: “Essa é a Copa do Mundo no Catar”.
Luana Alves (PSOL), vereadora eleita em São Paulo, escreveu que o ocorrido é “o resultado de a Fifa ter escolhido um país ditatorial para sediar um evento mundial: Polícia apreendendo uma bandeira de Pernambuco porque tem um arco-íris nela. Que coisa mais absurda!”.
A Agência Pública abriu, até 31 de janeiro de 2023, inscrições para a 15ª edição do Programa deMicrobolsas, voltado para repórteres indígenas de todo o Brasil, que busca pautas investigativas para realização de reportagens sobre as ameaças e agressões às terras indígenas e às comunidades que nelas vivem.
Serão distribuídas cinco bolsas de R$ 7.500 para a produção das reportagens, com mentoria e edição da Pública. O projeto busca pautas que abordem diferentes aspectos das ameaças às terras e povos indígenas, como invasões dos territórios; roubos e destruição do patrimônio natural nas terras indígenas; corrupção, ações e omissões do poder público e de setores empresariais relacionadas a esses crimes; violências praticadas contra populações indígenas em luta por seus direitos territoriais; testemunhos e informações inéditas que comprovem a autoria de ações de esbulho e violência registradas na história recente, entre outras.
As pautas vencedoras serão escolhidas pela Agência Pública, considerando a originalidade e relevância da pauta, consistência na pré-apuração, segurança e viabilidade da investigação e os recursos e métodos jornalísticos que serão utilizados. O resultado será divulgado a partir de 1º de março de 2023.