Marcado para 30 e 31/8 e 1º/9, evento debaterá A Comunicação e o legado que as corporações querem deixar para o futuro do planeta e das novas gerações
Encerram-se nesta sexta-feira (21/7) as inscrições com quase 50% de desconto para o 26º Congresso Mega Brasil de Comunicação, Inovação e Estratégias Corporativas. O valor integral é de R$ 1.800, mas até essa data sairá por R$ 980.
Programado para a Unibes Cultural, em São Paulo, o evento será aberto na noite de 30/8 com a cerimônia de premiação do TOP Mega Brasil e prosseguirá nos dias 31/8 e 1°/9 com inúmeras atividades, entre elas o Fórum do Pensamento, a Arena da Inovação, oito painéis de debate e a entrega do Prêmio Personalidade da Comunicação ao nosso mais aplaudido criador de histórias em quadrinhos, Mauricio de Sousa, pai da Mônica e de sua turma, que há 60 anos educam e entretêm gerações de brasileiros e de várias partes do mundo.
Entre os convidados confirmados estão Alan Cativo (Temple), Ana Rita Freitas (Vale), Bruna Frias (Energisa), Carol Prado (Intel), Clara Bicalho (MRV), Eduardo Tessler (Mídia Mundo), Estevam Pereira (Grupo Report), Fabio Rua (General Motors), Fernando Farah (Weber Shandwick), Helen Garcia (Grupo Trama Reputale), Josemara Tsuruoka (EMS), Lawrence Chung Koo (Futurista), Leandro Conti (Hotmart), Lucia Santaella (USP/CNPq), Marcel Dellabarba (Samsung), Marcos Silva (ESPM), Mariana Fulep (Gerdau), Mariana Scalzo (McDonald’s/Arco Dorados), Marina Lima (Dow), Orlando Silva (deputado federal), Pâmela Vaiano (Itaú-Unibanco), Rodrigo Vilar (Novonor), Solano de Camargo (OAB-SP) e Thiago Massari (Bayer).
Continua aberta e vai até o próximo dia 28 de julho a votação do segundo turno do prêmio TOP Mega Brasil, que revelará ao mercado as feras da comunicação corporativa do Brasil, nas verticais Agências de Comunicação e Executivos de Comunicação Corporativa e nas categorias TOP 10 Brasil e TOP 5 das Regiões Norte, Nordeste, Centro-Oeste, Sudeste e Sul.
Esta etapa está sendo disputada por pouco mais de cem agências e de cem executivos de várias regiões do País. Os eleitores poderão indicar até cinco nomes de agências e de executivos tanto para os TOP 10 Brasil quanto para os TOP 5 regionais. As indicações para 1º lugar valem 100 pontos; para 2º, 80 pontos; 3º, 65 pontos; 4º, 55 pontos; e 5º, 50 pontos.
Turma da última edição presencial da Jornada Galápagos, ocorrida em 2019
Trinta jovens jornalistas e produtores de conteúdo de 18 estados brasileiros vão viver uma experiência única em São Paulo, com tudo pago, por doze dias, nas sedes paulistanas de algumas das maiores empresas do País. Trata-se da Jornada Galápagos de Jornalismo, iniciativa da Galápagos Newsmaking, empresa de mídia de Alecsandra Zapparoli, ex-publisher da Editora Abril.
“A Jornada é um hub criativo e de empreendedorismo que tem como proposta oferecer atualização, inspiração e proporcionar conexão entre os participantes de regiões e vivências diversas, os palestrantes e empresas patrocinadoras que acreditam na importância do jornalismo plural e regional”, explica Zapparoli.
Serão mais de 80 horas de conteúdo, divididas em masterclasses, painéis e entrevistas com palestrantes renomados em suas áreas de atuação, como os jornalistas Renata Lo Prete, Chico Felitti, Natuza Neri, Branca Viana, Conrado Corsalette e Cecília Oliveira, e os executivos Luiza Helena Trajano (Magazine Luiza), Ricardo Sales (Mais Diversidade), Carlo Pareira (Pacto Global da ONU), entre outros.
A temática desta edição é As práticas de ESG na comunicação e os encontros acontecerão de 23/7 a 4 de agosto. A curadora responsável pela Jornada é Adriana Ferreira Silva, jornalista e escritora especializada em temas ligados a diversidade e inclusão; mulheres e liderança; desigualdade de gênero e racial; etarismo; literatura e jornalismo interseccional. Em 25 anos de carreira, foi repórter, editora, colunista, correspondente internacional em Paris e editora-chefe em redações de Marie Claire, Vogue, Veja São Paulo, Folha de S.Paulo e rádio CBN.
Gratuita e inclusiva
Aberta tanto para universitários quanto para profissionais formados em qualquer área e que tenham talento para produzir conteúdo jornalístico em plataformas digitais (podcasts, vídeos e textos), a Jornada Galápagos é inteiramente gratuita.
Nesta edição, foram 1223 inscritos de 26 estados. A primeira etapa selecionou 200 candidatos, que passaram por uma entrevista com o time da Galápagos, remotamente ou presencial. Destes 200, trinta foram escolhidos e convidados a embarcar nessa iniciativa sem igual no Brasil.
Turma da última edição presencial da Jornada Galápagos, ocorrida em 2019
O critério de seleção é interseccional, ou seja, leva em conta dois ou mais fatores sociais que definem uma pessoa. Na avaliação dos inscritos, são considerados gênero (incluindo pessoas LGBTQIAP+), classe, raça e região do país, para formação de um grupo diverso e inclusivo. Entre o grupo de 30 pessoas da edição 2023 (22 pessoas são LGBT+); 56,7% são pretos ou pardos e 6,7% indígenas.
Apoiam a iniciativa Smiles, Ambev, Itaú Unibanco, Grupo Boticário, Magalu, Engie, Suzano, Aberje, Google News Initiative, Spotify, Pacto Global, Mais Diversidade, revista piaui, Airbnb e Lady Driver.
Atualmente, Lair Rennó é apresentador na Record Minas
O processo trabalhista movido pelo jornalista mineiro Lair Rennó contra a TV Globo chegou ao fim e a emissora foi condenada a pagar a quantia de R$ 9 milhões como indenização.
De acordo com o portal Moon BH, no processo foi alegado que, em 2014, Lair teve seu contrato alterado de CLT para PJ e que seus direitos, como férias, 13º e outros benefícios passaram a ser ignorados.
Até mesmo Fátima Bernardes foi relacionada ao processo, uma vez que Lair, também ex-apresentador do Encontro, alegou o direito de receber a mesma quantia que a profissional, já que a lei garante a paridade salarial para funcionários que exercem a mesma função.
Na época, ele passou alguns meses, não consecutivos, apresentando o programa sozinho, por diversas razões, como cobertura de férias de Fátima e outros motivos que a deixaram ausente. Ainda cabe recurso da decisão judicial.
Atualmente, Lair Rennó é apresentador na Record Minas
A Justiça do Rio de Janeiro liberou a veiculação de parte do conteúdo que integra a série de reportagens Em nome dos pais, do Intercept Brasil. O material, que estava sob censura há mais de um mês, foi produzido pela repórter Nayara Felizardo, que em mais de um ano de investigação meticulosa, apontou diversas decisões judiciais que inocentaram acusados de estupro de vulnerável ou de violência doméstica, muitas vezes tirando os filhos das mulheres e entregando-os a quem elas denunciaram.
Série Em nome dos pais, do Intercept Brasil investigou 11 processos envolvendo acusações de alienação parental.
Apesar do parecer favorável, a liberação não reverte totalmente a decisão inicial da juíza Flávia Gonçalves Moraes Bruno, da 14ª Vara Cível da Comarca do Rio de Janeiro. A alegação da magistrada é que a série fere a privacidade das crianças. “Mas estes meninos e meninas nunca foram nomeados, nem identificados de qualquer forma nas reportagens”, explica Nayara. “As pessoas nomeadas foram os juízes, desembargadores e a psicóloga do Tribunal de Justiça do Rio, Glícia Brazil, implicados pela rigorosa investigação que levou quase um ano para ser feita”.
Com isso, a justiça liberou a republicação de quatro matérias, mas segue impedindo que o documentário produzido sobre o assunto seja veiculado. “Mas esta decisão não é definitiva”, acrescenta Nayara Felizardo. “Neste momento, nossos advogados estão batalhando para que a censura imposta pela juíza seja completamente revogada. Gostaríamos de contar mais sobre o andamento do processo, mas a decisão que censura nossa liberdade de expressão está sob sigilo judicial”.
Fundo de Defesa Legal
Para seguir com este e outros recursos na justiça contra possíveis casos de censura, o The Intercept Brasil está lançando uma campanha para criar um Fundo de Defesa Legal. A meta é atingir um valor arrecadado de R$ 100 mil nos próximos meses. A contribuição pode ser periódica ou única, por boleto, cartão ou pix. Saiba como.
O juiz Hilmar Castelo Branco Raposo Filho, da 21ª Vara Cível do Distrito Federal, deu uma liminar determinando a remoção de um trecho da reportagem O cupinzeiro, produzida pelo repórter Breno Pires, para o site e revista piauí de junho.
A reportagem mostra como o governo Bolsonaro desidratou o programa Mais Médicos e colocou no lugar uma agência que se transformou num ninho de falcatruas, com casos de nepotismo, irregularidades administrativas, denúncias de assédio moral e mau uso de verba pública.
Em um parágrafo, o texto faz referência à denúncia de 95 páginas, entregue ao Ministério da Saúde, na qual se apontava que, entre os contratados para a nova agência, havia uma lista de amigos de ex e atuais dirigentes do órgão, inclusive casais, com o marido e a mulher assumindo bons cargos.
A reportagem dava três exemplos. Em uma única frase, mencionava, sem emitir juízo de valor, os nomes do casal L. W. (contratado para a gerência de formação, ensino e pesquisa) e de sua mulher D. O. M. (que assumiu como assessora da diretoria técnica). Era uma menção sumária ao caso dos dois, que, no relatório preliminar da investigação interna aberta para apurar as denúncias, ocupa cinco páginas.
Alegando que a matéria noticia “fato inverídico”, o casal recorreu à Justiça e pediu a remoção da reportagem do site da piauí e a retirada de circulação da edição impressa da revista. Também pedia que, dali em diante, a piauí fosse proibida de fazer menção aos seus nomes em futuras matérias sobre o caso.
Na decisão, o juiz Raposo Filho entendeu que o pedido de censura prévia era excessivo, mas ordenou que a piauí suprimisse a menção dos nomes dos requerente nas versões online e impressa da publicação.
Como a edição já havia sido distribuída no início do mês de junho, e o juiz estava informado disso, a consequência inevitável de sua decisão era o recolhimento da edição das bancas. A publicação recorreu da decisão no último dia 11 de julho, porém o desembargador Robson Teixeira de Freitas, do Tribunal de Justiça do DF, concordou com a decisão do seu colega de primeira instância e manteve a ordem de suprimir os nomes de L.W. e D.O.M. da reportagem.
O segundo e último lote de desconto para as inscrições antecipadas ao Prêmio Jatobá PR, de 15%, encerra-se em 31 de julho. Agências e corporações que quiserem se beneficiar do desconto não precisarão ter os cases prontos e finalizados; poderão cadastrá-los até 30 de setembro, quando se encerram oficialmente as inscrições.
“Desse modo”, diz Helio Garcia, diretor do Gecom – Grupo Empresarial de Comunicação, organização mantenedora do prêmio, “as empresas garantem o desconto e podem preparar com calma e excelência os cases que querem levar para a disputa. E se forem mais de um, os descontos crescem progressivamente, fazendo com que o preço unitário diminua”.
Garcia lembra que já são mais de cem os cases inscritos até agora na edição 2023, numa clara sinalização de que o recorde de 2022 poderá ser novamente batido: “O interesse pelo primeiro desconto, na janela de maio, foi grande, superando as estatísticas do ano passado, e nossa expectativa, com esse último desconto oferecido, é de alavancarmos ainda mais a premiação, sobretudo pela novidade que introduzimos, a das premiações regionais, de Case do Ano. Com ela, queremos ter mais cases de fora do eixo Rio-São Paulo, para conhecer e reconhecer o talento da atividade de PR em outras regiões do País”.
O Prêmio Jatobá PR conta com o apoio institucional de Abracom – Associação Brasileira das Agências de Comunicação e da ABCPública – Associação Brasileira de Comunicação Pública. E é a única premiação que mantém rigorosamente igualdade entre as grandes agências e as agências-butique. No total, o Jatobá conta com 31 categorias, dez delas exclusivas para as corporações, dez para as grandes agências e dez para as agências-butique – no caso das duas últimas são as mesmas dez categorias, porém com premiações iguais tanto para as grandes quanto para as butiques.
O Grupo Record está promovendo nesta semana uma série de cortes em diversas áreas de sua operação em São Paulo. Segundo a informação dada em primeira mão no início da tarde desta segunda-feira (17/7) pelo site Notícias da TV, de Daniel Castro, os cortes devem se estender ao longo desta semana e podem atingir mais de 200 profissionais, de um total de 3 mil, incluindo afiliadas.
Vale lembrar que no começo do mês o grupo já havia fechado sua filial em Sorocaba e demitido todos os profissionais que lá atuavam. Ainda de acordo com o Notícias da TV, somente a Teledramaturgia deve ficar de fora, pois está sob gestão da Igreja Universal do Reino de Deus, que produz Reis e compra horário na Record.
Em nota, a Record informou que as decisões foram necessárias para adaptar sua operação em um período de reformulação de seus investimentos. No ano passado o grupo registrou um prejuízo de R$ 517 milhões, um recorde histórico, e a previsão é que neste ano os números poderiam ser ainda piores.
Até o momento, no Jornalismo, foram confirmadas as saídas das apresentadoras Patrícia Costa e Janice de Castro, dos repórteres Roberto Thomé, Sylvestre Serrano, Leandro Sant Ana e Mauro Junior, do diretor de Apoio Operacional do Jornalismo Luiz Cardamone, do diretor de Conteúdo OTT (PlayPlus) Josmar Bueno Júnior, do coordenador do núcleo de Esportes Georgios Theodorakopoulos e da coordenadora de produtos originais multiplataformas Carmen Farão.
Confira a íntegra do comunicado do Grupo Record:
Num momento em que todo o mercado de mídia, da televisão aberta e dos demais veículos, passa por um período de reformulação de seus investimentos, o Grupo Record – composto por Record TV, Record News, R7.com e PlayPlus – faz uma reorganização em suas frentes de trabalho.
O Grupo Record continuará trabalhando sem descanso para conquistar novos investimentos em seus negócios. Também estará torcendo e contribuindo para o crescimento e retomada do poder econômico do país e do povo brasileiro.
Desligamentos foram necessários, mas com respeito ao ser humano acima de tudo, às leis e às regras trabalhistas.
* Por Cristina Vaz de Carvalho, editora de Jornalistas&Cia no Rio de Janeiro
Fernando Molica lançou em 11 de julho o volume Náufragos, pela editora Malê. Nos 19 contos, o autor trata de personagens que passam por momentos decisivos de suas vidas e que, depois de enfrentar tempestades pessoais, nem sempre conseguem voltar à tona.
Molica publicou nove livros, entre eles seis romances. Dois deles – Notícias do Mirandão, pela Record, e Bandeira negra, amor, pela Objetiva – foram lançados na Alemanha e na França. Ele mantém um site e um blog em www.fernandomolica.com.br.
Como jornalista, formado pela UFRJ, ele trabalhou nas sucursais do Estadão e Folha e foi chefe de reportagem do Globo. Na TV Globo, ganhou o prêmio Vladimir Herzog. Em O Dia, recebeu o Embratel com a equipe de reportagens sobre a ditadura militar. Foi editor de Veja, e apresentador e analista da CNN. Organizou para a Abraji (Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo) três coletâneas de reportagens. Coordenou o MBA em Jornalismo investigativo e realidade brasileira da FGV-Rio.
Agência Pública, Congresso em Foco/UOL e ICL Notícias são alvos de Arthur Lira (foto) na justiça
Segue firme a luta de Arthur Lira (PP-AL), presidente da Câmara dos Deputados, em impedir que veículos jornalísticos divulguem as recentes denúncias de corrupção e violência contra sua ex-mulher Jullyene Lins.
Depois das ações divulgadas na última semana contra o ICL – Instituto Conhecimento Liberta e a Agência Pública, a vítima da vez foi o site Congresso em Foco, que a partir de uma liminar provisória concedida pela Justiça do Distrito Federal, foi obrigado a retirar do ar uma reportagem em que a ex-mulher do deputado o acusa de ter cometido violência sexual contra ela em 2006.
A decisão é do juiz Jayder Ramos de Araújo, da 10ª Vara Cível de Brasília, e é datada do dia 3 de julho. O caso está sob sigilo e o mérito ainda será julgado. Além da remoção do conteúdo, a ação por danos morais também pede indenização de R$ 100 mil e tem como partes, além de Jullyene, o portal UOL, onde o Congresso em Foco está hospedado e mantem relação comercial com independência editorial.
Agência Pública, Congresso em Foco/UOL e ICL Notícias são alvos de Arthur Lira (foto) na justiça
Mesmo enredo, diferentes atores e resultados
Com a divulgação do caso envolvendo o Congresso em Foco, já são três os veículos de imprensa acionados na justiça pelo deputado alagoano. A diferença é que nos casos anteriores, contra ICL Notícias e Agência Pública, ambas divulgadas na semana passada, a decisão inicial da justiça foi contrária à remoção dos conteúdos.
No caso da Agência Pública, o parlamentar entrou com ação na 14ª Vara Cível de Brasília contra a publicação, e também sua ex-esposa. O pedido de tutela de urgência apresentado por Lira na ação foi indeferido pelo juiz Luiz Carlos de Miranda. O magistrado entendeu que a reportagem é de interesse público e visa a informar os leitores. “Não é demais lembrar que o autor, por ser figura pública e política de inegável importância no cenário brasileiro, desperta legítimo interesse quanto aos seus atos de governo, mas também quanto à sua vida pessoal”, declarou o magistrado.
Lira também havia solicitado que o processo corresse em segredo de justiça, o que também foi indeferido pelo juiz da ação. Neste caso, assim como no do Congresso em Foco, além da retirada do conteúdo, foi pedida indenização por danos morais no valor de R$ 100 mil.
Em nota da direção, a Agência Pública escreveu que repudia “a tentativa de intimidação judicial com pedido de censura prévia”. O veículo reiterou que a reportagem em questão “foi feita com base em documentos judiciais e fontes que deram seu depoimento sobre os fatos. Os pedidos de entrevista com as pessoas retratadas foram realizados com total lisura, ética jornalística e respeito à privacidade, com contatos por telefone e pessoalmente”.
A Pública declarou que entrou em contato com Lira para esclarecimentos e abriu espaço para ouvir e publicar o lado do deputado, que optou por não responder aos questionamentos.
Já no caso contra o ICL, o deputado pediu a remoção de reportagens, entrevistas e comentários produzidos pelo programa ICL Notícias. Além das denúncias feitas pela ex-mulher do deputado, neste caso a ação também mira comentários feitos durante o programa sobre o arquivamento pelo Supremo Tribunal Federal (STF) de uma investigação por corrupção passiva, envolvendo aquisição superfaturada de kits de robótica para escolas de Alagoas.
Lira entrou com uma ação na 24ª Vara Cível de Brasília para a retirada de ao menos 43 vídeos do ICL Notícias, e pediu indenização de R$ 300 mil por dano moral. O deputado pediu em caráter de urgência que todos os links do programa, incluindo trechos publicados pelos participantes, fossem retirados das redes sociais. Mas o juiz Gustavo Fernandes Sales negou a tutela de urgência, afirmando que a retirada do conteúdo do ar sem que passasse pelo trâmite normal do processo de danos morais poderia “impor verdadeira censura à liberdade de imprensa”.
Para Eduardo Moreira, responsável pela Editora Conhecimento Liberta, que produz o ICL Notícias, “não há dúvidas, trata-se de covarde e vergonhosa censura. É inaceitável o chefe de um dos três poderes de uma República dita democrática tentar calar um canal de informações via pressão política e jurídica”.
Seguidores do ICL Notícias estão promovendo um abaixo-assinado em defesa da liberdade de imprensa e em repúdio à ação de Lira. No momento da publicação deste texto, o manifesto contava com cerca de 160 mil assinaturas. A hashtag #TocomICL também viralizou nas redes sociais.
Entidades repudiam atitude de Arthur Lira
Organizações defensoras da liberdade de imprensa publicaram nota conjunta em repúdio às ações judiciais de Arthur Lira contra os veículos jornalísticos. Para as entidades, trata-se de uma “tentativa de silenciar meios de comunicação” e “tentativa de censura e cerceamento da liberdade de imprensa”.
“É inadmissível que o presidente da Câmara dos Deputados, um dos poderes que devem zelar pelos preceitos constitucionais, faça uso do Judiciário para cercear conteúdos jornalísticos que lhe desagradam”, diz a nota. “A negativa de retirada imediata das reportagens, proferida por dois magistrados diferentes, é um dos sinais do equívoco e do exagero do parlamentar em lidar com o noticiário e com os profissionais de imprensa em uma situação que, certamente, lhe causou desconforto”.
Assinam a nota Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji), Repórteres Sem Fronteiras (RSF), Associação de Jornalismo Digital (Ajor), Instituto Vladimir Herzog, Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj), Rede Nacional de Proteção de Jornalistas e Comunicadores, Instituto Palavra Aberta e Instituto Tornavoz.
Afonso Bezerra passou a comandar o Bem Viver a partir de Pernambuco
O programa Bem Viver, produzido pelo Brasil de Fato e exibido pela Rede TVT, tem novo apresentador. O pernambucano Afonso Bezerra assumiu o comando do semanal, focado em temas como agroecologia, sustentabilidade e alimentação saudável.
Ele entrou na vaga que nos últimos dois anos e meio foi ocupada por Luana Ibelli, que passou a apresentar o programa diário Central do Brasil, também uma produção BdF/TVT. Com a mudança, a apresentação do programa, até então feita em São Paulo, passou a ser ao vivo em Recife.
Formado pela Universidade Católica de Pernambuco, Afonso já trabalhou no Diário de Pernambuco e na TV Justiça. Além do Bem Viver, ele é repórter do Central do Brasil.
Afonso Bezerra passou a comandar o Bem Viver a partir de Pernambuco
“O programa é fundamental para a nossa vida em sociedade, por indicar caminhos possíveis para uma relação harmoniosa e saudável com nossa alimentação, com a natureza e, claro, com as manifestações políticas e culturais do nosso povo”, sintetiza Afonso.
Outra novidade do Bem Viver é a estreia do Comida de Verdade, novo quadro de receitas culinárias. Usando ingredientes da rede Armazém do Campo, que comercializa alimentos orgânicos produzidos pelo Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), o quadro conta com a participação de estudantes do Gastronomia Periférica, negócio social que visa transformar a vida de jovens da periferia a partir da culinária.
Na temporada de estreia, a cozinha do Comida de Verdade é comanda pela chefGema Soto, venezuelana que mora há dez anos no Brasil e que foi aluna do Gastronomia Periférica.