Cleber Mata, secretário de Comunicação do Estado de São Paulo nos últimos quatro anos, aceitou convite de Ratinho Júnior, governador do Paraná, para ser o novo secretário de Comunicação do Estado.
Formado pela PUC Campinas, Mata atuou diretamente com seis governadores em São Paulo: Cláudio Lembo, José Serra, Alberto Goldman, João Doria, Rodrigo Garcia e o atual vice-presidente Geraldo Alckmin. Como secretário de Comunicação, foi o mentor da campanha de divulgação da vacina do Butantan contra a Covid-19.
Mata é especialista em Marketing Político pela ECA-USP e mestrando em Comunicação Pública pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS). Foi idealizador do Centro de Contingência de SP, iniciativa que contou com a participação de médicos e especialistas para analisar decisões a serem tomadas no estado após o primeiro caso de Covid-19 no Brasil.
Por Cristina Vaz de Carvalho, editora de J&Cia no Rio de Janeiro
Henrique Cabanmorreu na madrugada desta quarta-feira (18/1), aos 82 anos, no Rio de Janeiro. Ele apresentava problemas de saúde desde meados do ano passado, mas a causa imediata da morte não foi informada pela família. A cremação do corpo deve ocorrer na quinta-feira (19/1), no Cemitério da Penitência, no Caju. Ele deixa duas filhas e cinco netos.
Caban era carioca, filho de judeus do Leste Europeu refugiados no Brasil durante a Segunda Guerra. Seu pai foi militante comunista e esteve preso durante o Estado Novo. Seguindo o exemplo do pai, participou de movimentos de esquerda na juventude.
Era ainda estudante de Direito quando começou como estagiário no jornal Última Hora, em 1959. Demitido, largou a faculdade e investiu na profissão de jornalista. Foi, como repórter, para a revista Intervalo, da Abril, e também para Máquinas e Motores e Transportes Modernos. Quando a Abril lançou a revista Realidade, em 1966, Caban foi convidado a chefiar a redação na sucursal Rio. Teve breve passagem como chefe de Redação da revista Domingo Ilustrado, da Bloch. Em 1968, participou da equipe que fundou a revista Veja.
No final de 1971, foi convidado por Luís Lobo para trabalhar em O Globo, como editor de notícias. No ano seguinte, Evandro Carlos de Andrade assumiu a Diretoria de Redação, dando início a uma das parcerias mais produtivas da imprensa brasileira. Caban esteve em O Globo por 27 anos, em postos de comando, e foi uma figura marcante na história do jornal. Respondeu pela reformulação da redação, que modernizou e profissionalizou. Também pela criação da Agência O Globo, a reestruturação de sucursais como Brasília, Recife, Belo Horizonte e Porto Alegre. Coordenou a cobertura de grandes eventos e fez de O Globo o primeiro jornal do País a circular nos dias de Natal e Ano Novo. Acompanhou o processo de informatização do veículo, a reforma gráfica, o advento do computador e da internet.
Em 1986, deixou O Globo para assumir como diretor de Operações da revista Veja, em São Paulo. Retornou ao jornal no ano seguinte, como superintendente da Redação, cargo que ocupou até 1997. Depois de um breve período, como diretor-executivo do Jornal do Brasil, em 1999, trabalhou na Ediouro como diretor-executivo da divisão de revistas.
Caban testemunhou o fim dos dias de autoritarismo, e liderou com pulso firme as transformações que levaram o jornal a tornar-se líder no Rio de Janeiro, e um dos veículos brasileiros mais importantes. “Eu acho que toda essa ascensão e essa reforma do Globo foram muito marcantes, e me deixam muito orgulhoso de ter participado delas”, assim ele definiu sua participação nessa história.
O folclore em torno do personagem
¿Conoces Cabán?
Foi na Copa do Mundo da Fifa de 1986, no México. O astro com maior brilho era o alemão Franz Beckenbauer, que acrescentava ao mito o fato de não dar entrevistas, sem exceções. Um repórter da sucursal de Recife do jornal O Globo, escalado para a cobertura, recebeu a missão impossível, que ninguém mais quis aceitar.
Não pediu uma entrevista, por ser uma pretensão inútil. Mas abordou o jogador inesperadamente, com a ajuda de um intérprete, indagando: “¿Conoces Cabán?”. Antes de obter resposta, informou que era o editor dele, o repórter em questão, e desfiou as qualificações: um homem muito mau, que poderia fazer coisas horríveis com um repórter se este não conseguisse a entrevista. E assim O Globo publicou uma exclusiva internacionalmente cobiçada.
Em cheque?
Mas a fama de mau corria paralelamente à fama de bom. No ano de 1974, em plena ditadura, Caban, então chefe de Redação do jornal, foi citado em uma operação policial por ajudar financeiramente presos políticos. A notícia chegou até Roberto Marinho, que conhecia seu envolvimento desde cedo na militância política de esquerda, mas não naquele momento, e o chamou para esclarecer o que havia.
A resposta de Caban, em suas próprias palavras para o projeto Memória Globo, foi: “Olha, eu não dou dinheiro. Dou dinheiro para família de preso político; fui sustentado por isso, não vou deixar de dar”. Ao que Marinho retrucou: “Tudo bem, Caban. Mas precisava dar em cheque?”.
A invasão dos prédios dos Três Poderes em Brasília entrou na pauta de pesquisadores e analistas políticos, que procuram explicar as motivações e os mecanismos de mobilização para os atos que novamente retrataram o Brasil de forma negativa na mídia global.
Um dos que se debruçou sobre o tema foi o think thank Institute for Strategic Dialogue, baseado em Londres e com forte atuação nos EUA. O centro acompanha movimentos de desinformação e o avanço de teorias conspiratórias, que cresceram significativamente depois da era Trump.
Em um estudo analisando os acontecimentos do Brasil, os autores Jiore Craig, Cécile Simmons e Rhea Bhatnagar afirmaram que “imagens de apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro ocupando o palácio presidencial no Brasil são uma ilustração gritante de como a desinformação eleitoral espalhou-se além dos EUA e ameaça a integridade eleitoral em todo o mundo”.
Infelizmente, o Brasil não é o único lugar além dos EUA a sofrer desse mal. O ISD cita França, Alemanha e Austrália como nações em que o fenômeno repetiu-se recentemente.
Ao analisar o conteúdo de redes sociais nos três mercados, os pesquisadores dizem ter encontrado três questões recorrentes associadas a eleições.
Uma delas é que os recursos existentes nas plataformas de mídia social favorecem a desinformação eleitoral e são úteis para os que a promovem.
Eles apontam que os Shorts do YouTube e os Reels do Instagram, criados para fazer frente a concorrentes focados em vídeo como o TikTok, tornaram mais fácil burlar os sistemas de moderação das plataformas.
O segundo é a ligação do que chamam de “negação eleitoral online”, com teorias conspiratórias baseadas em ódio, supremacia branca, xenofobia e racismo.
O terceiro é que o negacionismo eleitoral sozinho não é suficiente para radicalizar eleitores insatisfeitos. Mas a eficácia aumenta quando o tema se mistura a outros tipos de discurso de ódio. E diminui em nações com autoridades eleitorais centrais fortes e medidas de responsabilização sobre as plataformas digitais.
Países com outros idiomas que não o inglês são mais vulneráveis, porque a moderação das redes sociais é deficiente. Esse problema não é novo. Vem sendo apontado há anos.
Em 2021, uma coalizão de entidades de defesa dos direitos humanos, justiça racial e responsabilidade na internet, liderada pelo grupo Real Facebook Oversight Board, lançou a campanha #Ya Basta Facebook!, exigindo da rede social ação mais enérgica no controle da desinformação e discurso de ódio na plataforma em língua espanhola.
O problema não parece ter melhorado, na avaliação dos pesquisadores do ISD, que destacam a concentração de recursos na proteção de usuários das redes que falam inglês. Isso inclui brasileiros, franceses, alemães e a parcela expressiva de norte-americanos que têm o espanhol como idioma principal.
Mas até em inglês a desinformação eleitoral sobre o Brasil encontrou terreno fértil para florescer, ajudada por Elon Musk.
Crédito: Reprodução/uk.usembassy.gov
O estudo menciona uma postagem do dono do Twitter sugerindo que a rede social foi tendenciosa durante as eleições presidenciais, favorecendo a esquerda. O post foi citado em uma reportagem do jornal sensacionalista New York Post, que viralizou sob as hashtags #brazilianspring e #brazilwasstolen.
A batalha é complexa, porque não envolve apenas as redes, mas também veículos de mídia tradicionais, como o caso do jornal americano e a Fox News.
A emissora, que sempre apoiou o ex-presidente Donald Trump e deu espaço às suas ideias, é objeto de um processo movido pela Dominion Voting Systems, empresa que forneceu as máquinas de votação no pleito de 2020.
Ela foi acusada de fraude, como parte de uma conspiração para roubar a eleição presidencial de 2020 deTrump.
A ação é de difamação, com um pedido de indenização de US$ 1,6 bilhão. Por coincidência, New York Post e Fox pertencem ao mesmo dono, o magnata da mídia Rupert Murdoch.
A Dominion pode ganhar a causa, ser ressarcida dos danos que sofreu e resgatar sua imagem. Mas o dano sofrido pela sociedade com a desinformação eleitoral não tem preço, e ninguém paga por ele.
Para receber as notícias de MediaTalks em sua caixa postal ou se deixou de receber nossos comunicados, envie-nos um e-mailpara incluir ou reativar seu endereço.
O narrador Rômulo Mendonça deixou a ESPN após 12 anos de casa. Uma das principais vozes da narração de basquete da empresa, o jornalista anunciou a saída no Instagram e agradeceu pela trajetória na empresa.
“Saudações, fã de esporte! Assim sempre iniciei as transmissões, desde fevereiro de 2011. Que honra! Agradeço à ESPN por toda a liberdade de criação que tive durante todo esse período e que me permitiu acertar, errar, recomeçar, ousar e realizar sonhos”, escreveu Rômulo. O narrador explicou na postagem que seu contrato venceu em 31 de dezembro do ano passado e que a ESPN ofereceu uma renovação, mas optou por buscar novos ares.
Rômulo não anunciou qual será seu próximo desafio, mas segundo apuração do UOL ele deve ir para a Amazon, onde continuará narrando basquete. Na ESPN, ficou conhecido pelo bom humor em suas narrações, com bordões relacionados aos astros da NBA. Também narrava futebol americano e beisebol. Nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, em 2016, narrou a campanha do tricampeonato da seleção brasileira masculina de vôlei.
Rômulo junta-se à lista de profissionais que deixaram a ESPN nos últimos meses, como os também narradores Nivaldo Prieto e João Guilherme, que assinaram com a plataforma de streaming Paramount, e os comentaristas Fábio Sormani e Felippe Facincani.
A Mega Brasil está entrando em campo para dar início à produção da edição 2023 do Anuário da Comunicação Corporativa, a 14ª da série histórica. E começa na próxima segunda-feira (23/1) com a Pesquisa Mega Brasil com Agências de Comunicação, de onde são extraídas as informações para o Ranking das Agências de Comunicação e para a composição dos indicadores setoriais da atividade, sob a coordenação do Instituto Corda – Rede de Projetos e Pesquisas. A Pesquisa, aberta à participação de todas as agências do mercado brasileiro (cerca de 900 pelo censo oficial de Abracom e Mega Brasil), pode ser respondida até 10 de fevereiro.
O lançamento da edição digital está marcado para 16 de maio, e da edição impressa, para 31 de maio.
A edição 2023 vai se debruçar sobre temas como ESG, KPIs, Inteligência Artificial, Influenciadores, Inovações, Carreiras, entre outros, além da tradicional análise do mercado, mostrando o desempenho em 2022 e as tendências em curso.
Apoiado por Abracom e Aberje, o Anuário da Comunicação Corporativa alcançou recorde de audiência em 2022, tanto em usuários únicos (cerca de 50 mil), quanto de page views (quase 300 mil, entre maio e outubro).
Indicada em novembro, Priscila Yazbek começou esta semana sua jornada como correspondente de economia internacional da CNN Brasil, diretamente de Paris, na França. Ela estreou na cobertura do Fórum Econômico Mundial, que ocorre Davos, na Suíça, até esta sexta-feira (20/1).
Na nova função, Priscila analisará a economia internacional como um todo, o mercado financeiro no exterior e seus impactos no Brasil e na economia brasileira. Em comunicado sobre a novidade, a CNN Brasil destacou que, “diante de um cenário complexo, com uma guerra que se arrasta na Ucrânia e inflação no maior patamar na Europa em quase meio século, o noticiário econômico internacional ganhou relevância. Os choques de preços lá fora e a desaceleração das maiores economias do mundo − China, EUA e Europa − afetam diretamente a economia brasileira”.
Para Leandro Cipoloni, VP de Jornalismo da CNN Brasil, “a decisão de ter uma correspondente especializada em economia demonstra o interesse e o investimento da CNN em acompanhar de perto os movimentos dos mercados europeu e asiático e as políticas econômicas nesses continentes. Trata-se de uma necessidade do público da CNN para um mundo globalizado, com economias conectadas”.
Priscila atua na cobertura de economia desde 2012, e está na CNN desde junho de 2021. Venceu diversos prêmios como jornalista de Economia, e esteve entre os +Admirados da Imprensa de Economia, Negócios e Finanças em 2021 e 2022, em eleição promovida por este Portal dos Jornalistas e pela newsletter Jornalistas&Cia.]
A minissérie Todo Dia a Mesma Noite, sobre o incêndio na boate Kiss em 2013, estreia em 25/1 na Netflix. A produção, que abordará a investigação policial do caso e a história de jovens que perderam a vida em Santa Maria (RS), é baseada no livro de mesmo nome de Daniela Arbex.
A produção terá ao todo cinco episódios, com atores como Debora Lamm, Paulo Gorgulho, Bianca Byington, Erom Cordeiro, Laila Zaid, Paola Antonini e Miguel Roncato. A série também mostrará o impacto da tragédia nas vidas dos pais que perderam os filhos, e sua luta por justiça e pela memória das vítimas.
O livro de Daniela também inspirou o coletivo Kiss: que não se repita a realizar o projeto Tempo Perdido, que faz simulações, com computação gráfica, sobre como estariam as fisionomias de vítimas da tragédia nos dias atuais. Ao todo, oito jovens são retratados no projeto. As simulações serão divulgadas semanalmente nas redes sociais até o dia 25. E no dia 27, quando o incêndio completa dez anos, serão expostos pela cidade de Santa Maria banners com as simulações.
O site de notícias americano The Intercept vai se tornar uma organização sem fins lucrativos independente, deixando o grupo First Look Media. A informação foi publicada na semana passada pelo site Axios, que teve acesso a um memorando enviado pela direção do Intercept a seus colaboradores.
Segundo o Axios, o Intercept já planejava esta separação há algum tempo. A ideia é que o site jornalístico se torne independente de sua controladora, para que consiga com mais facilidade financiamentos externos que possibilitem a construção de um modelo de negócios sustentável a longo prazo.
No memorando, David Bralow, novo gerente-geral do Intercept, declarou que, “sob essa nova estrutura independente, teremos uma equipe inteira dedicada a desenvolver e implementar um plano plurianual e multifacetado que garanta nosso crescimento e sustentabilidade por muitos anos. (…) Nossa missão e nosso zelo editorial pelo jornalismo contundente permanecem inalterados”.
Baalow escreveu também que o Intercept está reestruturando sua equipe e orçamentos como forma de se prevenir contra futuras dificuldades financeiras. Um número não definido de funcionários foi demitido.
Atualmente, a empresa conta com 50.000 membros pagos. Em 2020, em meio à pandemia, eram 70.000. Segundo o Axios, o Intercept atribui essa queda “ao desmembramento de sua operação no Brasil no ano passado”. Em outubro, o Intercept Brasil se separou da redação americana e promoveu uma campanha de arrecadação para dar continuidade ao trabalho, cuja meta foi alcançada em uma semana.
Profissionais da TV Mundial entraram em greve após o atraso no pagamento da segunda parcela do 13º e não pagamento das férias.
Profissionais da TV Mundial entraram em greve após o atraso no pagamento da segunda parcela do 13º e não pagamento das férias. A emissora acumula ainda atrasos no pagamento de FGTS, vale-refeição e vale-transporte.
Ainda de acordo com a entidade, em novembro de 2021 a categoria protagonizou uma greve histórica após sucessivos atrasos de salários. Na ocasião, a empresa se comprometeu a regularizar a situação, mas os trabalhadores da TV Mundial continuaram a enfrentar uma série de dificuldades nos últimos meses.
Mantida pela Igreja Mundial do Poder de Deus, a emissora conta com uma equipe formada majoritariamente por radialistas.