O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) firmou nessa terça-feira (15/2) parcerias com as principais plataformas digitais para combater fake news, com foco nas eleições deste ano. Fazem parte do acordo Twitter, TikTok, Facebook, WhatsApp, Google, Instagram, YouTube e Kwai. O TSE ainda negocia com LinkedIn, mas não conseguiu contato com o Telegram.

As plataformas assinaram entendimentos individuais, levando em conta as particularidades de cada rede, que listam ações, medidas e projetos desenvolvidos em conjunto com o TSE para combater a desinformação e impedir que publicações enganosas ganhem grande proporção e possam comprometer a legitimidade e a integridade das eleições. As ações continuarão mesmo após o período eleitoral, até 31 de dezembro.

Redes como TikTok, Facebook e Instagram seguirão removendo postagens com conteúdo nocivo. Daniele Kleiner Fontes, chefe de políticas públicas do Twitter, declarou que a rede não depende “apenas de decisões binárias de remoção e ou exclusão de conteúdo, pois sabemos que oferecer a pessoas o contexto adequado é também uma ferramenta eficaz e importante para combater a desinformação”.

Já o WhatsApp continuará a suspender contas que apresentem “atividade inautêntica”. Segundo Dario Durigan, representante do aplicativo, o WhatsApp suspende mais de 8 milhões de contas por mês ao redor do mundo. Para ele, as eleições brasileiras são as mais importantes para o WhatsApp no mundo em 2022.

O Google declarou que publicará relatório de transparência de anúncios políticos. Marcelo Lacerda, diretor de relações governamentais da empresa no Brasil, explica que os relatórios darão “visibilidade sobre quem contratou esses anúncios, quanto pagou, para quem esses anúncios foram servidos e quais os parâmetros utilizados para a segmentação desses anúncios”.

Outras iniciativas que serão realizadas pelas plataformas consistem em trazer informações oficiais sobre o processo eleitoral para os usuários.

Segundo o ministro Luís Roberto Barroso, presidente do TSE, a iniciativa servirá para garantir eleições mais seguras, limpas e sem mentiras ou discursos de ódio: “Acho que renderá bons frutos para que a gente possa empurrar as fake news, a desinformação e as teorias conspiratórias para a margem da história e permitirmos um debate público de maior qualidade”.

Vale lembrar que, desde o começo do ano, Barroso vem criticando o Telegram por não possuir representação no Brasil e não se submeter às leis brasileiras. O aplicativo, que até o momento não faz parte da parceria, é frequentemente utilizado pelo presidente Jair Bolsonaro e seus apoiadores.

Com informações do UOL.

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