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domingo, abril 28, 2024

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Memórias da redação  ? Humildade de rei

A história desta semana é de um estreante no espaço: José Luiz Carbone ([email protected]), que atuou como repórter nos jornais Cidade de Santos e A Tribuna, de Santos (SP), foi assessor de imprensa em Volkswagen, Cosipa (hoje Usiminas) e Grupo Peralta, redator da Revista Go’Where Beach e hoje tem um blog de dicas de filmes: www.cinedvdicas.blogspot.com.br. Humildade de rei Em 1973, ainda no início da minha carreira no Jornalismo, trabalhava no jornal Cidade de Santos (do Grupo Folha) quando me mandaram entrevistar Pelé. Dali a alguns dias, o Rei do Futebol iria a Brasília – se não estou enganado – para discutir assuntos ligados à legalização da profissão de jogador de futebol. Eu deveria ouvir suas ideias. Pesquisei sobre o horário do treino da equipe principal e lá fui eu para a Vila Belmiro (tentar) entrevistar Pelé. Eu não estava nem um pouco nervoso, mas receoso de que ele não me atenderia, frustrando o meu trabalho. No meio do coletivo que era realizado, ele chegou perto do alambrado e aproveitei para pedir a tal entrevista. O Rei me atendeu com o maior sorriso e pediu que eu esperasse acabar o treino. A espera foi grande, pois depois que todos os outros jogadores saíram para o vestiário, ele resolveu ficar no campo treinando cobrança de faltas. Pelé chegou ao vestiário e me chamou, pedindo que eu fizesse as perguntas enquanto ele tomava banho. No final da entrevista, ainda me agradeceu pela paciência de tê-lo esperado. Para completar, só faltou ter oferecido uma carona no seu Mercedes-Benz. Sempre lembro desse episódio quando vejo hoje jogadores medíocres – no campo e na vida pessoal – aparecendo na mídia cercados de assessores de imprensa, empresários e seguranças. E o pior, esbanjando arrogância, se achando o máximo. Por favor, mirem-se no exemplo do Rei.

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