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domingo, novembro 3, 2024

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Integração é a palavra-chave da nova fase do Jornal Nacional

Nova redação do Jornal Nacional – Crédito: João Cotta

* Por Cristina Vaz de Carvalho, editora de Jornalistas&Cia no Rio de Janeiro

 

O Jornal Nacional inaugurou sede nova nessa segunda-feira (19/6). Um prédio de dois pavimentos, construído ao lado das instalações tradicionais da TV Globo no Jardim Botânico, chamado de Redação de Jornalismo no Rio de Janeiro, passa a ser o centro do jornalismo de tevê e internet do Grupo Globo. A finalidade desse investimento foi integrar as equipes do Jornal Nacional, da editoria regional Rio – RJ-TV 1ª e 2ª edições – e do Bom Dia, Brasil; um ponto de apoio para a GloboNews; e, principalmente, a regional Rio do portal G1. Assim, o jornalismo em imagens, em qualquer plataforma do grupo, passa a trabalhar em conjunto.

Os números impressionam: são 3.405 m2 de área construída, dos quais a redação ocupa 1.370 m2, o dobro do espaço anterior. Cabem ali nada menos do que 189 postos de trabalho, 18 ilhas de edição, três de pós-produção, duas cabines de locução e salas de reunião.

A redação tem um espaço chamado de “sala de partida”, para apuração e monitoramento do que acontece no Rio, no Brasil e no mundo, e encaminhamento dessas informações a cada veículo. Por um grande video wall, é feito o monitoramento, em tempo real, das agências internacionais de notícias, dos canais internacionais e nacionais de relevância, todos os sinais de equipes externas em trabalho no Rio, e a escuta digital, que captura o que acontece nas redes sociais. Nessa sala ficam concentradas ainda as Chefias de Reportagem e os supervisores de operações de jornalismo, no Rio, da TV Globo, da GloboNews e do G1.

Em termos de cenário, o Jornal Nacional tem a bancada dos apresentadores – William Bonner e Renata Vasconcellos – na frente de um painel de vidro com 15m de comprimento, em curva, revestido por uma película que muda de cor em sincronia com nove projetores a laser. No fundo da redação, uma tela de LED retrátil permite efeito de 3D para recursos como mapas e infográficos. A ideia é levar a informação de maneira mais clara, rápida e, sem dúvida, mais bonita.

Outro trunfo do novo estúdio são quatro câmeras adaptadas especialmente para o projeto: duas robóticas, uma câmera de trilho de chão, que se desloca em curva acompanhando a linha do cenário, e uma câmera de trilho aéreo, que permite uma visão ampla da redação. Dois braços robóticos, utilizados pela indústria automotiva, foram adaptados para receber duas câmeras que se movimentam em nove eixos, em trajetórias pré-fixadas ou guiadas, por sensores, pelos movimentos dos apresentadores.

Os estúdios de São Paulo continuarão a produzir Jornal Hoje, Jornal da Globo, Hora 1, Profissão Repórter, Globo Rural, Bem Estar e Como Será?. O Fantástico e o Globo Repórter têm estúdio e redação próprios, no Rio de Janeiro.

Em tempos de crise econômica, o Grupo Globo constrói um prédio para a central do jornalismo de tevê e internet, repetindo o que ocorreu no início do ano com as novas instalações do jornal O Globo, montadas para abrigar seu jornalismo impresso, em jornal e revista. Disso falou o presidente do grupo, Roberto Irineu Marinho, durante a inauguração. Uma inequívoca publicação de balanço.

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