Reportagem do Núcleo Jornalismo denunciou ao menos setes grupos públicos de exploração sexual infantil no Facebook, em português, encontrados com certa facilidade. A repórter Laís Martins, que assina o texto, enviou os grupos que encontrou à rede, que os excluiu. Alguns estavam em operação há anos.

A reportagem mostra que os grupos, com milhares de membros, podiam ser acessados por qualquer usuário e eram utilizados para aliciamento de menores, mostrando conteúdo de conotação sexual referindo-se a crianças e adolescentes.

As duas maiores comunidades somavam juntas quase 40 mil membros. Em um ano, tiveram cerca de 386 mil interações em 21 mil posts. Segundo a reportagem, a existência e a continuidade de grupos públicos como esses “sugere que, apesar de ser prioridade declarada da empresa, os sistemas de moderação do Facebook ainda são insuficientes no combate absoluto contra abuso sexual infantil em sua principal plataforma, pelo menos no Brasil e em português”.

Após a publicação da reportagem do Núcleo Jornalismo, o Facebook removeu os sete grupos citados. Em nota enviada por e-mail, a Meta, empresa dona da rede social, escreveu: “Não permitimos que nossas plataformas sejam usadas para colocar crianças em perigo. Nossos esforços para combater a exploração infantil se concentram na prevenção de abusos, detecção e denúncia de conteúdos que violam nossas políticas e também no trabalho com especialistas e autoridades para manter as crianças seguras”.

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