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quarta-feira, julho 9, 2025

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Mercado do Jornalismo demitiu mais do que contratou em 2023, diz pesquisa

Levantamento da Press Manager aponta as maiores redações do Brasil
Crédito: Felicia Buitenwerf/Unsplash

Levantamento do Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese), feito a pedido da Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj), mostrou que cerca de 10,4 mil jornalistas foram demitidos em 2023, em comparação aos mais de 9,5 mil profissionais contratados.

O cargo que teve mais demissões foi o de editor, com 2.135 desligamentos, seguido por jornalista (1.942), e repórter (1.095). Em contrapartida, os único cargos que não tiveram saldo negativo na somatória entre profissionais contratados e demitidos foram de repórter de rádio e televisão e designer gráfico. O levantamento mostra também os meses nos quais ocorreram o maior número de demissões em 2023: Março (1.104), abril (943) e maio (915).

O maior número de contratações anuais ocorreu em São Paulo (2.988), seguido por Rio de Janeiro (915), Minas Gerais (740), Rio Grande do Sul (677) e Paraná (650). Apesar disso, estes cinco estados apresentaram saldo negativo, ou seja, tiveram mais demissões do que contratações. São Paulo, especificamente, teve saldo negativo de 510 postos de trabalho, do total de 883 perdidos no Brasil inteiro em 2023, somando-se contratações e demissões de jornalistas.

Para a Samira de Castro, presidenta da Fenaj, os dados do levantamento mostram o declínio do mercado formal para jornalistas no Brasil: “Entre 2013 e 2021, o mercado de trabalho com carteira assinada no jornalismo encolheu 21,3%. Em números absolutos, perdemos 12.999 vagas. Isso, num país em que 2.712 cidades e 26,7 milhões de brasileiros que nelas habitam não têm acesso a notícias sobre o lugar onde vivem”.

Confira mais dados do levantamento aqui.

Cinco reportagens brasileiras são finalistas do Sigma Awards 2024

Reportagens produzidas por InfoAmazonia, O Joio e O Trigo, Repórter Brasil, Fiquem Sabendo e Intercept Brasil foram selecionadas entre os 52 trabalhos finalistas do Sigma Awards 2024. A iniciativa, criada para reconhecer os melhores trabalhos em jornalismo de dados no mundo, recebeu nesta edição 59 inscrições, de 332 veículos e 78 países.

Entre as publicações brasileiras, cinco trabalhos seguem concorrendo ao prêmio de U$ 5 mil dólares. Destaque para a InfoAmazonia, que classificou dois trabalhos: Grupo Casino continua vendendo carne proveniente da Terra Indígena Uru-Eu-Wau-Wau, apesar de processo judicial na França, de Fábio Bispo, e Ferrogrão afetará pelo menos 6 terras indígenas, 17 unidades de conservação e 3 povos isolados, de Leandro Melito, este segundo produzido em parceria com O Joio e o Trigo.

Também seguem na disputa as reportagens Acessamos as notas fiscais do cartão corporativo da Presidência, da Fiquem Sabendo; Você está na rota da lama? Veja locais que seriam soterrados por rompimento de barragens, de Hélen Freitas, Marina Rossi e Hugo Nicolau, para o Repórter Brasil; e a série Ladrões de Floresta, do Intercept Brasil.

Os sites piauí e UOL também concorrem como mídias parceiras do projeto holandês NarcoFiles, promovido pelo Projeto para Denúncia de Crime Organizado e Corrupção (OCCRP, na sigla em inglês).

Os vencedores serão conhecidos em março.

Após ameaça de greve, Editora Três faz acordo e redação cancela paralisação

Após ameaça de greve, Editora Três faz acordo e redação cancela paralisação
logotipo IstoÉ

Profissionais da Editora Três, responsável pelas revistas IstoÉ, IstoÉ Dinheiro, Dinheiro Rural e Motor Show, cancelaram a paralisação inicialmente marcada para a manhã de segunda-feira (26/2) durante assembleia realizada no mesmo dia. Os trabalhadores entraram em estado de greve e pretendiam promover a interrupção das atividades após atraso de salários, depósitos do FGTS e do pagamento do 13° de 2023.

Depois de discutirem propostas de solução com a empresa, foi definido que a Editora Três quitará nesta quinta-feira (29/2) a primeira quinzena dos pagamentos atrasados e a segunda em 5 de março.

De acordo com Sindicato dos Jornalistas de São Paulo, o estado de greve permanece até que todos os atrasos sejam quitados, com início da paralisação previsto em caso de descumprimento. Os trabalhadores também aprovaram que a empresa apresente um cronograma para o restante dos pagamentos atrasados, realizando a negociação junto ao Sindicato.

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Andrew Fishman, presidente do Intercept Brasil, recebe ameaça de morte por sionistas

Andrew Fishman, presidente do Intercept Brasil, recebe ameaça de morte por sionistas
Andrew Fishman (Crédito: YouTube/Media Party)

Andrew Fishman, presidente e cofundador do Intercept Brasil, recebeu um e-mail com ameaças de morte devido a seu posicionamento pró-palestina na guerra entre Israel e Hamas. A mensagem direcionada ao jornalista diz que “os inimigos do sionismo devem morrer e você é um deles”.

Fishman fez diversos posts nas redes sociais em apoio ao povo palestino e defendeu as falas do presidente Lula, que comparou as ações do governo de Benjamin Netanyahu, primeiro-ministro de Israel, ao Holocausto.

O jornalista recebeu o e-mail com as ameaças na quarta-feira (21/2). “Repetimos, SE VOCÊ RECEBEU ESTE E-MAIL ESTÁ ENTRE NOSSOS ALVOS, MESMO SE FOR JUDEU. … Vamos erradicar a presença dos insetos palestinos, muçulmanos e cristãos de Gaza e de Judeia e Samaria e faremos a Grande Israel. Ninguém vai nos impedir, nem você que lê isso”, dizia a mensagem.

Em texto publicado na newsletter do Intercept Brasil, Fishman diz que o e-mail que recebeu é ainda mais pesado, e contém ataques diretos contra figuras públicas e ameaças de ataques terroristas no Brasil. O jornalista declarou que enviou a mensagem às autoridades.

“Quem enviou essa mensagem quer nos assustar e nos silenciar. Mas, o que me deixa mais preocupado do que essa ameaça é a capacidade do Intercept de manter nossa equipe segura para a próxima ameaça, seja ela verbal, digital, legal ou física”, escreveu Fishman na newsletter. “Você já nos viu falando aqui sobre processos e até condenação à prisão, Então, manter a infraestrutura para enfrentar as mais poderosas e perigosas forças do país não é barato e, ultimamente, nossa receita vem caindo enquanto o custo de segurança vem aumentando”.

O presidente do Intercept Brasil pediu apoio financeiro para ajudar no trabalho do veículo e em custos de segurança e de processos judiciais. Interessados em apoiar podem fazê-lo aqui.  

Mauro Zanatta deixa a Chefia de Comunicação do Banco Central e Arnaldo Galvão assume a função

Mauro Zanatta deixa a Chefia de Comunicação do Banco Central e Arnaldo Galvão assume a função
Crédito: Logotipo Banco Central do Brasil

Mauro Zanatta deixou esta semana a Chefia da Assessoria de Imprensa do Banco Central. Foram cinco anos na função, período em que ele, conforme informou a este J&Cia, teve a chance única de participar do início de uma super-revolução no sistema financeiro.

Para ele, foi “da criação à consolidação do Pix, da gênese do open finance, que vai mudar a cara do SFN nos próximos anos, e dos primeiros passos da moeda digital brasileira, o Drex. Encaramos nesse período a aguda crise econômica da pandemia da Covid, os efeitos de duas guerras, o longo processo de controle da inflação, a transição de governo e a primeira gestão autônoma formal do BC. Não foram poucos os momentos históricos neste BC, muito menos as dificuldades superadas. E valeu muito a pena esse trabalho duro. Um superaprendizado que, somado à experiência anterior na comunicação do Ministério da Fazenda, ajuda a consolidar uma trajetória de 22 anos nas redações de Estadão, Valor, Gazeta Mercantil e Correio Braziliense”.

O colega Arnaldo Galvão, ex-Bloomberg, Valor, CNI e Fazenda, que estava no site Brasília Alta Frequência, assumiu a função.

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Broadcast anuncia novas editoras executivas em Brasília e São Paulo

O Broadcast, serviço de distribuição de informações e soluções eletrônicas da Agência Estado, tem novas lideranças em sua sucursal de Brasília e na sede em São Paulo. Lorenna Rodrigues, que era editora de Política da plataforma, foi promovida a editora executiva na Capital Federal em substituição a Silvia Araújo, que após cinco anos em Brasília voltará para São Paulo. Para o lugar dela foi promovida Luci Ribeiro, até então editora assistente de Economia.

Na capital paulista, Silvia será editora executiva da redação, ao lado de Cristina Canas. “O retorno da Silvia para São Paulo tem como objetivo dividir as muitas demandas da redação, que conta com cerca de 70 profissionais e diversas editorias”, explicou Márcio Rodrigues, editor-chefe do Broadcast, em entrevista a este Portal dos Jornalistas. “Com a nova configuração, Cristina seguirá no comando do conteúdo de tempo real, enquanto Silvia assumirá os conteúdos especiais. Com isso, terei mais tempo para me dedicar a outras demandas relacionadas à estratégia da redação e da empresa”.

Outra novidade em Brasília foi a nomeação de um novo editor de Economia, cargo que será ocupado pelo até então repórter Eduardo Rodrigues, que dividirá as funções com Sandra Manfrini. A vaga de Eduardo deverá ser reposta nas próximas semanas.

Marcos Uchôa deixa a EBC

Marcos Uchôa deixa a EBC
Crédito: Reprodução/Youtube/ Marcos Uchôa Oficial

Marcos Uchôa, apresentador do programa Conversa com o presidente, deixou a EBC (Empresa Brasil de Comunicação). O profissional havia sido contratado em junho do ano passado e apresentava as lives todas as terças-feiras. Segundo o jornal O Globo, a decisão veio após o encerramento do programa, no fim de 2023.

Na época, o Palácio do Planalto interrompeu as lives semanais e anunciou que retornariam em 2024; contudo, até o momento não há nenhuma informação sobre o retorno. Apesar de ter formato semelhante ao das transmissões do governo de Bolsonaro, as com Lula tinham menos audiência.

A Secretaria de Comunicação (Secom) defendeu que a métrica não mostrava a real audiência, por diversos canais exibirem o conteúdo de maneira pulverizada pela internet, incluindo plataformas do presidente. E afirmou que a saída do comunicador foi motivada por outra oferta de emprego.

Para a Folha, Uchôa negou a existência de desentendimentos e disse que o desligamento é devido a razões pessoais: “Foi diferente, divertido, um privilégio para quem é repórter, mas eu preferi sair. Decisão minha”.

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Ministério Público retoma ação de cassação de concessões da Jovem Pan

Jovem Pan sofre ataque hacker e faz limpa de vídeos no YouTube

O Ministério Público Federal (MPF) não chegou a um acordo com a Jovem Pan e pediu a retomada da ação que pede a cassação das concessões públicas da emissora por veiculação de informações falsas e ataques à democracia em 2022. As informações são do F5 (Folha de S.Paulo).

A ação estava suspensa desde outubro do ano passado para que as partes negociassem uma solução pacífica. O MPF pediu que a Jovem Pan divulgasse, durante quatro meses, ao menos 15 vezes por dia, entre 6h e 21h, mensagens com informações sobre a confiabilidade do processo eleitoral no Brasil, além do pagamento de uma multa no valor de R$ 13,4 milhões.

A Jovem Pan aceitou veicular as mensagens sobre o processo eleitoral, mas pediu liberação do pagamento da multa estabelecida pelo MPF, além da garantia de que não perderia suas concessões públicas.

O MPF analisou a proposta e pediu revisão das cláusulas. O Ministério Público exigiu responsabilização financeira e não vai abrir mão do pagamento da multa. Com o MPF irredutível na questão financeira, e a Jovem Pan tentando evitar desembolsar valores milionários, uma solução pacífica foi descartada. Não se sabe quando haverá uma nova audiência sobre o caso.

Segundo o F5, o desacordo com o MPF caiu como uma bomba para a Jovem Pan, que estava otimista por uma solução pacífica.

ESG: o que dizem pesquisas sobre as três letras que para alguns estão deixando de fazer sentido

Crédito: Matthew Smith/Unsplash

Por Luciana Gurgel

Luciana Gurgel

O título de uma reportagem na Bloomberg Law sobre uma nova pesquisa global da KPMG não deixa dúvidas sobre os riscos que rondam a adesão do mundo corporativo aos compromissos ESG: “Estudo da KPMG revela planos surpreendentes para investimentos ESG por empresas”.

Segundo a consultoria, cerca de 90% das empresas pesquisadas planejam aumentar seus investimentos nos próximos três anos, a despeito do movimento anti-ESG que ganhou força sobretudo nos EUA.

A pesquisa envolveu 550 membros de conselhos, executivos e gestores de companhias com receita superior a US$ 1 bilhão, principalmente dos EUA e Europa.

Os resultados surpreenderam a Bloomberg porque parecem estar na contramão do mau humor dos investidores incomodados com a aplicação de recursos em projetos sociais e ambientais, que na opinião de uma parte cada vez maior deles não dão retorno financeiro.

À primeira vista, investimentos em processos mais sustentáveis − muitas vezes mais caros −, em mitigação de impacto de operações nas comunidades e em diversidade podem não dar retorno imediato. Mas a conta não é tão simples, se feita sob a perspectiva da reputação e dos riscos oferecidos ao negócio quando ela está em jogo.

ESG, reputação e lucros

Boicotes a marcas, pressão contra novos empreendimentos e até dificuldade de recrutar profissionais que preferem não se associar a empresas poluidoras, por exemplo, estão entre os riscos que vão muito além de notícias desfavoráveis na imprensa ou posts isolados nas redes.

Em um mundo que não existe mais, não era raro ouvir líderes empresariais na mesa do grupo de crises defendendo a ideia de que as más notícias sobre um problema seriam esquecidas em breve. E eles não estavam totalmente errados.

Apesar de todos os problemas atribuídos às redes sociais, é inegável que elas deram voz à sociedade, que não depende mais somente de uma imprensa sobrecarregada e pressionada pelo escândalo novo do dia ao ponto de não conseguir acompanhar todas as histórias até o fim.

O estudo da KPMG é um bom sinal de que líderes não estão embarcando totalmente na tese de que ESG não é relevante para o negócio. Mas não se pode deixar de considerar a hipótese de que uma coisa é o que se diz, e outra é o que se faz.

A consultoria mapeou as intenções, que podem não se concretizar na prática. Os dois principais desafios, apontados por 44% dos entrevistados, são recursos insuficientes e dificuldades de colaboração interna.

A comunicação entre departamentos e os “grupos isolados” dentro da organização foram citados como barreiras ao ESG por 41% dos líderes.

Uma curiosidade destacada pela KPMG é o método ainda pouco avançado de coletar e gerenciar os resultados: quase a metade das empresas consultadas ainda usa planilhas, mas 58% pretendem adotar a inteligência artificial para reunir dados.

“Fadiga ESG” nas empresas menores 

Ao mesmo tempo, outro novo estudo mostra que a realidade em empresas menores pode ser diferente. A consultoria britânica de ESG Sifa Strategy entrevistou 31 membros de conselhos de administração de 70 empresas do Reino Unido para compreender a situação em companhias pequenas e médias, em um momento que a análise chamou de “encruzilhada”.

Apenas 43% dos conselheiros acham que o ESG está alinhado às expectativas de retorno dos acionistas, percentual que vem caindo desde que a investigação começou a ser feita, em 2021.

Uma percepção destacada no relatório é a de que as ações são muitas vezes implementadas apenas para “cumprir tabela” ou para atender a demandas regulatórias, e não como uma forma de adicionar valor à estratégia corporativa e às operações.

A visão “desanimada” é atribuída em parte ao cenário macroeconômico, que leva líderes e investidores a abordagens de curto prazo, embora não tenham tirado as três letrinhas da agenda.

E uma conclusão que emergiu das conversas é a de que a sigla ESG está desgastada. Vários entrevistados defenderam que ela devia ser revista, pois é vaga, significa coisas diferentes dependendo do ponto de vista, e olhar para os três pilares ao mesmo tempo nem sempre é fácil.

Os estudos completos podem ser visto aqui (KPMG) e aqui (Sifa Strategy).


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Drauzio Varella estreia série sobre primeira infância na TV Cultura

Drauzio Varella estreia série sobre primeira infância na TV Cultura

A TV Cultura estreará neste sábado (24/2) uma série sobre a primeira infância apresentada pelo médico e escritor Drauzio Varella. Quanto Mais Cedo, Maior abordará temas fundamentais e presentes nos primeiros seis anos de uma criança.

Com dez episódios, a produção mostrará a importância de precauções, presença paterna, educação infantil, brincadeiras e vivências em espaços públicos durante o período. Trará histórias reais que ilustrem os efeitos positivos de dedicar atenção à primeira infância, assim como práticas a que famílias podem aderir para que seus filhos cresçam saudáveis e confiantes.

“O bebê já começa a aprender no interior do útero materno”, explica Drauzio em um dos episódios. “O desenvolvimento da criança se dá pela maneira como ela se relaciona com tudo que está a sua volta. Falar, cantar, brincar e ler para bebês e crianças são os melhores estímulos para a aprendizagem”.

Os episódios da série serão exibidos aos sábados, às 20h50.

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