Uma equipe do UOL foi impedida de cobrir um treino do Flamengo no CT Ninho do Urubu, na manhã desta quinta-feira (23/3). Segundo o portal, outras equipes de imprensa conseguiram acompanhar o time, mas só o UOL foi barrado.
A ação ocorre após reportagem do UOL sobre o caso do incêndio no Ninho do Urubu, que matou garotos da base do Flamengo em fevereiro de 2019. Na matéria, o UOL conversou exclusivamente com o engenheiro eletricista José Bezerra, que declarou ter visto o CEO Reinaldo Belotti ordenar a retirada de partes de uma instalação elétrica problemática, o que alteraria a cena do incêndio enquanto a perícia ainda acontecia. O clube nega as acusações e está processando o engenheiro por “alegação caluniosa e feita sem provas”.
O UOL declarou que espera um posicionamento do clube sobre ter impedido a entrada dos jornalistas e que o publicará quando tiver retorno. O portal destacou também que, à época da reportagem, procurou o Flamengo para esclarecimentos e publicou as respostas do clube.
O narrador Cléber Machado deixou a Rede Globo após 35 anos de casa, em decorrência de um processo de renovação no setor de Esportes que a emissora está promovendo.
Segundo o Notícias da TV, a demissão ocorre após uma perda de espaço nas narrações. Nos últimos anos, a Globo optou por escalar Luís Roberto para comandar as transmissões dos principais torneios esportivos, narrando finais de Copas do Brasil e jogos da seleção brasileira na ausência de Galvão Bueno, enquanto Cléber ficou mais restrito a jogos dos times paulistas de futebol. Ele, inclusive, ficou de fora da equipe que viajou ao Catar para cobrir a Copa do Mundo do ano passado.
Em nota, a Globo confirmou a saída do narrador, e destacou a importância de sua trajetória no departamento de Esportes da emissora: “Sua história profissional se mistura à história do esporte da Globo e, além de futebol, automobilismo, basquete, vôlei, atletismo, entre outras modalidades, ele mostrou versatilidade ao atuar também como apresentador e comentarista em programas da TV Globo e do SporTV e ao ancorar transmissões de desfiles de Carnaval”. A Globo escreveu que deixa as portas abertas para um possível retorno no futuro.
Uma das principais vozes do Esporte da Globo, Cléber chegou à emissora em 1988. Narrou diversos eventos esportivos, como nove Copas do Mundo, Olimpíadas, Fórmula 1, Campeonato Brasileiro, Libertadores, Copa do Brasil e outros torneios de futebol. Antes, trabalhou em Rádio Tupi, TV Gazeta de SP e Bandeirantes.
Embates como os da semana passada entre a BBC e o comentarista esportivo Gary Lineker, suspenso por um tuíte, acontecem com mais frequência do que se imagina, colocando em lados opostos empregadores e profissionais por conta de posts em contas pessoais.
Mas nem todos recebem a atenção de um caso envolvendo uma das maiores empresas de mídia do mundo e uma celebridade com quase 9 milhões de seguidores no Twitter.
As mídias digitais são relativamente novas, e os padrões para seu uso ainda não estão totalmente definidos.
No jornalismo as regras são mais claras, sob a ótica de que profissionais de imprensa são identificados com as empresas de mídia para as quais trabalham. Suas posições pessoais podem colocar em risco a percepção de imparcialidade.
A professora e pesquisadora britânica Kelly Fincham, da Universidade de Galway, na Irlanda, fez uma pesquisa sobre as políticas de empresas jornalísticas como a própria BBC e outras como ESPN, NPR e Guardian. Há linhas comuns, como o entendimento de que retuíte pode ser interpretado como endosso.
Fora do jornalismo os limites são mais difusos. Um exemplo é uma pesquisa divulgada esta semana pelo instituto YouGov, revelando o desconforto dos britânicos com empregadores bisbilhotando o que postam.
Mais da metade (53%) dos entrevistados discordam em teoria que empresas peçam para verificar contas pessoais nas redes em processos seletivos. Somente 32% aceitam a prática.
Há exceções, como em contratações para posições que envolvam cuidados com crianças ou pessoas vulneráveis. Nesses casos, 64% acreditam que é uma atitude correta.
Pedir o mesmo a candidatos a cargos executivos como CEO é aceitável para a metade dos entrevistados.
Mas quando a pergunta é sobre se aceitariam compartilhar suas próprias contas como condição para conseguir um emprego, a resistência é maior.
Quatro em cada dez britânicos (39%) não estariam dispostos a mostrar seus perfis a um possível empregador, incluindo 22% que dizem que “relutariam muito” em fazê-lo.
Tecnicamente, as empresas ou headhunters não precisariam pedir autorização, a não ser em casos de perfis fechados. No entanto, a pesquisa indica que o ato de verificar o que um indivíduo posta em suas redes não é bem aceito pela maioria.
Assim como quase tudo que envolve tecnologia, as opiniões mudam com a faixa etária. Metade dos entrevistados com idade entre 18 e 24 anos não veem problema em indicar suas contas. Apenas 25% de pessoas acima de 55 anos pensam o mesmo.
Talvez temerosas de afastar bons candidatos em um mercado de trabalho afetado pelo êxodo de profissionais depois do Brexit, as empresas britânicas parecem estar cuidadosas − ou muitas estão bisbilhotando sem avisar.
O estudo do YouGov constatou que somente 5% dos entrevistados receberam pedidos para divulgar suas redes em processos seletivos. De novo, os jovens foram os mais demandados: 6% deles admitiram ter recebido a solicitação, contra apenas 1% entre pessoas acima de 55 anos.
Um em cada seis entrevistados com menos de 24 anos acredita que foi rejeitado em um emprego ou promoção por suas postagens nas redes. E Lineker não está sozinho no bloco dos que levam puxão de orelhas dos empregadores pelo que postam: 5% dos britânicos declararam ter vivido a mesma situação, percentual que sobe para 14% entre os abaixo de 24 anos.
O risco de má percepção por parte de empregadores não vem apenas do que se posta na atualidade. Pode vir também de algo feito com a melhor das intenções: o sharenting. Pais que publicam fotos de seus pequenos em situações constrangedoras, como pirraças, podem criar problemas para eles no futuro.
Na França, um projeto de lei proibindo o sharenting tramita no Senado, estabelecendo regras para que os pais sejam impedidos por um juiz de família de postar imagens dos filhos, caso sejam consideradas excessivas ou prejudiciais.
Esses não vão ter que se preocupar com situações ridículas no futuro, que podem não causar a perda de uma vaga, mas são capazes de gerar oportunidades para bullying.
Para receber as notícias de MediaTalks em sua caixa postal ou se deixou de receber nossos comunicados, envie-nos um e-mailpara incluir ou reativar seu endereço.
A Periferia em Movimento lançou o Território da Notícia, uma solução de distribuição de conteúdo jornalístico produzido nas favelas.
A Periferia em Movimento lançou, em parceria com Alma Preta, Território da Notícia, uma solução de distribuição de conteúdo jornalístico produzidos por iniciativas que atuam nas periferias e favelas de São Paulo.
O conteúdo é disseminado por meio de telas de sinalização digital instaladas em estabelecimentos comerciais nas periferias e favelas da cidade, que possuem pouco espaço, mas bastante fluxo de público em permanência ou em trânsito.
Território da Notícia integra uma nova geração de Totens Digitais que garantem engajamento de audiência com o conteúdo exibido e geração de indicadores de interação em tempo real.
Em uma edição superconcorrida, o Prêmio +Admirados da Imprensa Automotiva traz a partir de agora os vencedores – profissionais e veículos – da edição 2023. Com quase 60 mil indicações, a premiação superou as mais otimistas expectativas de participação do mercado.
Não faltaram, por óbvio, as campanhas nas redes sociais, que movimentaram intensamente a votação e isso de certo modo explica a grande renovação registrada, na comparação com a edição do ano passado. Entre os Top 25 +Admirados Jornalistas do
setor, apenas 40%, 10 no total, também figuraram na relação de 2022. A renovação também manteve a mesma intensidade nas categorias especiais direcionadas aos profissionais.
Entre as publicações a renovação foi um pouco maior, perto de 62%. Das 21 indicadas, apenas oito integraram a lista no ano passado.
Além de homenagear todos os eleitos nesse segundo turno da eleição, a cerimônia de
premiação, que está marcada para 24 de abril, em São Paulo, apontará os +admirados entre os +admirados: os Top 5 +Admirados Jornalistas da Imprensa Automotiva, e os campeões das demais categorias.
A eleição conta com os patrocínios de Bosch, General Motors e Honda, e apoios da Abraciclo, Volkswagen, VWCO e Press Manager. Empresas interessadas em apoiar a cerimônia de premiação podem obter mais informações com Vinicius Ribeiro ([email protected]).
Jornalistas de três emissoras de televisão no Equador receberam nessa segunda-feira (20/3) envelopes contendo pen drives carregados com explosivos. Um deles explodiu diante de um repórter, mas não causou ferimentos graves.
Lenin Artieda, da emissora privada Ecuavisa, foi um dos repórteres que recebeu o envelope. Ao inserir o pen drive em um computador, ele explodiu. Segundo a polícia local, Artieda “teve um problema na mão e escoriações leves no rosto, mas nada complexo”.
Também receberam envelopes explosivos Mauricio Ayora, da TC Televisión, de Guayaquil, e Milton Pérez, da Teleamazonas, de Quito. Segundo a ONG Fundamedios, que promove a liberdade de imprensa no Equador, “o mesmo modus operandi foi utilizado nos três atentados”.
O governo do país manifestou-se por meio da Secretaria-Geral de Comunicação: “O governo nacional rechaça de forma categórica todo tipo de ato violento perpetrado contra jornalistas e meios de comunicação”. O Ministério Público abriu uma investigação por crime de terrorismo.
O Comitê Permanente pela Defesa dos Direitos Humanos de Guayaquil publicou nota na qual expressa preocupação com os ataques contra jornalistas em meio ao contexto de insegurança crescente no país. Vale lembrar que no ano passado o canal RTS foi atacado com tiros de armas de fogo, e, em 2020, um artefato explodiu nas instalações da Teleamazonas. (Com informações da CartaCapital)
A apresentadora Fernanda Gentil anunciou nessa segunda-feira (20/3) sua saída da Rede Globo, após 15 anos de casa. Em carta aberta publicada no Instagram, a jornalista escreveu sobre a saída. Ela deve focar agora em suas redes sociais e estrear em breve um canal próprio no YouTube.
O contrato de Gentil iria até 2024, mas ela e a emissora decidiram romper o acordo, em comum acordo. A Globo declarou que deixa as portas abertas para um possível retorno no futuro.
Gentil notabilizou-se como apresentadora do departamento de Esportes da Globo. Chegou à emissora em 2008, e comandou o programa É Gol, no SporTV, até 2011. No ano seguinte, passou a apresentar o bloco de esportes no Jornal da Globo. Entre 2013 e 2018 trabalhou no Globo Esporte e no Esporte Espetacular. Cobriu Copa do Mundo e Olimpíadas.
A partir de 2019, Gentil deixou os Esportes e migrou para o setor de Entretenimento da emissora. Apresentou o Se Joga até agosto de 2021, quando o programa foi cancelado. Posteriormente, gravou o gameshowZig Zag Arena. Seu último projeto na Globo foi um quadro sobre a Copa do Catar durante o programa Mais Você.
A TV Brasil 247 estreou o programa Américas, de ponta a ponta, que traz entrevistas, análises, reportagens e conversas, às terças-feiras, às 14 horas. O programa, com os jornalistas Marcia Carmo, de Buenos Aires, e Pedro Paiva, de Nova York, conversa semanalmente com brasileiros que moram no exterior.
Nas duas primeiras edições, o programa conversou com um estudante brasileiro sobre como é estudar medicina em Buenos Aires, e com a atriz mineira Jassana Vaz sobre o desafio e a emoção de interpretar Marielle Franco em uma obra que está sendo preparada para ser apresentada em Nova York. A jornalista e professora Mila Burns, diretora do Centro de Estudos Latinos e Caribenhos do Graduate Center na City University of New York, explicou porque estudantes ficam tão endividados nos Estados Unidos.
Marcia Carmo edita o site do Clarin em português, escreve para a BBC Brasil e faz reportagens semanais para o AgroMais, da Bandeirantes. Tem mestrado em Estudos Latino-Americanos e é autora dos livros América do Sul, indicado ao Prêmio Jabuti, e Argentinos, mitos, manias e milongas. Foi presidente da Associação de Correspondentes Estrangeiros na Argentina.
Pedro Paiva é formado pela Universidade Federal do Rio de Janeiro. É atualmente correspondente do Brasil 247 e colaborador da Revista Híbrida e da USBRTV. Acompanha a política americana e outros temas importantes do país. Foi produtor e repórter do América News, jornal do canal internacional da Globo para a comunidade brasileira nos Estados Unidos.
O TJ-SP acatou recurso do Aos Fatos contra a Revista Oeste, que pedia censura e indenização à plataforma de checagem.
O Tribunal de Justiça de São Paulo acatou recurso do Aos Fatos contra a Revista Oeste, que pedia censura e indenização à plataforma de checagem por apontar desinformação em duas de suas publicações.
“A checagem de notícias se tornou uma importante ferramenta do jornalismo profissional e não pode ser cerceada, a pretexto de contribuir para prejuízos financeiros”, afirmou o desembargador do TJ-SP Viviani Nicolau, relator da decisão colegiada que julgou improcedente a ação da Revista Oeste.
A decisão da 3ª Câmara de Direito Privado do tribunal reformou uma sentença de maio de 2021 em que o juiz Marcelo Augusto Oliveira, da 41ª Vara Cível do mesmo órgão, determinou que Aos Fatos não poderia dizer que a Oeste havia veiculado informações falsas. Na ocasião, a decisão liminar proibiu que o site mencionasse o nome da revista em duas checagens.
Na primeira, Aos Fatos desmentiu alegação de que imagens de satélite da Nasa, agência espacial americana, mostrariam menos focos de incêndio na Amazônia que os dados oficiais do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais. As publicações desinformativas valiam-se de uma imagem captada em apenas um dia de julho de 2020, enquanto o Inpe mostrava dados de todo o mês de junho do ano passado. Publicada pelo site Revista Oeste em 20 de julho de 2020, a desinformação ganhou tração nas redes ao ser difundida por deputados federais aliados do governo de Jair Bolsonaro.
A outra publicação atingida pela liminar comprovou que era enganosa a relação feita pelo prefeito de São Lourenço (MG) entre a adoção do “tratamento precoce” e a redução a zero de internações e mortes por Covid-19 na cidade. A Oeste reproduziu a associação, sabidamente falsa, nas redes sociais.
Em artigo publicado no último domingo pela Folha de S.Paulo, Katia Brembatti, presidente da Abraji, e Bia Barbosa, coordenadora de incidência da Repórteres Sem Fronteiras, alertam para o possível desfecho do julgamento envolvendo a jornalista Juliana Dal Piva e o advogado do ex-presidente Jair Bolsonaro, Frederick Wassef, que deve retornar à pauta do Tribunal de Justiça de São Paulo nos próximos dias.
Após a publicação do podcast A vida secreta de Jair, que foi ao ar em julho de 2021, a repórter do UOL recebeu uma mensagem do advogado da família Bolsonaro a ameaçando. Ela levou o caso para a justiça, que o condenou em primeira instância, mas na decisão o juiz Fábio Junqueira, da 6ª Vara Cível do TJ-SP, também sentenciou a jornalista por divulgar a mensagem com a ameaça, transformando a vítima em ré do seu próprio processo. Para o magistrado, a jornalista feriu a privacidade de Wassef.
No artigo, Katia e Bia lembram ainda que o “Supremo Tribunal Federal já pacificou, em diversas decisões, que é permitida a divulgação, pelas partes, de conteúdo de conversas, desde que haja uma motivação evidente, como interesse público ou estratégia de proteção. É o caso da repórter. Afinal, a exposição da ameaça leva, muitas vezes, ao recuo do agressor, sendo uma prova de possível autoria”.