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segunda-feira, julho 14, 2025

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CBN divulga nova programação, com estrelas globais

Cássia Godoy e Milton Jung (Crédito: Edilson Dantas/Agência O Globo)

A CBN estreou em 29/1 a programação de 2024. As mudanças começam cedo, no Jornal da CBN, sob o comando de Milton Jung e Cássia Godoy, que passa a ter o quadro Conversa de Bastidor, às 8h, em que Andréia Sadi – âncora da GloboNews – e Malu Gaspar – colunista do Globo – alternam-se nos comentários durante a semana.

São Paulo tem novo comentarista, Rodrigo Bocardi – do Bom Dia, São Paulo na Globo. Ele entra às 10h15 no quadro Assim É São Paulo, de segunda a sexta. Na hora do almoço, Bernardo Mello Franco – também colunista do Globo −, está no CBN Brasil, com o Conversa de Bastidor, às terças e quintas, antes das 13 horas.

No final da tarde ocorre a mudança mais ampla. O Viva Voz, de Vera Magalhães, ganha mais tempo e tem uma hora de duração, com as principais notícias do mundo político, com análise e opinião. Às 17h, Bocardi continua como âncora do Ponto Final CBN. Às 18h, na bancada com a âncora Carolina Morand, Vera volta num quadro que mescla seu material com a apuração dos repórteres e os pontos de vista de outros colunistas.

No último trecho do Ponto Final, Carol Morand prossegue com a programação já conhecida, com PVC, no Esporte, e Bela Megale, na Conversa de Bastidor do final do dia. E conta ainda com mais uma estreia, da jornalista e podcaster Carol Moreira. Titular de um dos podcasts mais escutados do Brasil, o Modus Operandi, e de um canal sobre cinema, o Kino, ela comanda do quadro Dá o Play, para falar de séries e filmes de maneira descontraída.

A nova programação soma-se às inovações tecnológicas, que possibilitaram, há dois meses, o lançamento do novo site da emissora, tornar a navegação mais fácil e intuitiva e disponibilizar mais recursos para os ouvintes e leitores.

Com o conceito de audio first, o site da CBN destaca no topo qual programa está no ar naquele momento − e traz logo abaixo os comentários do momento, além das reportagens em tempo real. Há mais destaque para a página Ouça de Novo, onde é possível ouvir outra vez e a qualquer hora a programação dos últimos sete dias da CBN, escolhendo a cidade, o dia e o horário.

As reportagens passam a contar com mais recursos, como mais fotos e vídeos, além de sugestões de podcasts ligados àquele tema, para trazer mais profundidade e contexto.

Sem Censura volta à TV Brasil com Cissa Guimarães

Cissa Guimarães no cenário do Sem Censura (Crédito: Tomaz Silva/Agência Brasil)

A apresentadora Cissa Guimarães vai conduzir o programa Sem Censura na TV Brasil, contratação que ocorreu já há cerca de um ano. Na semana passada, Antônia Pellegrino, diretora de Conteúdo da EBC, divulgou a visita de Cissa aos estúdios da emissora no Rio, quando conheceu o cenário onde vai atuar e a equipe responsável pela produção.

Programado para estrear em 26/2, de segunda a sexta-feira, às 16h, Sem Censura voltará a ser produzido, ao vivo, diariamente no Rio. O novo cenário mantém o antigo formato de meia arena que o consagrou. As entrevistas com personalidades de todas as áreas são o forte do programa. Com frequência, nomes ilustres da música podem dar uma “canja”. O público também participa com perguntas pelas redes sociais e entrevistas previamente gravadas.

Por um ano de contrato, sites especializados especulam que Cissa receberá R$ 70 mil por mês. Já o contrato com a produtora Fábrica Entretenimento e Participações, responsável pela produção do programa, é de cinco anos.

Sem Censura estreou em 1985, com Tetê Muniz, na antiga TV Educativa do Rio, depois TV Brasil. Idealizado pelo então presidente da emissora Fernando Barbosa Lima, foi referência duradoura em talk shows da tevê aberta. Na sua melhor fase, era transmitido em tempo real pela TV Cultura de São Paulo. Já teve no comando nomes como Gilse Campos, Lúcia Leme e Márcia Peltier. Leda Nagle foi apresentadora durante 20 anos.

Andreza Matais responde ao Portal dos Jornalistas, contestando informações

Estadão faz demissões em sucursal de Brasília
Andreza Matais (Crédito: Roda Viva/YouTube)

Recebemos de Andreza Matais, ex-chefe da sucursal Brasília e ex-editora executiva de Política do Estadão, mensagem afirmando que a matéria Estadão faz demissões na sucursal de Brasília, publicada por este Portal dos Jornalistas em 30 de janeiro, tem várias informações sobre ela que não correspondem à realidade dos fatos.

Transcrevemos a íntegra a seguir:

Prezado senhor Eduardo Ribeiro, a respeito da matéria “Estadão faz demissões na sucursal de Brasília”, gostaria de esclarecer quatro trechos:

  1. “No final do ano passado, a jornalista foi denunciada no Ministério Público do Trabalho do Distrito Federal (MPT-DF) por ter supostamente coagido repórteres recém-contratados a produzir matéria associando o ministro da Justiça Flávio Dino a uma mulher conhecida como ‘dama do tráfico do Amazonas’.” Não fui denunciada pelo Ministério Público do Trabalho. O que existiu sobre esse caso foi uma acusação anônima que não virou denúncia, não foi acatada. A propósito, os repórteres de política de Brasília, Rio e São Paulo do Estadão assinaram e publicaram uma carta aberta para negar a autoria dessa e de outras acusações. No âmbito do MPT o que existem são investigações na esfera trabalhista contra o jornal.
  2. “Em outubro do ano passado, Matais publicou uma reportagem com o título ‘Lula atuou em operação para banco emprestar US$ 1 bilhão à Argentina e barrar avanço de Javier Milei’.” Não sou autora do texto. Como se tratava de uma coluna de opinião, não participei nem mesmo do processo de edição.
  3. “George Marques, assessor da Secretaria de Comunicação Institucional da Presidência, contestou a matéria, dizendo que continha informações falsas, e associou o texto à ‘extrema-direita e ao gabinete do ódio’. Em resposta, ela escreveu ‘11.306,90’, em referência ao salário do assessor, atitude muito criticada nas redes sociais.” Esse trecho ignora que o assessor da Presidência publicou foto de uma jornalista marcando com uma seta na cabeça dela. Ele ainda defendeu uma prática de “bateu, levou”. O que fiz foi defender uma colega de um ataque misógino e leviano. Esse caso precedeu a campanha de linchamento que eu sofreria depois.
  4. “Recentemente, Matais envolveu-se em uma série de polêmicas.” Jornalistas&Cia faz um relato de minha trajetória que não cita conquistas obtidas nos últimos cinco anos, justamente o período abordado pelo texto do site.

Foi nesse tempo que dirigi a equipe premiada que publicou reportagens relevantes para o país.

É de se lamentar que Jornalistas&Cia, publicação tão importante para a nossa classe, não tenha tido o apuro de checar informações tão básicas e, pelo menos, ter me procurado para me ouvir sobre temas que atingem a minha honra, ataques que tiveram a finalidade de arranhar minha carreira construída com muito trabalho em favor do jornalismo.

Peço que publique a carta e faça as correções dando o mesmo destaque para evitarmos uma judicialização do caso.

Além dessa correspondência, Andreza encaminhou ao portal diversas mensagens da equipe de jornal sobre a saída dela e o comunicado do Estadão sobre os motivos desse desenlace: “Essa foi uma decisão corporativa, com o objetivo de melhorar os fluxos operacionais com a concentração de coordenações editoriais na sede da empresa em São Paulo”.

Sobre esse comunicado, ela afirmou: “O jornal queria essa vaga em SP e eu não saio de BSB. Tudo além disso é maldade”.

A esclarecer que as informações por ela contestadas foram publicadas no Portal dos Jornalistas e foram linkadas pela nota do Jornalistas&Cia.

Jovem Pan é acusada de utilizar inteligência artificial para plagiar reportagens

Jovem Pan é acusada de utilizar inteligência artificial para plagiar reportagens
Crédito: Reprodução/Facebook

O The Intercept Brasil publicou em 25/1 uma reportagem expondo que a Jovem Pan utiliza inteligência artificial para plagiar textos. A denúncia foi encaminhada por profissionais recentemente dispensados na onda de cortes da empresa.

Em 3/1, a Jovem Pan desligou quatro repórteres dos 11 jornalistas restantes na redação. De acordo com os ex-funcionários, as dispensas estão ligadas à plataforma Samy News, que através da inteligência artificial procura conteúdos produzidos por outros veículos, realiza alterações e os publica sem dar crédito aos reais autores. Ainda segundo eles, para despistar tornou-se responsabilidade dos profissionais checar as cópias das notícias de outros portais antes que fossem publicadas.

Buscando manter o portal de notícias ativo em meio à crise financeira causada por perdas de verbas públicas e cotas de publicidade privadas, a Jovem Pan teria recorrido à ferramenta de plágio para gerar cópias de postagens em alta velocidade. Com as investigações, o Intercept produziu um levantamento que revela que cerca de 66% do material presente no portal não é autoral.

Segundo o desenvolvedor da plataforma, o cientista de dados da Semantix Luiz Fernando Simões Favaro, ela foi criada a pedido de Samy Dana como prestação de serviços de sua empresa e de seu sócio, o ex-apresentador da Globo Dony de Nuccio. Contudo, ele nega que ela produza plágios.

Em resposta ao Intercept, o advogado da Jovem Pan comunicou que o veículo de fato incorpora em suas atividades sistemas de inteligência artificial, porém somente como auxilio nas produções de conteúdo e que, portanto, isso “jamais pode ser interpretado como plágio”.

Direito de resposta

A assessoria de imprensa do escritório Natal&Manssur, responsável pelo atendimento jurídico da Jovem Pan, nos procurou pedindo direito de resposta sobre a matéria do Intercept repercutida acima.

Reproduzimos à seguir a Nota Pública na íntegra:

 

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Sindicato repudia novos cortes da Record

Sindicato repudia novos cortes da Record
Crédito: Reprodução/Twitter

A Record promoveu novas demissões em 22 e 23/1, sendo cinco em Ribeirão Preto e duas na cidade de Franca, no interior de São Paulo. As dispensas foram de profissionais com no mínimo dez anos de casa e que ocuparam várias funções nesse período.

Segundo o Sindicato dos Jornalistas de São Paulo (SJSP), apesar de a empresa alegar que a causa das demissões seja uma reestruturação, o verdadeiro objetivo seria evitar o aumento da remuneração. A entidade afirma que os profissionais experientes são dispensados de seus cargos para que aqueles que recebem salários mais baixos possam ocupá-los.

Na publicação, o SJSP revela que há meses tenta se reunir com a emissora para discutir os cortes e outras denúncias: “O Sindicato tenta, há muitos meses, uma reunião com a empresa para discutir as constantes demissões e outros problemas da categoria, como as várias denúncias de assédio no ambiente de trabalho, que têm levado muitas(os) colegas ao adoecimento. Mas o Grupo Record persiste em sua prática antissindical e sua face desumana”.

O Sindicato encerra prestando solidariedade aos prejudicados pela situação e ressaltando sua preocupação com o “descaso das empresas de comunicação com as(os) trabalhadoras(es)”.

Contatamos a assessoria da Record mas não tivemos retorno, a matéria será atualizada em caso de resposta

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Neurodivergente, videocast sobre Autismo, encerra sua primeira temporada

O Neurodivergente, videocast sobre o Transtorno do Espectro Autista (TEA), encerrou sua primeira temporada em janeiro. O projeto, idealizado e apresentado por Vinicius Ribeiro, diretor de projetos deste Jornalistas&Cia e do Portal dos Jornalistas, traz informações relevantes sobre TEA em entrevistas com médicos, especialistas e profissionais especializados.

O videocast também tem como apresentadora a relações públicas Jeane Cavalli. Tanto Jeane como Vinicius são pais de filhos autistas, e o objetivo do videocast é ajudar outras famílias que convivem com crianças e adultos diagnosticados com o TEA, além de trazer informações essenciais para qualquer pessoa que busca informar-se sobre autismo.

Nesta primeira temporada, foram publicados 11 episódios, que estão disponíveis no canal do Neurodivergente no YouTube. O videocast abordou temas como Neuropediatria, Fonoaudiologia, Terapia Ocupacional, Alimentação seletiva, Musicoterapia, pesquisas sobre autismo, entre outros.

A segunda temporada está prevista para ter início em uma live na Semana de Conscientização sobre o Autismo, de 1 e 5 de abril. Empresas e instituições interessadas em apoiar o projeto podem entrar em contato pelo podcastneurodivergente@gmail.com

Trust Barometer 2024: o que diz o índice que mede a confiança em governos, corporações, ONGs e imprensa

Por Luciana Gurgel

Luciana Gurgel

Em um mundo cada vez mais impactado por desinformação e extremismo, relatórios sobre confiança nas instituições costumam trazer más notícias. Mas o Edelman Trust Barometer de 2024 fugiu à regra em sua métrica principal.

A pesquisa com mais de 32 mil pessoas em 28 países apontou elevação discreta no índice que consolida a confiança em governos, corporações, ONGs e imprensa.

O barômetro havia marcado 55 pontos em 2023, e este ano subiu para 56. O Brasil estacionou em 53 pontos. A mudança de governo não afetou o índice, embora tenha havido oscilações entre os quesitos que o compõem.

Na verdade, os resultados do Edelman Trust Barometer mostram-se estáveis ano a ano, a despeito de transformações sociais, tecnológicas e no ecossistema de mídia. Em 2014, ele tinha marcado 54 pontos.

Mesmo sem grandes alterações, há muito o que refletir sobre o que o relatório revela.

O Reino Unido é um exemplo. Após cinco anos de uma deterioração na política, que jornalistas veteranos dizem nunca ter visto igual, e de uma polarização na sociedade, provocada pelo Brexit e pelo avanço de movimentos com agenda pautada pela intolerância, o país despencou no índice. De 2023 para 2024, a pontuação no barômetro caiu de 43 para 39, empurrando o país para a lanterna da lista.

Quem acompanha acontecimentos como a queda de Boris Johnson depois do escândalo de festas na sede do governo durante o lockdown compreende o descrédito nas instituições.

No quesito confiança no governo, o país perdeu sete pontos. Só a Colômbia teve desempenho pior, recuando nove. O Brasil subiu dois. Mas perdeu um ponto em confiança na mídia e nas ONGs.

Quem fala a verdade?

O Edelman Trust Barometer investigou também percepções do público sobre quem fala a verdade.

O percentual dos que acham que líderes empresariais “tentam propositalmente enganar as pessoas dizendo coisas que sabem serem falsas ou exageradas” nos 20 países é de 61%, com elevação de dois pontos percentuais em relação a 2023.

Governantes não devem comemorar, porque a situação deles é quase a mesma: taxa de desconfiança de 63%. Mas quem ficou pior foi a mídia, com 64%.

Em uma avaliação sobre confiança relacionada a informações sobre inovação e tecnologia os cientistas pontuaram melhor, com 74%.

A supresa é que eles aparecem empatados com “alguém como eu”, o que pode ser um reflexo das relações diretas ou das bolhas de filtro nas mídias digitais. Fazendo um exercício baseado na vida real: pode ser mais fácil um parente convencer alguém a tomar a vacina da covid do que o governo ou o jornal.

Menos da metade (47%) acha que os jornalistas estão falando a verdade sobre tecnologia e apenas 45% acham que o governo é uma fonte confiável.

No entanto, 45% dos entrevistados no mundo acham que os cientistas não sabem se comunicar bem.

Entre os brasileiros, 37% manifestaram essa opinião. A divulgação científica tem um longo caminho a percorrer.

Confiança na mídia

A comparação de confiança na mídia entre países é curiosa, pois aparenta ser afetada pelo nível de liberdade de imprensa do mercado, e consequentemente na pluralidade de meios.

A nação que figura como número um em confiança na mídia é a China. Depois aparecem Indonésia e Tailândia. Emirados Árabes Unidos e Arábia Saudita estão entre os dez melhores, com taxas acima de 60%.

Como qualquer pesquisa, o barômetro mede a percepção do público. Ela não se propõe a estudar o contexto de cada país.

Portanto, ainda que os chineses possam não ter elementos para fazer um julgamento apurado sobre a confiabilidade das informações transmitidas pelo sistema de mídia controlado pelo governo, na prática eles confiam no que recebem. E isso não é necessariamente uma boa constatação apresentada pelo relatório sob perspectiva do pensamento crítico nesses países.

A confiança na mídia tradicional ficou em 62% na média de 27 países (nesse quesito o Brasil não foi pesquisado), bem melhor do que nas mídias sociais (44%).

Quem se saiu bem foram os buscadores, com 68% do público considerando-os confiáveis para se informar − embora em muitos casos eles conduzam o leitor a notícias dos meios tradicionais. Mas a pesquisa trata de percepções, e esta é a que está prevalecendo.

O relatório completo pode ser visto aqui.


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Marcia Foletto (O Globo) é a +Premiada Jornalista de 2023

Márcia Foletto (Foto: Antônio Foletto Santiago)

Grupo Globo também garantiu as lideranças entre os Grupos de Comunicação e em Veículo do Ano, com a TV Globo

Em uma edição marcada por pontuações elevadas entre os +Premiados do Ano, o Grupo Globo tem motivos de sobra para comemorar os resultados do Ranking 2023 após garantir a primeira colocação entre os jornalistas, veículos e grupos de comunicação.

A começar pelo excelente desempenho da repórter fotográfica Marcia Foletto, de O Globo. Com as conquistas das categorias de Fotografia nos tradicionais prêmios Vladimir Herzog, SIP e Direitos Humanos de Jornalismo, com a série Mutilados, ela somou 190 pontos e terminou 2023 como a +Premiada Jornalista do Ano.

Marcia Foletto (Foto: Antônio Foletto Santiago)

Gaúcha de Santa Maria, Marcia é fotojornalista desde o final dos anos 1980. Chegou ao Globo em 1991 e desde então participou de coberturas jornalísticas importantes, como a Eco 92, a chacina da Candelária, em 1993, e o desastre de Brumadinho, em 2019. Tem seu trabalho voltado para a fotografia documental, sempre mostrando as relações do homem com a cidade, o trabalho e o meio-ambiente.

Apenas 20 pontos a separaram de Rebeca Borges, repórter do Metrópoles e uma das grandes revelações do jornalismo brasileiro em 2023. Com apenas 24 anos, e formada em Jornalismo há três, ela garantiu a segunda posição ao também conquistar os prêmios Vladimir Herzog e SIP, nas categorias Multimídia e Cobertura de Notícias em Internet, respectivamente, com a reportagem especial Ouro Líquido, trabalho que abordou como a produção do óleo de dendê explora populações negras e indígenas no Brasil.

Sua ascensão meteórica, aliada à qualidade de seu trabalho, também chamou a atenção do comitê organizador da eleição dos +Admirados Jornalistas Negros e Negras da Imprensa Brasileira, que lhe concedeu em novembro passado o Troféu Tim Lopes de Jornalista Revelação.

Figura certa entre os Top 10 +Admirados Jornalistas da História, Caco Barcellos, da TV Globo, fechou o pódio, na terceira posição, com 132,5 pontos, após ser contemplado com os prêmios de Contribuição ao Jornalismo da Abraji e CDL/BH, e pela conquista do Prêmio Roche de Jornalismo de Saúde, na categoria Audiovisual, com a reportagem Transplante de órgãos.

Completaram os Top 10 Rone Carvalho (Diário da Região), em quarto lugar, Sonia Bridi (TV Globo), em quinto, Larissa Rosso (Zero Hora/GZH), em sexto, Ana Magalhães (Repórter Brasil), em sétimo, e empatados na oitava posição Marina Pagno (G1), Raphaela Ribas (O Globo) e Sergio Tauhata Ynemine (Valor Econômico).

Nos recortes regionais, além da liderança no Sudeste garantida por Marcia Foletto, destacaram-se Rebeca Borges (Metrópoles), no Centro-Oeste, Larisa Rosso (Zero Hora/GZH), no Sul, Francisco Sampaio Fontinele (O Povo), no Nordeste, e um empate décuplo na Região Norte, com Cley Medeiros (A Crítica), Daniela Branches (TV Amazonas), Gleiton Felipe Baracho (RedeTV Rondônia), Iolanda Kinoshita (CBN Amazônia Belém), Jaine Quele Cruz (G1 Rondônia), Lena Mendonça (TV Allamanda), Luciana Carvalho (O Liberal), Nara Bandeira (SBT), Tarso Sarraf (O Liberal) e Thays Araújo Pontes (Correio de Carajás).

Dobradinha entre os veículos

Entre os veículos, o Grupo Globo garantiu uma dobradinha nas duas primeiras posiçõescom TV Globo e O Globo, respectivamente. A emissora somou 670 pontos, com as conquistas de premiações como Roche, Vladimir Herzog, Troféu Audálio Dantas, CNT, Mulher Imprensa e +Admirados, entre outras.

Na esteira da série Mutilados, que além dos prêmios de Fotografia conquistados por Marcia Foletto foi premiada com o Direitos Humanos de Jornalismo na categoria Reportagem, o jornal O Globo garantiu a vice-liderança com 455 pontos. O portal UOL, com 305 pontos, completou o pódio.

A pesquisa também trouxe os já tradicionais recortes regionais, liderados por TV Globo (Sudeste), Metrópoles (Centro-Oeste), Zero Hora (Sul), O Povo (Nordeste) e O Liberal (Norte); e as divisões por plataforma, com destaque para Repórter Brasil (Agência de Notícias), UOL (Site/Portal), O Globo (Jornal), Rádio Itatiaia (Rádio), piauí (Revista) e TV Globo (Televisão).

Sobra na liderança entre os grupos

Com as duas primeiras posições garantidas no ranking de veículos, e o 1º e 3º lugares no de jornalistas, o Grupo Globo garantiu com tranquilidade a liderança também entre os +Premiados Grupos de Comunicação do Ano. Somados, nove de seus veículos conquistaram 40 prêmios e 1.495 pontos em 2023, mais que o triplo que o segundo colocado, que neste ano ficou com o Grupo RBS, com 450 pontos. O Grupo Folha, com 405 pontos, completou o pódio.

Confira os resultados na edição especial do Ranking dos +Premiados da Imprensa Brasileira 2023.

Eliane Brum amplia liderança entre +Premiados Jornalistas da História

Cid Martins assume a segunda posição no levantamento nacional, enquanto o Ranking do Centro-Oeste tem novo líder, Leonêncio Nossa

Em seu quarto ano consecutivo como +Premiada Jornalista da História, Eliane Brum segue ampliando sua distância na liderança da pesquisa. Mesmo sem ganhar prêmios no ano passado, ela se beneficiou da inclusão do Troféu Audálio Dantas, que recebeu em 2022.

Com isso, a diferença, que em 2022 era de 202,5 pontos para a então 2ª colocada Miriam Leitão, subiu 30 pontos em 2023 em relação ao novo detentor do posto, o gaúcho Cid Martins, que se despediu das redações no ano passado após duas décadas na Rádio Gaúcha.

Essa inversão entre Cid e Miriam não foi a única mudança entre os Top 10: 3º lugar entre os +Premiados Jornalistas do Ano, Caco Barcellos subiu uma posição e agora é o 4º colocado da História, ultrapassando José Hamilton Ribeiro, primeiro líder do levantamento, em 2011, que agora ocupa a 5ª posição.

Os 6º e 7º lugares seguem inalterados, com Mauri Konig e Marcelo Canellas, respectivamente, enquanto Giovani Grizotti ganhou duas posições e saltou da 10ª para a 8ª posição geral. André Trigueiro, em 9º e Carlos Wagner, em 10º, fecham os Top 10.

Nos recortes regionais, a principal novidade aconteceu no Centro-Oeste, onde Leonêncio Nossa Junior, do Estadão, assumiu a 1ª colocação. Nas demais regiões, os líderes permaneceram os mesmos da última edição do levantamento: Demitri Tulio (O Povo), no Nordeste; Lucio Flavio Pinto (Jornal Pessoal), no Norte; Miriam Leitão (Grupo Globo), no Sudeste; e Cid Martins (ex-Rádio Gaúcha), no Sul.

Curiosamente, apesar da liderança Nacional, Eliane Brum não lidera nenhum dos levantamentos regionais por ter sua pontuação dividida entre as regiões Sul, onde iniciou a carreira em Zero Hora, Sudeste, onde atuou muitos anos por Época e El País Brasil e atualmente ocupa a 4ª colocação, e Norte, onde vive desde 2017 e é a 2ª colocada geral.

TV e Grupo Globo lideram entre Veículos e Grupos de Comunicação

Se entre os Jornalistas houve muita movimentação na liderança dos levantamentos de +Premiados da História, nos recortes de Veículos e Grupos de Comunicação as mudanças foram menos intensas. Todos os 1os colocados de 2022 mantiveram suas posições em 2023.

Entre os Veículos, a TV Globo segue na liderança dos recortes Nacional, Sudeste e TV. Nas demais regiões, os líderes foram Zero Hora (Sul), Correio Braziliense (Centro-Oeste), Jornal do Commercio (Nordeste) e A Crítica (Norte). Já nos recortes por plataforma, mantiveram-se na 1ª posição Agência Pública (Agência de Notícias), UOL (Internet), Folha de S.Paulo (Jornal), Rádio Gaúcha (Rádio) e Época (Revista).

O Grupo Globo segue na liderança entre os Grupos de Comunicação, com o Grupo RBS em 2º lugar e os Diários Associados em 3º. Como muitos grupos atuam em mais de uma região, o levantamento não traz recortes regionais neste caso.

Confira os resultados na edição especial do Ranking dos +Premiados da Imprensa Brasileira 2023.

Série Mutilados, de O Globo, é a +Premiada Reportagem de 2023

Além de garantir a primeira colocação entre os +Premiados Jornalistas do Ano para a repórter fotográfica Marcia Foletto, a série Mutilados, de O Globo, também se destacou como a +Premiada Reportagem do Ano. Ao todo, foram quatro troféus: três de Fotografia, nos prêmios Vladimir Herzog, SIP e Direitos Humanos de Jornalismo, sendo que neste último a série também foi reconhecida com o troféu na categoria Reportagem.

A série foi produzida em conjunto com os repórteres Felipe Grinberg e Rafael Galdo que, para mostrar o tamanho do impacto de armas de fogo na vida de sobreviventes da violência na cidade do Rio de Janeiro, se debruçaram durante cinco meses sobre um emaranhado de sete mil páginas de documentos e dados obtidos por meio de mais de 50 pedidos de Lei de Acesso à Informação (LAI).

Também foram entrevistadas cerca de 40 pessoas, em 18 horas de gravações, e acompanhada a rotina de plantões da madrugada em centros de trauma de hospitais. A reportagem leva à constatação de que ser vítima e sobreviver pode ser um milagre num estado em que fuzis − uma arma de guerra − são usados até para assaltar pedestres.

“Foi um desafio tratar esse assunto de uma forma sensível e estabelecer uma relação de confiança com as pessoas fotografadas”, explicou Foletto em uma reportagem publicada por O Globo sobre o especial. “Quando você é escalado para uma reportagem especial, isso é uma espécie de prêmio. As pessoas compartilham suas histórias com a gente. E é muito difícil ficar insensível. Aquilo ocupa um lugar na gente. Aquilo marca a gente. E essas pessoas, especificamente, me marcaram muito. Elas podem não saber ou se dar conta, mas elas vão modificando a gente como jornalista”.

Além do excelente trabalho de apuração e edição da reportagem, a série conta com um apelo visual muito forte, e ao mesmo tempo extremamente sensível, ao mostrar o cotidiano das vítimas.

“Busquei fazer esse trabalho por dois caminhos: o primeiro, com retrato das pessoas posando para a câmera; o outro, mostrando a rotina delas, suas atividades do dia a dia. Incrível como a cor vermelha, em muitos dos casos, me perseguia. O vermelho remete ao sangue, à ferida, à dor. E eu achei que isso deu um impacto em algumas das fotografias”, conclui a jornalista.

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