Com a palavra, o TSE Está causando indignação no mercado a notícia publicada em O Globo dessa 3ª.feira (23/2) de que o Tribunal Superior Eleitoral contratou por meio de licitação, realizada em 2014, uma empresa de limpeza para fazer o trabalho jornalístico durante as eleições. Segundo o jornal, há informações de que o Tribunal pagou R$ 2 milhões, por um ano, pelos serviços da empresa Liderança Limpeza e Conservação. A Abracom anunciou que pretende questionar judicialmente o resultado da licitação. Carlos Henrique Carvalho, presidente-executivo da entidade, explicou que alguns órgãos federais utilizam o pregão eletrônico para a contratação de serviços de comunicação. Porém, esse tipo de licitação acaba levando em conta apenas o melhor preço, sem a questão técnica: “Isso abre espaço para que empresas de terceirização, sem experiência no setor, ganhem as licitações oferecendo apenas os postos de trabalho. É uma forma disfarçada de contratar sem concurso público”. O Sindicato dos Jornalistas do DF também comentou o caso. Para Jonas Valente, coordenador-geral da entidade, o ideal seria a realização de concurso público para a prestação de serviços de comunicação: “Defendemos o concurso em primeiro lugar. Mas, quando não é possível, que sejam ao menos contratadas empresas que têm atuação no setor de comunicação. É algo que nos preocupa já faz tempo, temos conseguido interlocução com alguns órgãos, mas infelizmente ainda não existe uma diretriz única no governo”.