9.3 C
Nova Iorque
sábado, abril 20, 2024

Buy now

André Chaves assume iG e BRZ Tech

André Chaves foi promovido, na semana passada, a presidente do iG e membro do Conselho Executivo da BRZ Tech, empresa de desenvolvimento de tecnologia (as chamadas “tecnologias disruptivas”). Ele havia sido contratado em outubro de 2012 como vice-presidente de Operações do iG. Tanto iG como BRZ Tech são integralmente controlados pelo grupo Ongoing, que detém ainda 30% da Ejesa, editora dos jornais Brasil Econômico, O Dia e Meia Hora. Juntamente com a Oi, de telefonia, compõem o braço Ongoing TMT (telecomunicações, mídia e tecnologia) no Brasil. O grupo Ongoing, multinacional portuguesa na origem, tem atuação bastante diversificada, constando de seu portfólio empresas nas áreas financeira, de consultoria, mercado imobiliário, infraestrutura e energia. Sua prioridade declarada é o mercado global de língua portuguesa, no qual o Brasil responde por três quartos do volume. A importância dos negócios locais ficou clara no início deste mês (7/3), quando Nuno Vasconcellos, presidente do Conselho de Administração da Ongoing, veio ao Rio de Janeiro para um evento que talvez não justificasse essa movimentação: o lançamento de mais uma página regional do iG (ver J&Cia 887). Sua presença foi saudada pelo governador Sérgio Cabral como demonstração de que “o grupo Ongoing acredita no Estado” e os investimentos no Rio são “uma reintegração dos laços entre Brasil e Portugal”. Na rápida abertura do evento, André Chaves disse, entre outras coisas, que o iG pretende trazer para o Brasil avanços tecnológicos. Ora, se uma empresa de mídia conta, no mesmo grupo, com uma operadora de telecomunicações, isto significa considerável vantagem competitiva. A Oi, da holding Brasil Telecom, é a segunda do País no seu segmento e pertence em 22% à Portugal Telecom, que também faz parte da Ongoing. Ao final do encontro, André Chaves falou a Jornalistas&Cia. Perguntado se a Oi no Brasil pode acompanhar o que há de avanço tecnológico na Portugal Telecom, respondeu: “O tamanho do mercado brasileiro não se compara com o de Portugal. Por exemplo, instalar fibra ótica lá é completamente diferente de atingir todo o território aqui”. Sem dúvida, qualquer inovação tecnológica no Brasil fica muito mais difícil de ser implantada do que em qualquer país da Europa, tanto pela extensão geográfica como pelo tamanho mesmo do mercado. No ano passado, a BRZ Tech foi considerada pelo The Huffington Post como uma das mais inovadoras e com grande potencial de crescimento no mercado de tecnologia mundial. A empresa é a criadora do Realtime Messaging System & Framework. Chaves traduziu essa marca: “É algo que o iG iniciou no Brasil. Está funcionando experimentalmente. Significa o publisher saber, sem o delay comum de dois minutos, quem está lendo o quê, e quando. Isso é importante para organizar a cobertura, os posts – entregar para o leitor o que ele quer, imediatamente, enquanto ele ainda está lendo a notícia”. Interessa saber em que isso amplia a participação do iG, hoje o quinto portal mais acessado do Brasil. Chaves comenta: “O iG não deve necessariamente ser o maior, mas o mais rentável. Vai voltar a ter o perfil de inovação de seu lançamento, tanto editorial como no e-commerce. E aderir à mentalidade das telecoms, como B2B para o mercado. Vamos também prestar serviços para outros veículos, um benchmarking das telecoms, que já fazem isso entre si. A tecnologia tem um motivo: é cada vez mais relevante para o usuário. O que falta é o Brasil se enxergar como protagonista. Nossas empresas, hoje, exportam tecnologia de ponta. Precisamos encontrar nossa vocação, não podemos nos considerar coadjuvantes”. Apesar do pouco tempo de casa, André Chaves parece pronto para suas novas atribuições. Entre elas, a de ser um dos rostos mais visíveis do grupo Ongoing no Brasil.

Related Articles

22,043FãsCurtir
3,912SeguidoresSeguir
21,600InscritosInscrever

Últimas notícias

pt_BRPortuguese