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quarta-feira, junho 18, 2025

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Memórias da Redação: O Galo voou!

Éder Jofre

Por José Maria dos Santos

A morte de Éder Jofre, em 2/10, embora devesse me provocar consternação pelo ser humano de qualidade que foi, traz-me apenas lembranças reconfortantes e até divertidas.

A primeira se refere ao seu pai, Kid Jofre, um homem sábio e consequente. Era argentino, veio para o Brasil, casou-se com Angelina Zumbano e dessa união surgiu nossa preciosa dinastia pugilística Jofre-Zumbano, que, num milagre genético, produziu nosso “galo de ouro”, Éder Jofre, campeão mundial dos pesos-galo na década de 1960 e, nos anos 1970, dos pesos-pena. A união também era temperada por ares esquerdistas, pois um dos tios de Éder, Ralph Zumbano, também pugilista, foi, salvo engano, deputado estadual em São Paulo pelo PCB e nele perseverou até o fim.

Nas coberturas rotineiras que fiz para a Manchete, durante a escalada do filho rumo ao título dos Pena nos anos 1970, estabelecíamos, eu e Kid, longas conversas sobre assuntos variados. Em um deles sinalizou-me sobre sua maneira de educar Éder e seu irmão mais novo.  Levava-os ao centro de São Paulo na época de Natal para admirarem a vitrine do Mappin, que era um verdadeiro palácio de maravilhas natalinas. Mostrava o material ricamente exposto e prevenia que “papai não tinha recursos para comprar aqueles presentes, que se contentassem com coisas mais modestas”.

Era ironicamente bem-humorado. Nas apresentações do filho, costumava promover lutas preliminares amadoras de alunos da sua academia. Em certa ocasião, após perder as cinco lutas preliminares programadas, passou por mim e disse. “Espero que Éder quebre a minha invencibilidade de hoje”. (Éder faria a luta final daquela rodada com o mexicano Wong alinhado entre os dez primeiros do ranking de pesos-pena, que nosso campeão devia derrubar para chegar ao título.) A principal característica de Éder no ringue era a de liquidar o combate no primeiro round com seu célebre gancho de direita na ponta do fígado de adversário. Assim foi naquela noite. Robert Wong, bem mais alto do que Éder, girou sobre si mesmo, debruçou-se nas cordas e lançou sobre mim e um colega, que suponho ser, após tanto tempo, o querido Paulo Moreira Leite, do Jornal da Tarde, fartos borrifos de suor, saliva e alguns goles do Gatorade da época.

Outra brincadeira recorrente de Kid referia-se ao seu cunhado e também ex-lutador Waldemar Zumbano. Kid aconselhava-me como se fosse um mantra. Não fique perto dele durante a luta, que vai sobrar um “um/dois” para você. Tratava-se de um movimento veloz de dois diretos seguidos sobre o adversário, que devia ser a tática favorita de Waldemar nas suas antigas lutas, favorecido pelos braços mais longos; na sua peculiar maneira de torcer, distribuía golpes ao seu redor durante os combates do sobrinho supercampeão. Às vezes o movimento era tão intenso que seus óculos voavam.

Sinto-me ligeiramente protagonista do título mundial dos pesos-pena naquela noite de 5 de maio de 1973, um sábado, no ginásio de Brasília. Na verdade, penso que, indiretamente, minha participação foi decisiva ao abalar a segurança de Jose Legra, o então campeão, adversário de Éder na disputa. Eis o que se passou. Cubano naturalizado espanhol, ele fez seus últimos preparativos em São Paulo. Uns sete dias antes do confronto, levei-o para o estúdio da Manchete, anexo à redação, na Rua 24 de Maio, 24, 11º andar, para fazer a foto que ilustraria a capa da revista na edição a ser lançada na quarta-feira que antecederia o confronto.

Memórias da Redação: O Galo voou! Éder Jofre
Eder acerta direto em Legra na luta de 1973

Legra, que teria treino a seguir, esqueceu sua bolsa no táxi que o trouxera, com o par de luvas favorito; jamais soube dela. Na prática, responsabilizou-me pelo incidente. Se o olhar matasse, eu não estaria mais neste mundo. Mituo Shiguihara, que fez as fotos, confessou-me temer que a indignação de Legra iria velar os filmes, tanto bufava. Tempos depois, ao comentar o episódio com Éder, disse-lhe que a vontade de Legra seria aplicar-me um uppercut no queixo. Éder riu.

− Você estaria dormindo até hoje. Ele me pegou forte na testa, um verdadeiro coice.

(Se a lembrança não me trai, foi no terceiro round).


Memórias da Redação: O Galo voou! Éder Jofre
José Maria dos Santos (Foto: Zanoni Fraissat-Folhapress)

Esta é novamente uma colaboração de José Maria dos Santos, ex-Diários Associados, Manchete, Abril e Diário do Comércio, de São Paulo, entre outros.

Nosso estoque do Memórias da Redação continua baixo. Se você tem alguma história de redação interessante para contar mande para baroncelli@jornalistasecia.com.br.

Prêmio ANJ de Liberdade de Imprensa homenageia Taís Gasparian e Instituto Tornavoz

Prêmio ANJ de Liberdade de Imprensa homenageia Taís Gasparian e Instituto Tornavoz

O Prêmio ANJ de Liberdade de Imprensa 2022, da Associação Nacional de Jornais (ANJ), homenageará Taís Gasparian e o Instituto Tornavoz por seus trabalhos em defesa da liberdade de imprensa em meio a crescentes ameaças ao jornalismo.

Advogada especialista na área do direito civil relacionado à mídia, Taís é diretora e uma das fundadoras do Instituto Tornavoz, que garante defesa jurídica especializada para quem sofre processos judiciais em razão do exercício da manifestação do pensamento e da expressão, e que tenha dificuldade para contratar e remunerar defesa especializada. A entidade também atua no debate e na valorização desses direitos, com ações de conscientização.

“O recebimento desse prêmio, na atual conjuntura, representa um incentivo para que a luta na defesa da liberdade de imprensa e da democracia tenha continuidade”, declarou Taís. “O instituto tem trabalhado incessantemente na defesa do livre fluxo das informações e do estado democrático, sob a crença de que a transparência das instituições e dos atos de governo é uma premissa fundamental”.

Para Marcelo Rech, presidente-executivo da ANJ, “Taís e equipe abriram uma nova frente de defesa da liberdade de imprensa no Brasil, beneficiando principalmente pequenos e médios veículos, que nem sempre têm capacidade financeira de fazer frente a cercos jurídicos contra o jornalismo”.

O prêmio será entregue em 1º de dezembro, às 10h15, em cerimônia no Auditório ESPM Tech, em São Paulo, seguida de um painel sobre liberdade de imprensa.

Bolsonaristas hostilizam imprensa durante cobertura do Dia da Padroeira em Aparecida (SP)

Bolsonaristas hostilizam imprensa durante cobertura do Dia da Padroeira em Aparecida (SP)

Apoiadores do presidente Jair Bolsonaro hostilizaram profissionais de imprensa de TV Aparecida e TV Vanguarda que cobriam as celebrações pelo Dia da Padroeira, em Aparecida (SP), nessa quarta-feira (12/10).

A repórter Camila Morais, da TV Aparecida, estava de blusa vermelha durante a cobertura e foi hostilizada na Praça da Basílica, ao passar por um grupo de pessoas que usavam camiseta com foto de Bolsonaro. Uma mulher do grupo disse que a repórter estava ali para provocar e a taxou de comunista.

Camila não rebateu as provocações, mas a mulher insistiu nos ataques e ameaçou impedir a jornalista de entrar ao vivo. A repórter e sua equipe tiveram que sair do local e mudar o ponto para o link. “Me senti péssima. Trabalho na emissora há cinco anos e nunca havia passado por isso. Eu estava ali para trabalhar!”, contou Camila para o Sindicato dos Jornalistas de São Paulo (SJSP).

Mais tarde, a repórter Daniella Lopes e o cinegrafista Tales de Andrade, da TV Vanguarda, afiliada da Globo na região do Vale do Paraíba, também foram hostilizados. Durante a procissão, bolsonaristas começaram a chamar a equipe de “comunistas” e gritar “Globo Lixo”. Tales chegou a ser empurrado e sofreu outras tentativas de agressão, que foram impedidas pelo segurança que acompanhava a equipe.

Em nota, o SJSP repudiou os ataques e contatou os profissionais agredidos para prestar apoio e disponibilizar atendimento jurídico caso necessário. Por meio de sua Regional Vale do Paraíba, a entidade manteve plantão de denúncias e orientou a categoria para que “informe, o quanto antes, toda e qualquer agressão, seja física, verbal ou virtual”.

Festival Gabo 2022 será presencial, de 21 a 23 de outubro, em Bogotá

Festival Gabo 2022 será presencial, de 21 a 23 de outubro, em Bogotá

O Festival Gabo 2022, organizado pela Fundação Gabo, retorna ao formato presencial após dois anos de edições online devido à pandemia de Covid-19. O evento, realizado em Bogotá (Colômbia) de 21 a 23 de outubro, comemora os 40 anos do Prêmio Nobel de Literatura do jornalista e escritor colombiano Gabriel García Marquez

O tema do festival será A Solidão da América Latina, em homenagem ao discurso de García Marquez ao receber o Nobel de Literatura. O evento promoverá encontros e debates sobre temas essenciais para o jornalismo, como literatura, poesia, educação, diversidade, gênero, criatividade e inovação. O Festival terá mais de 150 atividades que reunirão cerca de 100 especialistas internacionais.

Durante o evento, os cinco vencedores do Prêmio Gabo 2022 receberão o troféu. Eles foram selecionados entre 1.980 trabalhos inscritos, nas categorias TextoCoberturaImagemÁudio e Fotografia.

Na categoria Áudio, o vencedor foi a série A Segunda Morte do Deus Punk, do Erre Podcast, da Radio Universidad del Rosario, da Argentina; em Fotografia, o trabalho vencedor foi a reportagem fotográfia A Dor Silenciosa da Ucrânia, da Associated Press; o jornalista argentino Ricardo Robins ganhou a categoria Texto com a reportagem O Clandestino e o Capitão; em Imagem, o trabalho vencedor foi Reportagem multimídia em Andriivka: Radiografia de uma aldeia sob ocupação russa durante 30 dias, do jornal Observador, de Portugal; e na categoria Cobertura, o vencedor foi o especial transmídia Não foi o Fogo, da Agencia Cocote, da Guatemala, sobre o incêndio no orfanato Hogar Seguro, em 2017.

Livro sobre jornalismo local na Bahia é lançado gratuitamente

Ivanise Hilbig de Andrade e João Cláudio Guerra organizaram o livro Jornalismo local na Bahia: presenças, ausências e novas práticas.
Ivanise Hilbig de Andrade e João Cláudio Guerra organizaram o livro Jornalismo local na Bahia: presenças, ausências e novas práticas.

Com foco em examinar a existência de canais locais de jornalismo na Bahia, Ivanise Hilbig de Andrade e João Cláudio de Santana Guerra organizaram o livro Jornalismo local na Bahia: presenças, ausências e novas práticas. Com 227 páginas, a obra é fruto de pesquisas realizadas por grupos de estudantes de graduação e de iniciação científica, orientados pelos organizadores, sob os parâmetros do projeto Atlas da Notícia.

Dividido em dez capítulos, que abordam desde os desertos de notícias no estado até o mapeamento e análise dos veículos existentes, o livro está disponível pra download gratuito.

Na obra, foram aplicadas diversas técnicas metodológicas condizentes com regras científicas, desde alguns dos tradicionais modos de observação até as atuais formas de buscas na internet.

Não é só Big Tech: estudo mostra como americanos estão se informando por redes alternativas

Por Luciana Gurgel

Luciana Gurgel

Pesquisas sobre o papel das mídias digitais como fonte de informação costumam examinar as grandes plataformas, mas o Pew Center acaba de divulgar um estudo olhando para onde não se costuma prestar tanta atenção: as chamadas “novas opções”, que se apresentam como alternativas às Big Techs.

O estudo combina entrevistas com usuários americanos de sete redes e uma auditoria analisando aspectos como a forma de apresentação do site e recursos de privacidade. Os pesquisadores examinaram também as 200 contas com o maior número de seguidores em cada uma delas.

Foram coletadas todas as postagens publicadas por essas contas em junho de 2022 − um total de 585.470 − e analisadas suas frases-chave, temas e links.

Uma das plataformas cobertas pelo trabalho é Truth Social, aventura de Donald Trump que enfrenta problemas operacionais e financeiros e não conseguiu dar ao seu criador nem 5% dos 80 milhões de seguidores que tinha no Twitter até ser banido.

Mas ela não é a única conexão do ex-presidente com seus potenciais eleitores para voltar ao cargo.

As outras redes avaliadas pelo Pew são reconhecidas como preferidas por pessoas que se alinham ao pensamento conservador e à extrema-direita: BitChute, Gab, Gettr, Parler e Rumble.

A sétima da lista é o Telegram, que em locais sob censura como a Rússia virou primeira opção para transmitir informações que não seguem a narrativa estatal. Mas em países sem censura é uma plataforma largamente utilizada pelos que querem fugir da moderação mais rigorosa das demais.

Nas entrevistas, o Pew descobriu que, embora menos de um em cada dez americanos confirme usar qualquer um desses sites para se informar, a maioria dos que o fazem afirma ter encontrado uma comunidade de pessoas com ideias semelhantes.

E os consumidores de notícias nos quatro sites com números suficientemente representativos para serem analisados individualmente – Parler, Rumble, Telegram e Truth Social – em grande parte dizem que estão satisfeitos com sua experiência ao receber notícias por eles, considerando as informações mais precisas e as discussões amigáveis.

Parece uma boa notícia, mas não é bem assim. Os autores acham que esse comportamento não passa de um sinal de que esses sites encarnam o discurso público cada vez mais polarizado e as divisões partidárias dos americanos. O debate é amigável porque a maioria lá pensa igual. Quando saem da bolha, dá briga.

Em linha com o perfil dessas plataformas, a maioria dos que recebem notícias regularmente de pelo menos uma das sete redes alternativas de mídia social (66%) se identifica como republicana ou se inclina para o Partido Republicano.

Trump e sua rede social

Por outro lado, consumidores de notícias nas redes sociais mais tradicionais, como Twitter, Facebook e YouTube, se identificam amplamente como democratas.

O Pew também apurou que cerca de um quarto das contas mais proeminentes identificam-se como conservadoras ou republicanas ou apoiando o ex-presidente Donald Trump ou seu movimento “Make America Great Again”.  Muitas se concentram em temas como patriotismo e identidade religiosa, diz o Pew.

E uma parcela significativa dos donos dessas contas − 15% − foi banida ou desmonetizada em outras mídias sociais, possivelmente por conteúdo associado a discurso de ódio ou teorias conspiratórias.

Um exemplo é o QAnon. A auditoria encontrou 6% de contas mencionando conexão com a teoria da conspiração que apoia Donald Trump e inspirou o ataque ao Capitólio.

Na BitChute, o percentual de desmonetizados ou banidos das BigTechs chega a 35%.

Provando a tese da câmara de eco, os americanos que ouviram falar dessas redes mas não as usam como fontes de notícias as vêem com desconfiança.

Quando perguntados sobre a primeira coisa que vem à mente ao pensar nelas, as pessoas nesta categoria geralmente citam imprecisão e desinformação, viés político, direita política, extremismo e ideias marginais.

Para o jornalismo, o estudo lembra o ditado “não há nada tão ruim que não possa ser piorado”. A ameaça ao jornalismo confiável não está apenas nas grandes plataformas, como muitos defendem, mas também em um “universo paralelo”, onde o controle de discurso de ódio e desinformação é ainda menor.

Os pesquisadores disseram que “essas redes se tornaram um refúgio para alguns que sentem que não têm um lar nas redes mais estabelecidas”.

Menos de um em cada dez americanos se informando por elas parece pouco.

Mas somando-os aos que se informam nos canais pouco confiáveis que resistem firmes nas grandes plataformas, aos que assistem a redes mainstream como a Fox News e aos que são influenciados diretamente por esse público, uma volta de Donald Trump à Presidência e o aprofundamento das divisões na sociedade parecem estar no horizonte dos EUA.


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Carro da TV Tribuna (ES) é incendiado em Vitória; e repórter, rendido e agredido

Um carro de reportagem da TV Tribuna, afiliada do SBT no Espírito Santo, foi incendiado na manhã desta terça-feira (11/10), no bairro da Penha, em Vitória. O repórter cinematográfico Alex Nepomuceno chegou a ser rendido e agredido por criminosos, mas passa bem.

Equipes de reportagem estavam cobrindo os desdobramentos de um confronto entre policiais e criminosos armados na madrugada de segunda-feira (10/10), que terminou com um suspeito morto. Alex iria encontrar uma equipe de reportagem na região do Morro do Bonfim, quando entrou em uma rua e foi cercado por criminosos armados, que apontaram pistolas em sua direção.

Os bandidos ordenaram que o repórter deixasse o veículo. Eles deram uma coronhada em Alex, e fizeram tortura psicológica com ele, com direito a disparos próximos à vítima. Os criminosos atearam fogo no veículo e deram a Alex uma munição para ele entregar à repórter policial do SBT Suzy Faria. Após o ocorrido, Alex fez um Boletim de Ocorrência e prestou depoimento na 1ª Delegacia Regional de Vitória.

Segundo a Rede Tribuna, Alex está recebendo o apoio da empresa: “Solicitamos escolta policial para o cinegrafista e para a outra equipe que estava na região. A Rede Tribuna se solidariza com os nossos profissionais e repudia qualquer violência contra a imprensa”.

Em nota, a Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão (Abert) repudiou o ocorrido: “É inaceitável que a imprensa seja submetida a este nível de violência. A Abert seguirá empenhada em coibir toda e qualquer represália ao trabalho jornalístico e pede providências imediatas às autoridades locais para o esclarecimento do caso e rigorosa apuração dos fatos”.

Hackers exigem quantia milionária da Record TV

Hackers estão exigindo US$ 5 milhões da Record TV para devolver a chave do sistema à emissora. O valor equivale a cerca de R$ 25 milhões.
Hackers estão exigindo US$ 5 milhões da Record TV para devolver a chave do sistema à emissora. O valor equivale a cerca de R$ 25 milhões.

Após a Record TV ter sido hackeada e perder acesso a todo o acervo gravado e a dados do Ibope pelo celular, os hackers estão exigindo US$ 5 milhões para devolver a chave do sistema à emissora. O valor equivale a cerca de R$ 25 milhões.

A quantia imposta pelos criminosos é um desconto, visto que o valor inicial era de US$ 7 milhões. Caso não seja pago, a ameaça é de divulgação de todo o conteúdo roubado da emissora em um blog.

Segundo Filipe Payão, do Tec Mundo, a Record foi afetada por um ataque com o ransomware BlackCat, que é distribuído como um serviço por hackers. Além de prender arquivos da emissora e pedir um resgate para a liberação, os criminosos supostamente acessaram dados de funcionários, mapa de rede com credenciais da emissora e informações financeiras.

Desde o ataque, a Record segue no ar usando os arquivos que consegue encontrar em pen-drives, discos, cards e outros armazenamentos de mídias físicas.

Abertas as inscrições para o Festival 3i Nordeste

Festival 3i Nordeste
O Festival 3i Nordeste foi realizado no último sábado (19) na Universidade Católica de Pernambuco (Unicap), no Recife.

Estão abertas as inscrições para o Festival 3i Nordeste, realizado pela Associação de Jornalismo Digital (Ajor), em formato presencial. O evento será em 19 de novembro, no campus da Universidade Católica de Pernambuco (Unicap), em Recife.

O festival será realizado das 9h às 18h, com quatro mesas que discutirão a descentralização dos investimentos no jornalismo digital, como empreender no setor, inovação na distribuição de conteúdos e estratégias para a produção de podcasts.

Ele representa um marco para a Ajor: É o primeiro evento presencial organizado pela entidade, fundada em maio de 2021. No primeiro semestre deste ano, Ajor realizou o Festival 3i nacional, cuja programação foi 100% online e gratuita.

A temática foi construída com o apoio de organizações associadas à Ajor no Nordeste: Agência Tatu (AL), Agência Saiba Mais (RN), Eco Nordeste (CE), A Nossa Pegada (PE), Eficientes (PE), Info São Francisco (SE), Marco Zero Conteúdo (PE), Meus Sertões (BA), O Grito! (PE), Paraíba Feminina (PB), Piauí Negócios (PI), Revista Afirmativa (BA), Conquista Repórter (BA) e O Pedreirense (MA).

A Ajor oferecerá 40 bolsas para que estudantes e comunicadores nordestinos possam participar do evento. Serão disponibilizados 30 ingressos gratuitos e dez bolsas de auxílio financeiro (ingresso + valor para transporte e estadia). O prazo para solicitar a bolsa é 25 de outubro.

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