Faleceu em 14/6, aos 92 anos, em Buenos Aires, Ernestina Herrera de Noble, proprietária do Grupo Clarín, maior empresa de comunicação da Argentina. Uma das mais importantes líderes da imprensa sul-americana, foi a primeira mulher a comandar um diário de grande circulação na região.
Durante os quase 50 anos em que dirigiu o Clarín, esteve à frente da estratégia que fez do diário o mais vendido de língua espanhola e o oitavo do mundo. A executiva, que herdou e assumiu o jornal em 1969, após a morte de seu marido e fundador Roberto Noble, começou o processo de diversificação a outras tecnologias da comunicação, como rádio, televisão, cabo e internet, que posteriormente formaram o Grupo Clarín.
A longo da carreira, recebeu diversas condecorações e integrou o Instituto de Imprensa Internacional e o Conselho do Museu Internacional de Televisão e Rádio. Foi a primeira editora latino-americana a integrar o Comitê Consultivo da Unesco para a Liberdade de Imprensa. Ao mesmo tempo, durante o período em que dirigiu o Clarín, o diário recebeu mais de 300 distinções internacionais, entre elas seis prêmios Rei da Espanha, dois Dom Quixote e quatro Maria Moors Cabot.